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14. PROCESSO MORTE MORRER

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Profª Angela Dias
maria.dias@ibmr.br
Profª Joelma.pinto
Profª Veronica.cardoso
LAUREATTE INTERNATIONAL UNIVERSITIES
INSTITUTO BRASILEIRO DE MEDICINA E REABILITAÇÃO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Disciplina: PRÁTICAS DE ENFERMAGEM IV
CONCEITOS DE 
TIPOS DE MORTE
EUTANÁSIA
EUTANÁSIA
Eutanásia , hodiernamente é entendida como morte provocada por
sentimento de piedade à pessoa que sofre. Ao invés de deixar a
morte acontecer a eutanásia age sobre a morte, antecipando-a.
Assim, a eutanásia só ocorrerá quando a morte for provocada em
pessoa com forte sofrimento, doença incurável ou em estado
terminal e movida pela compaixão ou piedade. Portanto, se a
doença for curável não será eutanásia, mas sim o homicídio
tipificado no art. 121 do Código Penal , pois a busca pela morte sem
a motivação humanística não pode ser considerada eutanásia.
A eutanásia, atualmente, é conceituada como a ação que
tem por finalidade levar à retirada da vida do ser humano
por considerações tidas como humanísticas, à pessoa ou à
sociedade, é ética e legalmente incorreta no Brasil.
Pessini L, Barchifontaine CP. Eutanásia: Por que abreviar a vida? In: Problemas atuais de bioética. 7ª ed. 
São Paulo: Loyola; 2005. p. 371-406
No sentido etimológico a palavra eutanásia, vem do grego e significa
morte boa. É um tema bastante relevante e complexo, pois, sua
discussão envolve todos os ângulos possíveis: científico, legal, ético,
filosófico, moral, religioso e até mesmo econômico.
As medidas avançadas e seus limites devem ser
ponderados visando a beneficência para o paciente e
não a ciência vista como um fim em si mesma.
Carvalho RT. Legislação em cuidados paliativos. In: Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo. 
Cuidado paliativo. São Paulo; 2008. p. 613-29
TIPOS DE EUTANÁSIA
1. QUANTO AO CONSENTIMENTO DO PACIENTE:
Voluntária: quando é provocada por vontade do paciente, isto é, executada por uma
pessoa a pedido de outra, para benefício desta mesma.
Há uma relação estreita entre eutanásia voluntária e suicídio assistido (em que uma 
pessoa ajuda outra a acabar com a sua vida), por exemplo, quando A obtém os 
medicamentos que irão permitir a B que se suicide.
Não Voluntária: quando é provocada sem que o doente manifeste a sua posição. Isto é, 
quando a pessoa a quem se retira a vida não pode escolher entre a vida e a morte para si, 
porque, por exemplo:
_ é um recém-nascido irremediavelmente doente ou incapacitado;
_ a doença ou um acidente o tornaram incapaz.
Involuntária: quando é provocada contra a vontade do paciente. Isto é, quando é 
realizada numa pessoa que poderia ter consentido ou recusado a sua própria morte, mas 
não o fez. Seja porque não lhe perguntaram, seja porque lhe perguntaram, mas não deu 
consentimento, querendo continuar a viver
2. QUANTO AO TIPO DE AÇÃO:
Ativa: quando a morte é negociada entre o doente e o
profissional, administra-se uma substância que provoca
diretamente a morte do doente;
Passiva: quando há a interrupção de todos os cuidados médicos,
isto é, quando um médico deixa de prescrever um determinado
medicamento que sabe resultar na morte do doente;
ORTOTANÁSIA 
ORTOTANÁSIA
A morte pelo seu processo natural. Neste caso o doente já está em
processo natural da morte e recebe uma contribuição do médico
para que este estado siga seu curso natural. Assim, ao invés de se
prolongar artificialmente o processo de morte (distanásia), deixa-se
que este se desenvolva naturalmente (ortotanásia). Somente o
médico pode realizar a ortotanásia, e ainda não está obrigado a
prolongar a vida do paciente contra a vontade deste e muito menos
aprazar sua dor.
No sentido etimológico a palavra ortotanásia, vem do grego e significa morte 
no momento certo. Essa prática é legalmente aceita em países como Estados 
Unidos, Itália, Canadá, França, Inglaterra e Japão. No Brasil os debates sobre 
esta questão tiveram início em 2006, quando o Conselho Federal de 
Medicina (CFM) ratificou uma deliberação que normatizava a prática deste 
método.
Em 2007 o Ministério Público Federal suspendeu na Justiça esta decisão, 
reviu o teor da resolução, encontrou alguns mal-entendidos, mas defendeu 
sem restrições a legalização da ortotanásia. Esta mudança de posição do 
órgão oficial é um passo fundamental para que esta metodologia seja 
finalmente aceita neste país.
A adoção deste procedimento não significa que o paciente seja abandonado. 
A medicina continua a lhe conceder cuidados paliativos, no sentido de 
amenizar o sofrimento, e permita que o morrer chegue naturalmente a cada 
enfermo. Portanto, não se pode confundir a ortotanásia com a eutanásia, 
mecanismo que induz o doente à morte, normalmente com a injeção de 
uma substância própria para este fim.
Cabe à ortotanásia a promoção de cuidados paliativos ao
paciente, até o momento de sua morte. Estes são definidos
pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como o controle
da dor e de outros sintomas, e o cuidado dos problemas de
ordem psicológica, social e espiritual; atingindo a melhor
qualidade de vida possível para os pacientes e suas famílias.
Dessa forma, os cuidados visando o bem-estar da pessoa
passam a ser a prioridade, e não a luta contra algo que,
inevitavelmente, não tem como se combater – no caso, a
doença e o fim da vida.
diminuição de pena do parágrafo 1º do artigo 121 do CP ;
como auxílio ao suicídio, desde que o paciente solicite ajuda
para morrer, disposto no art. 122 do mesmo diploma legal ou
ainda a conduta poderá ser atípica .
Não há, em nosso ordenamento
jurídico previsão legal para a
eutanásia, contudo se a pessoa estiver
com forte sofrimento, doença
incurável ou em estado terminal
dependendo da conduta, podemos
classificá-la como homicídio
privilegiado , no qual se aplica a
Art. 121 (...)
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por
motivo de relevante valor social ou moral, ou
sob o domínio de violenta emoção, logo em
seguida a injusta provocação da vítima, ou juiz
pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
(grifos nossos)
Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-
se ou prestar-lhe auxílio para que o faça:
Note-se que, ausentes os requisitos da
eutanásia, a conduta poderá ser classificada
como homicídio simples ou qualificado. E no
que tange ao auxílio ao suicídio a solicitação ou
o consentimento do ofendido não afastam a
ilicitude da conduta.
O enfermeiro deve ser ciente do seu código de ética, o qual traz
claramente em seu artigo nº 29, quanto às proibições:
“Promover a eutanásia ou participar em prática destinada a
antecipar a morte do cliente”.
Conselho Federal de Enfermagem. Resolução n. 311, de 08 de fevereiro de 2007. Código de ética dos 
profissionais de enfermagem e dá outras providências. Rio de Janeiro: 2007
Theresa Marie (Terri) Schindler-Schiavo, de 41 anos, teve uma parada
cardíaca, em 1990, talvez devido a perda significativa de potássio
associada à Bulimia, que é um distúrbio alimentar. Ela permaneceu, pelo
menos, cinco minutos sem fluxo sanguíneo cerebral. Desde então, devido
a grande lesão cerebral, ficou em estado vegetativo, de acordo com as
diferentes equipes médicas que a trataram. Após longa disputa familiar,
judicial e política, foi-lhe retirada à sonda que a alimentava e hidratava,
tendo vindo a falecer em 31 de Março de 2005.
O Caso Terri Schiavo tem tido grandes repercussões nos Estados Unidos,
assim como noutros países, devido à discordância entre seus familiares
na condução do caso. O esposo, Michael Schiavo, desejava que a sonda
de alimentação fosse retirada, enquanto que os pais da paciente, Mary e
Bob Schindler, assim como seus irmãos, lutaram para que a alimentação
e hidratação fossem mantidas. Por três vezes o marido ganhou najustiça
o direito de retirar a sonda. Nas duas primeiras vezes a autorização foi
revertida. Em 19 de Março de 2005 a sonda foi retirada pela terceira
vez, permanecendo assim até a sua morte.
DISTANÁSIA
DISTANÁSIA
A distanásia (do grego “dis”, mal, algo mal feito, e “thánatos”, morte) é
etimologicamente o contrário da eutanásia. Consiste em atrasar o mais
possível o momento da morte usando todos os meios, proporcionados ou
não, ainda que não haja esperança alguma de cura, e ainda que isso
signifique infligir aos moribundos sofrimentos adicionais e que, obviamente,
não conseguirão afastar a inevitável morte, mas apenas atrasá-la umas
horas ou uns dias em condições deploráveis para o enfermo. A distanásia
também é chamada “intensificação terapêutica”, ainda que seja mais
correto denominá-la de “obstinação terapêutica”. Referindo-nos sempre ao
doente terminal, perante a eminência de uma morte inevitável, médicos e
doentes devem saber que é lícito conformarem-se com os meios normais
que a medicina pode oferecer e que a recusa dos meios excepcionais ou
desproporcionados não equivale ao suicídio ou à omissão irresponsável da
ajuda devida a outrem. Essa recusa pode significar apenas a aceitação da
condição humana, que se caracteriza também pela inevitabilidade da morte
Distanásia é sinônimo de tratamento fútil ou inútil, sem benefícios
para a pessoa em sua fase terminal. É o processo pelo qual se
prolonga meramente o processo de morrer, e não a vida
propriamente dita, tendo como consequência morte prolongada,
lenta e, com frequência, acompanhada de sofrimento, dor e
agonia. Quando há investimento à cura, diante de um caso de
incurabilidade, trata-se de agressão à dignidade dessa pessoa.
Pessini L. Questões éticas-chave no debate hodierno sobre a distanásia. In: Pessini L, Garrafa V, organizadores.
Bioética: poder e injustiça. São Paulo: Loyola; 2003. p. 389-408.
DISTANÁSIA = obstinação terapêutica
Distanásia é o prolongamento artificial do processo de morte e por
consequência prorroga também o sofrimento da pessoa. Muitas vezes
o desejo de recuperação do doente a todo custo, ao invés de ajudar ou
permitir uma morte natural, acaba prolongando sua agonia.
DISTANÁSIA NO ASPECTO PESSOAL
O indivíduo doente, que inicialmente teve seu processo de morte
prolongado em vista de uma possibilidade idealizada de cura, aos
poucos passa a depender completamente do processo tecnológico que
o mantém, e a prorrogação constante da morte se torna o único elo
com a vida; o doente se torna passivo e já não decide por si mesmo,
apenas vive em função do processo de controle sobre a natureza.
DISTANÁSIA NO ASPECTO FAMILIAR
Ocorre uma dualidade psicológica: por um lado o
prolongamento da vida do ente querido, enquanto por outro o
sofrimento perante a possibilidade constante e repetitiva da
perda, além do doloroso ônus financeiro em prol de um
objetivo inalcançável
DISTANÁSIA NO ASPECTO SOCIAL
Ocorre o esgotamento da disponibilidade de recursos mediante
uma situação irreversível, que repercute sobre o emprego
oneroso dos recursos públicos, em especial nas sociedades
carentes, em prejuízo de questões mais essenciais para a saúde
pública, cujo resultado teria maior abrangência social.
Conforme Maria Helena Diniz, "trata-se do prolongamento
exagerado da morte de um paciente terminal ou tratamento inútil.
Não visa prolongar a vida, mas sim o processo de morte"
(DINIZ, Maria Helena. O estado atual do biodireito. São Paulo: Saraiva, 2001).
MISTANÁSIA
Morte infeliz, miserável, precoce e evitável em nível social, coletivo.
Trata-se da “vida abreviada” de muitos, em nível social, por causa
da pobreza, violência, droga, chacinas, falta de infraestrutura e
condições mínimas de se ter uma vida digna, entre outras causas.
Márcio Fabri dos Anjos. Eutanásia em chave de libertação. ICAPS, junho de 1989, p.6
CUIDADOS PALIATIVOS
“Cuidado ativo e total para pacientes
cuja doença não é responsiva a
tratamento de cura. O controle da
dor, de outros sintomas e de
problemas psicossociais e espirituais
é primordial. O objetivo do Cuidado
Paliativo é proporcionar a melhor
qualidade de vida possível para
pacientes e familiares.
(OMS, 2002)
CUIDADOS PÓS MORTE
• Assistência prestada pela equipe de
enfermagem ao corpo do paciente após óbito,
à família e os encaminhamentos burocráticos
específicos de cada unidade de saúde.
Video final de sensibilização:
https://www.youtube.com/watch?v=ep354ZXKBEs
A morte é um dia que vale a pena viver | 
Ana Claudia Quintana Arantes | 
TEDxFMUSP

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