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ENSAIO DE CHAMA Equipe: Gabriella Soares da Silva Renan Morassato Thainá Araujo Bispo Unidade Curricular: Química Analítica Geral II DIADEMA-SP 2017 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO INSTITUTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS, QUÍMICAS E FARMACÊUTICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA RESULTADOS A zona oxidante de uma chama apresenta energia suficiente para excitar os elétrons de determinados cátions, fazendo-os saltar para níveis mais energéticos. O elétron, então, retorna à sua condição inicial devido ao fato dessa condição ser altamente instável, liberando a energia recebida na forma de um fóton, cujo comprimento de onda corresponde a uma determinada cor. Essa cor é característica da espécie do cátion. É válido ressaltar que um elemento não emite apenas um único comprimento de onda, e sim determinados comprimentos que, em conjunto, formarão a coloração específica do elemento. (BRADY; HUMISTOU, 1995) Tabela 1. Resultados e comparação com a literatura. Amostra Elemento metálico Coloração Observações Coloração (literatura) 𝑲𝟐𝑪𝑶𝟑 𝐾 + Violeta Coloração sutil Violeta 𝑪𝒂𝑪𝑶𝟑 𝐶𝑎 2+ Vermelho-laranja Coloração forte Vermelho tijolo 𝑺𝒓𝑪𝒍𝟐 𝑆𝑟 2+ Vermelho-rosa Coloração intensa Vermelho carmin 𝑩𝒂𝑺𝑶𝟒 𝐵𝑎 2+ Amarelo Coloração forte Verde amarelado 𝑪𝒖𝑺𝑶𝟒 𝐶𝑢 2+ Verde Coloração intensa Verde 𝑪𝑯𝟑𝑪𝑶𝑶𝑯𝑵𝒂 𝑁𝑎 + Amarelo Coloração forte Amarela Comparando-se a coloração dos cátions com a literatura foi possível verificar que apenas o bário não apresentou uma coloração coerente com a literatura. A coloração amarela aferida deveria ter correspondido a uma cor verde amarelada. Erros imprevistos residem no fato de que a faixa de detecção em relação à quantidade de luz emitida fica difícil de mensurar a olho nu e que contaminação de elementos em amostras pode ocasionar em sobreposições das cores emitidas pelos diferentes compostos. Tabela 2. Ilustrações Elemento Metálico Coloração Figuras 𝐾+ Violeta 𝐶𝑎2+ Vermelho-laranja 𝑆𝑟2+ Vermelho-rosa 𝐵𝑎2+ Amarelo Forte 𝐶𝑢2+ Verde 𝑁𝑎+ Amarelo Forte 1. Pesquisem na literatura quais as reações que ocorrem na pérola de bórax nas chamas redutora e oxidante, neste experimento. No teste usando pérolas de bórax, é usado um fio de platina é semelhante ao usado no teste de chama. A extremidade livre do fio de platina é enrolada como uma pequena alça onde um palito de fósforo comum consiga passar. A alça é aquecida ao rubro na chama do bico de Bunsen, e rapidamente mergulhada em bórax (Na2B4O7.10H2O) pulverizado. O sólido aderente é mantido na parte mais quente da chama. O sal incha-se ao perder sua água de cristalização e contrai-se na alça, formando uma pérola incolor e transparente, que se compõe de uma mistura de metaborato de sódio e anidrido bórico. Na2B4O7. 10 H2O ∆ 2NaBO2 + B2O3+ 10 H2O A conta é humedecida e mergulhada na substancia finamente pulverizada de modo que uma diminuta quantidade adere a pérola. A pérola e a substancia aderente são aquecidas na chama redutora mais baixa; deixa-se esfriar e observa-se a cor. Elas são então aquecidas na chama oxidante mais baixa; deixa-se esfriar e observa-se a cor outra vez. As pérolas coloridas características são produzidas com sais de cobre, ferro, crómio, manganês, cobalto e níquel. Após cada teste, a pérola é removida do fio por aquecimento outra vez até a fusão, e então retirada do fio e lançada num recipiente com água. Figura 02 Bunsen Na zona oxidante ocorre a combustão completa. Os produtos da zona redutora queimam com facilidade ao chegar na zona oxidante pelo acesso ao oxigênio do ar. É fracamente visível. C + O2 CO2 CO + ½ O2 CO2 H2 + ½ O2 H2O. Tabela 3 Zona oxidante A zona redutora, chamada de zona intermediaria, possui temperaturas abaixo de 1540º C. Chama luminosa, é caracterizada por combustão incompleta, por deficiência do suplemento de O 2. O carbono forma CO , o qual se decompõe pelo calor, resultando em pequenas partículas de carbono que dão luminosidade à chama. Na chama redutora duas reações podem ocorrer: o sal de cobre (II) colorido é reduzido a metaborato de cobre (I) incolor: 2Cu(BO2)2 + 2NaBO2 + C → 2CuBO2 + Na2BO7 + CO E o borato de cobre (II) é reduzido a cobre metálico, de tal modo que a pérola aparece vermelha e opaca: 2Cu(BO2)2 + 2NaBO2 + 2C → 2Cu + Na2B4O7 + CO2 Metal Reações (Zona oxidante) Cu CuO +B2O3 → Cu(BO2)2 CuO +NaBO2 → NaCuBO3 Fe FeO +B2O3 → Fe(BO2)2 FeO +NaBO2 → NaFeBO3 Cr CrO + B2O3 → Cr(BO2)2 CrO +NaBO2 → NaCrBO3 Mn MnO + B2O3 → Mn(BO2)2 MnO + NaBO2 → NaMnBO3 Co CoO+ B2O3 → Co(BO2)2 CoO +NaBO2 → NaCoBO3 NI NiO + B2O3 → Ni(BO2)2 NiO +NaBO2 → NaNiBO3 Tabela 4 Zona Redutora 2. Por que ocorre a mudança de cor da chama no experimento 1? A mudança de cor no experimento 1 é devido a transição do elétron nos níveis de energia. Cada elemento químico possui uma distribuição eletrônica específica, quando o elemento químico absorve energia, podendo ser por meio de uma chama, isso excita o elétron que vai de um nível de menor energia para outro de maior energia, realizando uma transição eletrônica. O seu nível inicial de energia fica desocupando tendo como lei natural o retorno desse elétron, voltando ao seu estado fundamental. Nesse retorno a energia absorvida é liberada emitindo uma radiação que pode ser no comprimento da região do visível, como cada elemento tem distribuição eletrônica especifica esse retorno também terá uma radiação especifica. 3. Por que se utiliza o HCl e não outro ácido no teste de chama? O uso do ácido clorídrico (HCl) no teste de chama é para realizar a limpeza do fio de cromo- níquel eliminando os vestidos de outros matérias, formando sais solúveis em água, que poderiam interferir no teste de chama e por ser volátil é de fácil remoção ao ser aquecido durante o processo de limpeza do fio. 4. Utilizando dados de espectro de chama (comprimento de onda emitido), pesquisem quais dos íons testados na primeira parte da apostila produzirão chamas visíveis através do vidro de cobalto, que absorve entre 500 e 670nm? Como resultado de eventuais impurezas, a chama do cátion sódio mascara a de outros cátions. Esta pode ser observada por meio de um vidro de cobalto que absorve a coloração amarela e reflete a cor complementar. Para efeitos didáticos, as colorações verificadas sem e com o auxílio do vidro de cobalto estão explicitadas na Tabela 3. Metal Reações (Zona Redutora) Cu 2Cu(BO2)2 + 2NaBO2 + C → 2CuBO2 + Na2BO7 + CO 2Cu(BO2)2 + 2NaBO2 + 2C → 2Cu + Na2B4O7 + CO2 Fe 2Fe(BO2)2 + 2NaBO2 + C → 2FeBO2 + Na2BO7 + CO 2Fe(BO2)2 + 2NaBO2 + 2C → 2Fe + Na2B4O7 + CO2 Cr 2Cr(BO2)2 + 2NaBO2 + C → 2CrBO2 + Na2BO7 + CO2Cr(BO2)2 + 2NaBO2 + 2C → 2Cr + Na2B4O7 + CO2 Mn 2Mn(BO2)2 + 2NaBO2 + C → 2MnBO2 + Na2BO7 + CO 2Mn(BO2)2 + 2NaBO2 + 2C → 2Mn + Na2B4O7 + CO2 Co 2Co(BO2)2 + 2NaBO2 + C → 2CoBO2 + Na2BO7 + CO 2Co(BO2)2 + 2NaBO2 + 2C → 2Co + Na2B4O7 + CO2 Ni 2Ni(BO2)2 + 2NaBO2 + C → 2NiBO2 + Na2BO7 + CO 2Ni(BO2)2 + 2NaBO2 + 2C → 2NI + Na2B4O7 + CO2 Tabela 5 Colorações obtidas com e sem o auxílio do vidro de cobalto. Elemento Metálico Coloração sem o vidro de cobalto Coloração com o vidro de cobalto 𝑲+ Violeta Violeta 𝑪𝒂𝟐+ Vermelho-laranja Vermelho-Laranja 𝑺𝒓𝟐+ Vermelho-rosa Vermelho-rosa 𝑩𝒂𝟐+ Amarelo Forte Amarelo 𝑪𝒖𝟐+ Verde Azul 𝑵𝒂+ Amarelo Forte Amarelo Figura 3 Espectro visível e comprimentos de onda. Considerando-se o intervalo de absorção do vidro de cobalto entre 500 e 670nm é possível verificar que os cátions 𝐵𝑎2+, 𝐶𝑢2+, 𝑁𝑎+ , 𝐶𝑎2+ e 𝑆𝑟2+produzem chamas visíveis nítidas através do vidro de cobalto. O 𝐾+, por sua vez, emite coloração violeta e, portanto, não produz chama visível.
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