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PACIENTES QUE FAZEM USO CRÔNICO DE ANTIAGREGANTES PLAQUETÁRIOS OU ANTICOAGULANTES INTRODUÇÃO “O sangue circula nos vasos sanguíneos sem produzir ativação plaquetária ou coagulação. Qualquer lesão vascular (por traumatismo, intervenção cirúrgica ou doença) desencadeia o processo hemostático, que se inicia pela adesão das plaquetas e culmina com a formação de um coagulo, que posteriormente se retrai a um volume pequeno pela ação de enzimas fibrinolíticas.” ANTIAGREGANTES PLAQUETÁRIOS ÁCIDO ACETILSALICÍLICO (AAS) A ação é atribuída a inibição irreversível da enzima cicloxigenase-1 (COX-1), pela acetilação de seu grupamento hidroxila-serina. Outro efeito da aspirana sobre as plaquetas é a diminuição da secreção de glândulos densos que libera substâncias pró-agregantes e vasoativas durante a ativação plaquetária. DOSE DIÁRIA RECOMENDADA: 75-150 mg de AAS. DIPIRIDAMOL (Persantin): inibe a recaptação de adenosina nos eritrócitos, nas plaquetas e nas células endoteliais. Dose diária recomendada: 75-100 mg, 4 vezes ao dia. CLOPIDOGREL ( Plavix): sua atividade é maior que a do Dipiridamol e da associação de AAS+Dipiridamol. Clopidogrel+AAS é o regime padrão usado após a implantação de stents. Dose diária recomendada: 75 mg, dose única. TICLOPIDINA (Ticlid): seu mecanismo de ação é semelhante ao do Clopidogrel, tendo menor tolerabilidade e provocando mais efeitos secundários. Como agir com pacientes que fazem uso contínuo de antiagregantes plaquetários Em termos práticos, o sangramento pós-operatório deve ser considerado anormal e significante se os seguintes critérios estiverem presentes: 1. O sangramento persiste por mais de 12h. 2. O paciente se comunica ou retorna ao consultório. 3. Há presença de hematoma ou equimoses dos tecidos moles. 4. Há necessidade de transfusão sanguínea. Duas perguntas precisam ser respondidas: 1º. Até que ponto a terapia antiagregante plaquetária pode interferir negativamente no curso de qualquer procedimento odontológico que produz sangramento? 2º. Será que o risco de hemorragia é maior do que o risco potencial de uma complicação cardiovascular provocada pela retirada da medicação? ANTICOAGULANTES “O objetivo da terapia anticoagulante é prevenir a formação ou a expansão de um coágulo intravascular, arterial ou venoso.” Classificação de acordo com sua via de administração, em: Orais – varfarina e femprocumona. Parenterais – heparina sódica e seus derivados. COMO OBTER A RNI NO CONSULTORIO ODONTOLÓGICO 2 e 4: reduz o risco de trombose sem causar anticoagulação perigosa. 5: anticoagulação exagerada. Colocar a tira-teste no aparelho. Recolher uma gota de sangue com o sistema de punção capilar Colocar a gota de sangue sob a tira. Resultados de INR em apenas 1 minuto. NOVOS ANTICOAGULANTES ORAIS 1. Dabigatrana (Pradaxa): inibidor direto da trombina. 2. Rivaroxabana (Xarelto): inibidor de um fator da coagulação sanguínea. PORTADORES DE DISFUNÇÕES DA TIREOIDE A função da glândula tireoide é produzir, armazenar e liberar hormônios tireoidianos na corrente sanguínea. HIPERTIREODISMO Sinais e sintomas: Cansaço, fadiga, exaustão, sonolência, perda de memória e de concentração, intolerância ao frio, ganho de peso, constipação, depressão menstruação irregular, aumento de volume da tireoide, síndrome do túnel do carpo, pele seca, unhas quebradiças, déficit de audição, edema palpebral, bradicardia, pressão alta. Diagnóstico: é feito através de exames de sangue, com a dosagem dos hormônios tireoidianos (T3 e T4, que ficam aumentados) e do hormônio que regula a tireoide, o TSH. Tratamento: pode incluir o uso de medicamentos ou de iodo radioativo e cirurgia (tereoidectomia), dependendo das causas e características da doença. Prognóstico: Bom, com terapia apropriada. ESTADODA DOENÇA CONDUTA CLÍNICA Suspeitade doença não diagnosticada Avaliar sinais e sintomas Referirao médico para diagnóstico e tratamento Doença jádiagnosticada Investigardiagnóstico original e tratamento atual Identificar a ausência de sinais e sintomas Investigar a presença de complicações Doença não tratada oumalcontrolada Evitar procedimentoscirúrgicos Evitar o uso de soluções anestésicas que contenhamepinefrina, noradrenalina,corbadrinaou fenilefrina Optar por soluções comfelipressina Doença bem controlada Tratarqualquer tipo de infecção aguda Procedimentos odontológicos sem restrições Não há contraindicaçãodo uso de soluções anestésicas locaiscom vasoconstritor CONDUTACLÍNICA NO ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO DE PACIENTES COM HIPERTIREOIDISMO, DE ACORDO COM O ESTADO DA DOENÇA Fonte: Adaptado de Little. HIPOTIREOIDISMO Sinais e sintomas: Depressão, cansaço excessivo, bradicardia, constipação intestinal, menstruação irregular, falhas de memória, dores musculares, pele seca, queda de cabelo, ganho de peso e aumento dos níveis sanguíneos de colesterol. Diagnóstico: É baseado na historia medica, nos achados clínicos e na dosagem plasmática do hormônio estimulante da tireoide (TSH), além de outros exames laboratoriais complementares. Tratamento: É feito com o uso diário de preparação sintéticas de liotironina sódica (LT3) ou levotiroxina (LT4). Prognóstico: Favorável, somente se o tratamento for iniciado precocemente e mantido. A interrupção do tratamento pode resultar no reaparecimento dos sintomas. ESTADODA DOENÇA CONDUTA CLÍNICA Suspeitade doença não diagnosticada Avaliar sinais e sintomas Referirao medico para diagnostico e tratamento Doença jádiagnosticada Investigardiagnostico original e tratamento atual Identificar a ausência de sinais e sintomas Investigar a presença de complicações Doença não tratada oumalcontrolada Evitar procedimentoscirúrgicos Evitar a prescrição de depressores do SNC,que podem provocar efeitos exagerados Tratar qualquer tipo de infecção aguda Doença bem controlada Procedimentos odontológicos sem restrições Não há contraindicaçãodo uso de soluções anestésicas locaiscom vasoconstritor Prevenir e tratar as infecções bucais CONDUTACLÍNICA NO ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO DE PACIENTES COM HIPOTIREOIDISMO DE ACORDO COM O ESTADO DA DOENÇA Fonte: Adaptado de Little.
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