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1 A ESCOLA E SUAS DIVERSAS DEFICIÊNCIAS: Síndrome de Williams NASCIMENTO, Nathália Quézia F. Alves do. RU 2309744. RODRIGUES, Sheyla de Miranda. RU 2309791. POLO ANANINDEUA / UNINTER Resumo A escola é uma instituição de ensino que busca dedicar-se no processo de ensino e aprendizagem entre alunos e professores. É o local, no qual, os estudantes dedicam grande parte do seu tempo para adquirirem conhecimento e desenvolverem socialização seja ela individual ou em grupos. Sendo assim, para chegar numa educação de qualidade e sem conceitos já prontos é necessário mencionar as inúmeras transformações desde ao processo educativo excludente, perpassando por um período segregado, depois conseguiu mudar sua visão se tornando uma educação integrante e atualmente tem como foco a educação inclusiva. O presente artigo disserta a respeito de uma escola e qual o seu principal papel com relação à educação inclusiva que trabalha com crianças deficientes em específico os casos relacionados à Síndrome de Williams, tendo como amostragem o resultado de uma pesquisa bibliográfica onde os autores ressaltam a importância da permanência das crianças com deficiência no ambiente escolar. Palavras-chave: Escola. Educação Inclusiva. Síndrome de Williams. 1. Educação E Escola Atualmente, as escolas brasileiras estão passando por grandes mudanças significativas relacionadas ao corpo docente, por meio de qualificações. Partindo desse princípio verificamos que a educação no processo de aprendizagem é vista como meio de transformação social dos indivíduos, que requer atuação conjunta de todos os sujeitos envolvidos no ato de educar. 2 Flach (2011, p. 2) afirma que “... a educação e a escola se tornam essenciais para o indivíduo e para a sociedade, extrapolando fronteiras e promovendo o avanço da humanidade [...]”. Isto é, a escola a partir do seu espaço (físico e humano) vem privilegiando crianças, jovens e adultos para que todos possam adquirir conhecimentos e com isso construir sua própria identidade. Quando se fala em indivíduos ou aluno no decorrer do artigo estamos nos referindo há pessoas que também possuem deficiências, pois, a educação no Brasil está sendo adequada a todo tipo de indivíduo. Segundo a LEI Nº 13.146/2015, que institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência) afirma que: Art. 1 o Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania. Art. 2 o Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Neste caso a educação no Brasil não deve ter distinção entre seus alunos e todos devem ter essa oportunidade de participar da vida acadêmica e de interagir com o meio em qual ela faz parte, devido a isso falaremos da educação inclusiva no estado do Pará em especial sobre uma deficiência a Síndrome de Williams. Nesse momento histórico inclusão1 “é o ato de incluir e acrescentar, ou seja, adicionar coisas ou pessoas em grupos e núcleos que antes não faziam parte”. É por meio da inclusão que proporcionará a esses indivíduos com deficiência o direito de fazerem parte do meio a qual fazem parte. E com isso a escola permite que todos tenham o direito de fazerem partir das mais diversas atividades educativas sem que qualquer aluno com deficiência seja discriminado ou sofra preconceito. 2. Educação Inclusiva: 1 Definição de inclusão. Capturado dia 01/05/2018. Disponível no site:<https://www.significados.com.br/inclusao/>. 3 As escolas do território brasileiro tem como meta não só a educação formal, mas também a formação de cidadãos e futuros profissionais capazes de atuarem com os diferentes tipos de indivíduos. Por conta disso, as escolas públicas do Brasil têm como obrigação incluir esse tipo de clientela nas redes de ensino, ou seja, a educação inclusiva2 surge como fator primordial na relação entre os indivíduos e no processo evolutivo de ensino aprendizagem. Tendo em vistas as mais diversas deficiências ou transtornos, assim como as altas habilidades intelectuais possíveis de serem verificadas. A Escola Municipal de Ensino Fundamental “Maria Inês Costa” possui uma vasta clientela de alunos com deficiência e busca junto com parceria da equipe pedagógica proporcionar a esses alunos um aprendizado prazeroso e humanizado. Os alunos passam a conviver e entender as diferenças entre eles de forma natural. De acordo com Celedón a inclusão e educação especial são: Inclusão: é ato ou efeito de incluir, isto é, de compreender (entender alguém, aceitá-lo como é), abranger (conter em si, mas também, apreender, perceber, entender, alcançar, atingir); em estudos da linguagem, inclusivo se diz da 1ª pessoa do plural, que inclui o falante e o ouvinte. (no nosso caso, professores e alunos). É o ato de incluir pessoas portadoras de necessidades especiais na plena participação de todo o processo educacional, laboral, de lazer, etc., bem como em atividades comunitárias e domésticas. (Aurélio). Só que aqui não estamos falando em “educação especial”, todos nós aqui fazemos parte da “educação”, sem nenhuma restrição, sem nenhum favorecimento especial, sem nenhum preconceito. Ou seja, nossa educação não se restringe às pessoas chamadas “Portadoras de Necessidades Educacionais Especiais” (PNEE); é para todos. (2005, p. 3) Quando o autor mencionou no trecho acima que a educação não deve cair nesse pensamento pejorativo de ser algo específico, limitado e excludente e sim termos a convicção que educação especial se remete a todos em suas igualdades e desigualdades. Ou seja, ao se falar em educação inclusiva, é preciso levar em consideração o conhecimento pré-estabelecido do aluno, assim como os adquiridos ao longo do ano letivo respeitando o limite de cada aluno. Até onde se sabe, esses indivíduos que nasciam com deficiência foram excluídos do meio social da qual deveriam fazer parte, e os poucos que conseguiam 2 Significado de Educação inclusiva. Capturado dia 01/05/2018. Disponível no site:<https://www.significados.com.br/educacao-inclusiva/> 4 permanecer no meio da sociedade dificilmente tiveram a oportunidade de frequentar um banco de escola tendo seu acesso limitado. A visão que se tem é que tanto a sociedade, quanto a educação, elas eram vistas como segregadas, ou seja, os indivíduos eram considerados diferentes, cujo destino era viver longe de tudo e de todos. Para o MEC3 educação especial: “... se organizou tradicionalmente como atendimento educacional especializado substitutivo ao ensino comum, evidenciando diferentes compreensões, terminologias e modalidades que levaram à criação de instituições especializadas, escolas especiais e classes especiais. Essa organização, fundamentada no conceito de normalidade/anormalidade, determina formas de atendimento clínico-terapêuticos fortemente ancorados nos testes psicométricos que, por meio de diagnósticos, definem as práticas escolares para os estudantes com deficiência”. (2007. p. 1 e 2) Por conta dessa visão acredita-se que a escola tem como função elaborar métodose recursos pedagógicos que sejam acessíveis a todos os alunos com deficiência, quebrando assim as barreiras que poderiam vir a impedir a participação desse tipo específico de discente. Tendo em vista, ao processo educacional lento que nosso país vivenciou incluir esse tipo de estudante dentro das turmas consideradas normais se deu por meio de muitas lutas e reivindicações. A Conferência Mundial de Educação Especial4 (negrito nosso) foi representada por 88 governos e 25 organizações internacionais em assembleia [...] na cidade de Salamanca, na Espanha, entre os dias 7 e 10 de junho de 1994, desse encontro ficou confirmado o compromisso de que a Educação é para Todos como exigência da UNESCO. Nesse documento consta o quanto é importante à inclusão de crianças, jovens e adultos com necessidades educacionais especiais no sistema regular de ensino, pois, sendo assim, fica assegurado a todos os deficientes dotado de habilidades o direito de frequentar uma escola regular de ensino. Segundo o documento da Declaração de Salamanca5 (grifo nosso) toda pessoas com deficiências, devem fazer parte de um sistema educacional regular que deverá proporcionar um processo de ensino aprendizagem prazeroso centrado no 3 Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Disponível em:<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=16690-politica-nacional- de-educacao-especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva-05122014&Itemid=30192>. 4 A/RES/48/96, Resolução das Nações Unidas adotada em Assembleia Geral. 5 Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais. Disponível em:<http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf> 5 aluno, capaz de satisfazer as de cada deficiência. Pode-se dizer que agora esses estudantes passam a ser integrados ao meio acadêmico. 3. Síndrome de Williams A síndrome Williams-Beuren consistir em uma desordem genética rara, ela não possui transmissão genética e a mesma recebeu esse nome por causa do médico, Dr. J.C.P. Williams que foi o primeiro a descreveu no ano de 1961 em Nova Zelândia. Essa síndrome se dar em ambos os sexo e possuem algumas características físicas como a "face de gnomo ou fadinha”, nariz pequeno e empinado, cabelos encaracolados, lábios cheios, dentes pequenos e sorriso frequente. As pessoas que normalmente possuem essa síndrome têm problemas de coordenação, equilíbrio, atraso psicomotor, otite crônica, infecção urinária, escoliose, ansiedade, medo de altura e barulho alto, distúrbio do sono, no entanto, são comunicativos, sociáveis e boa memória. (SILVA, 2018) Por conta disso, à escola “Maria Inês Costa”- Castanhal/PA possui nesse ano de 2018 dois alunos com a Síndrome de Williams e como é uma síndrome pouco conhecida achou-se interessante tratarmos desse assunto. Segundo relato dado por entrevista com os responsáveis pelos alunos, uma das mães sentiu a necessidade de estudar e se especializar a respeito da síndrome do filho e em consequência disso à mesma se empenhou e criou no município de Castanhal/PA, uma associação que aborde a Síndrome de Willians. Na fala dela observou-se que o estado do Pará desconhece essa síndrome. 4. Conclusão Por meio de leitura sobre a Síndrome de Williams e nas entrevistas com os responsáveis dos alunos, verificou-se que a base familiar bem estruturada será de fundamental importância para o sucesso dessa criança. Para que a inclusão seja mais vitoriosa, o professor (a) exercer um papel fundamental para o desenvolvimento sócio construtivista dessas crianças. 6 O que o MEC, a Lei nº 13.146/15, a Conferência Mundial de Educação, a Declaração de Salamandra, dentre outros documentos e leis foram criadas com objetivo único de acabar com essa segregação entre as pessoas dentro do ambiente educacional capazes de menosprezar e prejudicar o processo de socialização. As mães buscam respeito pela deficiência dos filhos, contam com parceria e muito amor no coração entre os profissionais de educação e com isso possa ter uma educação de qualidade. Conforme a explanação da mãe foi na escola da rede pública que ela encontrou mais apoio e dedicação do que na rede particular que ainda precisa evoluir diante desses novos desafios que surgem a cada dia. Referências LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm>. Acesso em: 03 mai. 2018. CELEDÓN, Esteban Reyes. Inclusão escolar: um desafio. Disponível em:<https://groups.google.com/forum/#!topic/gt-terminologia/5vU9R7FALuA>. Acesso em: 02 mai. 2018 FLACH, Simone de Fátima. DIREITO À EDUCAÇÃO E OBRIGATORIEDADE ESCOLAR NO BRASIL: ENTRE A PREVISÃO LEGAL E A REALIDADE. Disponível em: <http://www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/edicoes/43/art20_43.pdf>. Acesso em: 05 mai. 2018. (revista) MEC/SECADI. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=16 690-politica-nacional-de-educacao-especial-na-perspectiva-da-educacao-inclusiva- 05122014&Itemid=30192>. Acesso em: 03 mai. 2018. SILVA, Ivana. Síndrome de Williams. Disponível em:<http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/sindrome-willians.htm>. Acesso em: 12 mai. 2018. 7 UNESCO. Declaração de Salamanca. Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais. Disponível em:<http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf> Acesso em: 13 mai. 2018.
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