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Relatório de Patologia 2017

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Página | 1 
 
ROTEIRO DE PATOLOGIA 
 4º Período - Medicina UFPR Toledo 
Acadêmico: Juliano Xavier Santos 
Aula 1: Métodos de estudo em 
Patologia. 
Uso prático da imuno-histoquímica 
em patologia cirúrgica: 
 Definir diagnósticos específicos; 
 Determinar fatores prognósticos 
ou índices proliferativos de 
neoplasias (rastreamento); 
 Identificar agentes infecciosos e 
definir a linhagem celular de 
origem da neoplasia; 
 Método diagnóstico 
complementar (útil em 95% dos 
casos e contribui para conduta 
cirúrgica e terapêutica); 
Método 
Técnica utilizada para demonstrar 
antígenos tissulares pela técnica de 
imunoperoxidase em tecidos fixados em 
formalina. 
Desenvolvimento de anticorpos 
monoclonais  especificidade 
“revolução marrom” 
Quando usar? 
1- Elucidação do tecido de origem 
de uma neoplasia indiferenciada; 
2- Determinação do órgão de 
origem de uma neoplasia 
diferenciada; 
3- Subclassificação de linfomas 
4- Pesquisa de fatores 
prognósticos, terapêuticos e 
índices proliferativos de 
algumas neoplasias; 
5- Identificação de estruturas, 
organismos e materiais 
secretados pelas células; 
6- Detecção de células neoplásicas 
metastáticas; 
Métodos: 
 Estreptavidina-biotina-
peroxidase 
Quando não usar? 
1- Extrema indiferenciação de 
algumas neoplasias; 
2- Presença de necrose 
extrema; 
3- Exiguidade da amostra. 
Cuidado necessário: 
Fase de escolha dos anticorpos a serem 
testados; 
A imuno-histoquímica é eficaz quando 
há uma escolha direcionada do painel de 
anticorpos e este fator é extremamente 
dependente da experiência do 
patologista. 
IHQ não determina se a neoplasia é 
benigna ou maligna. 
 
Micro e macrometástases – HE 
Imuno-histoquímica versus 
hematoxilina e eosina 
Atualmente, a dificuldade na detecção 
de células neoplásicas isoladas ou de 
pequenos depósitos metastáticos em 
exame de rotina pode gerar 
subestadiamento dos pacientes, 
explicando em parte, a recorrência 
tumoral. 
Página | 2 
 
Esses depósitos são chamados de 
metástases ocultas, ou micrometástases, 
por não serem observados no exame de 
rotina, mas através de revisão de 
lâminas ou emprego de outros métodos. 
Em se tratando de uma segunda revisão 
de lâminas coradas por hematoxilina e 
eosina e por imuno-histoquímica, 
estudos comprovam que, pela baixa 
sensibilidade da coloração por HE, o 
método IHQ - padrão ouro - apresenta 
maior detecção, por exemplo, de 
micrometástases. Isso reforça o caráter 
complementar da técnica de imuno-
histoquímica. Entretanto, não há 
benefícios adicionais do método de IHQ 
nos casos submetidos a cortes 
histológicos em diferentes níveis e 
corado por HE (secção macroscópica a 
cada 3 a 4 mm). 
PCR em amostras clínicas 
PCR 
Amplificação do DNA; 
PCRt 
Amplificação e detecção ocorrem 
simultaneamente; 
Monitoriza a fluorescência emitida 
durante a reação de PCR como um 
indicador da produção de ampliações; 
Captura Híbrida tipo II 
Método: submeter a amostra (em 
placas) com o DNA do vírus a 
aquecimento até desnaturá-lo. Insere-se 
uma sonda com DNA conhecido. 
Insere-se um anticorpo. A análise do 
resultado é feita por meio de um 
espectofotômetro. 
Hibridização In Situ Fluorescente – 
FISH 
A análise é feita em uma lâmina. 
Permite a visualização de cortes 
histológicos, identificação e numeração; 
É mais específico e sensível que os 
testes imuno-histoquímicos. 
 A técnica para visualização do tecido 
se baseia em coletar o tecido, fixá-lo na 
lâmina, colocar a sonda (marca o DNA 
que se deseja analisar) e lavar para 
retirar o excesso da sonda (que se liga 
ao material genético do 
microrganismo); 
Utiliza-se RNAr pois estão em todas as 
células, são conservados (sofrem poucas 
variações) e as células possuem muitos 
ribossomos; 
PCR não consegue analisar o local da 
infecção, aí a vantagem do FISH. 
Aplicações 
1- Diagnostico de doença; 
2- Aconselhamento genético; 
3- Análise de danos cromossomais; 
4- Genoma comparativo; 
Fatores negativos: 
Má fixação da sonda; 
Degradação da sonda por nucleases 
presente do organismo; 
Citometria de fluxo e anatomia 
patológica 
Citometria: 
É uma técnica utilizada para contar, 
examinar e classificar partículas 
Página | 3 
 
microscópicas suspensas em meio 
líquido em fluxo. 
Amostra de sangue é colocada numa 
maquina específica, com sensores para 
luz e para fluorescência. 
Desvantagem: precisa da amostra a 
fresco; 
Anatomia: 
Anatomia patológica é um ramo da 
patologia e da medicina que lida com o 
diagnóstico das doenças baseado no 
exame macroscópico de peças 
cirúrgicas e microscópico para o exame 
de células e tecidos; 
Necrose 
Se a morte celular ocorre em um 
organismo vivo e é seguida de autólise, 
o processo recebe nome de NECROSE. 
Autólise: degradação enzimática dos 
componentes da célula por enzimas da 
própria célula liberadas dos lisossomos 
pode ser no indivíduo vivo ou morto. 
Apoptose 
Morte por processo no qual a célula 
sofre contração e condensação de suas 
estruturas, fragmenta-se e são 
fagocitadas por células vizinhas ou por 
macrófagos, não ocorrendo o processo 
de autólise. Ex.: processos de 
metamorfose. 
Aula 2: Morfologia de células mortas 
(características da apoptose e da 
necrose). 
 
Figura 1: características morfológicas da apoptose 
e da necrose. 
Apoptose (morte celular programada): é 
um processo essencial para a 
manutenção do desenvolvimento dos 
seres vivos, sendo importante para 
eliminar células supérfluas ou 
defeituosas. 
Durante a apoptose, a célula sofre 
alterações morfológicas características 
desse tipo de morte celular. Tais 
alterações incluem: 
 Retração da célula; 
 Perda de aderência com a matriz 
extracelular e células vizinhas; 
 Condensação da cromatina; 
 Fragmentação 
internucleossômica do DNA; 
 Formação dos corpos 
apoptóticos. 
 
Figura 2: Em A, observa-se condensação nuclear. 
Em B, observa-se fragmentação nuclear e 
formação de corpos apoptóticos. Fonte: Elsevier. 
Kumar et al: Robbins Basic Pathology 8e - 
http://www.studentconsult.com/. 
 
Página | 4 
 
Necrose: o termo é do cotidiano do 
médico patologista. Significa uma série 
de alterações morfológicas que ocorrem 
após a morte celular de um tecido vivo, 
devido à ação progressiva de enzimas 
nas células que sofreram uma lesão 
letal. As células necróticas são 
incapazes de manter a integridade das 
membranas e seu conteúdo geralmente 
extravasa, gerando inflamação local no 
tecido adjacente. As características 
morfológicas da necrose resultam da 
desnaturação de proteínas intracelulares 
e da digestão enzimática da célula, por 
lisossomos das células mortas ou por 
leucócitos que migram para a região 
durante o processo inflamatório. 
Durante a necrose, a célula sofre 
alterações morfológicas características 
desse tipo de morte celular. Tais 
alterações incluem: 
 Há um aumento da eosinofilia, 
devido ao aumento da ligação da 
eosina às proteínas 
citoplasmáticas desnaturadas. 
 O citoplasma se apresenta com 
vários vacúolos e com um 
aspecto corroído. 
 Também ocorrem alterações 
nucleares, que podem ser de três 
tipos: 
1. Cariólise: diminuição da 
basofilia da cromatina. 
2. Picnose: encolhimento do 
núcleo e aumento da basofilia. 
3. Cariorréxis: fragmentação do 
núcleo picnótico ou 
parcialmente picnótico. Com o 
tempo, podeocorrer 
desaparecimento total do núcleo.
 
Figura 3: Transformações nucleares e 
citoplasmáticas observadas nas células de baço 
que sofreram necrose por coagulação. Em A, 
observam-se as células normais que compõem o 
baço; em B, núcleo em picnose, com diminuição de 
volume e intensa basofilia (hipercromatismo); em 
C, cariorrexe, ou seja, distribuição irregular da 
cromatina, a qual se acumula na membrana 
nuclear; nessa fase, o núcleo pode se fragmentar 
(D); em E, dissolução da cromatina e 
desaparecimento da estrutura nuclear. Observa-se 
também granulação do citoplasma, o qual se torna 
também intensamente eosinofílico (HE, 1000X). 
Fonte: disponível em 
<www.fo.usp.br/lido/patoartegeral/patoartenec.ht
m.> 
 
Página | 5 
 
 
Aula 3: Tipos de necrose. 
Termos importantes: 
Picnose: retração/condensação da 
cromatina, que toma aspecto denso e 
escuro; 
Cariorrexe: fragmentação da cromatina; 
Cariólise: desaparecimento do núcleo; 
 
 
 
Necrose fibrinoide 
Tipo especial de necrose; 
Processo patológico com alterações 
morfológicas características de lesão 
celular irreversível. Coloração rósea-
brilhante, em HE, devido à combinação 
dos imunocomplexos com o 
extravasamento da fibrina, sem limites 
definidos, com redução no número de 
núcleos na área afetada com degradação 
dos componentes tissulares; 
Essa necrose é produto da deposição de 
imunocomplexos circulantes (com 
posterior fixação do complemento) e da 
degradação de fibrina exsudada, de 
fibras colágenas, e de glicoproteínas e 
células locais; 
Geralmente, é observada nas reações 
imunes que envolvem deposição de 
imunocomplexos na parede de vasos 
sanguíneos. 
Página | 6 
 
 
Figura 4: fases da necrose fibrinoide. I) formação 
de imunocomplexos na circulação; II) depósito 
desses imunocomplexos no endotélio vascular; 
recrutamento de neutrófilos; participação do 
sistema complemento; III) destruição da parede o 
endotélio; liberação da fibrina, que caracterizará 
o aspecto rósea-brilhante. Fonte: ABBAS, Abul K; 
FAUSTO, Nelson; KUMAR, Vinay; COTRAN, Ramzi S; 
ASTER, Jon C; ROBBINS, Stanley L.: Robbins e 
Cotran: Patologia - Bases patológicas das doenças. 
8. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 
 
 
Figura 5: célula característica de necrose 
fibrinoide. Luz obliterada e parede vascular com 
infiltrado fibrinoide. Fonte: disponível em 
<http://anatpat.unicamp.br/lamdegn7.html> 
Necrose coagulativa 
Forma de necrose mais comum na qual 
a arquitetura tecidual básica dos tecidos 
é preservada, por pelo menos alguns 
dias. 
Causas 
 Toxinas bacterianas 
 Agentes químicos 
 Isquemia 
Síndrome de Sheehan (ou necrose 
pituitária pós-parto)  é um 
hipopituitarismo resultante da necrose 
da glândula pituitária em decorrência da 
intensa perda de sangue e consequente 
choque hipovolêmico que ocorre 
durante ou após o parto. 
Necrose Liquefativa 
Células necróticas são fagocitadas 
rapidamente; 
Ocorre leucocitose na região; 
Digestão por enzimas da própria célula 
ou de leucócitos ao redor; 
Tecido passa a ser uma massa viscosa 
liquida amarelada; 
Macroscopicamente: órgão com 
consistência mole, formação de 
cavidade cística, pode ter pus; 
Exemplos: 
Infarto cerebral; 
Abcesso cerebral; 
Edema cerebral  aumento/inchaço dos 
astrócitos; 
Lembrar: 
Página | 7 
 
Células espumosas: são monócitos que 
têm esse nome devido ao aspecto 
característico de espuma ocasionado 
pelo excesso de lipídeos que são 
internalizados por eles. 
Necrose Caseosa 
O tecido necrosado apresenta aspecto de 
queijo; 
Acúmulo de alimento nas tonsilas 
palatinas  caseous; 
Tuberculose; granulomas; 
Causa: infecção bacteriana 
(principalmente Mycobacteruim 
tuberculosis, mas pode ser causada pelo 
Treponema pallidum e alguns fungos 
como Histoplasma capsulatum); 
A resposta imune ao patógeno é que 
gera a intensificação do quadro; 
Nódulos tendem a serem calcificados 
(porção basófila – mais roxa); 
 Em coloração HE, observa-se 
uma área acelular circundada 
por um processo inflamatório 
granulomatoso. 
 Macroscopicamente se apresenta 
como um granuloma com 
aspecto de queijo, com algumas 
áreas de cavitação, essa lesão 
recebe o nome de Complexo de 
Ghon. 
 
Necrose gordurosa 
Não identifica um padrão específico de 
necrose; 
Ação lítica de enzimas pancreáticas 
comumente encontradas a partir da 
inflamação aguda do pâncreas, 
causando destruição dos ácinos 
pancreáticos com liberação de lipases e 
proteases; 
Infiltrado de células inflamatórias; 
Reação granulomatosa; 
Presença de hemossiderina 
(decomposição da hemoglobina – 
coloração azulada); 
Filamentos em forma de agulha dentro 
dos adipócitos; 
Necrose gangrenosa 
Forma especial de necrose isquêmica 
em que o tecido necrótico sofre 
modificações por agentes do ar ou por 
bactérias; 
Pode ficar negra por sofrer alterações da 
hemoglobina; 
Três tipos: 
1. SECA 
2. ÚMIDA 
3. GASOSA 
Mudança na cor da pele; 
Presença de odor; 
Dor severa seguida de uma sensação de 
dormência/sensibilidade; 
 
Aula 4: Morfologia dos acúmulos 
intracelulares. 
As células podem acumular quantidades 
anormais de várias substâncias; 
A substância pode estar localizada no 
citoplasma, no interior de organelas 
(tipicamente os lisossomos) ou no 
Página | 8 
 
núcleo e pode ser sintetizada pelas 
células afetadas ou produzida em 
qualquer outro lugar; 
Existem várias vias principais de 
acumulações intracelulares: 
1. Metabolismo anormal, como na 
degeneração gordurosa do fígado; 
2. Mutações que causam alterações no 
dobramento e transporte de proteína, tal 
que moléculas defeituosas acumulam-se 
intracelularmente; 
3. Deficiência de enzimas cruciais, 
responsáveis pela quebra de certos 
compostos, causando substratos que se 
acumulam nos lisossomos, como nas 
doenças de armazenamento 
lisossômico; 
4. Incapacidade de degradar partículas 
fagocitadas, como na acumulação do 
pigmento carbono. 
 
DEGENERAÇÃO GORDUROSA 
(ESTEATOSE) 
Degeneração gordurosa: qualquer 
acumulação de triglicérides dentro das 
células do parênquima (mais observada 
no fígado); 
A esteatose pode ser causada por 
toxinas (alteram a função das 
mitocôndrias e do REL), desnutrição 
proteica (diminui a síntese de 
apoproteínas), diabetes melitus, 
obesidade e anóxia (inibe a oxidação 
dos ácidos gordos); 
O abuso de álcool e o diabetes 
associado com a obesidade são as 
causas mais comuns da degeneração 
gordurosa do fígado nos países 
industrializados; 
A alteração gordurosa mais acentuada 
pode de forma transitória prejudicar a 
função celular, porém a menos que 
algum processo intracelular vital seja 
irreversivelmente danificado, a 
degeneração gordurosa é reversível. 
Morfologia 
A acumulação gordurosa aparece como 
vacúolos claros no interior das células 
parenquimatosas; A gordura é 
identificada pela coloração com Sudan 
IV ou Oil Red O (coram a gordura em 
vermelho-alaranjado); O glicogênio 
pode ser identificado pela coloração 
para polissacáridos, utilizando-se o 
corante ácido periódico-Schiff (cora o 
glicogénio de vermelho-violeta). 
 
Figura 6: fígado gorduroso. Detalhe, em grande 
aumento, da esteatose hepática. Na maioria das 
células, o núcleo bem preservado é deslocado para 
a periferia junto com o citoplasma, ao redor do 
vacúolo de gordura. Fonte: KUMAR, Vinay; ABBAS, 
Abul K.; ASTER, Jon C.: Robbins Patologia Básica. 9.Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 
 
COLESTEROL E ÉSTERES DE 
COLESTEROL 
Os macrófagos em contato com restos 
de lipídios das células necróticas ou 
formas anormais de lipoproteínas (ex.: 
Página | 9 
 
oxidadas) podem tornar-se cheios de 
lipídio fagocitado, tornando-se 
preenchidos com pequenos vacúolos de 
lipídios revestidos por membrana, 
conferindo uma aparência espumosa 
no seu citoplasma (células espumosas); 
Ex.: aterosclerose e xantomas. 
 
Figura 7: Colesterolose. Macrófagos carregados de 
colesterol (células espumosas, seta) em um foco de 
colesterolose da vesícula biliar. Fonte: KUMAR, 
Vinay; ABBAS, Abul K.; ASTER, Jon C.: Robbins 
Patologia Básica. 9. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2013. 
PROTEÍNAS 
Podem ocorrer acumulações de 
proteínas porque os excessos são 
apresentados às células ou porque as 
células sintetizam quantidades 
excessivas. 
Exemplos: Síndrome nefrótica: 
gotículas de reabsorção de proteína nos 
túbulos contornados proximais de cor 
hialina rósea; 
Acumulação de imunoglobulinas 
recentemente sintetizadas nos RER de 
alguns plasmócitos – corpúsculos de 
Russell (redondos e eosinófilos). 
 
Figura 8: Gotas de reabsorção de proteínas no 
epitélio tubular renal. Fonte: KUMAR, Vinay; 
ABBAS, Abul K.; ASTER, Jon C.: Robbins Patologia 
Básica. 9. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 
 
GLICOGÊNIO 
Excessivos depósitos intracelulares de 
glicogênio estão associados a 
anormalidades no metabolismo da 
glicose ou do glicogénio. 
Ex.: Diabetes mellitus  acumula-se no 
epitélio tubular renal, nos miócitos e nas 
células β dos Ilhéus de Langerhans. 
PIGMENTOS 
São substâncias coloridas que são 
exógenas ou endógenas; 
Carbono (indigerível); 
Pigmento exógeno mais comum; 
Quando inalado, é fagocitado pelos 
macrófagos alveolares e transportado 
através de canais linfáticos para os 
nódulos linfáticos traqueobrônquicos; 
Os agregados do pigmento escurecem 
os nódulos e o parênquima pulmonar 
(antracose). 
Lipofuscina (indigerível) 
Pigmento endógeno, designado por 
“pigmento do desgaste”; Produto de 
degradação da peroxidação lipídica; 
Página | 10 
 
Material intracelular granular, castanho-
amarelado, que se acumula em vários 
tecidos (ex.: coração, fígado e cérebro) 
como consequência do envelhecimento 
ou da atrofia; Não é nociva à célula, 
mas é importante como marcador de 
lesão antiga por radical livre; O 
pigmento marrom, quando presente em 
grandes quantidades, confere ao tecido 
uma aparência que é chamada de atrofia 
marrom. 
 
Figura 9: Grânulos de lipofuscina em miócitos 
cardíacos mostrados por (A) microscopia óptica 
(depósitos indicados pelas setas) e (B) microscopia 
eletrônica (observe a localização perinuclear, 
intralisossômica). Fonte: KUMAR, Vinay; ABBAS, 
Abul K.; ASTER, Jon C.: Robbins Patologia Básica. 9. 
Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 
Melanina 
Pigmento endógeno, preto-acastanhado; 
Sintetizada exclusivamente pelos 
melanócitos localizados na epiderme e 
atua como protetor contra a radiação 
UV prejudicial; Os queratinócitos basais 
adjacentes da pele podem acumular o 
pigmento (ex.: sardas), assim como os 
macrófagos da derme. 
Hemossiderina 
Pigmento granular, derivado da 
hemoglobina, amarelo à castanho-
dourado, que se acumula nos tecidos 
onde há um excesso de ferro, local ou 
sistêmico; Normalmente, o ferro é 
armazenado no interior das células em 
associação com a apoferritina, 
formando as micelas de ferritina; Este 
pigmento representa grandes agregados 
dessas micelas de ferritina, facilmente 
visualizados em MO pela reação 
histoquímica do azul-da-prússia; Os 
excessos locais de ferro e, 
consequentemente, de hemossiderina, 
resultam de hemorragia; como a 
equimose comum, em que os íons ferro 
da hemoglobina acumulam-se como 
hemossiderina amarelo-dourado; 
Sempre que há uma sobrecarga 
sistémica de ferro, a hemossiderina é 
depositada em muitos órgãos e tecidos – 
hemossiderose  com a progressão da 
acumulação, as células parenquimatosas 
tornam-se “bronzeadas” (fígado, 
pâncreas, coração e órgãos endócrinos, 
sem lesão no tecido); Ocorre nas 
condições de absorção aumentada de 
ferro alimentar, uso comprometido de 
ferro, anemias hemolíticas e 
transfusões; acumulação de ferro mais 
extensa é visto na hemocromatose 
hereditária, com lesão no tecido, 
incluindo fibrose hepática, falência 
cardíaca e diabetes mellitus. 
 
CALCIFICAÇÃO PATOLÓGICA 
Implica o depósito anormal de sais de 
cálcio, em combinação com pequenas 
quantidades de ferro, magnésio e outros 
minerais; 
Existem dois tipos de calcificação: 
calcificação distrófica e calcificação 
metastática; 
CALCIFICAÇÃO DISTRÓFICA 
O depósito de cálcio ocorre nos tecidos 
mortos ou que estão morrendo, que 
A B 
Página | 11 
 
ocorre na ausência de desarranjos 
metabólicos do cálcio (ex.: com níveis 
séricos normais de cálcio); É encontrada 
em áreas de necrose de qualquer tipo. 
Ex.: Ateromas da aterosclerose 
avançada; 
Calcificação distrófica das valvas 
aórticas é causa importante da estenose 
aórtica nos idosos; 
A patogenia da calcificação distrófica 
envolve a iniciação (ou nucleação) e a 
propagação, ambos podendo ser intra ou 
extracelulares, sendo o produto final a 
formação de fosfato de cálcio cristalino; 
A iniciação extracelular ocorre em 
vesículas revestidas por membrana 
originadas de células degeneradas, na 
calcificação patológica; 
A iniciação intracelular ocorre nas 
mitocôndrias de células mortas ou que 
estão morrendo; 
A formação dos cristais depende da 
concentração de Ca2+ e do PO4- nos 
espaços extracelulares, da presença de 
inibidores do mineral e do grau de 
colagenização, o qual aumenta a taxa de 
crescimento do cristal; 
 
Morfologia: Os sais de cálcio são vistos 
macroscopicamente como grânulos 
finos brancos ou agregados, muitas 
vezes palpáveis como depósitos 
arenosos; histologicamente, a 
calcificação aparece como depósitos 
basófilos intra ou extracelulares; com o 
tempo, pode ser formado osso 
heterotípico no foco da calcificação. 
 
Aula 5: Dissecação animal. 
1. Após pinçar a parede cutânea 
abdominal do rato Wistar, corta-
se, com uma tesoura, em sentido 
longitudinal, aproximadamente 
seis centímetros; 
2. Realiza-se uma incisão com o 
bisturi sobre a musculatura 
abdominal, a fim de evidenciar 
os órgãos abdominais e pélvicos, 
em um primeiro momento; 
3. Retira-se, para melhor 
visualização, o estômago, o 
intestino, o fígado (cuidado para 
não seccionar os lobos), o 
pâncreas, o baço e os dois rins; 
4. Procura-se por possíveis áreas 
de necrose ou quaisquer outras 
alterações macroscópicas; 
5. Com uma tesoura, cortam-se as 
costelas (cartilaginosas), a fim 
de evidenciar as estruturas 
torácicas; 
6. Atentar-se às alterações 
macroscópicas pulmonares, que 
podem estar presentes devido à 
forma como o rato foi sedado; 
7. Reposiciona-se o rato em 
decúbito ventral; retira-se o 
tecido cutâneo com uma tesoura 
e expõe, por meio de um bisturi, 
a coluna cervical e torácica do 
rato, que serão dissecadas para 
visualização da medula espinhal; 
Aula 6: Análise dos aspectos 
macroscópicos e microscópicos das 
peças do laboratório de Patologia. 
1. Preparação de solução para 
conservação das peças 
anatômicas; 
Materiais: 
 01 balão 
Página | 12 
 
 01 proveta 
 01 becker 
Lembrar 
A ordem de melhor material para 
quantificar volumes é:Balão > Proveta > Becker 
2. Análise das peças: 
i. Útero gravídico: 
Presença de miomas; 
Presença de 01 feto; 
ii. Intestino grosso: 
Suspeita de Síndrome de 
Crohn; 
Pólipos; 
iii. Rim: 
Hidronefrose; 
Cálculos; 
Áreas de necrose 
(desafio no laboratório: 
com base nos seus 
conhecimentos prévios, 
classifique qual o tipo de 
necrose presente); 
 
 
Aula 7: Distúrbios inflamatórios: 
Tecido pulmonar e TGI. 
 
Processos inflamatórios pulmonares – 
SARA 
As membranas hialinas alveolares 
consistem em um líquido de edema 
rico em fibrina, misturado com 
resíduos citoplasmáticos e lipídicos de 
células epiteliais necróticas; 
Mecanismo: 
 Ativação endotelial: lesão 
 Adesão e extravasamento de 
neutrófilos: degranulam e 
liberam mediadores 
inflamatórios (proteases, ROS e 
citocinas). 
 Acúmulo de fluido intra-alveolar 
e formação de membranas 
hialinas; 
 Resolução da lesão: macrófagos 
liberam citocinas fibrogênicas  
crescimento de fibroblastos e 
deposição de colágeno = 
Fibrose das paredes alveolares. 
 
Inflamação do Trato Gastrointestinal 
(doença de Crohn) 
 Principalmente no íleo 
terminal; 
 Lesões salteadas e 
estreitamento; 
 Úlcera aftosa  úlceras 
alongadas e serpentiformes; 
 Edema e perda de textura; 
 Tecido normal = pedra de 
calçamento; 
 Parede intestinal espessada e 
borrachuda; 
 Abscessos de criptas  
neutrófilos 
 Distorção da arquitetura da 
mucosa; 
 Atrofia da mucosa; 
 Granuloma não caseoso; 
 
Aula 8: Distúrbios inflamatórios: 
sistema renal, sistema nervoso e pele. 
Processos inflamatórios renais 
Rim: 
Página | 13 
 
 Envolvido por uma capsula 
fibrosa; 
 Unidade funcional: néfron; 
 Dividido em medula e córtex; 
 Capsula de Bowman; 
 Túbulo contorcido proximal: 
tem vilos; 
 Alça de Henle: epitélio cubico 
simples, permeabilidade hídrica; 
Lúpus Eritematoso Sistêmico: exantema 
malar, hipertensão, proteinúria, 
hematúria, anticorpo antinuclear (AAN) 
~autoanticorpo~. Hipersensibilidade 
tipo III  depósito de 
imunocomplexos. 
Proliferação de células endoteliais 
mesangiais e células epiteliais 
Alça de arame: espessamento da parede 
dos capilares devido às lesões induzidas 
pelos imunocomplexos 
Túbulo contorcido distal: não tem vilos 
Nefrite pós-estreptocócica: 
hipersensibilidade tipo III  
 
Processos inflamatórios do sistema 
nervoso 
Dedos de Dawson: desmielinização do 
córtex – ao redor do corpo caloso e na 
substancia branca periventricular  
esclerose múltipla; 
Na ressonância: sinal discreto  antigo 
Sinal crescente  recente/ativo 
Neurite óptica: focos de 
desmielinização do nervo óptico 
Sinal do cruzamento arteriovenoso: 
hipertensão intraocular  vasodilatação 
 oclusão das vênulas  focos 
lesivos/necróticos/hemorrágicos  
congestão venosa (ocular); 
Histologia: citoplasma dos macrófagos 
xantomatosos cora-se em vermelho 
(pois fagocitaram lipídios). 
 
 
Inflamação da pele 
Pele: epiderme (camada basal + 
espinhosa - têm células tronco- camada 
granulosa, camada lúcida –perda de 
muco e organelas, camada córnea), 
derme e hipoderme. 
Epiderme: queratinócitos (mais 
escuros), melanócitos (são mais claros), 
discos de Merkel, células de langehans. 
Hipoderme; 
Estrato basal e espinhoso  
mitoticamente ativos 
Psoríase: 
Doença inflamatória crônica, com 
atividade hiperproliferativa da pele e 
causa desconhecida; 
Quadro clínico: placas eritemato-
escamosas bem delimitadas, tamanhos 
variadas, pode haver prurido ou 
queimação; 
Diagnóstico clínico: sinal da vela; sinal 
do orvalho sangrento; 
Tratamento: não tem cura; tratamento 
paliativo; 
Histologia da lesão: 
Página | 14 
 
Acantose de padrão psoriasiforme 
(formas de clava)  camada espinhosa 
(papilas) alongada e edemaciada; 
Desaparecimento da camada granulosa 
e núcleos na camada córnea; 
Neutrófilos degenerados: 
microabscessos de Munro - entre a 
córnea e a espinhosa (uma vez que já 
não se tem a camada granulosa). 
 
Aula 10: ATIVIDADE DIRIGIDA: 
Aspectos microscópicos e 
macroscópicos da regeneração e da 
cicatrização por 1ª e 2ª intenção. 
Termos importantes: 
Reparo  tecidos parenquimatosos e 
conjuntivos. 
Cura  epitélios de superfície. 
Reparo tecidual 
Regeneração: 
 Por meio de células teciduais não 
lesadas; 
 Capacidade limitada  apenas 
alguns tecidos conseguem 
recuperar-se plenamente. 
Mecanismos 
Deposição de tecido conjuntivo: 
 Formação de cicatriz; 
 Quando o tecido lesado não 
consegue restituir-se ou se as 
estruturas de suporte tecidual 
estiverem muito lesadas, ocorrerá 
cicatrização; 
 Fibrose  deposição de colágeno; 
 Fibrose + exsudato inflamatório = 
organização. 
 Fatores de crescimento envolvidos: 
PDGFs, FGF-2 e TGF-β, sendo este 
o mais importante para a síntese e 
deposição de proteínas do tecido 
conjuntivo; 
 TGF-β: estimula a 
proliferação/migração de 
fibroblastos, aumento da síntese 
de colágeno e fibronectina, e 
redução na degradação da MEC 
pela inibição das 
metaloproteinases. Associado a 
fibroses; é uma citocina anti-
inflamatória; 
Proliferação celular 
Tecidos lábeis/instáveis (alta divisão 
celular): 
 Células são perdidas 
constantemente e repostas por 
maturação das células-tronco e 
pela proliferação de células 
maduras; 
 Células hematopoiéticas na medula 
óssea e maioria dos epitélios de 
superfície; 
 Tecido colunar TGI, útero e 
trompas de Falópio, e transicional 
do TU. 
 Fatores de crescimento 
indefinidos; 
 Perda de hemácias é corrigida pela 
proliferação de células-tronco 
hematopoiéticas pela influência 
dos Fatores Estimuladores de 
Colônia (CSFs); 
Tecidos estáveis: 
 As células desse tecido são 
quiescentes (estágio G0 do ciclo 
celular); 
 Baixa atividade proliferativa; 
Página | 15 
 
 São capazes de se dividir após 
lesão; 
 Parênquima da maior parte dos 
tecidos sólidos como rim, pâncreas 
e fígado; 
 Células endoteliais, fibroblastos e 
musculares lisas; 
 Capacidade limitada de 
regeneração (exceto fígado); 
Tecidos permanentes: 
 Células diferenciadas e não 
proliferativas na vida pós-natal; 
 Neurônios e células miocárdicas; 
 Formação de cicatriz; 
 Tecido esquelético é permanente, 
mas possui células satélites que 
são atraídas para a bainha 
endomisial e fornecem capacidade 
regenerativa; 
Fatores de crescimento 
 Fonte: macrófagos, células 
epiteliais e estromais; 
 Lingam-se à proteína MEC por 
meio de integrinas; 
Regeneração hepática 
1. Proliferação de hepatócitos: 
 Após até 90% da ressecção do 
fígado; 
 Citocinas + fatores de crescimento 
polipeptídicos; 
 Priming: células de Kupfer 
produzem IL-6, fazendo com que as 
células parenquimotosas se 
tornem sensíveis aos fatores de 
crescimento; 
 Fatores de crescimento como HGF 
e TNF α estimulam o metabolismo 
celular e a entrada das células no 
ciclo celular; 
 Há estímulos por sinais de parada, 
envolvendo provavelmente o fator 
TGF β; 
 
2. Regeneração a partir de células 
progenitoras: 
 Quando a capacidade proliferativa 
dos hepatócitos é prejudicada, 
como na inflamação crônica 
hepática; 
 Células ovais (em roedores) ficam 
em nichos específicos, os canais de 
Hering, onde os canalículos biliares 
se conectam aos ductos maiores; 
Cicatrização 
Ocorre quandoo reparo não pode ser 
alcançado apenas pela regeneração; 
Angiogênese 
 Formação de novos vasos; 
 Vasos recém-formados podem 
extravasar pelas junções 
interendoteliais incompletas 
devido ao VEGF (fator de 
crescimento que aciona a 
Angiogênese e aumenta a 
permeabilidade vascular); 
Formação do tecido de granulação 
 Migração e deposição de 
Fibroblastos + deposição de tecido 
conjuntivo frouxo + vasos e 
leucócitos entremeados; 
 Aparência rósea, macia e granular. 
Matriz extracelular frouxa se 
mistura com células inflamatórias, 
principalmente macrófagos; 
 
3. Remodelamento do tecido 
conjuntivo: 
 Maturação e reorganização do 
tecido conjuntivo – 
Página | 16 
 
remodelamento – produzindo 
uma cicatriz fibrosa estável; 
Os macrófagos envolvidos são 
principalmente do tipo 2 (ativados 
alternativamente). 
Macrófagos ativados classicamente 
dominam na fase de inflamação e estão 
envolvidos na eliminação dos 
microrganismos e tecidos mortos; 
 Vasodilatação, pelo NO, e maior 
permeabilidade, pelo VEGF; 
 Separação de pericitos da 
superfície abluminal e quebra da 
membrana basal  permite a 
formação do broto vascular; 
 Migração de células endoteliais 
para a lesão; 
 Proliferação de células endoteliais 
logo atrás das células migratórias 
orientadas (“de ponta”); 
 Remodelamento dos tubos 
capilares; 
 Recrutamento de células 
periendoteliais (periquitos para 
pequenos capilares e células 
musculares lisas para vasos 
maiores) para a formação do vaso 
maduro; 
 Supressão da proliferação, com 
migração endotelial e deposição 
da membrana basal; 
Fatores de crescimento 
 Fator de crescimento vascular 
(VEGF): principalmente VEGF-A; 
 Angiopoietinas 1e 2 (ANG-1 e 
ANG-2. A ANG-1 interage com um 
receptor tirosina-cinase nas células 
endoteliais, o Tie2; 
 Fator de crescimento de 
fibroblastos (FGF): principalmente 
FGF-2; 
 PDGF  recruta células 
musculares lisas; 
 TGFβ  inibe a proliferação e a 
migração endotelial; 
Sinalização de Notch: VEGF, via Notch, 
regula o brotamento e a formação de 
ramos de vasos novos. Garante 
espaçamento adequado para vasos 
neoformados; 
Proteínas e enzimas da MEC participam do 
processo de brotamento dos vasos. 
Destaque para as enzimas 
metaloproteinases (MMPs) – MMP-1, -2, -3 
clivam colágeno fibrilar enquanto a MMP2 
e 9 degradam colágeno amorfo e 
fibronectina e MMP3 -10 -11 degradam 
proteoglicanos, laminina, fibronectina e 
colágeno amorfo - , que degradam a MEC 
para permitir o remodelamento e extensão 
do tubo vascular; enzimas inativas  
zimogênios  ativados pela protease 
plasmina. 
TIMPS  inibidores das MMPs 
Resolução: reparo subsequente por meio 
da digestão do exsudato; 
Cura por primeira intenção 
1. Inflamação; 
2. Proliferação (de células epiteliais e 
outras células); 
PDFG, EGF, TGF-β e FGF 
3. Maturação (da cicatriz do tecido 
conjuntivo); 
Cura por segunda intenção 
A perda de células ou tecidos é mais 
extensa, como ocorre em grandes feridas, 
abcessos, ulcerações e na necrose 
isquemia (infarto) de órgãos 
parenquimatosos, o processo de reparo 
envolve uma combinação de regeneração e 
cicatrização; 
Página | 17 
 
Contração; 
Resistência da ferida 
 Enquanto a sutura está presente = possui 
70% da resistência da pele hígida; 
01 semana após remoção das suturas = 
10%; 
3 meses depois: 70-80%; 
Anormalidades no reparo de tecidos 
1. Deiscência: ruptura de uma ferida; 
2. Ulceração; 
3. Cicatriz hipertrófica; 
4. Queloide (cicatriz cresce além das 
margens da ferida); 
 
 
Figura 10: Queloide. A, Excesso de deposição de 
colágeno na pele formando uma cicatriz 
sobrelevada conhecida como queloide. B, observe a 
deposição espessa de tecido conjuntivo na derme. 
Fonte: KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K.; ASTER, Jon 
C.: Robbins Patologia Básica. 9. Ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2013. 
5. Granulação exuberante; 
Proliferação exuberante de 
fibroblastos e outros elementos de 
tecido conjuntivo desmoides ou 
fibromatoses agressivas; 
6. Contração (queimaduras); 
 
Aula 11: Visita ao laboratório APC 
- Cascavel. 
Roteiro Laboratório: 
Etapa pré-laboratorial: 
 O médico, após realizar a 
biópsia, deve realizar 3 
passos: abrir, olhar e 
conferir (a fim de se evitar 
que alguma biópsia seja 
mandada trocada ou ainda 
ausente – frasco vazio); 
 O médico deve fixar a 
peça antes de enviá-la ao 
laboratório, para evitar 
que o tecido seja 
necrosado; 
 Quando a peça estiver 
fixada, a coloração deverá 
ser acastanhada. 
1. Recepção do material: 
- cuidados para não haver 
troca de exames  etiquetas; 
- cadastro (etapa 
fundamental); 
2. Macroscopia: 
- fixação do material: formol 
10%; 
- outros: citologia, citologia 
em meio líquido, 
glutaraldeído etc.; 
- dúvida quanto à fixação do 
material que será feito 
análise? Contate o 
patologista/laboratório. 
3. Histotécnica: 
i. Material coletado é 
fixado; 
ii. Após fixar, colocar na 
“aranha” para retirar 
A 
B 
Página | 18 
 
toda a água e gordura 
presentes no material 
para poder fixar a 
parafina; 
iii. Fixação da parafina; 
iv. Corte dos blocos 
(cubos); 
Coloração: 
1. Básicas: HE e Papanicolau; 
2. Específicas; 
Microscopia/Laudos: 
1. Análise das lâminas; 
2. Procura-se por aquilo de mais 
alterado; 
3. Separam-se os casos mais 
interessantes para possíveis 
publicações; 
Métodos imunológicos e genéticos: 
 Realizados externamente 
(serviços terciários); 
 Imuno-histoquímica; 
 Genética: mutações; 
Educação continuada: 
- livros; 
- fitas de congressos/cursos/jornadas: 
TVMed; 
- internet: 
 PathologyOutlines; 
 Uscap (The United States and 
Canadian Academy of 
Pathology) – acesso gratuito; 
 WebPathology (atlas de 
patologia); 
 
 
Aulas 12 e 13: 
1. Distúrbios Hemorrágicos 
Os distúrbios hemorrágicos, 
caracterizados por uma tendência ao 
sangramento fácil, podem ser 
resultantes de defeitos dos vasos 
sanguíneos ou de anormalidades do 
sangue em si. As anormalidades podem 
ser dos fatores da coagulação ou das 
plaquetas. Normalmente, o sangue 
encontra-se confinado no interior dos 
vasos sanguíneos – artérias, capilares e 
veias. Quando ocorre um sangramento 
(hemorragia), o sangue extravasa desses 
vasos, para dentro ou para fora do 
corpo. O corpo impede ou controla o 
sangramento de várias maneiras. A 
homeostasia é a forma com que o corpo 
impede os vasos sanguíneos lesados de 
sangrarem. Ela envolve três processos 
principais: constrição dos vasos 
sanguíneos, atividade plaquetária 
(partículas de forma irregular, 
semelhantes a células, presentes no 
sangue e que estão envolvidas na 
coagulação) e atividade dos fatores da 
coagulação (proteínas dissolvidas no 
plasma, a parte líquida do sangue). 
Anormalidades desses processos podem 
acarretar sangramento excessivo ou 
coagulação excessiva, ambos podendo 
ser perigosos. 
Hematidrose 
 Extravasamento do sangue das 
artérias às glândulas sudoríparas 
próximas; 
 Glândula apócrina: desembocam 
no meio externo (axilas e região 
púbica); 
 Glândula écrina: distribuem-se 
por toda a pele do corpo, sendo 
Página | 19 
 
mais numerosas nas palmas das 
mãos e planta dos pés; 
 Tratamento: imipramina, 
sertralina e propranolol; 
 
2- Aterosclerose 
Aterogênese: 
A aterosclerose é uma doença 
inflamatória crônicade origem 
multifatorial que ocorre em resposta à 
agressão endotelial, acometendo 
principalmente a camada íntima de 
artérias de médio e grande calibre. A 
formação da placa aterosclerótica inicia-
se com a agressão ao endotélio vascular 
devida a diversos fatores de risco como 
dislipidemia, hipertensão arterial ou 
tabagismo. Como consequência, a 
disfunção endotelial aumenta a 
permeabilidade da íntima às 
lipoproteínas plasmáticas, favorecendo 
a retenção das mesmas no espaço 
subendotelial. Mediante interação com 
os macrófagos, por exemplo, as células 
T podem se diferenciar e produzir 
citocinas que modulam o processo 
inflamatório local. Alguns mediadores 
da inflamação estimulam a migração e 
proliferação das células musculares lisas 
da camada média arterial. Estas, ao 
migrarem para a íntima, passam a 
produzir não só citocinas e fatores de 
crescimento, mas também matriz 
extracelular, que formará parte da capa 
fibrosa da placa aterosclerótica. A placa 
aterosclerótica plenamente desenvolvida 
é constituída por elementos celulares, 
componentes da matriz extracelular e 
núcleo lipídico e necrótico, formado 
principalmente por debris de células 
mortas. As placas estáveis caracterizam-
se por predomínio de colágeno, 
organizado em capa fibrosa espessa, 
escassas células inflamatórias e núcleo 
lipídico e necrótico de proporções 
menores. As instáveis apresentam 
atividade inflamatória intensa, 
especialmente nas suas bordas laterais, 
com grande atividade proteolítica, 
núcleo lipídico e necrótico proeminente 
e capa fibrótica tênue. A ruptura desta 
capa expõe material lipídico altamente 
trombogênico, levando à formação de 
um trombo sobrejacente. Este processo, 
também conhecido por aterotrombose, é 
um dos principais determinantes das 
manifestações clínicas da aterosclerose. 
 
Figura 11: Estrutura básica de uma placa 
aterosclerótica. Perceba que a aterosclerose é um 
processo basicamente da íntima. Seta preta: capa 
fibrosa (células musculares lisas, macrófagos, 
células espumosas, linfócitos, colágeno, elastina, 
proteoglicanas e neovascularização). Seta branca: 
centro necrótico (detritos celulares, cristais de 
colesterol, células espumosas e cálcio). Fonte: 
KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K.; ASTER, Jon C.: 
Robbins Patologia Básica. 9. Ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2013. 
Página | 20 
 
 
Figura 12: Evolução das alterações das paredes 
arteriais na hipótese da resposta à injúria. 1, 
Normal. 2, Lesão endotelial com adesão de 
monócitos e plaquetas. 3, Migração de células 
musculares lisas e monócitos na íntima, com 
ativação macrofágica. 4, Captação de lipídios 
modificados por macrófagos e células musculares 
lisas com posterior ativação e recrutamento de 
células T. 5, Proliferação das células musculares 
lisas da íntima com produção de matriz 
extracelular, formando uma placa bem 
desenvolvida. Fonte: KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul 
K.; ASTER, Jon C.: Robbins Patologia Básica. 9. Ed. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 
3- Infarto 
Um infarto é uma área tecidual de 
necrose isquêmica causada pela 
obstrução, seja do suprimento arterial 
ou da drenagem venosa; 
A trombose arterial ou embolia arterial 
é a causa da grande maioria de infartos. 
Causas menos comuns de obstrução 
arterial resultando em infartos incluem 
o vasoespasmo local, a hemorragia 
dentro de uma placa ateromatosa, ou a 
compressão extrínseca do vaso (p. ex., 
por tumor). Outras causas incomuns de 
infartos teciduais incluem a torção dos 
vasos (p. ex., na torção testicular ou nos 
vólvulos intestinais), a ruptura 
vasculartraumática, ou ainda a 
compressão vascular por edema (p. ex., 
síndrome do compartimento anterior) ou 
pelo aprisionamento em um saco 
herniário. Ainda que a trombose venosa 
possa causar um infarto, o resultado 
mais comum é apenas a congestão; 
Mixoma cardíaco e obstrução da 
artéria mesentérica superior: Tumor 
primário mais comum do coração (75% 
a 80%); surgimento: no endocárdio, de 
uma célula mesenquimal ou 
multipotente. Tamanho médio 5 cm, 
peso de 50g a 60g; sintomatologia: mais 
comum as manifestações de 
insuficiência cardíaca. Exame físico – 
ausculta cardíaca. Predomínio de 
mixomas lado esquerdo – sistema de 
embolismos (cerebral e periférico)  
infarto. Diagnóstico: ecocardiograma. 
Tratamento: remoção cirúrgica. 
4- Edema 
Os distúrbios que afetam as funções 
cardiovascular, renal ou hepática 
geralmente são marcados pelo acúmulo 
de líquido nos tecidos (edemas) ou nas 
cavidades corporais fechadas (efusões). 
Sob circunstâncias normais, a tendência 
Página | 21 
 
de a pressão hidrostática vascular 
empurrar água e sais de dentro dos 
capilares para o espaço intersticial é 
praticamente balanceada pela tendência 
de a pressão coloidosmótica plasmática 
puxar água e sais de volta para o leito 
venoso. Ocorre, habitualmente, um 
pequeno espalhamento de líquido no 
interstício, mas ele é drenado pelos 
vasos linfáticos e retorna, no final, para 
a corrente sanguínea através do ducto 
torácico, mantendo os tecidos “secos”. 
A pressão hidrostática elevada ou a 
pressão coloidosmótica diminuída 
rompe esse balanço e resulta no 
aumento da saída de líquido dos vasos. 
Se a taxa da saída de líquido exceder a 
capacidade de drenagem linfática, o 
líquido se acumulará. Nos tecidos, isso 
resulta em edema, e, se uma superfície 
serosa estiver envolvida, o líquido pode 
se acumular dentro da cavidade serosa 
do corpo resultando em uma efusão; 
Edema Pulmonar Agudo 
1. Aumento da pressão hidrostática 
capilar; 
2. Alteração da permeabilidade alvéolo-
capilar; 
3. Redução da pressão coloidosmótica 
do plasma; 
4. Alteração da drenagem linfática; 
5. Elevação da pressão negativa 
intersticial. 
 
 
 
Tabela 1: Causas de edema agudo de 
pulmão. 
MECANISMO ETIOPATOGENIA 
Aumento da 
pressão capilar 
do pulmão 
Cardiogênico (ICC, 
IAM, estenose 
mitral, cardioversão 
elétrica) 
Permeabilidade 
alvéolo-capilar 
aumentada 
Edema pulmonar 
infeccioso 
(pneumonia) 
Inalação de agentes 
tóxicos 
Substancias 
vasoativas 
Afogamento 
Inalação de fumaça 
Síndrome da 
Angústia 
Respiratória Aguda 
Diminuição da 
pressão 
oncótica do 
plasma 
Hipoalbulinemias 
relacionadas a 
nefropatias, 
hepatopatias e 
distúrbios 
nutricionais 
Alteração da 
drenagem 
linfática 
Aspiração pleural 
exagerada 
(quilotórax) 
Grandes altitudes 
Aumento da 
pressão 
negativa 
intersticial ou 
mecanismos 
mistos 
Neurogênico: TCE, 
AVE 
Intoxicação por 
heroína 
Embolia pulmonar 
Doenças 
parenquimatosas 
pulmonares 
Eclampsia 
Intoxicação por 
organofosforados 
 
Página | 22 
 
 
Figura 13: radiografia de tórax normal. Fonte: 
arquivo pessoal. 
 
Figura 14: Redistribuição vascular pulmonar, 
borramento difuso dos campos e imagem peri-hilar 
em “asa de borboleta”. A radiografia e 
característica para o edema pulmonar agudo. 
Discreta cardiomegalia, com aumento do ventrículo 
esquerdo, o que pode sugerir uma insuficiência 
cardíaca. Fonte: disponível em 
<https://www.misodor.com/CC2.html> 
 
Figura 15: PULMÃO. EDEMA AGUDO, CONGESTÃO. 
NOTE OS SEPTOS INTERALVEOLARES COM 
CAPILARES REPLETOS DE HEMÁCIAS (CONGESTOS) E 
OS ESPAÇOS ALVEOLARES COM MATERIAL RÓSEO E 
HOMOGÊNEO (LÍQUIDO DE EDEMA). OBSERVE OS 
MACRÓFAGOS (SETA), ESPARSAMENTE 
DISTRIBUIDOS, E ESCUROS, DEVIDO AO ACÚMULO 
DE HEMOSSIDERINA. H&E, PEQUENO AUMENTO. 
Fonte: disponível em 
<http://patologia.medicina.ufrj.br/graduacao/index.php/histopatologia-geral/167-disturbio-
hemodinamico/edema/21-edema-agudo-pulmonar-
transudato> 
5- Choque 
O choque é definido como insuficiência 
circulatória aguda com má distribuição 
generalizada do fluxo sanguíneo, que 
implica falência de oferta e/ou 
utilização do oxigênio nos tecidos. 
Tipos de choque: 
a. Hipovolêmico: volume 
do leito intravascular 
insuficiente; diminuição 
da pré-carga, diminuição 
do débito cardíaco e 
resistência vascular 
periférica aumentada. 
Conduta: controle da 
hemorragia, reposição 
volêmica com Ringer 
Lactato aquecido; 
ponderar a utilização de 
sangue; exame de 
imagem (FAST) e 
laparotomia; 
b. Obstrutivo; 
c. Cardiogênico; 
d. Distributivo (séptico, 
anafilático, 
neurogênico). 
 
6- Congestão e Hiperemia 
Hiperemia é um processo ativo 
resultante da dilatação arteriolar, 
levando a um aumento do fluxo 
sanguíneo. 
Página | 23 
 
Congestão é um processo passivo 
resultante da redução do efluxo 
sanguíneo de um tecido, que pode ser 
sistêmica ou localizada. A congestão 
pode, ainda, subdividir-se em três 
categorias, sendo elas: 
1. Congestão pulmonar aguda 
 Capilares alveolares 
ingurgitados com sangue; 
 Graus variáveis de edema septal 
alveolar; 
 Hemorragia intra-alveolar; 
2. Congestão pulmonar crônica 
(após cicatrização) 
 Septos espessados e fibróticos. 
 Macrófagos carregados de 
hemossiderina (“células da 
insuficiência 
cardíaca”) derivados das 
hemácias fagocitadas. 
3. Congestão crônica de longa 
duração 
 Morte celular parenquimatosa e 
fibrose tecidual secundária; 
 As pressões intravasculares 
elevadas podem causar edema e 
hemorragias focais; 
DESAFIO 
Paciente de 76 anos deu entrada na 
UPA com desconforto epigástrico, tosse 
seca e dispneia progressiva. Na história 
da doença atual relata tabagismo por 40 
anos, mas refere ter parado há 6. Refere 
HAS e DM2. Já foi diagnosticado com 
IAM e lesão arterial coronariana. Está 
em uso de AAS, heparina, furosemida e 
sinvastativa (anticolesterolinêmico); Ao 
exame físico, nota-se edema de 
membros inferiores e má perfusão 
periférica; ECG: bloqueio de ramo 
esquerdo (QRS alargado em alguma das 
derivações); RX de tórax: hipertrofia 
ventricular esquerda + infiltrado 
pulmonar difuso. Qual o diagnóstico 
mais provável? 
R: insuficiência cardíaca, que levou a 
uma congestão pulmonar. 
DESAFIO: 
Homem, 37 anos de idade, após 
discussão ao final de uma cervejada, 
que terminou em confronto físico, sofre 
trauma por arma branca. Chega ao 
hospital, trazido pelo suporte básico de 
vida, imobilizado em prancha rígida, 
com colar cervical e ventilado com 
máscara e ambu. Ao exame físico, 
MEG, pálido e com confusão mental; 
FC: 145 bpm; FR: 40 ipm; S02: 93%; 
PA: 80x30 mmHg; Inspeção: 
expansibilidade diminuída em 
hemitórax esquerdo, com lesão 2 cm, 
“respirante”; 
Palpação: Dor a palpação hemitórax 
esquerdo; 
Percussão: Hipertimpânico; 
Ausculta: Murmúrios vesiculares 
abolidos em hemitórax esquerdo; 
Bulhas rítmicas e normofonéticas em 
2T, ausência de bulhas extras ou sopros; 
Pele fria; pulso filiforme, rápido e 
simétrico, tempo de enchimento capilar 
maior que 2 segundos; 
Abdome com equimose e lesão 
penetrante em hipocôndrio esquerdo, 
Página | 24 
 
reativo e doloroso a palpação 
superficial, sugerindo ser a possível 
fonte do sangramento; pelve estável e 
ossos longos sem sinais de edema; 
Cite e explique o diagnóstico e dê a 
causa mais provável que gerou o 
quadro acima. 
R: Pneumotórax, devido à lesão de 2 cm 
em hemitórax esquerdo e choque 
hipovolêmico (paciente taquipneico, 
taquicárdico, hipotenso e com baixa 
saturação de O2, indicando o quadro de 
hemorragia); 
Choque hipovolêmico  volume do 
leito intravascular insuficiente, 
diminuição da pré-carga, diminuição do 
débito cardíaco e resistência vascular 
periférica aumentada. Ruptura de baço é 
a causa mais provável; 
 
Aula 14 e 15: Características das 
neoplasias e apresentações 
referentes a neoplasias. Temas: 
Bases moleculares dos tumores; 
genes de supressão e agentes 
carcinogênicos. 
Lembrar: 
Todos os tumores apresentam dois 
componentes básicos: 
 Células neoplásicas clonais que 
constituem o parênquima 
tumoral; 
 Estroma reativo feito de tecido 
conjuntivo, vasos sanguíneos e 
números variáveis de células do 
sistema imune inato e 
adaptativo; 
 
Termos importantes: 
1. Desmoplasia: estroma colagenoso 
abundante, formado por estimulação 
de células do parênquima; 
2. Tumor benigno: em seus nomes, 
liga-se o sufixo –oma ao nome do 
tipo de célula a partir do qual se 
origina o tumor; 
 Como os tumores benignos 
crescem e se expandem 
lentamente, geralmente eles 
desenvolvem um contorno de 
tecido fibroso comprimido, 
referido como uma cápsula que 
os separam do tecido 
hospedeiro; 
3. Carcinoma in situ: alteração 
displásica marcante, envolvendo 
toda a espessura do epitélio, porém 
a lesão não penetra na membrana 
basal; é considerada uma neoplasia 
pré-invasiva; 
4. Tumor maligno: conhecido como 
câncer (derivado da palavra latina 
caranguejo, pois costuma se aderir, 
de maneira obstinada, a qualquer 
região na qual esteja); são pouco 
demarcados em relação ao tecido 
normal ao seu redor e não há um 
plano de clivagem bem definido; 
 Tumores malignos que surgem 
em tecidos mesenquimais 
sólidos são geralmente 
chamados de sarcomas; 
 Tumores malignos que surgem 
de células formadoras de 
sangue são chamados de 
leucemias ou linfomas 
(tumores de linfócitos); 
 Tumores malignos que surgem 
de células epiteliais são 
chamados de carcinomas 
Página | 25 
 
5. Diferenciação: refere-se à extensão 
com o que as células do parênquima 
neoplásico assemelham-se às células 
parenquimatosas normais 
correspondentes, tanto na 
morfologia quanto funcionalmente; 
6. Anaplasia: refere-se à falta de 
diferenciação; é considerada uma 
marca de malignidade; 
7. Metaplasia: substituição de um tipo 
celular por outro tipo celular; essa 
alteração é reversível; 
8. Metástase: é definida como 
propagação de um tumor para áreas 
que são fisicamente descontínuas 
com o tumor primário e de forma 
inequívoca marca um tumor como 
maligno, pois, por definição, 
neoplasias benignas não formam 
metástases; 
Atenção! 
1. Principais características tumorais: 
a) Pleomorfismo: variação no 
tamanho e na forma da célula; 
b) Displasia: crescimento 
desordenado; perda da 
uniformidade das células 
individuais e perda da 
orientação arquitetural; 
c) Núcleo hipercromático: 
devido à desorganização da 
cromatina; 
d) Mitose atípica: figuras 
mitóticas atípicas, bizarras, 
algumas vezes com fusos 
tripolares, quadripolares ou 
multipolares; 
e) Anaplasia: também está 
relacionada à perda da 
polaridade da célula; 
2. Fatores que podem estar 
relacionados com o tropismo: 
a) Microambiente (condições do 
sistema imune, inflamação, 
estado nutricional etc.); 
b) Receptores (específicos) do 
tecido; 
Lembrar que, na maioria das vezes, 
baço e músculo esquelético não 
permitem tropismos! 
3. Oncogenes metastáticos: 
a) TWIST 
b) SNAIL 
Tabela 2: comparação entre tumores benignos e 
malignos. 
Tumor benigno Tumor maligno 
Pequeno Grande 
Bem delimitado Mal delimitado 
Crescimento 
lento* 
Crescimento rápido 
(com hemorragia e 
necrose)* 
Não invasivo Localmenteinvasivo 
Não metastático Metastático 
Bem diferenciado Mal diferenciado 
*: pode haver exceções. 
 
Bases Moleculares do Câncer 
 O dano genético não letal 
encontra-se no cerne da 
carcinogênese. 
 Um tumor é formado pela 
expansão clonal de uma única 
célula precursora que sofreu 
danos genéticos. 
 Quatro classes de genes 
reguladores normais: 
 Proto-oncogenes 
 Genes supressores do 
tumor 
Página | 26 
 
 Genes que regulam a 
apoptose 
 Genes envolvidos no 
reparo celular. 
 A carcinogênese resulta do 
acúmulo de mutações 
complementares de forma 
gradual ao longo do tempo. 
 Marcadores celulares e 
moleculares do câncer: 
 
Figura 16: Marcas registradas do câncer. Fonte: 
KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K.; ASTER, Jon C.: 
Robbins Patologia Básica. 9. ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2013. (Adaptado de Hanahan D, Weinberg 
RA. Hallmarks of cancer: the next generation. Cell 
2011; 144:646.) 
 
 Gene MYC, induz o ciclo 
celular. 
 Aumenta expressão de 
MYC aumenta risco 
câncer 
 Cinase Dependente da ciclina 
(CDK) 
 Ligada a ciclina conduz 
ciclo celular (ganho de 
função) 
 Inibidas pela CDKi 
(perda de função) 
Genes supressores de tumor 
 Limitam a proliferação 
celular; 
 Sua inibição = favorecimento da 
carcinogênese; 
 Oncogenes + genes supressores 
= quiescência ou parada do ciclo 
celular  apoptose; 
 Sinais inibitórios são oriundos 
do meio extracelular; 
RB: regulador da proliferação 
 Regulador negativo da fase G1/S 
e da diferenciação celular; 
 RB ligada a oncoproteínas virais 
fica inativa e deixa ciclo celular 
progredir; 
TP53: guardião do genoma 
 Regula a progressão do ciclo 
celular, o reparo do DNA, a 
senescência celular e a apoptose; 
 Gene que sofre mutação com 
mais frequência; 
 Indivíduos que herdam uma 
mutação em TP53 = síndrome 
de Li- Fraumeni; 
 Mutações em outras proteínas 
podem afetar p53 (p. ex.: 
MDM2 que controla sua 
degradação); 
 Oncoproteína viral do HPV se 
liga à p53 e degrada-a; 
 Sob situação de estresse, como 
danos no DNA, hipóxia e 
estímulo oncogênico (ativação 
da RAS → MAPK e PI3K/AKT 
Página | 27 
 
→ crescimento), p53 não é 
degradada; 
 P53 atua como fator de 
transcrição de genes-alvo, 
fazendo interrupção do ciclo 
celular em G1: resposta 
primordial ao dano no DNA; 
senescência por alterações na 
morfologia e expressão gênica; 
apoptose por expressão de BAX 
e PUMA pela via intrínseca; 
aumento do metabolismo 
catabólico ou inibição o 
metabólico; 
 Perda de função = dano no DNA 
sem reparo e mutações são 
acumuladas; 
 TP53 selvagem tem mais chance 
do que TP53 mutado de ser 
morto pelas terapias; 
APC: guardiã da neoplasia do cólon. 
 APC atua de forma negativa nas 
vias de sinalização promotoras 
de crescimento; 
 Mutações de perda de função  
polipose autossômica familiar 
 Mantém a atividade da β-
catenina sob monitoramento via 
sinalização WNT; 
 WNT bloqueia a formação do 
complexo de destruição da β-
catenina (promovido pelo APC) 
e permite o movimento do 
citoplasma para o núcleo  
transcrição de TCF = 
crescimento das células 
epiteliais do cólon; 
 Células que perdem a APC 
entendem que elas estão sendo 
estimuladas continuamente pelo 
WNT; 
E-CADERINA 
 β-catenina se liga à E-caderina. 
Perda de contato célula-célula = 
β-catenina vai para o núcleo e 
estimula proliferação; 
 Quando do restabelecimento do 
contato cél-cél = β-catenina 
volta a se ligar na E-caderina; 
 A perda da inibição por contato 
é chave para os carcinomas; 
 Perda da expressão de E-
caderina contribui para a 
desagregação celular e facilita 
metástases; 
 
 
Página | 28 
 
 
Figura 17: O papel da APC na regulação da 
estabilidade e função da β-catenina. A APC e aβ-
catenina são componentes da via de sinalização 
WNT. A, Nas células epiteliais do cólon em repouso 
(não expostas à WNT), a β-catenina forma um 
complexo macromolecular que contém a proteína 
APC. Esse complexo leva à destruição da β-catenina, 
e os níveis intracelulares de β-catenina são baixos. 
B, Quando as células epiteliais normais do cólon são 
estimuladas por moléculas de WNT, o complexo de 
destruição é desativado, a degradação da β-
catenina não ocorre e os níveis citoplasmáticos 
aumentam. A β-catenina se transloca para o núcleo, 
onde se liga ao TCF, um fator de transcrição que 
ativa os genes envolvidos na progressão do ciclo 
celular. C, Quando o APC está mutado ou ausente, 
como ocorre frequentemente em pólipos e 
cânceres colônicos, a destruição da β-catenina não 
ocorre. A β- catenina se transloca para o núcleo e 
coativa os genes que promovem a entrada no ciclo 
celular, e as células se comportam como se 
estivessem sob constante estimulação pela via 
WNT. Fonte: KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K.; ASTER, 
Jon C.: Robbins Patologia Básica. 9. Ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2013. 
Evasão da apoptose: 
 Danos ao DNA, desregulação de 
oncoproteínas e perda de adesão 
à MB basal levam à apoptose; 
 A via mitocondrial é a mais 
desativada no CA; 
 BAX e BAK são pró-apoptóticas 
e BCL2, BCL-XL e MCL1 são 
antiapoptóticas; 
 BCL2 está superexpressa em 
linfomas de células B do tipo 
folicular e os protege da 
apoptose; 
 A maioria dos tumores sólidos e 
hematopoiéticos superexpressam 
algum membro da família BCL2 
de proteínas anti-apoptóticas; 
 Superexpressão dos membros da 
família BCL2 desenvolve a 
resistência dos tumores às 
terapias; 
Instabilidade genômica: 
 Os indivíduos nascidos com tais 
defeitos hereditários nas 
proteínas de reparo do DNA 
estão com risco muito 
aumentado de desenvolver 
câncer. 
 TP53 = interrompe a divisão da 
célula para ganhar tempo para o 
reparo do dano do DNA causado 
por mutagênicos ambientais e 
inicia apoptose em células com 
danos irreparáveis. 
 Defeitos no reparo do 
pareamento errôneo, reparo de 
excisão de nucleotídeos e no 
reparo de recombinação 
favorecem a carcinogênese. 
 Pode causar doenças como: 
Neoplasias Linfoides , HNPCC 
(Síndrome do Câncer de Colón 
sem Polipose Hereditária) e 
xeroderma pigmentoso; 
Alterações Cromossômicas 
1- Translocações Cromossômicas: é o 
mecanismo mais comum. Resulta na 
superexpressão de um proto-oncogene; 
Página | 29 
 
 Pode ocorrer fusão das 
sequências de codificação de 
dois genes formando uma 
proteína quimérica nova com 
propriedades oncogênicas, por 
exemplo, o cromossomo 
Philadelphia (associada à 
leucemia mieloide crônica). 
 Ex. de doença causada por 
translocação cromossômica: 
linfoma de Burkitt 
2- Deleções; 
3- Amplificação Gênica; 
4- Cromotripse (“catástrofe”; mais 
rara); 
RNAs não-Codificadores e Cânceres 
 MicroRNAs (miRs): Pequenos 
RNAs não codificantes; 
 Inibem tradução do RNAm ; 
 Controlam crescimento normal, 
diferenciação e sobrevivência  
Alterações  Câncer; 
 
Agentes carcinogênicos e suas 
interações celulares 
 A carcinogênese é determinada 
pela exposição aos agentes 
carcinogênicos (frequência, 
período e interação); 
 O período de latência (período: 
estímulo  reação) varia com o 
tipo de agente, características 
individuais, intensidade do 
estímulo e localização; 
 “Assinaturas carcinógenas” – 
alguns carcinógenos tem 
preferência por certa sequência 
de bases  “ponto de acesso”, 
ou seja, mutações induzidas por 
carcinógenos não são totalmente 
aleatórias; 
Ação direta: não requerema 
conversão metabólica para se tornarem 
carcinogênicos; 
Ação indireta: (maioria) 
 Precisa de metabolização; 
 Carcinógeno indireto  
carcinógeno final; 
 Exemplos: combustíveis fósseis, 
fuligem etc.; 
 Detoxificação: maioria pelas 
mono-oxigenases dependentes 
de citocromo P450; 
 Agentes promotores apenas 
estimulam a proliferação celular 
(não são mutagênicos); 
 
 
DESAFIOS: 
1. M. I. D. homem raça branca, 69 
anos, e trazido no serviço de 
emergência acusando dispneia 
com taquipneia (28/min), 
respiração acentuada, com 
discreta cianose perioral, 
ansiedade, agitado. PA = 
160/100 Hg, FC = 110/minuto 
(normal 70-80 se sedentário e 
50-60 se atleta). Não aguenta a 
posição deitada, acusando 
“sufoco”. Relata com 
dificuldade que a crise apareceu 
de repente, assistindo uma 
Página | 30 
 
partida de futebol, mas que, no 
último tempo já sentiu varias 
vezes cansaço e falta de ar. Não 
procurou auxilio medico. Nega 
tratamento prévio. A ausculta 
pulmonar revela estertores 
pulmonares bilaterais, de 
repente, durante o exame 
começa a tossir, expectorando 
um escarro espumoso, rosado, 
que piora a dispneia. 
Exames laboratoriais: 
Hb: 9 g/dl (referência 13,5 a 18) 
e TGO = 90 U/l (referência 5-
40), TGP 110 U/l (referência 7-
56). Restante normal. 
 
Qual a suspeita diagnóstica? 
 
Os exames acima se encaixam 
no diagnostico de insuficiência 
cardíaca pelo que parece 
somente está presente uma leve 
anemia e congestão hepática 
evidente, o que pode ser causado 
pela insuficiência cardíaca. 
 
E o que explicaria os achados 
na ausculta e a tosse com 
escarro espumoso? 
 
Caso você pedisse uma 
radiografia de tórax, o laudo 
seria: redistribuição vascular 
pulmonar, borramento difuso 
dos campos e imagem peri-hilar 
em “asa de borboleta”. 
Discreta cardiomegalia, com 
aumento do ventrículo esquerdo, 
o que pode sugerir uma 
insuficiência cardíaca. 
 
E agora, qual o diagnóstico 
final? 
R: O quadro clínico é típico 
de edema pulmonar agudo. 
Sendo que devido à idade, 
provavelmente, se trata de um 
edema pulmonar cardiogênico, 
em que a crise surge em 
condições praticamente basais. 
 
2. ATS, sexo masculino, 35 anos, 
tabagista, entregador de pizza, 
sem plano de saúde. 
Apresentou dor abdominal no 
quadrante inferior direito, 
diarreia sanguinolenta e febre, 
sendo diagnosticado pelo 
interno, a priori, com apendicite 
aguda. O residente avalia melhor 
o caso e após fazer o exame 
proctológico, verificou a 
presença de estenose intestinal, 
com presença de edema 
transmural e fibrose submucosa, 
além de lesões múltiplas. 
 
Qual o diagnóstico? Como se 
apresenta o órgão afetado nessa 
patologia? 
 
R: Doença de Crohn; 
 Lesões salteadas e 
estreitamento; 
 Úlcera aftosa  úlceras 
alongadas e serpentiformes; 
 Edema e perda de textura; 
 Tecido normal = pedra de 
calçamento; 
 Parede intestinal espessada e 
borrachuda; 
 Abscessos de criptas  
neutrófilos 
 Distorção da arquitetura da 
mucosa; 
Página | 31 
 
 Atrofia da mucosa; 
 Granuloma não caseoso; 
 
3. Todos os cânceres exibem oito 
alterações fundamentais na 
fisiologia celular, que são 
consideradas as marcas 
registradas do câncer. Sobre 
elas, assinale a alternativa 
incorreta: 
a) Escape de destruição imune e 
imortalidade. 
b) Autossuficiência nos sinais de 
crescimento e capacidade de 
invadir ou metastatizar. 
c) Metabolismo celular alterado e 
manutenção da Angiogênese. 
d) Evasão da apoptose e supressão 
da inflamação. 
 
R: D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
1. Elsevier. Kumar et al: Robbins 
Basic Pathology 8e - 
http://www.studentconsult.com/. 
2. Disponível em 
<www.fo.usp.br/lido/patoarteger
al/patoartenec.htm.>. 
3. KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul 
K.; ASTER, Jon C.: Robbins 
Patologia Básica. 9. Ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2013. 
4. Disponível em 
<http://anatpat.unicamp.br/lamd
egn7.html>. 
5. Disponível em 
https://pt.slideshare.net/upload7
18/estudo-radiolgico-do-trax-
dcg-fisioterapia-pdf-14937803.