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FISIOPATO DA REPRODUÇÃO P3 Patologia dos Testículos

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Patologia dos Testículos
Interfere na fertilidade por afetar diretamente na espermatogênese ou na maturação espermática, e há demora no diagnóstico da subfertilidade. Ruminantes, equinos e cães possuem o testículo na região inguinal, os suínos na região perineal, as aves na cavidade abdominal próximo aos sacos aéreos e os roedores têm o testículo endorquídico ou exorquídico. 
Anomalias do desenvolvimento
Criptorquidismo
Falta de um ou ambos testículos na bolsa escrotal. A migração testicular normal é: anel inguinal interno > anel inguinal externo > bolsa escrotal. As causas incluem; origem embrionária – ocorre durante a fase de migração do testículo da região abdominal para a inguinal, e ele não passa do anel inguinal –; gubernáculo tracionando o testículo para a região inguinal; deficiência de LH e Testosterona; anel inguinal estreito. A espermatogênese só ocorre abaixo de 3º da temperatura corporal, e nessa patologia essa regulação térmica é impedida. Maior ocorrência em cães, suínos e equinos. O diagnóstico se dá através de palpação retal ou USG. 
Geralmente, estão localizados caudalmente ao rim ou no canal inguinal. Em ruminantes, o lado esquerdo é o mais afetado. Pode ser hereditário, e é um gene dominante em equinos. Caso o testículo não esteja na bolsa escrotal, deve-se tentar sentir o testículo no anel inguinal. O testículo criptorquida está menor, com consistência dura, predisposto a desenvolver tumores e não há espermatogênese pela ausência dos túbulos seminíferos. A produção hormonal está alterada e com isso há aumento da testosterona. O prognostico é ruim e o tratamento a ser realizado é a castração. 
Deiscência imperfeita dos testículos
O testículo encontra-se horizontal e dorsal na bolsa escrotal de bovinos. A causa é a inserção do musculo cremáster no polo caudal, e fixação da face ventral escrotal à região perianal, e o sacro escrotal encontra-se aderido. As consequências incluem a ausência de espermatogênese, redução da fertilidade e degeneração testicular pela termorregulação prejudicada.
Ectopia testicular
Testículo sob a pele, no subcutâneo, ao longo do pênis. É comum em cães, bovinos e em animais pseudohemafroditas machos.
Anorquidia
Ausência de testículo. Raro.
Hipoplasia testicular
Ausência ou diminuição do desenvolvimento do epitélio germinativo dos túbulos seminíferos. Ocorre em todos os animais domésticos, principalmente em bovinos e pode aparecer de forma branda, que é a mais difícil de detectar. Pode ser uni ou bilateral, de forma: total, intermediaria, parcial ou suave – com detecção mais difícil, ainda mais se for bilateral. Tem caráter hereditário recessivo. As causas incluem: falha no desenvolvimento das células germinativas no saco vitelino, falha da migração da gônada primitiva, falha na divisão mitótica, degeneração após os testículos chegarem na gônada. 
Os sintomas são percebidos após a puberdade, e incluem baixa fertilidade ou esterilidade, escroto reduzido assim como o testículo – que tem a consistência firme e maior assimetria –, libido inalterada por não haver interferência nas células de Leydig, epidídimo praticamente colabado pela baixa reserva espermática, testículo próximo da cavidade abdominal de acordo com a gravidade, glândulas anexas sem alterações e volume do ejaculado normal. No sêmen, observa-se número reduzido de espermatozoides ou até mesmo ausência, motilidade e turbilhão fracos, mais de 30% de espermatozoides anormais. Patologias presentes na cabeça do espermatozoide: cabeça piriforme e estreita na base, presença de gota citoplasmática, e nos casos mais graves presença de células gigantes e raramente ocorrência de medusa.
O diagnóstico é feito através do histórico de fertilidade (animal sempre teve baixa fertilidade), exames andrológicos e de sêmen, descobrir a idade e eliminar suspeita de puberdade retardada, estado nutricional. O diagnóstico diferencial é a degeneração testicular, em que ocorre infertilidade após um histórico de fertilidade; imaturidade testicular ou maturidade sexual retardada. Sempre fazer três exames, com um intervalo de 15 dias cada. O prognostico é ruim e não há tratamento: apenas é feita a castração e retirada do animal da reprodução. 
Lesões inflamatórias
São causas adquiridas e abrangem 80-90% das causas de infertilidade. 
Degeneração testicular
Sinonímias: degeneração tubular, degeneração do epitélio germinativo. Todas as espécies são acometidas e geralmente é bilateral. Pode ser reversível ou irreversível: suave, intermediaria e grave. As causas são: térmicas (afetam a termorregulação), varicocele (equinos e ovinos, inflamação das artérias que irrigam o testículo, ciclo errático de Strongylus), causas nutricionais antes da puberdade (dificulta a produção hormonal), hormonal (tumores que levam a produção hormonal excessiva, levando a supressão do FSH), idade (degeneração progressiva com o envelhecimento), radiação (danos cromossomais, células de Sertoli reduzidas), obstrução (pressão retrograda nos túbulos seminíferos gerada por aplasia ou compressão das vias espermáticas – espermiostase). 
Os sintomas são variáveis, a fertilidade está reduzida, o escroto adquire pregas e o testículo está menor e com consistência alterada, glândulas anexas estão inalteradas. O volume do ejaculado está normal no espermograma, porém há redução da motilidade, da concentração e turbilhonamento dos espermatozoides e pode ocorrer azoospermia.
O diagnóstico diferencial é a hipoplasia testicular, imaturidade sexual, maturidade sexual retardada. O tratamento inclui a orquiectomia se a degeneração for unilateral; antibióticos e antiinflamatorios, repouso sexual, retirada da causa o mais rápido possível. O prognostico varia de acordo com a gravidade
Orquite
Inflamação do testículo, mais comum é a ocorrência bilateral – infecção sistêmica. Infecção via hematógena ou forma descendente, ascendente, traumática. A etiologia inclui bactérias: Brucella, Mycobacterium, Actinomyces, Pasteurella, Mycoplasma. Os sintomas são: edema, aumento da bolsa escrotal, sinais cardinais da inflamação, falha na motilidade testicular, consistência flácida ou firme. Presença de piócitos e patologias de cabeça acima de 10% no espermograma. O diagnóstico depende da causa. Tratamento inclui antibióticos, quimioterápicos, antiinflamatorios em altas doses, pode ser irreversível se o epitélio germinativo for afetado. Lesões traumáticas levam a formação de áreas focais de fibrose e/ou calcificação.
Lesões proliferativas 
Neoplasias testiculares
Comum nos cães. Seminomas: células germinativas; Sertolioma/Adenoma Testicular: ginecomastia; Leydigoma: pequenos.

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