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MET CIENTIFICA RESUMO AULA 6 A 10

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Aula 6 
Agora, você conhecerá um pouco sobre a estruturação e a formatação dos trabalhos acadêmicos.
Evitando o caos
Imagine se cada aluno que produzisse um trabalho acadêmico o organizasse como bem entendesse?
Imagine-se fazendo uma pesquisa e encontrando os livros organizados de formas diferentes: uns começando pelo desenvolvimento, seguido da conclusão e terminando com a introdução; outros começando pela conclusão, seguida da introdução e do desenvolvimento. Que confusão, não é mesmo?
É para dar uma sequência lógica, evitar o caos e, claro, a perda de tempo, que organizamos a ordem do texto. 
Aprendemos isso nas aulas de redação, lembra? Primeiro, vem a introdução, depois, o desenvolvimento e, por último, a conclusão. Essa ordem se estende a outras produções textuais, inclusive os trabalhos acadêmicos.
E é disso que vamos tratar nessa aula: estrutura, formatação e organização de nossas produções científicas.
E sabe quem dita as regras? Vamos descobrir!
Algumas normas da ABNT servem de padrão para as instituições de ensino no que diz respeito à apresentação de trabalhos acadêmicos e científicos.
Por isso, quando não houver especificação por parte da instituição quanto à normatização de um trabalho científico, adote as normas da ABNT.
Muitos dos trabalhos acadêmicos são compostos pelos chamados elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais que nos ajudam a organizar o conteúdo.
Esses elementos devem apresentar uniformidade gráfica e seguir a seguinte estrutura:
Pois, então, veja quais são as partes que não podem faltar no seu trabalho:
Obrigatórios:
Capa
• Folha de rosto
• Folha de aprovação
• Resumo na língua vernácula
• Resumo na língua estrangeira
• Sumário
OPCIONAIS
• Lombada
• Ficha catalográfica
• Errata
• Agradecimento
• Dedicatória
• Epígrafe
• Lista de Ilustrações
• Lista de tabelas
• Lista de abreviaturas e siglas
• Lista de símbolos
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
Os elementos pré-textuais são aqueles que antecedem o texto com informações que contribuem para a identificação e utilização do trabalho.
CAPA
FOLHA DE ROSTO
FOLHA DE APROVAÇÃO
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
RESUMO EM LÍNGUA VERNÁCULA
RESUMO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
SUMÁRIO
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELAS
 
Pré textuais
CAPA
A capa, elemento obrigatório que identifica o trabalho, deve conter as informações na ordem estabelecida pela NBR 14724, entretanto, por uma questão de praticidade, usaremos os elementos identificadores na seguinte ordem:
Nome da Universidade: localizado na margem superior, centralizado, letras maiúsculas, fonte 16 e em negrito.
Nome do curso: logo abaixo do nome da Universidade, em letras maiúsculas, centralizado, fonte 16 e em negrito.
Título do trabalho: em letras maiúsculas, centralizado, fonte 16, negrito.
Nome(s) do(s) autor(es): nome e sobrenome do(s) autor(es), em ordem alfabética, em letras maiúsculas, centralizado, (considerando o alinhamento horizontal), fonte 14 e em negrito.
Local e ano: nas duas últimas linhas da folha, em letras maiúsculas, centralizado, fonte 12 e em negrito.
Tais elementos devem ser distribuídos de maneira eqüidistantes na folha.
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FOLHA DE ROSTO
A Folha de Rosto, elemento obrigatório, é a repetição da capa com a descrição da natureza e objetivo do trabalho, portanto, contém detalhes da identificação do trabalho na mesma ordem.
Natureza e objetivo do trabalho: trata-se de uma nota explicativa de referência ao texto. Deve ser impresso em espaço simples, fonte 10 e com o texto alinhado a partir da margem direita.
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FOLHA DE APROVAÇÃO
Esta folha deve ser impressa, a partir da metade da página. Grafado em letras maiúsculas, fonte 12, em negrito, BANCA EXAMINADORA. Abaixo desta, imprimir quatro linhas para as assinaturas dos membros da banca examinadora. 
É utilizada, como elemento obrigatório, nos trabalhos que são avaliados por bancas, como por exemplo, nos TCCs. 
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DEDICATÓRIA
Esta é a folha em que o(s) autor(es) dedica(m) o trabalho e/ou faz(em) uma citação ou ainda, presta(m) uma homenagem. É um elemento opcional, porém, se utilizada, o texto é impresso em itálico, fonte 10, na parte inferior da folha, à direita e a folha é encabeçada pela palavra "Dedicatória", centralizado, em letras maiúsculas, fonte 14, em negrito.
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AGRADECIMENTOS
Esta folha é opcional. Quando utilizada deve privilegiar, àqueles que merecem destaque por sua contribuição ao trabalho. Desse modo, agradecimentos e contribuições rotineiras, não são, em geral, destacados.
Esta folha é encabeçada pela palavra AGRADECIMENTO, em letras maiúsculas, centralizada, fonte tamanho 14, em negrito. Em geral inclui agradecimentos: ao coordenador e/ou orientador, professores, instituições, empresas e/ou pessoas que colaboraram de forma especial na elaboração do trabalho.
O texto é composto utilizando-se a fonte tamanho12.
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RESUMO EM LÍNGUA VERNÁCULA
É a condensação do trabalho, enfatizando-se seus pontos mais relevantes de modo a passar ao leitor uma idéia completa do teor do trabalho. Deve ser desenvolvido, apresentando de forma clara, concisa e objetiva, a informação referente aos objetivos, metodologia, resultados e conclusões do trabalho. O título RESUMO deve estar centralizado, letras maiúsculas, fonte 14, em negrito.
O texto será apresentado três espaços abaixo do título, em espaço simples entrelinhas, sem parágrafo. O resumo deverá conter entre 200 e 500 palavras. É redigido na terceira pessoa do singular, com o verbo na voz ativa e não deve incluir citações bibliográficas.
É um elemento obrigatório e deverá conter também as palavras representativas do conteúdo do trabalho, isto é, palavras-chave ou descritores.
Quando utilizado em Anais de Congressos, Seminários etc, deverão constar, obrigatoriamente, na parte superior da folha e centralizados: título do trabalho, nome completo dos autores, do orientador e da instituição a que pertencem.
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RESUMO EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
O resumo deve ser, necessariamente, apresentado em pelo menos, mais um idioma além do original utilizado na língua vernácula. Deste modo, temos: em inglês ABSTRACT, em espanhol RESUMEN, em francês RÈSUMÉ, por exemplo; é apresentado em página separada.
Nos TCC's, trata-se de um elemento obrigatório. 
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SUMÁRIO
É um elemento obrigatório, constituído pela enumeração das principais divisões, seções e outras partes do trabalho, na mesma ordem em que aparecem no seu desenvolvimento, ou seja, deve conter exatamente os mesmos títulos, subtítulos que constam no trabalho e as respectivas páginas em que aparecem. 
O título SUMÁRIO deve estar em letras maiúsculas, fonte 14, centralizado e em negrito. Após três espaços, serão grafados os capítulos, títulos, itens e/ou subitens, conforme aparecem no corpo do texto.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
É um elemento opcional que se destina a identificar os elementos gráficos, na ordem em que aparecem no texto, indicando seu título e o número da página em que estão impressos.
É grafado o título: LISTA DE ILUSTRAÇÕES no centro da página, em letras maiúsculas, fonte 14, negrito.
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LISTA DE TABELAS
São opcionais e correspondem às listas de abreviaturas, siglas, símbolos e/ou grandezas; obedecem às mesmas regras das Listas de Elementos Gráficos. São utilizadas, se necessárias, para dar ao leitor as melhores condições de entendimento do trabalho.
ELEMENTOS TEXTUAIS
São considerados elementos textuais, a parte do trabalho em que se apresenta o assunto.
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO
INTRODUÇÃO
O título INTRODUÇÃO deve estar escrito à esquerda, na margem normal (sem parágrafo), em letras maiúsculas, fonte 14 e em negrito. 
A introdução é a primeira parte do "corpo do trabalho" e dela devem fazer parte:
Antecedentes do problema, tendências, pontos críticos; caracterização do tema e da organização.
Formulação do problema que inclui: dados e informações que dimensionam a problemática.
Objetivos: que traduzem os resultados esperados com a pesquisa.Justificativas: corresponde a defesa da pesquisa quanto a sua importância, relevância e contribuições.
DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO
O desenvolvimento corresponde à parte principal do trabalho na qual se faz a exposição ordenada e pormenorizada do assunto; pode ser dividida em seções e subseções; compreende a contextualização do tema e abrange:
A revisão da literatura: abordagem de teorias e/ou conceitos que fundamentam o trabalho, podendo constituir um ou vários capítulos.
Os métodos e procedimentos utilizados para coleta de dados: é a descrição da metodologia utilizada para o desenvolvimento do trabalho, os procedimentos adotados nas etapas do trabalho no que se referem ao diagnóstico e/ou estudo de caso.
A apresentação e análise dos dados: nesta parte, são apresentados/descritos os dados e a análise dos mesmos, bem como os resultados alcançados, relacionando-os à revisão bibliográfica, dispondo ao leitor as deduções e conclusões pertinentes ao trabalho com o objetivo de reforçar ou refutar as idéias defendidas.
As conclusões e/ou considerações finais: referem-se aos dados e resultados encontrados, compreendem o fechamento do trabalho com as indicações e/ou recomendações.
Pós textuais
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Os elementos pós-textuais são aqueles que complementam o trabalho.
REFERÊNCIAS
APÊNDICE
ANEXOS
GLOSSÁRIO
 
REFERÊNCIAS
É um elemento obrigatório, constituído pela relação de todas as fontes consultadas e apontadas no texto que deverão ser relacionadas em ordem alfabética, após três espaços do título REFERÊNCIAS, que vem grafado em letras maiúsculas, fonte 14, centralizado e em negrito.
As referências deverão ser feitas com base na NBR 6023.
APÊNDICE
Elemento que consiste em um texto ou documento elaborado pelo autor, com o intuito de complementar sua argumentação, sem prejuízo do trabalho. São identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos.
Os Apêndices devem ser enumerados, identificados e referenciados no texto.
Exemplo: Apêndice A - Questionário aplicado aos professores.
ANEXOS
Elemento opcional, não elaborado pelo autor, que documenta, esclarece, prova ou confirma as idéias expressas no texto. 
Os anexos são identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos, devem ser enumerados, identificados e referenciados no texto.
Exemplo: Anexo A - Plano de Carreira da Empresa.
GLOSSÁRIO
Elemento opcional que deverá ser empregado sempre que for necessário relacionar (em ordem alfabética) as palavras de uso específico (termos técnicos ou jargão da área), devidamente acompanhado de suas definições de modo a garantir a compreensão exata da sua utilização no texto.
formatação
Entende-se por formatação a ação de dar forma, de organizar a disposição dos elementos visuais em um arquivo gráfico ou de texto.
É a formatação, portanto, que nos ajudará a dar a forma mais apropriada, segundo a ABNT, aos nossos trabalhos acadêmicos e projetos. 
Ela nos auxiliará a adaptar o conjunto de características visuais próprias do texto ― como o itálico, o sublinhado, o negrito, o tamanho de fonte, o espaço de linhas etc. ― ao padrão estabelecido.
FONTE
Recomenda-se utilizar em  todo o trabalho a fonte Arial ou Times New  Roman, normal, tamanho 12.  A utilização do itálico é feita apenas nas palavras em outro idioma 
Nas  legendas das tabelas, figuras, ilustrações, citações longas e nos textos das notas de rodapé o tamanho da fonte a ser utilizada é 11.
ESPAÇO
O espaçamento a ser adotado é o de 1,5 cm nas entrelinhas, com recuo de primeira linha do parágrafo (1,25 cm – corresponde a 1 tab.) e texto justificado. 
Nas citações com mais de três linhas, nas legendas das tabelas, figuras e ilustrações o espaçamento é simples. 
Observe ainda o espaço simples nas referências bibliográficas, colocadas em ordem alfabética por sobrenome do autor, alinhadas  à margem esquerda e separadas entre si por dois espaços simples.
MARGEM
Segundo as normas da ABNT o papel deve ser branco, com formato A4 (21,0 cm x 29,7cm). 
As páginas devem apresentar margem esquerda e superior de 3,0 cm, direita e inferior de 2,0 cm.
CAPA
A capa é elemento obrigatório em alguns tipos de trabalho acadêmico, apresenta uma formatação específica e deve conter os elementos essenciais para identificação do autor do trabalho (ABNT, NBR 14724). 
 
A ABNT normatiza que seja usada a fonte Times New Roman ou Arial, tamanho 14, e o espaço entre as linhas deve ser simples. 
Sua capa deverá conter as seguintes informações na ordem sugerida:
 
 1º - Identificação da Instituição de Ensino Superior - IES (caixa alta);
 2º - Identificação do curso (caixa alta);
 3º -  Tipo de trabalho (caixa alta);
 4º -  Nome do acadêmico (caixa alta);
 5º -  Título do projeto (caixa alta);
 6º -  Cidade, ano (caixa alta).
FOLHA DE ROSTO 
A folha de rosto é um complemento da capa e deve apresentar a identificação da disciplina em que o trabalho será apresentado, bem como o curso, a instituição de ensino, o aluno e o professor orientador. 
 
Na hipótese de dissertações de mestrado e teses de doutorado, no verso da folha de rosto, deve constar a ficha catalográfica. 
Quanto a numeração das páginas, vale ressaltar que todas as folhas a partir da folha de rosto devem ser contadas, mas a numeração começa a partir da primeira parte textual (introdução). 
 
O número deve estar expresso em algarismo arábico, fonte 11, no canto superior da folha. 
SUMÁRIO
Para muita gente, fazer sumário no Word é um martírio. Ele nunca fica conforme o esperado quando criado manualmente.
Quando utilizamos a função automática do Word, ou não saímos do canto ou o resultado foge totalmente aos requisitos normativos, não é mesmo?
 
Para esclarecer as dúvidas sobre Sumário, assista ao vídeo e veja o passo a passo que mudará a sua vida!
CITAÇÃO DIRETA: compreende a transcrição de parte da obra do autor consultado, usando-se um texto da própria obra
CITAÇÃO INDIRETA: Refere-se o texto baseado na obra do autor consultado, reescrito com nossas próprias palavras
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA: Referência é o “[...] conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificação individual” (ABNT, 2002, p. 2) no todo ou em parte, impressos ou registrados em diversos tipos de suporte.
PARA FINALIZAR
..Veja agora algumas representações gráficas da formatação que te ajudarão na hora de montar seu anteprojeto ou projeto de pesquisa e seu TCC.
AULA 7 
CITAÇÃO
Qual é o propósito de um texto científico?
Segundo Azevedo (1997, p. 109), “o propósito de um texto científico é comunicar os resultados e as ideias a que se chegou, após a coleta e análise dos dados”. 
 
Porém, é muito comum recorrer às palavras dos próprios autores quando queremos escrever sobre nossas pesquisas. 
 
Muitas vezes, recorremos a citações ou porque não conseguimos superar a fala do autor ou porque queremos intencionalmente mostrar ao nosso leitor como ele abordou o assunto.
Segundo ABNT, citação é a “menção a uma informação extraída de outra fonte”. (NBR 10520:2002)
CITAÇÃO DIRETA
As citações diretas são aquelas que copiamos, sem mudar nada, do texto original que consultamos. 
 
Como esclarece João Bosco Medeiros (2003, p. 187), é a referência a uma obra colhida de outra fonte “para esclarecer, comentar, ou dar como prova uma autoridade no assunto”.
 
É importante observar que este tipo de citação só se justifica quando o pensamento expresso pelo autor consultado é efetivamente significativo, claro e necessário à exposição, pois excessos de citações diretas, tabelas, gráficos, podem acarretar prejuízo à estratégia de comunicação, comprometendo o trabalho.
Exemplo 1
 
João Medeiros (2003, p. 189) observa que “a citação direta exige alguns cuidados elementares com o texto, salientando-se entre outros: pontuação, maiúscula, destaques”. Assim, as citações diretas, com até três linhas, devem ser transcritasno seu próprio parágrafo, entre aspas duplas.
Exemplo 2
Trecho para citação: “(...) desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente e começando a usar os recursos naturais de forma inteligente para que eles não se esgotem. Seguindo estes princípios, podemos garantir o desenvolvimento sustentável”. (SILVA, 2011, p.57)
- Veja como você teria que incluir essa citação em um texto: 
A questão da sustentabilidade está em alta no momento. Percebemos que, se continuarmos consumindo os recursos do nosso planeta desse jeito, afetaremos a vida de nossos descendentes. Para evitar isso, temos que nos comprometer com as próximas gerações, repensando o “desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente e começando a usar os recursos naturais de forma inteligente para que eles não se esgotem. Seguindo estes princípios, podemos garantir o desenvolvimento sustentável”. (SILVA, 2011, p.57)
Você reparou como é feita a referência ao nome dos autores nessas citações?
Os nomes dos autores citados no texto devem ser grafados em letras maiúsculas, se estiverem entre parênteses, e em letra normal, se estiverem fora dos parênteses.
As transcrições com mais de três (03) linhas devem ter um recuo de 4 cm da margem esquerda e digitadas com letra menor que a do texto, e em espaçamento simples. São chamadas de citações diretas longas.
Os trechos de citação com mais de três linhas são apresentados em parágrafos separados, com espaço simples, letra menor do que a utilizada no texto e sem aspas duplas.
Exemplo 1
 
          Por meio de um processo literário composto não somente pela ironia, mas também pelo drama e pela sátira, Manuel Rui nos oferece uma aparente displicência, em que estes recursos organizam a comédia do discurso. Comédia dolorosa, em que nós leitores também participamos com um riso que não deixa de compartilhar a dor daqueles personagens e nem de perceber o absurdo que está sendo denunciado naquelas páginas:
Sangrando. Por vezes de mãos crispadas. Em silêncio. E com vontade de protestar. Sim, algo de chaplinesco vibra na transparência desse caos organizado. E a sua força dramática promana dessa participação indireta do autor-narrador que dir-se-ia obscuro quando afinal se nos revela por inteiro comprometido com o destino deste mundo que incomoda. 31    
A especificidade da ironia utilizada nos contos de Manuel Rui consiste no fato dele tê-la escolhido como estratégia para narrar as contradições presentes em Angola, dando maior enfoque ao comportamento social dos personagens inseridos num ambiente contraditório, desumanizado e alienante.
Exemplo 2
 
Segundo Santos (2000, p. 13):
A Filosofia é uma atividade resultante da inquietação cognitiva do ser humano. E por, esta razão, a Filosofia é inerente ao Ser Humano como ser racional, mesmo quando o filosofar ocorre inconscientemente. Nisto consiste a razão e não se pode ensinar a Filosofia. Só é possível se ensinar o método filosófico de pensar, ou seja, só é possível se ensinar a filosofar.
CITAÇÕES INDIRETAS
As citações indiretas apresentam formatação diferente por tratar-se de textos baseados na obra de um autor consultado e não uma cópia de suas palavras. 
Nesta hipótese, então, não é necessário o emprego das aspas duplas, porque a citação indireta mantém a ideia original do texto lido, mas é reescrita por quem está elaborando o trabalho. 
 
A citação indireta é também denominada paráfrase e, segundo a ABNT (NBR 10520:2002), configura uma transcrição livre do texto do autor.
 
João Bosco Medeiros (2003) esclarece que a citação indireta pode configurar um resumo, comentário de uma ideia, ou expressar o mesmo conteúdo, mas utilizando outras palavras. 
E explicar as ideias que encontramos no texto original é muito mais produtivo do que apenas reproduzi-las, não é mesmo? 
Por isso, parafrasear é muito melhor do que a citação direta.
Veja um exemplo:
 
Israel Belo de Azevedo (1997) esclarece que toda palavra tem um peso de acordo com sua capacidade de sintetizar uma ideia de maneira clara e concisa.
 
No exemplo acima vemos que a ideia de Israel Belo de Azevedo foi apresentada e que foi informado o ano em que encontramos a publicação dela. 
Porém, o trecho que contém o conceito foi reescrito por quem está elaborando o trabalho. Assim, não houve a necessidade de utilizar as aspas duplas.
 
O conteúdo original foi reelaborado e, por isso, não se usam as aspas. Essa é uma forma também de você explicar ao seu leitor, com as suas palavras, a ideia do autor que você estudou.
CITAÇÃO DE CITAÇÃO
Em algumas leituras verificamos que o autor apresenta uma citação direta ou indireta de outro autor, certo? E essa citação não é perfeita apenas para o autor que estamos lendo, ela é perfeita para nós também.
Só que, na maioria das vezes, não temos acesso à obra que esta sendo citada por ele. 
Como resolver isso?
 
Estamos diante de uma citação da citação que exige o uso da expressão apud que significa citado por. 
 
Alguns autores denominam a citação da citação como citação dependente, porque o autor escolhido para citação não foi lido diretamente, mas tomado por empréstimo de outro autor. 
 
Não abuse deste recurso. Ele é apenas uma solução emergencial. Devemos sempre que possível recorrer à obra original.
OBS: Atenção!
 
Segundo a ABNT (NBR 10520:2002), quando os dados forem obtidos em palestras, debates, seminários etc., deve-se indicar entre parênteses a expressão “informação verbal” e depois mencionar os dados disponíveis, em nota de rodapé.
 
Além disso, para enfatizar trechos da citação direta, deve-se destacá-los indicando esta alteração em relação ao original com a expressão grifo nosso entre parênteses, após a referência da citação, ou grifo do autor, caso o destaque tenha sido feito pelo próprio autor da obra.
 
Veja dois exemplos:
 
“[...] para que não tenha lugar a produção de degenerados, quer físicos quer morais, misérias, verdadeiras ameaças à sociedade”. (SOUTO, 1916, p. 46, grifo nosso)
 
“[...] desejo de criar uma literatura independente, diversa, de vez que aparecendo o classicismo como manifestação de passado colonial”. (CÂNDIDO, 1993, p. 12, grifo do autor)
REGRAS DAS NOTAS DE CITAÇÃO DIRETA
Existem algumas regras para compor citações diretas e notas. Veja:
1- Acréscimos ou interpolações
Significa a inserção de expressões que não constam do original ― entre colchetes. Pode ocorrer a necessidade de se acrescentar uma palavra ao texto citado, para torná-lo mais compreensível. 
Exemplo: 
 
“Envolve uma redação simplificada do texto [estudado], substituindo a linguagem do autor por expressões diretas e com sentenças inteligíveis. A ideia continua sendo do autor, porém elaborada pelo próprio estudante, demonstrando sua capacidade de assimilação e entendimento das informações obtidas no decorrer da leitura do assunto em questão”. (FACHIN, 2006, p. 127)
2- Supressões
Não devemos citar frases ou parágrafos longos demais. O importante é apresentar o que realmente interessa ao desenvolvimento da argumentação ou à apresentação das ideias.  
Para suprimir as partes que não são importantes, devemos substituí-la pelas reticências entre colchetes/parênteses: (...) ou [...]. 
Exemplos: 
“A física moderna (...) considera a lei da inércia sua lei mais fundamental.” (KOYRÉ, 1982, p. 182)
“[...] A ideia continua sendo do autor, porém elaborada pelo próprio estudante, demonstrando sua capacidade de assimilação e entendimento das informações obtidas no decorrer da leitura do assunto em questão”. (FACHIN, 2006, p. 127)
3- Incorreções
Na hipótese do texto citado apresentar um erro, uma expressão politicamente incorreta ou equívoco gramatical, entre outros problemas, chame a atenção, pelo uso, ao lado da palavra, do vocábulo sic (assim, em latim) entre colchetes e em itálico.
“Zenão de Cício (334-262 a.C.) fundou a escola estóica [sic] Ele costumava palestrar de sua varanda, chamada stoa, daí o nome estóico [sic]”. (MANNION, 2008, p.48)
A ata registra a seguinte declaração do diretor: “isto é pra mim [sic] fazer!”
Como indicar a supressão de parágrafos?
 
E quando não precisamos utilizar todos os parágrafos? Como indicar isso ao nosso leitor? 
A supressão de um ou mais parágrafos intermediários é indicada por uma linha pontilhada. Veja um exemplo:
O conhecimento, o modo de compreender a realidade, muda de acordo com a época, à medida que coloca em dúvida o conceito de verdade estabelecido. Quando conhecemos um fato, sempre nos perguntamos se ele corresponde ou não à realidade. Assim, a verdade é uma atividade histórica, e o homem foi dando fundamentos a essa verdade de acordo com sua vivência, conhecimento e crenças.
 
..............................................................................................................................................  
Para explicar a realidade ou ainda os fenômenos da natureza, os povos primitivos criavam histórias nas quais utilizam as figuras dos deuses na tentativa de compreender a origem das coisas. (SANTOS MOLINA; DIAS, 2007, p.21)
Quais são os erros mais comuns?
 
• Excesso ou escassez de citações diretas. O melhor é reescrever o texto estudado, creditando a passagem ao seu autor;
• Uso de bibliografia inadequada;
• Presença no texto de informações que deveriam estar em notas de rodapé;
• Citações sem discussão;
• Não há necessidade de se citar frases ou parágrafos completos, longos demais.
Transcreva apenas a unidade de pensamento que realmente interessa. Para tanto, use a supressão;
• Inserir os títulos das obras citadas no texto sem colocá-las em itálico.
Sistema numérico
No sistema numérico, a fonte da citação utilizada deve aparecer em nota de rodapé. Neste caso, a numeração das fontes deve ser única e consecutiva, em algarismos arábicos;
• Todas as referências devem ser repetidas na lista de referências ao final do trabalho;
• A numeração das notas de rodapé deve restringir-se às referências bibliográficas;
• Uso de asterisco (*): para explicar ou comentar uma ideia;
• Podemos usar: (1), [1], 1 (sobrescrito).
Quando escolhemos o sistema numérico não devemos usar notas explicativas em rodapé para informações adicionais.
Elas são aquelas que aparecem ao pé das páginas em que são mencionadas e servem para abordar pontos que não devem ser incluídos no texto.
E COMO DEVE SER A NOTA DE RODAPÉ
Os elementos essenciais e complementares da referência devem ser inseridos na sequência sugerida pela ABNT:
SOBRENOME, Prenome. Título. Edição. Cidade: editora, ano. (página na hipótese de citação direta). 
Veja o exemplo abaixo:
1 CERVO, A.; BERVIAN, P. A.; SILVA, R. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. p. 57.
SISTEMA AUTOR DATA
Autor-data: consiste em indicar o sobrenome do autor ou instituição responsável, seguido pelo ano da publicação da obra e páginas referenciadas, separados por vírgula e entre parênteses. 
Vejamos alguns exemplos de citação direta pelo sistema autor-data:
 
Afirma Pedro Bervian, Amado Cervo e Roberto da Silva (2007, p. 57): “A pesquisa é uma atividade voltada para investigação de problemas teóricos ou práticos por meio do emprego de processos científicos”.
 
Conforme alguns autores (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007, p. 57): “A pesquisa é uma atividade voltada para investigação de problemas teóricos ou práticos por meio do emprego de processos científicos”.
 
 
Você observou que no sistema de chamada autor-data o nome do autor pode ser incluído na sentença e, neste caso, deve ser escrita conforme a regra para nomes próprios ou entre parêntesis com todas as letras do último sobrenome em maiúsculas. Já comentamos sobre isso nesta aula, inclusive.
Aula 8
Você sabe qual é a diferença entre Referência, Bibliografia e Referências bibliográficas?
REFERENCIA – conjunto padronizado de elementos descritivos retirados de um documento
O Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa indica que pelo termo referência deve-se considerar uma nota informativa de remissão em uma publicação. A origem etimológica do termo nos remete à palavra inglesa reference que significa “ato de referir ou consultar; sinal ou indicação que remete o leitor a outra fonte de informação”. 
Já a ABNT observa que a referência é o conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento. Assim, deve ser constituída de elementos essenciais e, quando necessário, acrescida de elementos  complementares. Porém, a ABNT não faz comentário algum sobre a possível diferença entre os termos.
Portanto, entende-se pelo termo referências o conjunto padronizado de informações que permitem a identificação de documentos citados em um trabalho acadêmico.
BIBLIOGRAFIA – relação das obras consultadas ou citadas por um autor na criação de determinado texto, ou seção em que se listam livros e outras publicações
Conforme visto na atividade, Bibliografia é a relação das obras consultadas ou citadas por um autor na criação de determinado texto ou seção em que se faz uma relação de livros e outras publicações.
Trata-se de uma lista de fontes de consulta utilizadas no desenvolvimento de um trabalho, com o objetivo de documentá-lo, mostrando que ele está aparentemente sustentado, pois foi baseado naquelas fontes descritas.
Vamos começar, observando a estrutura correta de uma referência:
PATACO, Vera Lúcia P.; VENTURA, Magda Maria; RESENDE, Érica dos Santos. Metodologia para trabalhos acadêmicos e normas de apresentação gráfica. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008,  06 p.
Elementos essenciais: São aqueles indispensáveis na identificação do documento, tais como: autor(es), título, edição, local, editora e data da publicação.
Elementos complementares: São opcionais e podem ser acrescentados para uma melhor identificação do documento, tais como: coleção, série, número do ISBN, número de páginas (como o "06 p." do exemplo), se edição exclusiva para assinantes, se inclui algum brinde etc.
AUTORES
Na lista de referências, o autor é indicado pelo último sobrenome, escrito em caixa alta, seguido do nome, por extenso ou abreviado. O sobrenome é separado do nome por vírgula.
Exemplo:
GOMES, L. F.
GARCIA, Othon M.
SEVERINO, A. J.
MEDEIROS, João Bosco.
- E se for mais de um autor, o que fazer?
Na hipótese de obra escrita por até três autores todos devem ser mencionados na mesma ordem em que aparecem na publicação. É só conferir a ficha catalográfica, no verso da folha de rosto.
 
Os nomes de cada autor devem ser separados uns dos outros por ponto e vírgula:
Exemplo:
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. 
 
MACEDO, Luiz Roberto Dias de; CASTANHEIRA, Nelson Pereira; ROCHA, Alex.
E se forem mais de três? Na eventual hipótese de a obra ter mais de três autores, somente o primeiro deve ser indicado, seguido da expressão et al.
Exemplo:
ALVES, João et al.
E quando a autoria é desconhecida?
Nesta hipótese, inicia-se pela primeira palavra do título em caixa alta. Se a palavra for precedida por um artigo este também deve ser escrito em caixa alta.
- Veja dois exemplos:
A EDUCAÇÃO ambiental no séc. XX.
AUDITORIA interna de empresas.
Quando se trata de uma instituição e não de um autor pessoa física? Os documentos de responsabilidade de entidades (instituições, organizações, empresas) têm entrada pelo nome delas, escrita por extenso e em CAIXA ALTA.
Observe:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação: referências e elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 
 
SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Diretrizes para a política ambiental do Estado de São Paulo. São Paulo, 1993. 35 p.
Como faço a referência quando se trata de publicações técnicas? Quando se tratar de publicações técnicas e administrativas, indica-se o nome da entidade. 
 
No caso de entidades governamentais, quando se tratar de órgãos da administração direta (Ministérios, Secretarias), indica-se o nome geográfico antes do nome da entidade.
Exemplo:
BRASIL.Ministério da Ciência e Tecnologia.
Uma regrinha importante!
 
Nos casos em que foram usadas várias fontes do mesmo autor, estes podem ser substituídos por um traço equivalente a seis dígitos seguido de um ponto (______.), nas referências subsequentes.
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: informação e documentação: artigo em publicação periódica científica impressa: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. 5p.
 
_______. NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 
2002. 3p.
ABREU JR., Laerthe. Conhecimento transdisciplinar: o cenário epistemológico da complexidade. 1. ed. Piracicaba: Unimep, 1996.
Autor. + Título da Obra: + Subtítulo da Obra. + Edição. + Cidade: + Editora, Ano.
E quando a fonte foi publicada em meio eletrônico?
As referências em meios eletrônicos seguem o modelo de referências bibliográficas, acrescentando-se informações relativas à descrição física do meio ou suporte.
Para as obras consultadas online são essenciais as informações sobre o endereço eletrônico, apresentado entre <brackets>, precedido da expressão: “Disponível em:” 
A data de acesso ao documento, precedida da expressão: “Acesso em:” deve conter o dia, o mês abreviado  e o ano (04 abr. 2010.).
Exemplo: SOBRENOME, Nome. Título: subtítulo. Cidade: Editora, ano. Disponível em: <endereço eletrônico>. Acesso em: dia mês ano.
Aula 9
Você sabe o significado da palavra “Universidade”?
Essa palavra provém do latim universitate e significa universalidade, totalidade, conjunto, corpo, companhia, corporação e comunidade.
Porém, seu significado se expandiu e também serve para indicar o lugar de construção do conhecimento e da cultura.
Configurando, assim, uma instituição que tem a tarefa de promover a reflexão crítica da sociedade.
Formadora de recursos humanos para ciência e tecnologia.
O surgimento da Universidade marcou um momento de transição na história da humanidade. Com o começo da vida urbana, do pensamento racional e da busca de novos paradigmas foi necessário criar espaços destinados à reflexão.
 
Levando esse fato em consideração podemos afirmar que a Universidade encontra suas raízes na Europa medieval, por volta do século XII e XIII, tornando-se o lugar de debates e polêmicas, sofrendo intervenções reais e eclesiásticas.
Apesar de uma única história, cada parte do mundo, desenvolveu um modelo específico. 
Vamos conhecer agora um pouco do surgimento das Universidades e alguns destes modelos.
Os Estados  Unidos constituíram um sistema universitário competitivo, seletivo e completamente voltado para o mercado de trabalho.
Trata-se um sistema privado, porém sem fins lucrativos, pois toda a arrecadação é destinada aos centros de pesquisa.
A universidade Americana tem inserido no seu modelo o Junior College que são centros universitários  para a formação massiva de profissionais.
O Brasil trabalha com um sistema universitário mais autônomo, desde o fim da Ditadura Militar.
Aqui se tem um sistema normatizado e politizado, com uma gestão de múltiplos conselhos. 
Existem modelos de Universidades Públicas e Privadas e ambos respondem ao governo, mas as regras internas, inclusive a dos currículos, são particulares.
EUROPA
A partir do final do século XII, começaram a surgir em diversas cidades europeias as primeiras Universidades que eram controladas diretamente pela Igreja Católica, destacando-se a de Paris, Oxford, Salamanca e Boloña.
Essas primeiras universidades eram frequentadas somente por pessoas que possuíam condições econômicas, além, é claro, da forte influência católica que essas pessoas tinham.
Outra caraterística dessas Universidades era a falta de autonomia em relação à publicação de ideias que poderiam não agradar aos membros do clero, que fiscalizavam a produção intelectual. Foi somente a partir do período conhecido por Renascimento, em meados do século XV e XVI, que os intelectuais conquistaram mais autonomia para criar alternativas a esse padrão de educação controlado pela Igreja.
Japão
A universidade Japonesa é oriunda do modelo capitalista de Meiji que contribuiu para o fim do Xogunato.
Cada grupo específico da população teria a sua universidade, embora não houvesse fortes diferenças sociais entre esses grupos.
Quem controla a parte de pesquisa dessas universidades atualmente é o próprio governo do Japão.
Sua função primordial é educar pessoas para trabalhar com o saber, fornecendo as condições para que estas pessoas sejam capazes de utilizar o conhecimento em um mundo complexo que não raras vezes é pensado de maneira simplificada ou ingênua. 
 
É nesse aspecto que podemos afirmar que o debate entre estudantes e as pesquisas realizadas e apresentadas em espaços acadêmicos fortalecem a sua razão de ser.
CONSTRUÇÃO CRÍTICA DO CONHECIMENTO: Trata-se de um ensino cuja preocupação deve focalizar o pensamento crítico do estudante.
Isso implica o compromisso com o pensamento autônomo e deve estimular uma conduta proativa e criativa. 
 
O que significa dizer que o estudante precisa estar consciente do que acontece em sua sociedade e no mundo e deve entender o processo de construção, expressão e articulação do conhecimento, pois aprender é recriar.
Assista ao vídeo do escritor, palestrante, professor e consultor de comunicação estratégica e marketing, Mário Persona, para saber mais sobre o assunto.
Trata-se de um ensino cuja preocupação deve focalizar o pensamento crítico do estudante.
Isso implica o compromisso com o pensamento autônomo e deve estimular uma conduta proativa e criativa. 
 
O que significa dizer que o estudante precisa estar consciente do que acontece em sua sociedade e no mundo e deve entender o processo de construção, expressão e articulação do conhecimento, pois aprender é recriar.
Assista ao vídeo do escritor, palestrante, professor e consultor de comunicação estratégica e marketing, Mário Persona, para saber mais sobre o assunto.
Tais atividades são divulgadas através de publicações especializadas e/ou fóruns para debate público que apresentam à sociedade o resultado de pesquisas que apontam informações, alternativas, caminhos para solução de problemas em diversas áreas de saber.
Agências de Fomento
As agências de fomento  CAPES e CNPq, bem como as fundações  de amparo à pesquisa, assumem função importante nesse processo de incentivo à produção científica.  
 
A CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), por exemplo, foi criada em 1951, pelo Decreto nº 29.741, com o objetivo de “assegurar a existência de pessoal especializado em quantidade e qualidade suficientes para atender às necessidades dos empreendimentos públicos e privados que visam ao desenvolvimento do país”. 
 
Assim, oferecem bolsas de estudos para iniciação científica, Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado. Além de auxílios à pesquisa, à participação em reuniões científicas, à editoração, entre outros.
As agências de fomento, bem como as fundações de amparo a pesquisa, têm como principal objetivo incentivar a produção científica. 
Esse incentivo muitas vezes vem através da concessão de financiamento de capital fixo e de giro associado a projetos.
A Plataforma Lattes
A Plataforma Lattes  é um sistema de informação curricular desenvolvido pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), que integra dados de currículos e instituições com o objetivo de avaliar a competência de candidatos à obtenção de bolsas e auxílios, selecionar consultores e membros de comitês e de grupos assessores e subsidiar a avaliação da pesquisa e da pós-graduação brasileira.
 
Esse sistema é utilizado por várias instituições de ensino superior e também pela comunidade científica brasileira, a qual envolve pesquisadores, estudantes, gestores e profissionais. 
 
A plataforma registra as atividades acadêmicas realizadas pelos pesquisadores sendo, hoje, elemento essencial à análise de mérito e competência por ocasião em que apresentamprojetos de pesquisa às Agências de Fomento.
 
Para isso, os bolsistas de pesquisa, em diferentes níveis — Mestrado, Doutorado e Iniciação Científica —, os orientadores e outros membros da comunidade devem estar cadastrados na Plataforma Lattes.
Concluindo...
 
Podemos dizer que falar de pesquisa é, na verdade, refletir sobre o papel da Universidade e seu compromisso com a sociedade, com o conhecimento e desenvolvimento da cultura, porque as ações realizadas no interior das instituições de ensino podem gerar mudanças sociais significativas. 
 
E você faz parte desse processo!
 
 
Como ensina João Álvaro Ruiz (2008, p. 19): 
 
Quem acaba de ingressar numa faculdade precisa ser informado sobre a maneira de tirar o máximo proveito do curso que vai fazer. Em primeiro lugar, o calouro vai perceber que muita coisa mudou em comparação àquilo com que estava acostumado em seus cursos de primeiro e segundo graus. E quem não souber compreender devidamente o espírito da nova situação para adaptar-se ativa e produtivamente a ela perderá preciosa oportunidade de integrar-se desde o início no ritmo desta nova etapa de ascensão no saber, que se chama vida universitária.
Aula 10
Projeto: Propostas de ação concreta a executar durante determinado período de tempo.
Político: Considera a escola como um espaço de formação de cidadãos conscientes, responsáveis e críticos, que atuarão individual e coletivamente na sociedade, modificando os rumos que ela vai seguir.
Pedagógico: Define e organiza as atividades e os projetos educativos necessários ao processo de ensino e aprendizagem.
É Projeto Político Pedagógico ou Projeto Pedagógico?
Vamos encontrar documentos que usam os dois termos. Segundo alguns autores, os nomes projeto pedagógico ou projeto político pedagógico não apresentam diferenças.
São duas formas que podemos usar para designar o mesmo sentido de projetar, de lançar, de orientar, ou dar sentido a uma ideia.
A colocação da palavra político ressalta que não há ação pedagógica sem o compromisso com uma ação transformadora, formando para o exercício da cidadania. 
Assim, em sua construção são observadas as seguintes questões (BAFFI, 2002):
• Concepção de homem e mundo;
• Concepção de sociedade;
• Concepção de educação;
• Concepção de universidade;
• Concepção de cidadão;
• Concepção de profissional;
• Concepção de conhecimento;
• Concepção de currículo;
• Relação teoria e prática.
E no Ensino Superior, qual é o papel do Projeto Pedagógico?
O processo de globalização, o avanço da tecnologia e da ciência, o cuidado na utilização de novas linguagens na construção do conhecimento exige muito mais das instituições de ensino em todos os níveis, concorda? 
Por isso, todos os profissionais que atuam no ensino vêm se preocupando com a melhor maneira de adequar-se aos novos tempos e em mudar a cara da educação. 
É nesse sentido que precisamos pensar na visão de mundo subjacente às nossas ideias e práticas.  
Assim, o ensino superior assume o papel de articulador da sociedade que contribui de maneira efetiva para a formação de profissionais capazes de pensar e agir criticamente. 
E, para que isso ocorra, não basta a simples ideia, mas um processo para torná-la realidade através de um planejamento.
Na Universidade cada curso expressa a sua leitura de mundo e deve contribuir, em seu conjunto, para uma discussão sobre os rumos da sociedade.
É preciso, então, pensar a construção do conhecimento a fim de elaborar um saber sobre a prática que realiza. E essa é a função de um Projeto Pedagógico.  
- Padrões referenciais são aqueles que expressam a visão de sociedade, da instituição, bem como a determinação e análise das necessidades e problemas prioritários da área de estudo no país. 
 
Quando se pensa em padrões conceituais, focaliza-se no perfil baseado nas competências do profissional a ser formado. 
Nessa ótica, quando observamos os padrões estruturais, repensamos conteúdos, métodos e sistema de avaliação em sintonia com as concepções construídas nas etapas anteriores. Sem desconsiderar a relação entre ensino, pesquisa e extensão.
No que consiste um perfil baseado em competências? Segundo o INEP, “competências são as modalidades estruturais da inteligência, ou melhor, ações e operações que utilizamos para estabelecer relações com e entre objetos, situações, fenômenos e pessoas que desejamos conhecer”.  
A essa modalidade estrutural dá-se  o nome de CHA, que significa Conhecimento, Habilidades e Atitudes.
Trabalhar o conhecimento, as habilidades e as atitudes é muito importante para ter um bom desempenho profissional fora da Universidade.

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