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Perfil de Lazer e Atividade Física dos estudantes da UNESA PETRÓPOLIS (2)

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Universidade Estácio de Sá – Campus Petrópolis 
Curso de Educação Física 
 
 
 
 
FARJALLA, Renato 1 
COUTINHO, Rafael dos Santos 2 
VICENTE, Rafael de Souza 2 
 
 
 
 
 
 
PERFIL DE LAZER E ATIVIDADE FÍSICA DOS 
ESTUDANTES DA UNESA – PETRÓPOLIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PETRÓPOLIS 
2018 
2 
 
RESUMO 
 
 
O presente estudo procurou explorar o perfil de atividade física e lazer dos alunos da 
Universidade Estácio de Sá, Petrópolis – RJ. Na introdução procuramos abordar 
temáticas que possuem influência direta na forma como o lazer e atividade física são 
administrados. Posteriormente, foi realizada uma pesquisa bibliográfica sucinta a fim 
de descrever os conceitos e o surgimento histórico de cada termologia. Quanto à 
metodologia, os dados foram coletados através de um questionário aplicado a 46 
estudantes, apresentados em percentual e dispostos em tabelas. Os resultados 
mostram uma grande predominância de universitários solteiros com idade média de 
23 anos que, conforme exposto, aproveitam boa parte do tempo livre com a família e 
utilizando o smartphone. Bares, shows, consumo de álcool e relação sexual são 
outras atividades que apresentaram uma aderência significativa. Em contrapartida, a 
leitura e o consumo de droga não são atividades que fazem parte do cotidiano dos 
estudantes, segundo os dados obtidos. Uma boa parcela pratica exercício físico com 
regularidade, porém, não utiliza acompanhamento profissional. Por fim, foi 
destacado a importância do desenvolvimento do lazer numa visão macro, a fim de 
promover saúde, interação social, educação e qualidade de vida. 
 
 
Palavras-chave: Lazer; Atividade Física; Estudantes Universitários; Qualidade de 
Vida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4 
2. LAZER .................................................................................................................. 5 
2.1 SURGIMENTO HISTÓRICO ........................................................................... 5 
2.3 CONCEITOS E DEFINIÇÕES ........................................................................ 6 
3. A QUALIDADE DE VIDA E O LAZER................................................................. 9 
4. O LAZER E A REALIDADE DE VIDA ............................................................... 10 
5. A RELAÇÃO ENTRE A QUALIDADE DE VIDA E A REALIDADE DE VIDA . 12 
6. ATIVIDADE FÍSICA ............................................................................................ 13 
6.1 SURGIMENTO HISTÓRICO ......................................................................... 13 
6.2 CONCEITOS E DEFINIÇÕES ...................................................................... 15 
7. MÉTODO............................................................................................................. 16 
9. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 16 
10. DADOS ............................................................................................................. 19 
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 22 
REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
 
Cria-se cada vez mais o poder de desejo, da satisfação pessoal e suas 
realizações, ao mesmo tempo que para alcançar esses objetivos, se faz necessário 
uma constante entrega do tempo para as tarefas diárias, sejam elas, o trabalho e ou, 
o estudo, principais realizações do nosso cotidiano. Diante disto, o tempo que temos 
livre dos afazeres, se torna ainda mais precioso, porém, de que forma fazemos uso 
deste tempo? 
 Se ocupar depois de cumprir com as obrigações, é refazer a si mesmo, 
reconstruir-se na recuperação psicossomática no combate ao estresse, promovendo 
a diversão, o entretenimento, e o desenvolvimento do indivíduo com o meio social, a 
toda essa promoção diante do tempo livre, nos dias atuais, chamamos de Lazer. A 
vivência do lazer gera para a sociedade consumo, seja ele, cultural, educacional e 
econômico. Desenvolvimento e organização sócio-política que cada formação 
histórica alcança, assim cada cultura percebe de forma diferente a utilização do seu 
tempo, um valor social regulável. 
 De acordo com Dumazedier (1976), temos: 
 
 ‘’Um conjunto de ocupações as quais o indivíduo pode entregar-se 
de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se, 
entreter-se, ou ainda, para desenvolver sua formação ou informação 
desinteressada, sua livre capacidade criadora, após livrar-se ou 
desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais.’’ 
 
Em meio a essa vasta possibilidade de como o indivíduo pode ocupar-se após 
suas obrigações diárias, este artigo, define um público alvo para ter como estudo o 
seu tempo livre. São jovens adultos universitários, da Instituição de Ensino Superior 
Estácio de Sá, da cidade de Petrópolis no Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Onde, por 
meio de um questionário, busca-se estudar o tempo livre destes indivíduos, a fim de 
identificar de que forma é promovida a satisfação deste público através do ócio 
criativo. 
Diante de uma sociedade, que hoje, recebe uma cobrança por resultados cada 
vez maiores, o tempo livre, principalmente da faixa etária deste estudo, se torna o 
tempo que sobra, o que existe após as tarefas do dia. Em contrapartida, existe cada 
vez mais o desejo de usufruir da juventude, na constante busca pela realização e 
5 
 
satisfação pessoal e coletiva. Onde vive-se em um ambiente de inter-relacionamento 
constante, novas amizades surgem a fim da promoção mútua da qualidade de vida. 
Há um desejo de bem-estar, de conquista, que surge na maioria das vezes dos locais 
onde se vivência o lazer. 
E esse público cresce anualmente segundo o último censo divulgado pelo 
IBGE, em 2016. O aumento, entre 2006 e 2016, foi de 62,8% de novas matrículas, 
tendo uma média anual de 5% de crescimento. Logo, torna-se necessária uma 
discussão a fim de identificar os comportamentos e costumes dos universitários, uma 
vez que as atividades de lazer e físicas, estão diretamente relacionadas com a saúde 
destes estudantes. 
Segundo NAHAS (1989, apud OLIVEIRA et al, 2014), os hábitos da vida adulta 
são construídos na juventude, portanto, é destacado a temática levantando uma 
problemática pertinente devido a tendência do jovem universitário não se preocupar 
com a saúde por se encontrarem no ápice da sua juventude. 
Outro ponto relevante destacado no censo é o aumento de matrículas em 
cursos a distância. Em 2006, as matrículas a distância eram responsáveis por apenas 
4,2% de todas as matrículas em cursos de graduação. Em 2016, essa participação 
pulou para 18,6%. 
Qual será o real motivo deste crescimento? Qualidade de ensino? Financeiro? 
Tempo livre? 
Tornou-se possível identificarmos marcas consolidadas da cultura da cidade 
por meio das alternativas de lazer buscada pelos universitários, uma vez que, a 
preferência por locais de encontro, ruas, bares, e praças, que mesmo após o passar 
dos anos, continuam sendo prioridade entre os jovens. Não existindo dúvidas, que o 
lazer apresenta características de regionalidade. 
 
2. LAZER 
 
2.1 SURGIMENTO HISTÓRICO 
 
Através deste objeto de estudo, diversos pesquisadores abordaram o tema a 
fim de definir um significado queo esclarecesse de forma mais concreta e sensata. 
6 
 
Procuraram também decifrar as atividades que faziam parte ou não e desenvolver 
formas de melhor aproveitar esse tempo. 
O termo começou a ser estudado no século XIX (DUMAZEDIER 1979), mais 
precisamente após a revolução industrial, antes disso tratava-se a respeito do ócio e 
do não-trabalho. O marco do início dos estudos acerca do tema foi, além da Revolução 
Industrial, o folheto publicado pelo militante socialista Paul Lafargue no ano de 1880 
no Jornal L‟Égalité. 
Os dois acontecimentos foram cruciais. Primeiramente, diante da substituição 
do homem pela máquina, aumentou-se o ócio e deu-se início às discussões de 
ocupação desse tempo, segundo SILVA (1971, p.10 apud MENOIA, 2000). 
 
“(...) a revolução dos costumes que se baseou em três 
novos elementos intimamente relacionados: diminuição 
das horas de trabalho e, consequentemente, aumento 
das horas de ócio; elevação do nível salarial em 
virtude de maior rendimento em um menor tempo de 
trabalho; e a incapacidade de empregar 
adequadamente o tempo livre". 
 
 
Em consequencia disso, desenvolveram-se pesquisas e discussões, entre elas, 
destacou-se o documento “Direito à preguiça” escrito por Lafargue, que abordou o 
direto do lazer dos operários e questionou o sistema capitalista. “Introduzam o trabalho 
de fábrica, e adeus alegria, saúde, liberdade; adeus a tudo o que fez a vida bela e 
digna de ser vivida.” (LAFARGUE, 1990 p. 25) 
 
 
2.3 CONCEITOS E DEFINIÇÕES 
 
Apesar do significado da palavra lazer parecer ser simples e objetivo, discute-
se muito acerca das diversas interpretações já desenvolvidas, além das inúmeras 
atividades associadas ou não com o termo. Fala-se também na função social e 
psíquica do lazer na vida das pessoas. 
7 
 
A palavra lazer é comumente associada às atividades recreativas ou grandes 
eventos. De forma geral, o descanso e o divertimento são os valores que costumam 
ser associados ao lazer. 
Segundo DUMAZEDIER (1979, p. 88), o lazer pode ser interpretado de diversas 
formas, gerando inúmeras atividades que podem ser consideradas atividades de 
lazer. É destacado também a influência do lazer no estilo de vida, capaz de determinar 
como o indivíduo irá se vestir, comportar e agir no dia a dia. 
Na obra de DUMAZEDIER (1979, p. 20), é citada algumas formas de enxergar 
o lazer, dentre elas, foi mencionado um aspecto interessante referente às teorias de 
Karl Marx, A. Comte e C. Proudhon. Eles associaram o desenvolvimento do lazer à 
evolução da cultura intelectual e, consequentemente, a uma maior participação nos 
negócios da cidade. Isso demonstra que o lazer e a evolução intelectual caminham 
juntos. Uma vez que o tempo de lazer seja bem aproveitado, isso contribuirá não só 
para o bem-estar físico, como também, para a evolução intelectual, resultando em 
uma participação mais integral de toda a sociedade nas políticas públicas de seu país, 
estado e município. 
DUMAZEDIER (1979, p. 89) apresenta uma visão dos economistas da época 
que consideravam qualquer atividade fora do ambiente de trabalho, atividade de lazer. 
“(...) situa o lazer somente com respeito ao trabalho profissional em oposição a este 
último, como se nada mais existisse contiguamente, como se o lazer resumisse 
inteiramente o não-trabalho. Esta definição é, na maioria das vezes, a dos 
economistas,(...)” 
Essa afirmação é desarmônica uma vez que, principalmente as mulheres, 
possuíam e possuem, ainda, responsabilidades familiais. Resultando em um não 
aproveitamento do tempo de lazer. Conforme citado por DUMAZEDIER (1979, p. 89). 
 
"Parece-nos lamentável particularmente para a clareza do conceito, 
confundir sob uma mesma palavra atividades que correspondem a um tempo 
liberado de obrigações profissionais e atividades que correspondem a um 
tempo sobrecarregado das obrigações familiais. A redução destas últimas 
condiciona também a possibilidade de atividades de lazer principalmente para 
as donas-de-casa e as mães de família, com demasiada frequência 
esquecidas pela sociologia do lazer." 
 
 
Em outro momento, DUMAZEDIER (1979) fala sobre outra forma de 
interpretação, onde restringe o significado do lazer às atividades realizadas 
8 
 
inteiramente pra alcançar autossatisfação, exclui completamente qualquer prática que 
tenha algum tipo de obrigação. O indivíduo desfruta do seu tempo livre descansando, 
lendo, correndo, jogando, seja qual for a atividade, o mesmo faz com prazer e 
jubilidade. 
CAMARGO (1986, p. 11-12) define lazer como ““(...) é um tempo onde se pode 
exercitar mais o fazer-por-fazer, sem que necessariamente haja um ganho financeiro 
em vista ou um preço sério a pagar.” 
Essa afirmação mostra uma visão mais simplista acerca do lazer, o que não a 
desqualifica, pois geralmente as atividades de lazer são realizadas dessa forma, num 
caráter desinteressado por parte do indivíduo, sem que haja retorno financeiro. Visão 
defendida também por MARCELLINO (1996). 
Porém, além dessas atividades, as que exploram o desenvolvimento social e 
pessoal, como por exemplo, o teatro, turismo, festas, etc., englobam-se também, 
segundo MARCELLINO (1996). Na contramão, observa-se atividades realizadas por 
compulsão, ditadas por modismo, ou seja, parecem ser atividades de lazer, mas, na 
realidade, são atividades que se enquadram no conceito de “antilazer”. 
REQUIXA (1980, apud MENOIA, 2000) também cita a utilização inteligente e 
rentável do lazer de forma educativa, que contribua para o desenvolvimento social e 
pessoal do indivíduo. Não perdendo, claro, as características de uma atividade não 
obrigatória e de livre escolha. Mas, independentemente disso, é exposto a 
possibilidade de o lazer ser bem aproveitado e explorado pelas sociedades modernas. 
MASI (1993, apud MENOIA, 2000) coloca-se a favor desta visão ao afirmar que 
o lazer estabelece “(...) o espaço que possibilita o desenvolvimento humano”. 
Observando e conhecendo as obras dos autores citados, é possível identificar 
uma simetria de definições, onde uma completa a outra, resultando enfim, numa 
definição elaborada e diversificada. 
E durante as exposições das ideias, é notório a preocupação social com a 
utilização inteligente do lazer. Podendo ser uma forma de propagar educação, saúde 
e qualidade de vida para as futuras gerações. 
 
 
9 
 
3. A QUALIDADE DE VIDA E O LAZER 
 
Segundo Gonçalves (2004) “A qualidade de vida abrange muitos significados, 
que refletem conhecimentos, experiências e valores de indivíduos e coletividades que 
a ela se reportam em várias épocas, espaços e histórias diferentes.” Com isso, as 
expectativas individuas que surgem devem estar sempre em sintonia com a realidade, 
visando não somente a si próprio como também as atividades em grupo durante o seu 
tempo livre. Diante das variadas possibilidades e alternativas para otimizar a 
qualidade de vida, temos: 
 
“O lazer não pode ser visto como uma única forma de divertimento na 
vida social. As variadas formas nas quais o lazer se apresenta, devem ter 
como principal objetivo a satisfação do seu praticante. O lazer é, ainda, 
portador de um duplo processo educativo: veículo e objeto de educação. 
Considerando-se, assim, não apenas suas possibilidades de descanso e 
divertimento, mas também de desenvolvimento pessoal e social.” 
(DUMAZEDIER, 1973). 
 
 
Dessa forma, identifica-se a importância do lazer, que promove desde a 
satisfação do indivíduo até seu desenvolvimento social. O lazer não tem uma fórmula 
única, ele se faz presente aos interesses de cada um, através dele é possível existir 
diferentes mudanças e manutenções de ordem social. Educar de maneira subjetiva,não se sentindo na obrigação, é uma potente característica oferecida pelo lazer, 
aprende-se tendo qualidade de vida, o que além do conhecimento adquirido, promove 
diversos benefícios. A satisfação de aspirações e identificação do que se busca 
permite as mais variadas possibilidades de uso do tempo livre. Gerando assim, o 
acesso para todos, independente da cultura de vida praticada. Diante da rotina diária 
dos jovens universitários, em que o tempo livre se dá, após as obrigações cotidianas, 
é preciso planejar e saber administrar o momento para o lazer, uma vez que o ócio 
criativo não desenvolvido, pode gerar até mesmo frustrações, e nos dias atuais, o 
desenvolvimento de transtornos psicológicos é eminente, principalmente, se tratando 
desta faixa etária que está em uma fase de total exposição e necessidade de mostrar 
resultados. 
 
 
“O lazer é um campo de atividade em estreita relação com as demais 
áreas de atuação do homem. Na consideração das suas relações com a ação 
10 
 
humana em seus diferentes campos, não podemos deixar de considerar as 
insatisfações, as pressões ou os processos de alienação que ocorrem em 
quaisquer dessas áreas. O “sentido” da vida não pode ser buscado, como 
muitas vezes somos levados a crer, apenas num fim de semana, ou numa 
viagem, embora essas ocasiões possam ser consideradas como 
possibilidade de felicidade e formas de resistência para o dia-a-dia.” 
(ESTUDOS DO LAZER, 2000 apud Marcellino, 2000, p.15). 
 
 
De maneira geral, o lazer está sempre relacionado com a qualidade de vida do 
indivíduo, principalmente por meio de expectativas, até mesmo as emocionais. 
Buscando desenvolver a condição humana, seus parâmetros individuais e 
socioambientais, modificáveis ou não, visando sempre a satisfação e o bem-estar de 
cada um. 
 
4. O LAZER E A REALIDADE DE VIDA 
 
Há uma preocupação muito grande dos estudiosos na forma como as pessoas 
estão tratando o lazer. Existem, atualmente, interesses de mercado que desprezam a 
importância do lazer, bem como a forma como é utilizado. 
Na obra de MARCELLINO (1996), a desigualdade social já era apontada como 
um dos fatores que corroboram para a não utilização do tempo livre de forma 
adequada e saudável devido à carga horária de trabalho extensa da população mais 
humilde, além da ausência de oportunidades e opções de lazer ao redor das moradias 
dessas pessoas. 
Além dele, autores como REQUIXA (1980, apud MENOIA, 2000), CAMARGO 
(1999) e MASI (2000) citam e defendem a utilização do lazer como meio propagador 
de educação. Porém, na atual conjuntura social do Brasil, sabe-se que as moradias 
periféricas são desprovidas de estrutura básica de educação e lazer para ser 
usufruído pela população. 
Na vertente dos jovens universitários, existe uma cobrança exacerbada no 
sucesso profissional e financeiro, obrigando-os a utilizar o tempo, em ócio ou não, de 
forma produtiva, resultando, assim, em uma diminuição da utilização do lazer de forma 
saudável e em um caráter desinteressado. 
Diante desta realidade, é observado e debatido nos estudos do lazer dos jovens 
universitários o consumismo desenfreado, principalmente do álcool, que foi abordado 
11 
 
no questionário desta pesquisa. Segundo ARANTES e FONGALAND (2011, apud 
BOTELHO, DA SILVA, MARETO, 2014) o álcool: “é antes um instrumento usado para 
a socialização e para a fuga dos desafios do dia a dia do que um motivo primordial 
para se frequentar os bares.” 
Em contrapartida, ROMERA (2008, apud BUZACARINI e CORRÊA, 2015) 
relativiza o uso do álcool, trazendo a visão que, se mal administrado, pode causar 
grandes malefícios, sendo a alienação um deles. 
“[...] o uso de álcool pode situar-se em dois extremos: por um lado, o 
atual estado do consumo de bebidas entre o público jovem reflete uma 
possibilidade de denúncia, ou um modo de declarar que algo na atual 
sociedade não está bem, tornando-se, de algum modo, uma forma de 
expressão e, portanto, não considerada alienante; por outro lado, o consumo 
excessivo de álcool tem condições de tornar o homem alienado.” 
 
Outro ponto discutido, ainda no viés do consumismo, é a busca por bens 
materiais que a indústria estimula e cria, automaticamente, um padrão de consumo, 
conforme os jovens vão adquirindo esses bens. E, em consequência disso, é possível 
afirmar que o consumismo se tornou mais uma forma de lazer. Porém, é discutido o 
que isso pode gerar para os jovens, seja de forma positiva ou negativa. 
SILVA et al (2005, apud BOTELHO, DA SILVA, MARETO, 2014) defende que 
essa prática consumista é uma forma de aumentar o ego, construir uma imagem, um 
status. 
Por outro lado, TASCHNER (2010 apud BOTELHO, DA SILVA, MARETO, 
2014) diz que o consumismo é uma forma de cidadania e inclusão, resumidamente 
chamado de consumo de inclusão. 
ISAYAMA e GOMES (2008, apud BUZACARINI e CORRÊA, 2015) relaciona a 
capacidade de consumo com as possibilidades de vivências de lazer, ou seja, os 
autores defendem que, quanto maior o poder de consumo, mais valorizada será a 
atividade. 
Nesse contexto, cabe inúmeros posicionamentos e conclusões, todos com o 
objetivo de esclarecer e esmiuçar os benefícios e malefícios das atividades, seja 
considerada atividade de lazer ou não. Levando em consideração a relativização das 
situações, uma vez que cada ser humano possui sua especificidade. 
 
12 
 
5. A RELAÇÃO ENTRE A QUALIDADE DE VIDA E A REALIDADE 
DE VIDA 
 
 Diante da amplitude que temos quanto a qualidade de vida, 
principalmente, ao se tratar de jovens universitários onde a diversidade é grandiosa, 
identificamos que o lazer destes vai muito além da satisfação, ele acontece sim, a 
partir da percepção subjetiva de tudo que cerca o jovem universitário, ou seja, desde, 
a infraestrutura da cidade, as opções culturais, esportes, entre outros. A própria 
sensação de bem-estar, e de segurança, influenciam diretamente na maneira de 
promover o lazer na sociedade. 
 A partir da realidade de vida, que surgem nossas aspirações e a 
perspectiva de vida, seja ela a curto, médio ou longo prazo. Uma pergunta comum 
nas entrevistas de emprego, é a de como nos vemos daqui há 10 anos. E fato, que na 
maior parte das repostas, juntamente com a realização pessoal e profissional, está o 
lazer, mesmo que não citado de maneira direta, mas, ele se faz presente, seja no 
desejo de realizar viagens a fim de conhecer novos lugares, fazer novos amigos, 
comprar um novo carro ou imovél, enfim, o lazer nos acompanha e se faz presente 
em nossas vidas de maneira direta ou indireta. 
 Na cidade de Petrópolis, localizada na Região Serrana do Estado do Rio de 
Janeiro, local de realização deste estudo, o lazer sofre influências desde as origens 
culturais dos imigrantes alemães, passando pela arquitetura da cidade, polo industrial, 
características dos bairros, enfim, toda a infraestrutura que por se tratar de uma cidade 
histórica traz consigo até hoje. Mediante a isto, encontramos pontos positivos, mas, 
também, pontos negativos para um constante desenvolvimento do lazer em relação a 
realidade de vida dos cidadões petropolitanos. Tudo isso se dá, pelo fato do lazer ser 
um fenômeno moderno, que busca estar presente no tempo livre das pessoas. 
 O lazer, ao mesmo tempo que sofre influências da realidade de vida de 
cada indivíduo, ele também, é capaz de nos induzir à relações informais e de 
consumo, em um cotidiano movido a partir das obrigações para as diversões que 
estão atrelados ao tempo livre. A utilização de parcelas do tempo total disponível, 
relaciona-se com o desenvolvimento e a organização sócio-política que cada 
formação histórica alcança, assim cada cultura percebe de forma diferentea utilização 
do seu tempo, tonando assim, um valor social regulável. A maior ou a menor variação 
13 
 
desse tempo na vida dos indivíduos, organiza-se e estrutura-se de acordo com os 
padrões assimilados sobre como se deve dispor o tempo para as diversas atividades, 
além de como o sujeito valoriza o sentido do tempo cotidiano para si. Desta maneira, 
as diferentes formas de sentir, pensar, agir e estabelecer o tempo seguem padrões 
culturais que se refletem na ação do sujeito. 
Encontra-se na literatura que é preciso educar os sujeitos não só para perceber 
os meandros do trabalho, mas também para os mais diversos e possíveis ócios, 
significa ensinar como se evitar a alienação que pode ser provocada pelo tempo vago, 
tão perigoso quanto a alienação derivada do trabalho (DE MASI, 2000, p.326). 
O ócio integra a forma de ser de cada pessoa sendo expressão de sua 
identidade. O lazer tem a capacidade de educar para o tempo livre, na descoberta 
pelo prazer em aprender valores do lazer e oportunidades do tempo livre. E também, 
de transmitir mensagens educativas através da satisfação e realização das pessoas. 
A identificação do que se busca permite ir de encontro aos mais variados interesses, 
sejam eles: interesses artísticos, intelectuais, físicos, manuais, sociais e turísticos. O 
ideal seria que cada indivíduo usufruísse de cada uma das formas de lazer, mas, 
observa-se que as pessoas restringem-se a poucas atividades, não por opção e sim 
por oportunidade de contato. 
Em meio a realidade de vida dos universitários, a rotina de realizações primeiro 
das obrigações e alto volume de cobranças, o lazer tem fundamental importância na 
recuperação psicossomática e combate ao stress, na diversão e entretenimento 
buscando superar o tédio moderno, além de ser essencial no desenvolvimento 
individual e social, fazendo com que seja possível adquirir novos comportamentos. 
 
6. ATIVIDADE FÍSICA 
 
6.1 SURGIMENTO HISTÓRICO 
 
A preocupação do homem pela condição física teve seu início na pré-história, 
segundo OLIVEIRA (2004) e RAMOS (1982). 
Nas obras, é evidenciado a importância do movimento como forma de 
sobrevivência, ou seja, os homens daquela época necessitavam do desenvolvimento 
14 
 
das valências físicas para poderem caçar e sobreviver. Dentre elas, por exemplo, é 
possível destacar a força, resistência e velocidade como valências fundamentais para 
os nômades devido às constantes migrações que esses povos realizavam. 
Naquele tempo, os grupos mais preparados venciam as batalhas por disputa 
de terra. Essas batalhas surgiram devido ao desenvolvimento de técnicas 
rudimentares de agricultura e domesticação de animais, resultando em um aumento 
do sedentarismo devido a fixação dos povos nas terras. (OLIVEIRA 2004). 
Diante dessa nova característica adquirida pelos povos da época, o esporte 
começou a ser praticado e desenvolvido. 
Conforme o homem pré-histórico foi evoluindo e adquirindo novas habilidades, 
surgiram outras atividades que não tinham como objetivo final a alimentação ou a 
sobrevivência. Juntamente com a caça e a pesca, a dança fazia parte das atividades 
praticadas pelos povos do período paleolítico superior (60 000 a.c.) e, diferentemente 
da pesca e da caça, tinha um caráter lúdico e ritualístico. 
Isso tudo se deveu ao aumento da ociosidade, uma vez que não havia a 
necessidade de caçar, tendo em vista o domínio desenvolvido pela agricultura e 
domesticação de animais. 
Portanto, com o aumento da ociosidade devido aos motivos supracitados, 
desenvolveu-se atividades esportivas com o objetivo de entreter tanto os adultos 
quantos as crianças de forma positiva, gerando através do esporte, valores éticos-
sociais. Conforme citado por OLIVEIRA (2004, p. 8) 
 
“Na medida em que o homem entra num estágio definitivo de 
sedentarização, seu espaço ocioso aumenta, levando ao surgimento de uma 
concepção esportiva, para as atividades que, até então, eram praticadas 
apenas por razões utilitárias, guerreiras ou ritualísticas." 
 
Em outro momento, OLIVEIRA (2004) destaca a influência marcante dos 
chineses na utilização do movimento humano como terapia, tendo como objetivo curar 
enfermidades inseridas no corpo. Foram os pioneiros a associar a atividade física com 
a saúde corporal e mental. A ginástica terapêutica utilizada na época era o conhecido 
Kong-Fou, praticado até os dias de hoje. 
 
Já os egípcios eram treinados rigorosamente a fim de proteger suas terras e 
expulsar possíveis invasores. A luta era uma atividade característica deste povo na 
15 
 
época. “Estimulados por uma longa guerra de independência contra os hicsos, povo 
asiático que os dominou, os egípcios foram levados a se exercitarem aplicadamente 
para expulsar os invasores, provocando um treinamento muito rigoroso dos seus 
soldados.” (OLIVEIRA, 2004, p. 9) 
 
6.2 CONCEITOS E DEFINIÇÕES 
 
Apesar de haver grandes divergências em certos termos quando fala-se em 
definição e significado, a atividade física apresenta uma homogeneidade neste 
quesito. É bem definida e entendida, segundo os autores explorados. 
NAHAS (2006) cita a definição de CASPERSEN (1985) enfatizando a diferença 
com o termo exercício físico, porém, correlacionando-os, uma vez que o exercício 
físico é uma forma de atividade física, mais intensa, planejada, estruturada, repetitiva 
e objetivando o desenvolvimento das valências físicas como um todo. 
Já a atividade física é definida como qualquer AVD (Atividade de Vida Diária), 
como comer, arrumar a casa, deslocar-se até o trabalho, trabalhar, e também 
atividades de lazer que tenham como característica o uso do corpo para ser realizada. 
 
“Define-se atividade física como qualquer movimento corporal 
produzido pela musculatura esquelética – portanto voluntário, que resulte 
num gasto energético acima dos níveis de repouso." (NAHAS, 2006). 
 
Segundo DA SILVA (2015), é considerado atividade física qualquer movimento 
corporal de baixa intensidade. O autor destaca em sua definição a característica 
marcante da diferenciação da atividade física em relação ao exercício físico ao afirmar 
que, além dos motivos supracitados, não é uma atividade com a finalidade de 
aprimorar a aptidão física. 
Portanto, observa-se que, além de conceituar a atividade física, os autores 
preocupam-se em destacar as diferenças com o exercício físico, que por muitas vezes 
é tratado como sinônimo. 
 
 
 
16 
 
7. MÉTODO 
 
As informações acerca do assunto foram coletadas através de um questionário 
simples contendo 15 questões, aplicado pelos alunos do 2º período do curso de 
Educação Física e, posteriormente, entregue ao professor orientador da pesquisa. 
O público alvo foram os alunos da Universidade Estácio de Sá – Campus 
Petrópolis, que estavam ativos academicamente no semestre da aplicação do 
questionário. Durante as entrevistas, o livre arbítrio de resposta foi devidamente 
respeitado. 
Inicialmente, o questionário abordou informações pessoais tal como: idade, 
estado civil, grau de escolaridade, renda e moradia. 
Posteriormente inseriu-se as perguntas referentes ao objetivo do trabalho, que 
era identificar as atividades realizadas pelos universitários no tempo livre, como 
também, o perfil de atividade física e lazer e a opinião sobre as ofertas disponibilizadas 
na cidade de Petrópolis para a prática de lazer. 
Os dados foram tabulados através do programa Excel para Windows e 
devidamente destacados no trabalho. 
 
9. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Foram entrevistados 46 estudantes de ambos os sexos, que apresentaram 
idade média de 23 anos. 78% destes declararam ser solteiros e 93% possuíam renda 
média entre 1 a 5 salários mínimos.(Tabela 1 e 2) 
Observou-se um número baixo de praticantes de leitura. Apenas 35% dos 
estudantes entrevistados declararam ter o hábito da leitura, fato que corrobora com a 
pesquisa “Retratos da leitura no Brasil – 4ª Edição” do Instituto Pró-Livro, onde foi 
observado uma quantidade significativa de não leitores (44%). (Tabela 6) 
 Esses dados servem de alento para que haja uma conscientização a fim de 
estimular a leitura, que é uma das melhores formas de adquirir conhecimento e 
aprendizado. 
Analisando o consumo de bebida alcoólica, 39% dos entrevistados alegaram 
consumir a substância que teve um grande crescimento no Brasil na primeira década 
17 
 
do século atual, segundo o LENAD (Levantamento Nacional de Álcool e Drogas). 
(Tabela 14) 
Quanto ao uso de outros tipos de substâncias (drogas) apenas 7% informaram 
consumir. (Tabela 13) 
Uma pesquisa mais recente da OMS (Organização Mundial da Saúde), 
divulgada em 2016, constatou um consumo médio de 8,9 litros de álcool per capita no 
Brasil, média superior quando comparada à média internacional. 
Já a utilização de celular, continua em alta. Segundo a 28º Pesquisa Anual de 
Administração e Uso de Tecnologia da Informação nas Empresas, o Brasil teria até o 
final de 2017, um smartphone para cada habitante. Discute-se muito sobre esse tema, 
principalmente acerca dos malefícios causados pelo uso excessivo. (Tabela 7) 
Cabe destacar o estudo realizado pelo professor sul-coreano Hyung Suk Seo 
(2018), da Universidade da Coreia, em Seul, onde foi constatado que, adolescentes 
viciados em celular, possuem mais chances de desenvolver depressão, ansiedade, 
impulsividade e insônia. 
Foi investigado também a vida sexual ativa ou não dos estudantes. Dos 
entrevistados, 41% afirmaram ter vida sexual ativa. (Tabela 5). Em um estudo 
realizado na Universidade Federal do Paraná, por MOSER (2007), foi constatado que 
50% dos estudantes de 18 a 20 anos e 70% de 21 a 24 anos possuíam vida sexual 
ativa. 
Esses achados sugerem que o início da vida adulta na universidade pode 
prejudicar o tempo livre destes estudantes, dificultando o relacionamento interpessoal, 
uma vez que as cobranças são exacerbadas e a falta de dinheiro é eminente. 
No estudo conduzido por ZEFERINO et al (2015), com estudantes 
universitários da Universidade Federal de Santa Catarina, foi observado uma relação 
positiva e harmônica dos estudantes com os pais, onde 75,6% dos entrevistados 
alegaram possuir uma “família maravilhosa”. 
Em outro estudo com estudantes universitários, realizado na Universidade 
Católica do Salvador, na Bahia, por RABINOVICH et al (2012), 59,1% dos 
entrevistados definiram Família como base segura, e 52,3% disseram que uma família 
ideal é uma família que conviva harmonicamente. 
Apesar do contexto familiar relacionado com o lazer, 78% dos entrevistados 
nesta pesquisa, disseram sair com a família frequentemente. Esses dados 
18 
 
demonstram que, diante desta relação próxima e harmônica, a família é, sem dúvida, 
a base para que o estudante possa galgar perspectivas positivas para sua vida através 
de um ambiente agradável e acolhedor. (Tabela 8) 
Em relação a prática regular de atividade física, o número de praticantes foi 
maior quando comparado aos não praticantes. Dos entrevistados, 61% alegaram 
praticar regularmente, porém, segundo a última pesquisa do IBGE “Práticas de 
esporte e atividade física”, feita em 2015, o número foi bastante desfavorável, 
contendo mais de 60% de pessoas não ativas só no Brasil. (Tabela 9) 
Fato que colabora diretamente para o aumento das contas públicas devido a 
inatividade física potencializar o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis, 
como diabetes, hipertensão arterial e isquemias. 
Outra característica analisada foi referente a frequência semanal dos exercícios 
físicos. Foi observado uma predominância dos inativos em realizar as atividades de 
forma esporádica, uma vez que, dentre 8 opções, 39% dos entrevistados declararam 
não praticar exercício físico ao menos uma vez na semana. Em contrapartida, os 
ativos demonstraram praticar de 3 a 5 vezes por semana, conforme exposto na tabela 
9.1. 
Foi analisado também o gasto mensal dos estudantes com o exercício. Uma 
grande parcela declarou não investir nenhum valor (67%), outra pequena parcela (7%) 
afirmou ter um gasto mensal de R$50,00 e os demais atestaram investir valores 
distintos que não houve destaque proporcional nesta análise. (Tabela 10) 
Antes de criarmos uma discussão acerca desta temática, vale destacar outro 
aspecto abordado nesta pesquisa. Indagados sobre possíveis impedimentos para a 
prática de lazer e, consequentemente, para o exercício físico, 43% dos entrevistados 
responsabilizaram o baixo investimento da prefeitura. Contudo, 15% afirmaram não 
haver impedimento para a prática, enquanto o restante dos entrevistados alegou 
outros motivos. (Tabela 12) 
No estudo de BUENO el al (2016), foi realizado um estudo de revisão baseado 
em 24 artigos referentes aos custos mundiais com a inatividade física. Concluiu-se 
que o NAF está diretamente relacionado com os custos de medicamentos, consultas 
e hospitalizações. Ou seja, quanto maior o NAF, menor serão os gastos com saúde 
pública. 
 
19 
 
10. DADOS 
 
Tabela 1 - Estado Civil 
Estado Civil Número de Entrevistados 
Casado 20% 
Solteiro 78% 
União Estável 2% 
Total Geral 100% 
 
Tabela 2 - Renda Média 
Renda Número de Entrevistados 
1 a 5 salários 93% 
5 a 10 salários 7% 
Total Geral 100% 
 
Tabela 3 - Moradia 
Moradia Número de Entrevistados 
Aluguel 17% 
Em financiamento 2% 
Própria 80% 
Total Geral 100% 
 
Tabela 4 - Bares e Shows 
Frequentam Bares e Shows Número de Entrevistados 
NÃO 52% 
SIM 48% 
Total Geral 100% 
 
Tabela 5 - Vida Sexual 
Vida Sexual Ativa Número de Entrevistados 
NÃO 59% 
SIM 41% 
Total Geral 100% 
 
Tabela 6 - Leem Livros 
Leem Livros Número de Entrevistados 
NÃO 65% 
SIM 35% 
20 
 
Total Geral 100% 
 
Tabela 7 - Utilizam Smartphone 
Utilizam Smartphone Número de Entrevistados 
NÃO 20% 
SIM 80% 
Total Geral 100% 
 
Tabela 8 - Saem com a família 
Saem com a família Número de Entrevistados 
NÃO 22% 
SIM 78% 
Total Geral 100% 
 
Tabela 9 - Praticam exercício físico regularmente 
Praticam exercício físico regularmente Número de Entrevistados 
NÃO 39% 
SIM 61% 
Total Geral 100% 
 
Tabela 9.1 – Quantas Vezes Semanalmente 
 
Quantas Vezes Semanalmente Número de Entrevistados 
0 39% 
1 4% 
2 7% 
3 17% 
4 11% 
5 15% 
6 2% 
7 4% 
Total Geral 100% 
Tabela 10 - Valor gasto mensalmente com a prática de exercício 
 
Valor gasto mensalmente com a prática de exercício 
Número de 
Entrevistados 
R$ 0,00 67% 
R$ 50,00 7% 
R$ 60,00 4% 
R$ 100,00 4% 
R$ 150,00 4% 
Outros valores 10% 
 Total Geral 100% 
21 
 
Tabela 11 - Utiliza Acompanhamento Nutricional 
Utiliza Acompanhamento Nutricional Número de Entrevistados 
NÃO 87% 
SIM 13% 
Total Geral 100% 
 
Tabela 12 - Impedimentos para a realização de atividades de lazer 
Impedimentos para a realização de atividades de 
lazer 
Número de 
Entrevistados 
Baixo investimento da prefeitura 43% 
Não há impedimento 15% 
Insegurança 9% 
Baixa variedade 4% 
Poucas opções e alto custo 4% 
Escassez de tempo livre 4% 
Manutenção dos espaços públicos 4% 
Dificuldade de Locomoção 2% 
Estrutura histórica 2% 
Não quiseram responder 4% 
Total Geral 100% 
 
Tabela 13 - Consumo de Outras Substâncias 
Consomem Outras Substâncias Número de Entrevistados 
NÃO 93% 
SIM 7% 
Total Geral 100% 
 
Tabela 14 - ConsomemÁlcool 
Consomem Álcool Número de Entrevistados 
NÃO 61% 
SIM 39% 
Total Geral 100% 
 
 
 
22 
 
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Em virtude da sua importância para toda a sociedade, e principalmente dentro 
da cidade de Petrópolis, a promoção do lazer deve ser levada de maneira séria, diante 
de um público que busca cada vez mais saciar seus anseios e perspectivas. O perfil 
do universitário, está em constante desenvolvimento que gera cada vez mais tarefas 
e cobranças, fazendo com que sejam ainda mais preciosos os seus momentos de 
lazer. Existe demanda, tanto para as atividades físicas quanto para as diversas formas 
de lazer, porém, é preciso saber que cada vez mais se é exigido qualidade e oferta 
destes, indo de encontro as esferas da administração pública da cidade. 
A gênero comum, a presença do lazer e da atividade física, são essenciais para 
os universitários, une alunos de diferentes cursos e períodos, gera prevenção à saúde, 
quebra tabus, e até mesmo supera limites e vence desafios, o ser humano tem uma 
melhor formação com a presença do lazer em sua vida. 
Este ciclo da vida universitária, exige uma constante troca entre as satisfações 
e realizações, ao mesmo tempo em que não existe uma estabilidade física, emocional 
e principalmente financeira. A realidade de vida de cada um, vai influenciar na 
qualidade de vida, de maneira direta, nas atividades físicas e no lazer. Proporcionar 
diferentes locais para realização destas atividades, ao se tratar de uma cidade 
histórica com herança cultural de bastante peso, será o diferencial. O raio de 
deslocamento feito pelos universitários, com maior relevância para os dias de aulas, 
cercam em torno de suas residências, trabalho e universidade. A alta frequência em 
bares, na vida nortuna da cidade, se mantem em ruas consideradas o point dos 
jovens, reforçando ainda mais o histórico cultural de Petrópolis. Os problemas 
identificados, neste segmento, são solucionáveis, com a presença de opções de lazer 
e atividades físicas nos bairros, maior diversidade cultural e acompanhamento das 
administrações públicas competentes. 
A pesquisa desenvolvida neste artigo identificou algumas das necessidades 
dos universitários, que parte desde as relações monetárias, o baixo investimento da 
prefeitura, passando pela falta de manutenção dos espaços, insegurança e 
infraestrutura da cidade. 
Os anseios a serem superados e a busca pelo bem-estar são grandes 
trampolins para o desenolvimento do lazer e das atividades físicas na cidade. 
23 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 1. MARCELLINO, N. C. Estudos do Lazer: uma introdução. 
Campinas, SP: Autores Associados, 1996. 
2. CAMARGO, L. O. D. L. O que é lazer. São Paulo: Brasiliense, 1999. 
3. LAFARGUE, P. O direito à preguiça. São Paulo: Hucitec, 1999. 
4. DUMAZEDIER, J. Sociologia Empírica do Lazer. Paris, França: 
Perspectiva, 1979. 
5. MENOIA, T. R. M. LAZER: histórias, conceitos e definições, 
Campinas, 2000. 
6. OLIVEIRA, V. M. D. O que é educação física. São Paulo: 
Brasiliense, 2004. 
7. RAMOS, J. J. Exercício Físico na História e na Arte: do homem 
primitivo aos nossos dias. São Paulo: IBRASA, 1982. 
8. NAHAS, M. V. Atividade física, saúde e qualidade de vida: 
conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. Londrina: Midiograf, 
2006. 
9. SILVA, L. A. D. Conceitos de atividade física e saúde. -: -, 2015. 
10. BUZACARINI, C.; CORRÊA, E. A. LAZER DOS “ESTUDANTES 
UNIVERSITÁRIOS”, Campinas, Jun 2015. 
11. OLIVEIRA, M. B.; DA SILVA, N. M.; MARETO, R. Lazer e consumo 
na percepção dos estudantes universitários, 2014. 
12. OLIVEIRA, C. D. S. et al. ATIVIDADE FÍSICA DE 
UNIVERSITÁRIOS BRASILEIROS: UMA REVISÃO DA LITERATURA, 
2014. 
13. E MARTINS, M. D. C. D. C. et al. Pressão Arterial, Excesso de Peso 
e Nível de Atividade Física em Estudantes de Universidade Pública, 2009. 
14. IBGE. Censo da Educação Superior, 2016. 
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15. MASI, D. D. O ócio criativo. Rio de Janeiro: [s.n.], 2000. 
16. LARANJEIRA, R. et al. II Levantamento Nacional de Álcool e Drogas 
(LENAD), São Paulo, 2014. UNIFESP. 
17. INSTITUTO PRÓ-LIVRO. 4ª edição da Pesquisa "Retratos da 
Leitura no Brasil", n. IBOPE INTELIGÊNCIA, 2016. 
18. MOSER, A. M.; REGGIANI, C.; URBANETZ, A. 
COMPORTAMENTO SEXUAL DE RISCO ENTRE ESTUDANTES 
UNIVERSITÁRIAS UNIVERSITÁRIAS DOS CURSOS DE CIÊNCIAS 
CIÊNCIAS DA SAÚDE. Associação Médica Brasileira, Paraná, 2007. 
19. ZEFERINO, M. T. et al. Consumo de drogas entre estudantes 
universitários: família, espiritualidade e entretenimento moderando a 
influência dos pares. Texto contexto - enferm., Florianópolis, 2015. 
20. RABINOVICH, E. P.; FRANCO, A. L.; MOREIRA, L. V. 
Compreensão do significado de família por estudantes universitários 
baianos. Estudos e Pesquisas em Psicologia , Rio de Janeiro, 2012. 
21. IBGE. Práticas de Esporte e Atividade Física, Rio de Janeiro, 2015. 
22. EXTRA. Estudo mostra que o uso de celular em excesso aumenta 
depressão e ansiedade. Disponivel em: 
<https://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/estudo-mostra-que-uso-
de-celular-em-excesso-aumenta-depressao-ansiedade-22135171.html>. 
Acesso em: 28 abr. 2018. 
23. BUENO, D. R. et al. Os custos da inatividade física no mundo: 
estudo de revisão. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, 2016. 
24. GONÇALVES , A.; VILARTA, R. Qualidade de Vida e Atividade 
Física - Explorando Teoria e Prática. Campinas: Manole, 2004. 
 
	1. INTRODUÇÃO
	2. LAZER
	2.1 SURGIMENTO HISTÓRICO
	2.3 CONCEITOS E DEFINIÇÕES
	3. A QUALIDADE DE VIDA E O LAZER
	4. O LAZER E A REALIDADE DE VIDA
	5. A RELAÇÃO ENTRE A QUALIDADE DE VIDA E A REALIDADE DE VIDA
	6. ATIVIDADE FÍSICA
	6.1 SURGIMENTO HISTÓRICO
	6.2 CONCEITOS E DEFINIÇÕES
	7. MÉTODO
	9. RESULTADOS E DISCUSSÃO
	10. DADOS
	11. CONSIDERAÇÕES FINAIS
	REFERÊNCIAS

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