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Cultura do Amendoim

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Cultura do Amendoim
Pontos importantes antes de introduzir a cultura
Analisar o Zoneamento agrícola de risco climático concedido pelo Diário Oficial da União no qual mostra as regiões especificas para cada cultivar e seu calendário de plantio.
Trechos do Zoneamento
 “Temperaturas médias diárias na faixa de 25ºC a 30ºC, com pelo menos cinco meses com médias acima de 21ºC, são as indicadas para obtenção de produtividades elevadas. ”.
“Em cultivo de sequeiro, o amendoim necessita de precipitação pluvial acima de 500 mm, bem distribuída ao longo do período total de crescimento, e de umidade suficiente nos dois primeiros meses do período vegetativo, sem deficiência hídrica no solo “. 
“Áreas inapropriadas com solos que apresentam profundidade inferior a 50 cm ou com solos muito pedregosos, isto é, solos nos quais calhaus e matacões ocupem mais de 15% da massa e/ou da superfície do terreno”. 
Época: final de setembro a início de fevereiro. Vale lembrar que se semeado em setembro e outubro a colheita será em janeiro/fevereiro, são épocas de grande umidade o que dificulta a colheita.
Amendoim da seca inicia se nos primeiros dias de fevereiro e colhe em maio, a semente apresenta boa qualidade devido a menor incidência de doenças e pragas.
Fertilidade do solo
O amendoim apresenta facilidade de desenvolvimento na maioria dos tipos de solo, mas apresenta melhor desempenho em solos bem drenados, férteis e de textura arenosa (BELTRÃO et al., 2011), o que favorece a penetração dos ginóforos ou “esporões” no solo.
O amendoim é uma leguminosa, e a acidez do solo pode comprometer a fixação biológica de nitrogênio (COX et al.,1982). Por isso indica realizar a calagem, se identificado a necessidade na análise do solo. E o suprimento de cálcio presente na calagem é imprescindível para enchimento e formação das vagens.
Espaçamento
Cultivares de porte ereto: o espaçamento médio entrelinhas recomendado é de 60 cm e a densidade de semeadura é de 18 a 20 sementes por metro de linha. Nas lavouras mecanizadas, é comum o plantio de três linhas espaçadas de 50 a 55 cm, deixando-se um intervalo de 70 cm, para a entrelinha de trânsito do trator.
Cultivares de porte rasteiro: O espaçamento médio entre linhas deve ser de 80 a 90 cm, deixando-se cair 14 a 15 sementes por metro. Ou seja, esses cultivares garantem sua máxima produtividade com um menor número de plantas por área do que os amendoins de porte ereto. O esquema de plantio mais usual para cultivares rasteiros, no Sudeste brasileiro, é de “linhas simples” com 90 cm. entrelinhas. Este espaçamento é o que melhor se adapta ao arranquio mecanizado, produzindo um bom enleiramento das plantas.
Rotação de Cultura
A cana de açúcar apresenta uma vida útil de cinco a seis anos, após isso é necessário que ela seja colhida e vendida e nesse tempo do corte até um novo plantio, o solo fica descoberto, sem plantação e consequentemente, sem rentabilidade para o produtor. Nesse intervalo que entrou a opção de cultivar o amendoim nessa área. A prática proporciona muitos benefícios para a produção de cana como a redução dos índices de pragas e doenças, melhor manejo de plantas daninhas, melhoria nas condições do solo e incorporação do nitrogênio obtido por fixação simbiótica.
Maturação dos grãos
Considerando a duração média do ciclo da variedade, o produtor deve iniciar as visitas à lavoura, recolhendo, periodicamente, algumas plantas, de diversos pontos do campo, para avaliar o ponto de maturação. O método mais comum é abrir as vagens e observar a cor da parte interna da casca e o desenvolvimento dos grãos. Quando os grãos estão maduros, aparecem manchas marrom-escuras por dentro da casca. Nas vagens em que os grãos ainda estão imaturos, a parte interna da casca é branca. Este critério funciona bem para amendoins eretos (do tipo Valência ou Spanish), em que grande parte das vagens (70% ou mais) fica madura em poucos dias.  
Em variedades comerciais de amendoim rasteiro, pode-se usar outro método, relativamente mais detalhado, que consiste em raspar a casca por fora, expondo o tecido imediatamente abaixo da casca. Este muda gradativamente de cor, de branco a marrom escuro, à medida que a vagem vai se tornando madura. Examinando-se as vagens de cada planta recolhida no campo, determina-se a proporção de vagens, que já atingiram a coloração escura. Nos amendoins rasteiros, normalmente, o ponto ideal de colheita é definido quando cerca de 60 a 65% das vagens já atingiram a cor escura. Nos eretos, este porcentual é em torno de 70%.
Mecanização
Como o amendoim forma suas vagens abaixo da superfície do solo, a colheita necessita de um maior número de operações quando comparadas as demais grandes culturas em que geralmente é feita uma única operação. No Brasil a colheita totalmente mecanizada é utilizada apenas nas lavouras do Estado de São Paulo, onde os produtores são mais tecnificados. Nos estados produtores do Nordeste, a maior parte do amendoim produzido é proveniente de pequenos produtores com pouco uso da mecanização, principalmente na colheita.
Arranquio, enleiramento, cura e recolhimento das vagens feitos manualmente ou de forma semimecanizada
Os pequenos produtores, na maioria das situações, fazem o arranquio e despencamento manuais. Entretanto, atualmente existem alguns equipamentos disponíveis para auxiliar os pequenos produtores no arranquio. A Embrapa Algodão avaliou diversas enxadas acopladas a um implemento à tração animal, com a finalidade de auxiliar no arranquio do amendoim (SILVA et al., 1999a). O implemento consiste em uma armação de um pequeno arado, o qual se acopla uma enxada do tipo facão ou aiveca, para efetuar o arranquio do amendoim. Este equipamento reduz a mão de obra necessária para o arranquio de 12 dias/homem para 2 dias/homem. Em estudo feito por Silva et al. (1999a) com vários tipos de enxadas, verificaram que o arrancador com enxada tipo facão e asa de andorinha foram os que demandaram menor força, potência e energia para a operação de afofamento da terra, para o arranquio das plantas de amendoim e consequentemente demandaram menores custos. O arrancador com a enxada do tipo facão foi o único tratamento que não alterou a configuração das fileiras de plantas de amendoim.
Assim, o arranquio do amendoim feito pelos pequenos produtores pode ser feito de forma totalmente manual ou com o auxílio de um equipamento dotado de uma lâmina à tração animal ou mecânica, a qual tem a finalidade de cortar as raízes previamente ao arranquio, fazendo também um afrouxamento do solo, o que proporciona redução das perdas (GODOY et al., 1984).
Após o arranquio é feito o enleiramento manual, amontoando as plantas em fileiras com as vagens para cima, de maneira a favorecer o processo de cura ou secagem em condições de campo. Após o processo de cura e secagem, faz-se a retirada das vagens ou despencamento, o qual pode ser efetuado manualmente batendo-se um feixe de amendoim seco contra a borda de um balaio de bambu ou com auxílio de trilhadeiras estacionárias. Em seguida, as vagens do amendoim são peneiradas, ensacadas e, conforme o grau de umidade, continuam a secar em terreiro.
Arranquio, enleiramento, cura e recolhimento das vagens mecanizados
Atualmente, os produtores mais tecnificados vêm utilizando a colheita mecanizada em todas as etapas do processo de colheita, o que tem ocasionado redução da necessidade de mão de obra, diminuindo significativamente o custo de produção, além de aumentar significativamente o rendimento operacional e proporcionar melhora na qualidade do produto, uma vez que a operação é mais rápida, reduzindo o tempo que o produto fica exposto às intempéries do clima no campo. Na colheita mecanizada, a operação de colheita do amendoim inicia-se com o arranquio e enleiramento, passando pelo processo de cura em condições de campo e finalizando com o recolhimento das vagens.
Para o arranquio e enleiramento são utilizados os equipamentos denominados de arrancadores-invertedores, que fazem as duas operações simultaneamente (Figura 1). Esteequipamento possui lâminas cortadoras em forma de “V”, onde atrás de cada lâmina existem diversas hastes. Em seguida às hastes, a máquina apresenta uma esteira elevadora das plantas acionada pela tomada de potência do trator (TDP). O arranquio ocorre com as lâminas cortadoras penetrando no solo a uma profundidade de aproximadamente 5 cm abaixo das vagens da planta com a finalidade de cortar as raízes e proporcionar o afofamento do solo ao redor das vagens. As hastes contidas na parte posterior das lâminas conduzem as plantas com as vagens e o solo para a esteira elevadora que, dotada de movimento, separa o solo das plantas. Estas são conduzidas até a parte superior da esteira e caem sobre um dispositivo que realiza o enleiramento das plantas na superfície do solo, deixando as plantas voltadas para cima (SILVA et al., 2009)
Descascamento
O descascamento do amendoim pode ser feito manualmente ou com equipamentos de acionamento manual ou totalmente mecanizado. O descascamento manual é extremamente demorado, requerendo elevada quantidade de mão de obra. Assim, as formas predominantes de descascamento utilizadas pelos pequenos produtores são por meio de pequenas máquinas de acionamento manual ou motorizado, e os grandes produtores utilizam máquinas de grande porte motorizadas.
Acionamento manual: O descascamento ocorre pela fricção das vagens no côncavo, provocada pelo movimento alternado semicircular do semicilindro, induzindo à quebra das cascas das vagens, e estas, juntamente com as sementes, fluem através das malhas do côncavo, caindo sobre uma lona de pano ou de plástico. A alimentação é feita por um operador, que coloca as vagens de forma contínua e uniforme, em uma espécie de moega, que é continuação do côncavo. Por se tratar de um equipamento simples, o mesmo não dispõe de dispositivo de separação da casca das sementes, necessitando, assim, que esta operação seja feita de forma manual, com o auxílio de uma peneira e do vento para a abanação e, consequentemente, da limpeza dos grãos. 
Motorizado: As máquinas de grande porte utilizadas em unidades de beneficiamento são constituídas basicamente por dois sistemas, sendo um de descascamento ou batimento e outro de separação e limpeza. O sistema de descascamento é constituído de um cilindro batedor de barras e um côncavo em forma de peneira. A ação do cilindro sobre as vagens quebra as mesmas e faz com que tanto as sementes como os fragmentos de vagens (cascas) atravessem a peneira do côncavo. Em seguida, as cascas são separadas das sementes por meio da força do ar produzido por um ventilador. As sementes por apresentarem peso maior que as cascas não são carregadas pelo ar e são conduzidas para outro mecanismo de separação e limpeza ou então ensacadas.
Referencias 
Site SF Agro | Farming Brasil: https://sfagro.uol.com.br/rotacao-de-culturas-com-amendoim-pode-aumentar-produtividade-de-canaviais/
http://www.canalrural.com.br/noticias/agricultura/produtor-cana-cultiva-amendoim-entressafra-42506
https://www.spo.cnptia.embrapa.br/conteudo?p_p_id=conteudoportlet_WAR_sistemasdeproducaolf6_1ga1ceportlet&p_p_lifecycle=0&p_p_state=normal&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&p_r_p_-76293187_sistemaProducaoId=3803&p_r_p_-996514994_topicoId=3456
https://www.cpt.com.br/cursos-agricultura/artigos/producao-de-amendoim-dicas-de-plantio-para-o-sucesso-da-producao

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