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APOSTILA DIREITO PENAL II

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MATERIAL DE APOIO DIDÁTICO DE DIREITO PENAL II
CONCURSO DE PESSOAS
O Código Penal utiliza o termo concurso de Pessoas, que é sinônimo de concurso de agentes, adotando a Teoria Monista (Também, chamada de Teoria Unitária ou Teoria Igualitária), Segundo a qual, no Concurso, existe um só crime, em que todos os participantes respondem por ele.
CONCURSO NECESSÁRIO E EVENTUAL
Quanto ao número de Pessoas, os crimes podem ser classificados em:
a)Monossubjetivos – Também chamado Concurso Eventual. Podem ser cometidos por um só sujeito.
b)Plurissubjetivos – Que exige pluralidade de agentes (Ex: Rixa). Também chamado Concurso Necessário. ART. 137 CL.
Para alguns autores (Damásio de Jesus) os crimes Plurissubjetivo podem ser classificados em face ao modo de execução em:
a) CONDUTA PARALELA – Condutas de auxílio mútuo, tendo os gentes a intenção de produzir o mesmo evento ( 288 CL ).
b) CONDUTA CONVERGENTE – Condutas se manifestam na mesma direção (Ex: Bigamia ART 235 CP).
c) CONDUTA CONTRAPOSTA - Quando existe conduta de ambos os agentes, os sujeitos são ativos e passivos (art. 137 CP).
As formas de Concurso podem ser Co-autoria e Partícipe, e o código penal adotado a teoria restritiva da autoria, distinguindo autor de Partícipe.
Requisitos de concurso de agentes
1.Pluralidade de Condutas
2.Relevância causal de cada uma.
3.Liame subjetivo entre os agentes ( Acordo de vontade)
4.Identidade de infração para todos os participantes.
Para existir a co-autoria há necessidade que várias pessoas realizem a conduta principal do tipo penal ( realiza atos iguais ao do autor ).
PARTICIPAÇÃO:
O Sujeito concorre de alguma forma para a prática da conduta típica, mas não realiza atos executórios do crime. O Partícipe realiza atos diversos do praticado pelo autor.
Não pratica os atos descritos pelo preceito primário da norma. Portanto autor executa o núcleo da conduta típica e o partícipe concorre de qualquer modo para realização.
Exemplo – Autor- mata, rouba, furta, estupra, etc.
 Partícipe- vigia, empresta a arma, etc.
Participação pode ser: 
a) Moral – Infunde na mente do autor principal o propósito criminoso (induzimento ou determinação) – ou reforça o pré-existente (instigação).
b) Material – Auxilia fisicamente.
* Autoria Imediata – não há relação entre o executor material e o autor imediato do crime. 
 Exemplo – O dono do armazém que quer matar família, dando arsênico em vez de açúcar a doméstica da casa.
* Autoria Colateral e Autoria Incerta - Não existe liame subjetivo entre os autores do crime.
Exemplo 
A) Roubam um banco simultaneamente sem se conhecerem ou combinarem. (Cada um responderá por seu crime sem o concurso de agente).
* Autoria Incerta - Em face uma autoria colateral é impossível determinar quem deu causa ao resultado.
Exemplo – A e B Atiram em C matando-o, sem que descubra de quem partiu o disparo fatal – A e B responderão por 121 C/ 14 II. 		
CONIVÊNCIA E PARTICIPAÇÃO POR OMISSÃO
 A conivência é quando o agente, sem ter o dever o dever jurídico de agir, omite-se durante a execução do crime, tendo condições de impedi-lo, porém por não tem o dever jurídico, não é punido por tal atitude.
	A participação por omissão o agente tem o dever jurídico de agir para evitar o resultado (Artigo 13 §2 CP), omitindo-se intencionalmente.
 Exemplo: O empregado que ao sair do trabalho não tranca a porta, pois está previamente ajustado com terceiro para a prática de furto.
CONCURSO EM CRIME CULPOSO
Exemplo: Acompanhante que instiga o motorista a empreender velocidade excessiva em seu veículo.
Punibilidade – ART 29 - “... Na medida de sua culpabilidade”
	Participação de menos importância §1º - Não é imprescindível para a prática do crime.
COOPERAÇÃO DOLOSAMENTE DISTINTA - §2º - Será aplicado a pena do crime idealizado. 
ART 30 - Circunstância incomunicáveis
A regra é a incomunicabilidade.
Circunstâncias – Elementos que integram a infração penal apenas para aumentar ou diminuir a pena, embora não imprescindíveis, como, por exemplo, as atenuantes do Artigo 65 do CP.
CONDIÇÕES PESSOAIS - relação do agente com mundo exterior (pessoas e coisas) como o parentesco.
	A execução e a comunicabilidade
Exemplo: Artigo 312 CP (Peculato) e elementar a condição de funcionário público.
ART 123 do CP é elementar a condição de mãe no infanticídio.
OBS: É essencial o conhecimento prévio do participante dessas circunstâncias ou condições de caráter pessoal, para que haja comunicabilidade. ART 31 casos de impunidade.
	 PENA – Aplicada aos agentes imputáveis
SANÇÃO * Medida de Segurança – inimputável - doença mental, desenvolvimento mental incompleto ou retardado.
 * Medida Sócio Educativa ECA lei 8069/90
Sanção é a Punição Aplicada aos agentes imputáveis.
Conceito – É uma sanção aflitiva imposta pelo estado, por meio de Ação Penal, ao autor de infração, como retribuição de seu ato ilícito, consistente na diminuição de um bem jurídico, cujo objetivo é evitar novos delitos.
FINALIDADE DA PENA	 * Retribuição – Estabelece punição
 * Prevenção – Visa evitar a prática	
CARACTERÍSTICA (DAMÁSIO)
a)Personalíssima, só atinge o autor.
b)Sua aplicação é disciplinada pela Lei
c)É inderrogável, no sentido da certeza de sua aplicação
d)É proporcional ao crime
ESPÉCIES:
A) Privativa de Liberdade - Reclusão
 Detenção
B) Restritiva de Direitos
C) Multa
Vide Art. 5º XLVI CF
 XLVII CF
A PENA DE MULTA PODE SER APLICADA COMO:
Sansão principal
Sansão alternativa 
Sansão cumulativa
ART.49 Á 52 CP
	OBS: O Juiz deverá atender, na fixação da pena de multa, principalmente, a situação econômica do réu. (vide art.60 CP)
REGRAS DO REGIME FECHADO
	ART 106-LEP
	Divergência – ROGÉRIO GRECO
 CEZAR ROBERTO BITENCOURT
 OBS: Se o estado fornece ou não trabalho ao condenado, 3 dias de pena cumprida por menos 1 dia de pena. Art. 126 §1 LEP
REGRAS DO REGIME SEMI - ABERTO
ART 106-LEP
É admissível trabalho externo, bem como a freqüência a cursos supletivos profissionalizantes de 2º grau ou Superior.
REGRAS DO REGIME ABERTO
ART 106 LEP
	Só ficará recluso no período noturno e nos dias de folga, e só terá direito ao beneficio se apresentar a possibilidade imediata de trabalho. (condição Sine Qua Non)
	EXCEÇÃO ART 117 LEP
Trabalho#Emprego
ART115 LEP- Condições Gerais
	STJ- Se não tem casa de albergado- Prisão domiciliar em qualquer caso.
	STF- Se não tem casa de albergado- Prisão domiciliar só para os casos do art.117 LEP
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO
ART 43 CP – ESPÉCIES
As penas são substitutivas, ou seja, primeiramente aplica-se a pena privativa de liberdade e, quando possível, presente os requisitos legais, será procedida a sua substituição.
REQUISITOS-ART 44 CP
NATUREZA JURÍDICA
 	A pena restritiva de direitos consiste na inabilitação temporária de um ou mais direitos do condenado.
 	Essa pena foi instituída para substituir a pena privativa de liberdade, não perdendo o caráter de castigo, porém evitando malefícios da pena carcerária de curta duração.
DETRAÇÃO PENAL –art.42 CP – computam-se na pena privativa de liberdade e na medida de segurança o tempo de prisão provisória ou administrativa e o de internação em hospital ou manicômio.
PRISÃO ESPECIAL:
ART 295 CPP
DETRAÇÃO EM PENA RESTRITIVA DE DIREITO
	A rigor somente ocorre nas privativas de liberdade, entretanto, dado o caráter substitutivo das penas restritivas de direitos, que substituem as penas privativas de liberdade, desde que satisfeitas às exigências do art.44 do CP.
DETRAÇÃO EM PENA DE MULTA
	Antes da lei9268/96 a multa poderia ser convertida em pena privativa de liberdade na razão de 1 dia de detenção para cada dia de multa.
REGIMES PRISIONAIS:
a) Fechado – Estabelecido Segurança Máxima ou Média.
b) Semi - aberto – Colônia Agrícola, Industrial ou Estabelecimento Similar.
c) Aberto- Casa de Albergado ou Estabelecimento Adequado.
SUPERVENIENCIA DE DOENÇA MENTAL
	Art.41 CP
	Substituição da pena por medida de segurança
 Art. 183 LEP
		Obs.: Cometeu fato típico, ilícito e culpável - condenado.
REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO - RDD - JULIO FABBRINI MIRABETE
	“O regime disciplinar diferenciado foi concedido para atender as necessidades de maior segurança nos estabelecimentos penais e de defesa da ordem pública conta facções criminosas, são responsáveis por constantes rebeliões e fugas ou permanecem, mesmo encarcerados comandando ou participando de quadrilhas ou organizações criminosas atuantes no interior do sistema prisional e no meio social”
ART- 52 LEP
DIREITOS E TRABALHO DO PRESO
Art. 38 CP
Vide Art. 40 a 43 LEP
Art 39 CP
Vide Art 28 a 37 LEP OBS: No regime aberto não reduz por ser condição “ Sine Qua Non”
Art 118 – I ( Não foi recepcionado) Polêmica sobre a Presunção de Inocência Art 5º, LVII CF
OBS: Se cometer falta grave perde o tempo remido.
APLICAÇÃO DA PENA
 	Na atual sistemática do Código Penal, foi dado ao Juiz certo arbítrio em relação à aplicação da pena, não somente no que se refere à quantidade, mas também na escolha entre as penas alternativamente cominadas e à faculdade de aplicar cumulativamente as penas de espécies diversas.
	A pena não tem em vista somente o delito. Ao lado da apreciação dos aspectos objetivos que ela apresenta, deve o juiz considerar a pessoa de quem o praticou, suas qualidades e defeitos, sem esquecer a periculosidade e a possibilidade de tornar a delinqüir.
CIRCUNSTÂNCIAS DO CRIME
	Segundo Mirabete, circunstâncias do crime são dados subjetivos ou objetivos que fazem parte do fato natural, agravando ou diminuindo a gravidade do crime sem modificar-lhe a essência.
Exemplos: Repouso noturno no furto, emprego de arma na extorsão, Reincidência etc.
Não se confundem as circunstâncias com as elementares do delito, que nada mais são que expressão concreta dos elementos genéricos do tipo penal.
Exemplo:“Matar” no homicídio,“ Subtrair” no furto, violência ou grave ameaça no roubo etc.
	As circunstâncias podem ser divididas em: 
a) Judiciais, que auxiliam o Juiz na verificação (ART. 59 CP)
b) Legais, expressamente previstas na parte geral ou na parte especial do Código Penal.
CIRCUNSTÂNCIAS LEGAIS
a) Gerais, comuns ou genéricas, sempre previstas na parte geral do Código Penal, que são:
- Circunstâncias Agravantes (Art. 61 a 64 CP)
- Circunstâncias Atenuantes ( Art. 65 CP)
- Causas de Aumento e de diminuição da pena. (Art. 26 § Único, 28§ 2º, 60 §1º, todos CP)
b) Especiais ou Específicas, prevista na parte especial do CP que podem ser:
- Qualificadora (Art 121§2º, 155§4º,157§3º CP)
- Causas de Aumento ou diminuição da pena ( Art 121§4º, 129§4º,141, III, 155§1º CP)
FIXAÇÃO DA PENA
	É norma Constitucional ao Direito Brasileiro que a “lei Regulará a individualização da Pena” ( Art. 5º XLVI CF)
	Conforme assinalado por Mirabete ( op. Cit, p. 304), a individualização da pena é uma das chamadas garantias criminais repressivas, constituindo postulado básico da Justiça.
	 No legislativo, a individualização da pena já se faz por meio da discriminação das sanções cabíveis a cada tipo Penal.
	Já na esfera judicial, a individualização da pena se consagra no emprego do prudente arbítrio e discrição do Juiz, assim como durante a execução da pena, abrangendo medidas judiciais e administrativas ligadas ao regime penitenciário, á suspensão da pena e ao livramento condicional.
CÁLCULO DA PENA
	A lei determina, no Art.68 do Código penal, que o cálculo da pena se faça em três etapas (Sistema Trifásico):
a) A pena base será fixada atendendo ao critério do Art. 59 CP.
b) Em seguida serão consideradas as circunstâncias agravantes e atenuantes;
c) Por último, serão levadas em conta as causas de aumento ou diminuição da pena. 
Art. 67 – concurso de circunstâncias atenuantes e agravantes.
	Deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, entendendo como tais as que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e da reincidência.
	A menoridade preponderá sobre todas as outras circunstâncias, inclusive sobre a reincidência.
CONCURSO DE CRIMES
Art. 69 a 72 CP
	Em uma mesma oportunidade ou em ocasiões diversas, uma mesma pessoa cometa duas ou mais infrações penais, as quais estejam ligadas de algum modo.
	Ocorrendo esse fenômeno, estaremos diante do concurso de crimes, que origina o chamado concurso de penas.
	Em face ao concurso de crimes, a doutrina penal elaborou alguns sistemas para aplicação das penas.
a) Sistema de Cúmulo: Em que se determina a soma das penas de cada um dos delitos componentes do concurso;
b) Sistema de Cúmulo Jurídico: Em que a pena a ser aplicada deve ser a mais grave, do que a cominada para cada um dos delitos, sem se chegar à soma delas;
c) Sistema da absorção em que a pena a ser aplicada é a do delito mais grave, desprezando-se as demais;
d) Sistema de Exasperação: Em que a pena a ser aplicada deve ser a do delito mais grave, entre os concorrentes, aumentada a sanção em certa quantidade, em decorrência dos demais crimes.
OBS: O Código Penal adotou o sistema do Cúmulo Material do Concurso material (Art. 69 CP). No concurso forma imperfeito (art. 70, caput, segunda parte) e no concurso das penas de multa (art. 72 do CP). Adotou ainda o sistema da exasperação no formal perfeito (art. 70, caput, primeira parte do CP) e no crime continuado(art71 do CP).
Art. 75 – LIMITES DA PENA
	Sobrevindo condenação por fato posterior ao início do cumprimento da pena, Far-se-á nova unificação, desprezando-se, pra esse fim, o período de pena já cumprido.
SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA
	É também conhecida como Sursis, que significa Suspensão, permitindo que o condenado não se sujeite à execução de pena privativa de liberdade de pequena duração.
	Segundo as disposições do Código penal, nos Arts. 77 a 82, o Juiz, ao condenar o Réu, pode suspender a execução da Pena Privativa de Liberdade, de 2 a 4 anos.
	Essa Pena Privativa de Liberdade não pode ser superior a 2 anos.
	O Réu é notificado pessoalmente a comparecer à audiência de advertência, também chamada Admonitória, onde o Juiz lerá a sentença. Advertindo-o das conseqüências da nova infração penal e da transgressão das obrigações impostas.
	O Réu não inicia o cumprimento da pena, ficando em liberdade condicional por um período chamado de PROVA.
FORMAS:
SUSPENSÃO SIMPLES: (Art. 78§1º) – No primeiro ano do período da prova, deverá prestar serviços à comunidade, ou submeter-se à limitação de fim de semana.
 SUPENSÃO ESPECIAL (Art. 78§2º) – Se reparado, o dono e as circunstâncias judiciais do Art. 59 lhe forem favoráveis, poderá ter substituídos a prestação de serviço a comunidade e a limitação de fim de semana por outras circunstâncias enumeradas por Lei.
SUSPENSÃO ETÁRIA (Art. 77§2º) - Pena não superior a 4 anos e o condenado maior de 70 à data da sentença.
SUSPENSÃO HUMANITÁRIA (Art. 77§2º IN FINE) – Razões de saúde.
OBS: Se as condições impostas não forem obedecidas, o Sursis será revogado e deverá cumpri a pena privativa de liberdade a que foi condenado.
Condições: Legais (Art. 78 §1º)
 Judiciais ( Art. 79)
ESPÉCIES DE REVOGAÇÃO
Causas de revogação Obrigatória (Art. 81, I a III)
Causas de Revogação Facultativa (Art.81§1º)
OBS 1: O Sursis pode ser prorrogado (Período de Prova) caso cometa outro delito, até a sentença deste.
OBS 2: Não é faculdade do Juiz aplicar ou não o Sursis.ESPÉCIES DE PRISÃO PROVISÓRIA OU CAUTELAR
Prisão em flagrante;
Prisão preventiva;
Prisão temporária;
Prisão em virtude de sentença de pronuncia;
Prisão em virtude de sentença penal condenatória recorrível.
LIVRAMENTO CONDICIONAL (Art. 83 a 90 do CP e 131 a 146 LEP)
Conceito – É a concessão, pelo poder jurisdicional, da Liberdade Antecipada ao condenado, mediante a existência de pressupostos, e condicionada a determinadas exigências durante o restante da pena que deveria cumprir preso (Magalhães Noronha).
	O Livramento Condicional pressupõe, essencialmente, o reajustamento social do criminoso, porque seu comportamento carcerário e suas condições revelam que os fins reeducativos da pena foram atingidos.
Requisitos:
Objetivos – Art. 83, Art 83,I, Art,83,II, Art 83 V, Art., 83, IV.
Subjetivo – Art. 83, I Segunda parte, 83, III, 83§ Único.
Concessão – Art. 712 C.P.P
	Ao pedido serão anexados o cálculo do tempo já cumprido e o atestado de antecedentes carcerários.
	Em seguida é submetido à apreciação do Conselho Penitenciário que dará parecer a respeito da admissibilidade, Conveniência e Oportunidade do Benefício, ouvindo-se, em seguida, o Diretor do Estabelecimento Penitenciário (Art. 713 e 714 CPP)
	Também será submetido à apreciação do promotor, que se manifestará por meio de parecer (Art. 716§2º CPP)
CONDIÇÕES
Legais: Art. 86, I CP, Art.132§ 1º, a, LEP, 132 §1º	 b, LEP, 132 §1º, c LEP – Facultativas, que podem ser impostas, a critério do Juiz, e podem ser modificadas durante a execução.
Judiciais: Art. 87, Art. 132§2º, a, LEP, Art132§2º, b LEP, Art 132§2º, c LEP.
REVOGAÇÃO
Obrigatória – Art. 142 LEP, 141 LEP.
Facultativa – Deixar de cumprir qualquer obrigação da sentença, quando for condenado, irrecorrivelmente, por crime ou contravenção, a pena que não seja privativa de liberdade.
Restauração – Art. 88 C>P C/C Art.141 BEP
Prorrogação – Art. 89/90
MEDIDA SE SEGURANÇA
Para imputáveis – Pena;
Para inimputáveis – Medida de Segurança;
Para semi - imputáveis – Pena reduzida ou Medida de Segurança
Conceito: É uma espécie de sanção penal imposta pelo Estado aos inimputáveis (Art.26 caput. CP) visando a prevenção do delito, com a finalidade de evitar que o criminoso que apresente periculosidade volte a delinqüir.
Enquanto o fundamento da aplicação da pena reside na culpabilidade, o fundamento da Medida de Segurança reside na periculosidade.
Pressupostos 
Prática de fato descrito como crime;
Periculosidade do Sujeito;
Ausência da imputabilidade plena.
ESPÉCIES:
Medida de Segurança Detentiva, Art.96 I C.P;
Medida de Segurança Restritiva, Art. 96 II.
Vide Sumula 422 STF – Prazo mínimo da Medida de Segurança: 1 a 3 anos ( Art. 97§2º CP).
EFEITOS DA CONDENAÇÃO (Art. 91 e 92 C.P)
	Segundo Damásio de Jesus “Condenação é o ato do Juiz por meio do qual se impõe uma sanção penal ao sujeito ativo da infração.”
	Vários são os efeitos secundários de natureza penal da sentença condenatória. Segundo a lição de Mirabete, podem ser destacados os seguintes:
A revogação obrigatória ou facultativa do Sursis anteriormente concedido;
A revogação facultativa ou obrigatória do livramento condicional;
 A caracterização da reincidência pelo crime posterior;
O Aumento do prazo da prescrição da pretensão executória, quando caracterizar a reincidência;
A interrupção da prescrição;
Revogação da reabilitação, quando se tratar de reincidente;
A possibilidade de aquisição de exceção da verdade nas hipóteses de calúnia e difamação;
O impedimento de vários benefícios;
A fixação dos pressupostos da reincidência como crime antecedente;
A caracterização da contravenção de posse não justificada de instrumento de emprego usual na prática de furto, como circunstância elementar da infração;
l) A inscrição do nome do condenado no rol dos culpados.
EFEITOS SECUNDÁRIOS
Efeitos civis – Art.91, I e II do CP
Efeitos Administrativos – Art. 92, I, III do CP
Efeito Político- Art. 92, I do C.P
Reabilitação: 93 a 95 C.P
Conceito: É a declaração judicial de que estão cumpridas ou extintas as penas impostas ao sentenciado, que assegura o sigilo dos registros sobre o processo e atinge os efeitos da condenação.
	O intuito da reabilitação é facilitar a readaptação do condenado, concedendo-se certidões dos livros do juízo ou folha de antecedentes, sem menção da condenação e permitindo-se o desempenho de certas atividades administrativas, políticas e civis das quais foi privado em decorrência da condenação.
Procedimento Art. 743 C.P.P.
DA AÇÃO PENAL
Ação penal: Segundo José Frederico Marques é o direito de invocar-se o poder judiciário, no sentido de aplicar o Direito penal objetivo.
Ação Penal Pública: O Estado reserva para si a iniciativa da ação, e deve ser exercida privativamente pelo Ministério Público ( Art. 129, I da CF)
Ação Penal Privada: O estado reserva ao ofendido a iniciativa do procedimento policial e da ação penal.
Espécies Ação Penal Pública:
Ação Penal Pública incondicionada - Denúncia Art. 41 CPP;
Ação Penal Privada subsidiária – Quando o M.P. não oferece denúncia.
ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL PRIVADA
Ação Penal Privada Exclusiva (Queixa Crime) – Somente é proposta pelo ofendido (Art. 30, 31, 41 C.P.P);
Ação Penal Subsidiária – Quando o M.P. não oferece denúncia.
Prazo 6 meses para o exercício do Direito de Queixa. O MP poderá aditar a queixa-crime, intervindo em todos os termos subseqüentes do processo (Art.45 C.P.P).
AÇÃO PENAL PRIVADA PERSONALÍSSIMA- Exclusivamente ao ofendido, sendo vedado representante legal, não havendo sucessão por morte ou ausência (art. 236 C.P).
AÇÃO PENAL SUBSIDIÁRIA – O MP deve oferecer denúncia em 5 dias ( Réu preso) ou 15 dias ( réu solto) caso não o faça o ofendido ou seu representante legal poderá fazê-lo em até 6 meses, contato da data que se esgotar o prazo do MP.
Identificação – Se omissa e publica incondicionada;
 Mediante representação é pública condicionada;
 Mediante Queixa – Ação Penal exclusivamente privada;
PRESCRIÇÃO (Art. 109 a 118 C.P) – É a perda do Direito de punir do Estado pelo decurso do tempo.
	Esse instituto tem a sua justificativa no desaparecimento do interesse estatal na repressão ao crime, em razão do tempo decorrido, já não havendo mais sentido na punição tardia.
ESPÉCIES DE PRESCRIÇÃO:
Prescrição da Pretensão Punitiva – Art. 109 CP interrupção art. 117, I a IV CP;
Prescrição da Pretensão Executória – O Estado perde o direito de executar a sanção imposta pela sentença condenatória ( inciso V, VI do Art. 117);
Prescrição intercorrente (Art. 110§1º C.P) Exceção a regra do Art. 109 CP;
Prescrição Retroativa (Art.110§1º, 2º e Art109 C.P);
Prescrição Antecipada – A prescrição antecipada, também chamada de virtual, baseia-se na falta de interesse de agir do Estado e ter por escopo evitar que eventual condenação não tenha função alguma, desprestigiando a Justiça Pública.
REDUÇÃO DOS PRAZOS PRESCRICIONAIS (ART. 115 CP)
PRESCRIÇÃO DA PENA DE MULTA
* Prescrição da Pretensão Punitiva – 2 anos
* Após o trânsito em julgado a multa é considerada dívida de valor – 5 anos (art.174 CTN)
CAUSAS DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
Gerais ou comuns – Podem ocorrer em todos os delitos, tais como a morte do agente, a prescrição, etc;
Especiais, ou Particulares – ocorre em determinados delitos, tais como a retratação do agente nos crimes contra a honra e o perdão judicial, nos casos previstos em lei.
Outrossim se houver concurso de agentes as causas de extinção podem ser:
Comunicáveis – Autores, Co-autores e partícipes;
Incomunicáveis – Vale para cada um (morte).
ESPÉCIES
1- MORTE DO AGENTE - Morrendo o agente, perde o Estado o “ Jus Puniendi”, não podendo a obrigação penal ser transmitida aos herdeiros ( Art. 62 CPP);
2- ANISTIA – Segundo Damásio de Jesus, citando Aureliano Lela, Anistia é o esquecimentojurídico de uma ou mais infrações penais. Para Guilherme de Souza Nucci, Anistia é a ”Declaração pelo Poder Público de que de terminados fatos se tornaram impuníveis por motivo de utilidade social”.
Veda a Anistia – Art. 5º, XLII CF, Art. 2º, I da lei 8072/90, Art. 1º, §6º da lei 9455/97
Art. 48 VIII CF – Anistia é atribuição do Congresso Nacional.
A Anistia tem efeito Ex Nunc extinguindo todos os efeitos penais da sentença condenatória. Não extingue os efeitos penais da sentença penal, tais como a obrigação de indenizar, reparara dano, etc.
3- GRAÇA OU INDULTO – Art. 84, XII da CF – A Graça e a concessão de Clemência, de perdão ao criminoso pelo Presidente da República. Pode ser solicitada por petição do condenado Art. 188 LEP. Extingue somente as sanções mencionadas no decreto permanecendo os demais efeitos da sentença;
4 – “ABOLITIO CRIMINIS”;
5- RENÚNCIA DO DIREITO DE QUEIXA – É a abdicação do ofendido ou de seu representante legal do direito de promover a Ação Penal Privada.
Somente é possível antes do início da Ação Penal Privada, e pode ser:
Renuncia Expressa (Art. 50 CPP);
Renuncia Tácita.
6 – 	PERDÃO ACEITO - ( Art. 51 a 59 CPP).
 Obs.: O perdão é ato bilateral.
RETRATAÇÃO DO AGENTE ( Art. 107, VI).
Art. 143 CP, Art. 26 da lei 5250/67 (Lei de Imprensa), Art. 342§2º C.P.
8 – DECADÊNCIA – É a perda de Direito de Ação Penal Privado ou de Representação, em decorrência de não ter sido exercido no prazo previsto em Lei;
9-PEREMPÇÃO - É a perda do Direito de prosseguir na Ação Penal Privada, ou seja, sanção jurídica cominada ao querelante, em decorrência da inércia da parte;
10- PERDÃO JUDICIAL – Art. 120 CP.

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