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DIREITO DO TRABALHO DIREITO DO TRABALHO • De acordo com o Autor Amauri Mascaro do Nascimento podemos definir o Direito do Trabalho como: • “é o conjunto de princípios, regras e instituições atinentes a relação de trabalho subordinado e situações análogas, visando assegurar melhores condições de trabalho e sociais ao trabalhador, de acordo com as medidas de proteção que lhe são destinadas. OBJETIVO DO DIREITO DO TRABALHO • O Direito do Trabalho tem por objetivo • assegurar melhores condições de trabalho, bem como condições sociais ao trabalhador, garantindo que o trabalhador possa prestar seus serviços num ambiente salubre podendo, por meio de seu salário, ter uma vida digna para que possa desempenhar o seu papel na sociedade. • FUNÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO • Cumpre uma função tutelar do trabalhador, melhorar as condições do trabalho do trabalhador, protegendo-o, limitando-o diante do poder econômico , para que não seja por este absorvido,tutela que faz mediante as leis que o Estado elabora ou poderes reconhecidos aos sindicatos restritivos da autonomia individual. • Nasceu para dar proteção para o trabalhador. • Exemplos • jornada de trabalho determinada, assegurando férias ao trabalhador depois de um certo tempo, determinando intervalos nas jornadas de trabalho, estabelecendo o menor salário que o empregado pode receber ,entre tantos outros. PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO • • Dignidade da pessoa humana • • • Da boa fé • • • Da razoabilidade • • • Proporcionalidade SUJEITOS DO CONTRATO DE TRABALHO • A)EMPREGADOArt. 3º. Da CLT • Considera-se empregado todapessoa física que prestarserviços denatureza não eventual a empregador, sob a dependência deste emediante salário. • Parágrafo único– • Não haverá distinções relativas à espécie deemprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalhointelectual, técnico e manual. • Todo empregado é trabalhador, mas nem todo trabalhador é empregado SUJEITOS DO CONTRATO DE TRABALHO • B) EMPREGADOR • Art. 2º CLT • Considera-seempregador aempresa, individual ou coletiva, que,assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria edirige a prestação pessoal deserviço. • § 1º– • Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituiçõesde beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados • REQUISITOS PARA A CARACTERIZAÇÃODE EMPREGADO • 1.Pessoa física • 2.Pessoalidade • 3.Habitualidade /Continuidadade • 4.Subordinação/ Dependência • 5.Onerosidade / Contraprestação DAS NORMAS GERAIS DE TUTELA DO TRABALHO • CAPÍTULO I Da Identificação Profissional • SEÇÃO I Da Carteira de Trabalho e Previdência Social • Art. 13 - A Carteira de Trabalho e Previdência Social é obrigatória para o exercício de qualquer emprego, inclusive de natureza rural, ainda que em caráter temporário, e para o exercício por conta própria de atividade profissional remunerada Da Carteira de Trabalho e Previdência Social • § 1º - O disposto neste artigo aplica-se, igualmente, a quem: (Redação dada peloDecreto-lei nº 926, de 10-10-69, DOU 13-10-69) • I - proprietário rural ou não, trabalhe individualmente ou em regime de economia familiar, assim entendido o trabalho dos membros da mesma família, indispensável à própria subsistência, e exercido em condições de mútua dependência e colaboração • II - em regime de economia familiar e sem empregado, explore área não excedente do módulo rural ou de outro limite que venha a ser fixado, para cada região, pelo Ministério do Trabalho. (Inciso incluído pelo Decreto-lei nº 926, de 10-10-69, DOU 13-10-69) • § 2º - A Carteira de Trabalho e Previdência Social e respectiva Ficha de Declaração obedecerão aos modelos que o Ministério do Trabalho adotar. (Parágrafo incluído pelo Decreto-lei nº 926, de 10-10-69, DOU 13-10-69) Da Emissão da Carteira de Trabalho e Previdência Social • Art. 14 - A Carteira de Trabalho e Previdência Social será emitida pelas Delegacias Regionais do Trabalho ou, mediante convênio, pelos órgãos federais, estaduais e municipais da administração direta ou indireta. • Parágrafo único - Inexistindo convênio com os órgãos indicados ou na inexistência destes, poderá ser admitido convênio com sindicatos para o mesmo fim. • Art. 15 - Para obtenção da Carteira de Trabalho e Previdência Social o interessado comparecerá pessoalmente ao órgão emitente, onde será identificado e prestará as declarações necessárias. Da Emissão da Carteira de Trabalho e Previdência Social • Art. 16 - A Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS, além do número, série, data de emissão e folhas destinadas às anotações pertinentes ao contrato de trabalho e as de interesse da Previdência Social, conterá: • I - fotografia, de frente, modelo 3x4 • II - nome, filiação, data e lugar de nascimento e assinatura; • III - nome, idade e estado civil dos dependentes. • IV - número do documento de naturalização ou data da chegada ao Brasil e demais elementos constantes da identidade de estrangeiro, quando for o caso Das Anotações • Art. 29 - A Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qual terá o prazo de quarenta e oito horas para nela anotar, especificamente, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, sendo facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho. • § 1º - As anotações concernentes à remuneração devem especificar o salário, qualquer que seja sua forma e pagamento, seja ele em dinheiro ou em utilidades, bem como a estimativa da gorjeta. Das Anotações • § 2º - As anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social serão feitas: • a) na data-base; • b) a qualquer tempo, por solicitação do trabalhador • c) no caso de rescisão contratual; ou • d) necessidade de comprovação perante a Previdência Social • § 3º - A falta de cumprimento pelo empregador do disposto neste artigo acarretará a lavratura do auto de infração, pelo Fiscal do Trabalho, que deverá, de ofício, comunicar a falta de anotação ao órgão competente, para o fim de instaurar o processo de anotação Das Anotações • § 4º - É vedado ao empregador efetuar anotações desabonadoras à conduta do empregado em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social. • § 5º - O descumprimento do disposto no § 4º deste artigo submeterá o empregador ao pagamento de multa prevista no art. 52 deste Capítulo. • Art. 30 - Os acidentes do trabalho serão obrigatoriamente anotados pelo Instituto Nacional de Previdência Social na carteira do acidentado. • Art. 31 - Aos portadores de Carteiras de Trabalho e Previdência Social fica assegurado o direito de as apresentar aos órgãos autorizados, para o fim de ser anotado o que for cabível, não podendo ser recusada a solicitação, nem cobrado emolumento não previsto em lei Das Reclamações por Falta ou Recusa de Anotação • Art. 36 - Recusando-se a empresa a fazer as anotações a que se refere o art. 29 ou a devolver a Carteira de Trabalho e Previdência Social recebida, poderá o empregado comparecer, pessoalmente ou por intermédio de seu sindicato, perante a Delegacia Regional ou órgão autorizado, para apresentar reclamação. • Art. 38 - Comparecendo o empregador e recusando-se a fazer as anotações reclamadas, será lavrado um termo de comparecimento, que deverá conter, entre outras indicações, o lugar, o dia e hora de sua lavratura, o nome e a residência do empregador, assegurando-se-lhe o prazo de 48 (quarenta eoito) horas, a contar do termo, para apresentar defesa. • Parágrafo único - Findo o prazo para a defesa, subirá o processo à autoridade administrativa de primeira instância, para se ordenarem diligências, que completem a instrução do feito, ou para julgamento, se o caso estiver suficientemente esclarecido. • Art. 39 - Verificando-se que as alegações feitas pelo reclamado versam sobre a não- existência de relação de emprego, ou sendo impossível verificar essa condição pelos meios administrativos, será o processo encaminhado à Justiça do Trabalho, ficando, nesse caso, sobrestado o julgamento do auto de infração que houver sido lavrado Das Reclamações por Falta ou Recusa de Anotação • § 1º - Se não houver acordo, a Junta de Conciliação e Julgamento, em sua sentença, ordenará que a Secretaria efetue as devidas anotações, uma vez transitada em julgado, e faça a comunicação à autoridade competente para o fim de aplicar a multa cabível. • § 2º - Igual procedimento observar-se-á no caso de processo trabalhista de qualquer natureza, quando for verificada a falta de anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social, devendo o juiz, nesta hipótese, mandar proceder, desde logo, àquelas sobre as quais não houver controvérsia Do Valor das Anotações • Art. 40 - As Carteiras de Trabalho e Previdência Social regularmente emitidas e anotadas servirão de prova nos atos em que sejam exigidas carteiras de identidade e especialmente: • I - nos casos de dissídio na Justiça do Trabalho entre a empresa e o empregado por motivo de salário, férias, ou tempo de serviço; • II - perante a Previdência Social, para o efeito de declaração de dependentes. • III - para cálculo de indenização por acidente do trabalho ou moléstia profissional. DOS LIVROS DE REGISTRO DE EMPREGADOS • Art. 41 - Em todas as atividades será obrigatório para o empregador o registro dos respectivos trabalhadores, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho. • Parágrafo único - Além da qualificação civil ou profissional de cada trabalhador, deverão ser anotados todos os dados relativos à sua admissão no emprego, duração e efetividade do trabalho, a férias, acidentes e demais circunstâncias que interessem à proteção do trabalhador. • Art. 47. A emprêsa que mantiver empregado não registrado nos têrmos do art. 41 e seu parágrafo único, incorrerá na multa de valor igual a 1 (um) salário-mínimo regional, por empregado não registrado, acrescido de igual valor em cada reincidência Da Jornada de Trabalho • A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite. • § 1º - Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. • ANTES DA REFORMA • § 2º - O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte público, o empregador fornecer a condução. Da Jornada de Trabalho • DEPOIS DA REFORMA TRABALHISTA • No novo texto, o tempo despendido até o local de trabalho e o retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho. Hoje, trabalhadores têm direito a incluir o tempo gasto para chegar ao trabalho como horas de jornada, quando não há acesso em transporte público e a empresa fornece transporte alternativo. • Trabalho intermitente • Modalidade pela qual os trabalhadores são pagos por período trabalhado. O projeto prevê que o trabalhador receba pela jornada ou diária, e, proporcionalmente, com férias, FGTS, previdência e 13º salário. Hoje, a legislação não contempla essa modalidade de trabalho. Atualmente, a jornada é limitada a 8 horas diárias, 44 horas semanais e 220 horas mensais, podendo haver até 2 horas extras por dia. JORNADA DE TRABALHO • Art. 58-A - Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a vinte e cinco horas semanais. • § 1º - O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral. • § 2º - Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante opção manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negociação coletiva. JORNADA COM REFORMA • Com as novas regras, as empresas poderão contratar trabalhadores para cumprir jornadas de 12 horas. No entanto, nesses casos, deverá haver obrigatoriamente um intervalo de 36 horas antes do retorno à empresa. • O limite máximo de horas trabalhadas para as jornadas semanal (44 horas) e mensal (220 horas) segue inalterado. “A reforma não altera os limites máximos de jornada semanal e mensal previstos na Constituição Federal” • Além disso, vale destacar que a mudança não permite que os trabalhadores contratados para jornadas de 8 horas ou menos trabalhem 12 horas por dia. Se quiser adequir à nova regra, a empresa terá de fazer previamente um acordo individual por escrito com o profissional fixando sua carga horária em 12 horas ou um acordo coletivo com o sindicato. • A partir de então, o turno será de 12/36. Isto é, a empresa não poderá exigir que o profissional trabalhe ora em jornadas de 8 horas, ora em jornadas de 12 horas. • Antes, o turno de 12/36 já existia, mas precisava ser previsto pelo acordo coletivo da categoria. É comum no setor da saúde, por exemplo. “Existe em algumas atividades específicas que têm uma necessidade operacional desse tipo de jornada, desde que negociada com a interferência do sindicato: médicos, profissionais da atividade petroleira…”, JORNADA COM REFORMA • “O funcionário, por exemplo, chega na segunda-feira às 8h da manhã e sai às 20h. Na terça-feira, ele não pode trabalhar”, explica Maria Lúcia Benhame, sócia-fundadora da Benhame Sociedade de Advogados. “Pode voltar ao emprego quarta-feira às 8h da manhã. Trabalha 12 horas e tem 36 de folga.” • Algumas categorias são proibidas de estender suas jornadas. É necessário que o trabalhador cheque com seu sindicato se a sua profissão permite dias de trabalho mais longos • Segundo o novo texto, também deixam de ser consideradas como parte da jornada atividades como alimentação, descanso, higiene pessoal, troca do uniforme e estudo. Anteriormente, a Justiça entendia como período de trabalho todo o tempo em que o funcionário estava à disposição do empregador dentro da empresa.
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