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Clareamento Dental

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Clareamento Dental 
• Clareamento Dental 
A medida com que as doenças bucais 
como cáries, gengivites e periodontites 
diminuíram sua incidência, a procura ao dentista 
tornou-se muitas vezes pela razão estética e 
preventiva. Dentre os tratamentos estéticos mais 
procurados atualmente, temos o clareamento 
dental. 
O clareamento dental consiste em um 
processo conservador que permite aos pacientes 
obterem dentes mais claros, sem a necessidade 
de abordagem restauradora ou protética. Esse 
procedimento, por mais na moda que esteja, já 
vem sendo realizado há muito tempo. 
 
• História 
Na história da odontologia há relatos que 
afirmam que, em 400 a.C., os povos romanos 
foram os primeiros a realizar clareamento dental, 
já pela questão estética, através da aplicação de 
ureia (peróxido de ureia) advinda do processo de 
fermentação da urina, no qual evaporava o 
solvente dessa urina, sobrando apenas o agente 
clareador, ou seja, a ureia. 
Já no início do século XX, no período em 
que surgiu o cinema, havia a colocação de 
facetas de acrílico nos dentes dos atores na 
coloração branca leitosa havendo grande 
contraste já que a coloração produzida pelas 
filmagens da época variava entre colorações de 
preto à branco. 
Também no século XX, durante a guerra 
do Vietnã (1965) os soldados estavam numa 
condição de stress, imunidade baixa, má 
nutrição, higienização e expostos a muitas 
bactérias o que ocasionava uma periodontopatia 
chamada de GUNA (gengivite ulcerativa 
necrosante aguda, hoje chamada apenas de 
GUN). A estes soldados que paravam de lutar 
devido a dores nos dentes, os dentistas 
aconselharam que levassem em seus cintos de 
utilidades um produto para limpeza bucal, um 
enxaguante bucal chamado de Peroxil, composto 
basicamente de água oxigenada e peróxido de 
______, diminuindo o número de bactérias no 
sulco gengival e abrandando a patologia. Porém, 
ao voltar para a base depois de algumas 
semanas, notaram que os dentes destes soldados 
que utilizaram o Peroxil, estavam mais brancos. 
Desde então diversas pesquisas voltaram a 
entender o processo de clareamento e os agentes 
clareadores. 
 
• Alterações na Cor do Dente 
 Existem basicamente dois tipos de 
alterações de cor dos dentes, as causadas por 
fatores extrínsecos e as causadas por fatores 
intrínsecos. 
• Fatores Extrínsecos 
 As alterações de cor extrínsecas são mais 
frequentes, resultante do manchamento 
superficial dos dentes provocadas por diversas 
etiologias como: consumo abusivo de café, chá, 
chimarrão, cigarro, bebidas e alimentos com 
corantes artificiais e acúmulo de placa. A 
intensidade desse tipo de manchamento piora 
quando houver defeitos na superfície de esmalte, 
quando a dentina se encontra exposta ou quando 
uma recessão desnuda a superfície da raiz. 
• Fatores Intrínsecos 
 As alterações de cor intrínsecas são mais 
difíceis de serem tratadas podendo acometer 
esmalte e/ou dentina, podendo ter sido causada 
por fatores congênitos, adquiridos ou até mesmo 
iatrogênicos. 
 As causas congênitas mais comuns são a 
dentinogênese imperfeita e a fluorose; as causas 
adquiridas mais comuns são as tetraciclinas, flúor 
e traumatismos; a causa iatrogênica mais comum 
é a inadequada realização do desgaste 
compensatório deixando resto de material 
orgânico e inorgânico na câmara pulpar. 
 
 Agora que temos em mente as causas da 
alteração de cor dos dentes que levam o paciente 
 
Luis Augusto Barros 
Dentística III 
a procurar o tratamento de clareamento dental 
podemos pensar nas indicações, 
contraindicações, vantagens e desvantagens do 
clareamento.
• Indicação: alterações de cor 
distribuídas uniformemente pela 
coroa dental; pigmentações por 
tetraciclinas grau I ou II; 
alterações fisiológicas devido à 
idade; fluorose suave; tratamento 
prévio para reabilitações estéticas 
(facetas, lentes de contato). 
 
• Contraindicação: sensibilidade a 
alterações térmicas; dentes com 
comprometimento pulpar; lesões 
de erosão, abrasão e abfração e 
pacientes com câmara pulpar 
ampla. 
 
• Vantagens: Resultados rápidos na 
obtenção de dentes mais brancos; 
possibilidade de tratamento 
caseiro; retomada da autoestima; 
não há necessidade de desgaste 
do dente; mais econômico. 
 
• Desvantagens: Alergia aos tecidos 
moles; sensibilidade térmica; 
tratamento com efeito 
temporário, pois o dente fica mais 
poroso absorvendo ainda mais 
fluidos. 
 
 
• Agentes Clareadores 
 Os agentes clareadores são as 
substâncias que, por oxidação, removem as 
manchas dos dentes. Os agentes clareadores se 
apresentam de diversas formas como géis, 
líquidos, tiras impregnadas, pó, pastas de dente, 
pincéis atômicos e etc. Os agentes clareadores 
são divididos em em dois tipos: os usados em 
consultório e os auto-administrados pelos 
pacientes. 
• Agentes Clareadores Usados em 
Consultório 
 
• Peróxido de Hidrogênio 
 O peróxido de hidrogênio 
é empregado em diversas 
concentrações tanto para clarear 
dentes vitais quanto dentes não 
vitais. Disponíveis em 
concentrações que variam de 1,5 
a 35%, sendo os mais utilizados 
no consultório as concentrações 
de 30 e 35%. 
 Um problema do peróxido 
de hidrogênio é que quando este 
entra em contato com os dentes, 
começa a diminuir o Ph, 
resultando em um efeito de 
descalcificação após 15 min. de 
ação. Por causa disso, 
recomenda-se a troca do gel 
após o decorrer desses 15min. 
 
• Perborato de Sódio 
 O perborato de sódio é 
empregado com frequência nos 
casos de clareamento de dentes 
não vitais, ou seja, que já 
passaram pela endodontia, na 
forma de pasta na câmara 
pulpar, de forma isolada ou 
associada ao peróxido de 
hidrogênio de 30 ou 35%. 
 
• Ácido Clorídrico 
 O ácido clorídrico, na 
verdade não é um agente 
clareador, ele é empregado como 
substância para a realização de 
uma microabrasão controlada de 
esmalte. Sua ação não é restrita a 
manchas uma vez que seu 
mecanismo de ação consiste em 
remover de forma não seletiva, 
manchas através da 
desmineralização do esmalte 
expondo uma camada 
subsuperficial não manchada. Ele 
é encontrado na concentração de 
36%, diluído a 18% e então 
misturado com pedra pomes. 
 
 
 
 
 
Clareamento Dental 
• Agentes Clareadores Caseiros 
 
• Peróxido de Carbamida 
 O peróxido de carbamida 
é um agente clareador resultante 
da união entre peróxido de 
hidrogênio + ureia, com 
concentrações podendo variar de 
1,5% a 35%. 
 De acordo com Haywood 
e Heymann, as soluções 
clareadoras de peróxido de 
carbamida podem ser dividias em 
duas classes, as com carbapol e 
as sem carbapol. 
 O carbapol é um 
composto associado ao peróxido 
de carbamida que tem as funções 
de deixar o gel mais espesso; 
melhorar a aderência do agente 
clareador aos dentes e 
principalmente prolongar a 
liberação de oxigênio. Para uso 
caseiro em tempo prolongado 
(noturno) o peróxido de 
carbamida com carbapol, por 
liberar mais lentamente o 
oxigênio é o mais indicado, além 
de que o carbapol é dissolvido 
por líquidos, diminuindo seu 
efeito espessante, no entanto, 
durante a noite, a salivação é 
menor, tornando mais eficaz sua 
ação. 
 
• Peróxido de Hidrogênio 
 O peróxido de hidrogênio 
também pode ser utilizado como 
agente caseiro de clareamento 
desde que nas concentrações de 
1,5 a 10%. 
 
• Mecanismo de Ação dos 
Agentes Clareadores 
 Para melhor 
entendimento, vamosorganizar 
em passos o mecanismo: 
 
1. Ao entrar em contato com a 
superfície dental, o agente 
clareador penetra mais 
profundamente na estrutura 
dental, devido ao seu baixo 
peso molecular; 
 
2. O agente chega no local 
onde se encontram os 
pigmentos, chamados de 
cromóforos; 
 
3. Através do processo de 
oxidação (liberação de 
oxigênio) estes radicais 
quebram as cadeias 
moleculares dos cromóforos 
em cadeias menores que são 
insolúveis e principalmente 
incolores que são eliminadas 
do dente por difusão. 
 
• Técnicas de Clareamento 
 Assim como os agentes clareadores, as 
técnicas de clareamento são divididas em 
técnicas caseiras e técnicas de consultório para 
dentes vitais e não vitais. Antes de abordarmos 
as técnicas propriamente ditas, vamos falar 
sobre suas vantagens, desvantagens, indicações 
e contraindicações. 
 
 
• Técnica de Clareamento para 
Dentes Vitais 
 
• Clareamento Caseiro 
 
1. Anamnese – realizar 
primeiramente minuciosa 
anamnese questionando o 
paciente sobre seu histórico 
médico, se faz ou fez uso de 
algum antibiótico, encontra-se 
em período gestacional ou de 
lactação; história dental, se 
sofreu algum traumatismo, se 
houve ingestão indevida de 
flúor e se já fez clareamento 
caseiro prévio; dieta e 
hábitos; 
 
Luis Augusto Barros 
Dentística III 
 
2. Exame Clínico – O tratamento 
clareador só pode ser iniciado 
quando o paciente estiver em 
plena saúde oral, sem a 
presença de cáries, placas, 
gengivites, recessões 
gengivais, alterações 
pulpares, trincas ou lascas 
dentais; manchas de 
hipoplasia de esmalte; 
manchas de fluorose de 
acordo com o grau e 
manchas de tetraciclinas de 
acordo com o grau; 
 
3. Exame Radiográfico – Tem o 
intuito de complementar o 
exame clínico; 
 
4. Profilaxia – Consiste na 
eliminação de manchas 
superficiais que podem ou 
não serem removidas na 
escovação. 
 
5. Tomada de Cor Inicial dos 
Dentes – Faça um cuidadoso 
registro inicial da cor dos 
dentes. Anote na ficha a cor 
predominante dos dentes e a 
cor almejada (tendo em vista 
que haverá mudança apenas 
no croma do dente, ou seja, 
na intensidade da cor e nunca 
na matiz, na cor propriamente 
dita). Para uma tomada de 
cor mais fiel, fotografe os 
dentes ao lado da escala de 
cores. Sempre registre as 
cores dos incisivos e caninos 
separadamente, pois os 
caninos geralmente 
apresentam coloração mais 
saturada; 
 
6. Moldagem e Obtenção do 
Modelo – Molde as arcadas 
com alginato e vaze o molde 
com gesso obtendo um 
modelo que reproduza todos 
os detalhes anatômicos; 
 
7. Envie o modelo ao laboratório 
para a confecção da moldeira 
individual a ser usada pelo 
paciente durante o 
tratamento; 
 
8. Verificação da Moldeira na 
Boca – A moldeira deve ficar 
bem adaptada e confortável 
sobre o tecido gengival, sem 
traumatiza-lo; 
 
9. Condicionamento Ácido dos 
Dentes – Aplicação de ácido 
fosfórico a 37% nas 
superfícies dentais, deixando 
atuar por 15 segundos, lave e 
seque as superfícies 
desmineralizadas. O intuito 
dessa etapa é facilitar a 
penetração do agente 
clareador nos substratos de 
esmalte e de dentina, mas 
devendo ser feita apenas na 
primeira sessão; 
 
10. Orientação do Paciente 
Quanto ao Uso da Moldeira e 
do Kit de Clareamento – 
Orientar o paciente quanto ao 
uso da moldeira (usar 
moldeira, lavar e guardar no 
estojo), o período de uso 
(preferencialmente o noturno) 
e quanto ao uso do kit, seguir 
rigorosamente as instruções 
do fabricante; 
 
11. Verificar evolução a cada 7 
dias e certificar-se que o 
paciente está seguindo as 
recomendações. O 
tratamento dura, em média, 
de 3 a 4 semanas; 
 
12. Tomada de Cor Final dos 
Dentes – Compare com a 
escala da cor almejada, 
 
 
 
Clareamento Dental 
anotada na ficha e fotografe 
para que o paciente possa 
notar o antes e depois de seu 
tratamento. 
 Nota: Ao decorrer do procedimento, 
recomendar ao paciente não fumar nem ingerir 
bebidas e alimentos pigmentados durante o 
tratamento clareador, já que os agentes 
clareadores acabam aumentando a 
permeabilidade dentinária. Interrompa 
imediatamente o tratamento se o paciente acusar 
dor ou algum desconforto. No caso de 
sensibilidade dentinária, prescreva um agente 
dessensibilizante ao paciente como o Oxalato de 
Alumínio, Nitrato de Prata ou Fluoreto de Sódio 
neutro. 
 
• Clareamento em Consultório 
 
1. Anamnese – realizar 
primeiramente minuciosa 
anamnese questionando o 
paciente sobre seu histórico 
médico, se faz ou fez uso de 
algum antibiótico, encontra-se 
em período gestacional ou de 
lactação; história dental, se 
sofreu algum traumatismo, se 
houve ingestão indevida de 
flúor e se já fez clareamento 
caseiro prévio; dieta e 
hábitos; 
 
2. Exame Clínico – O tratamento 
clareador só pode ser iniciado 
quando o paciente estiver em 
plena saúde oral, sem a 
presença de cáries, placas, 
gengivites, recessões 
gengivais, alterações 
pulpares, trincas ou lascas 
dentais; manchas de 
hipoplasia de esmalte; 
manchas de fluorose de 
acordo com o grau e 
manchas de tetraciclinas de 
acordo com o grau; 
 
3. Exame Radiográfico – Tem o 
intuito de complementar o 
exame clínico; 
 
4. Profilaxia – Consiste na 
eliminação de manchas 
superficiais que podem ou 
não serem removidas na 
escovação. 
 
5. Tomada de Cor Inicial dos 
Dentes – Faça um cuidadoso 
registro inicial da cor dos 
dentes. Anote na ficha a cor 
predominante dos dentes e a 
cor almejada (tendo em vista 
que haverá mudança apenas 
no croma do dente, ou seja, 
na intensidade da cor e nunca 
na matiz, na cor propriamente 
dita). Para uma tomada de 
cor mais fiel, fotografe os 
dentes ao lado da escala de 
cores. Sempre registre as 
cores dos incisivos e caninos 
separadamente, pois os 
caninos geralmente 
apresentam coloração mais 
saturada; 
 
6. Exposição da Linha de Sorriso 
com o afastador labial ArcFlex 
– Além de promover o 
afastamento dos tecidos 
moles, controla a língua e 
descansa confortavelmente a 
mordida do paciente durante 
todo o procedimento clínico; 
 
7. Aplicação do dessensibilizante 
– Aplica o gel 
dessensibilizante sob 
superfície dental durante 
10min. prevenindo eventuais 
sintomas de 
hipersensibilidade dental. 
Remova o gel com uma 
cânula sugadora, lave e 
seque posteriormente; 
 
 
Luis Augusto Barros 
Dentística III 
8. Proteção da Margem 
Gengival e Papilas com Top 
Dam – Impedindo que o gel 
clareador irrite a gengiva. 
Certifique-se que o gel está 
bem adaptado, com o auxílio 
do espelho clínico; 
 
9. Aplicação do Gel na 
Superfície Vestibular dos 
Dentes – Aplique uma fina 
camada de gel em toda a 
superfície vestibular dos 
dentes a serem clareados. 
Deixe agir por 15 min.; 
 
10. Remoção e Reaplicação do 
Gel – Removemos o gel após 
15 min de ação com uma 
cânula de sucção e 
reaplicamos o gel clareador. 
O número total de aplicação 
na mesma sessão é de 3 
aplicações por 15 min. 
totalizando 45 min de ação 
do gel clareador; 
 
11. Remoção do Top Dam; 
 
12. Polimento do Dente – Polir 
dente com auxílio de disco de 
feltro e pasta; diamantada 
 
13. Tomada de Cor Final dos 
Dentes – Compare com a 
escala da cor almejada, 
anotada na ficha e fotografepara que o paciente possa 
notar o antes e depois de seu 
tratamento. 
 
 
• Técnica de Clareamento para 
Dentes Não-Vitais 
 O clareamento para 
dentes não vitais apresenta duas 
técnicas, uma chamada de 
técnica Mediata e outra técnica 
chamada de Imeditata e ambas 
são realizadas apenas em 
consultório. É evitado a realização 
da técnica caseira de clareamento 
porque as baixas concentrações 
dos agentes clareadores 
prolongam em demasia o 
tratamento e muitas vezes não 
surtem efeito desejado. 
 
• Técnica Imediata de Consultório 
 
1. Anamnese 
 
2. Exame Clínico – Seque o 
dente com jato de ar e 
observe se o dente não 
apresenta trincas de esmalte. 
Caso haja não esqueça de 
comunicar ao paciente; 
 
3. Exame Radiográfico – 
Verifique se o canal radicular 
está bem obturado, o que 
evita a infiltração de agentes 
clareadores para os tecidos 
periapicais; 
 
4. Tomada de Cor Inicial dos 
Dentes – Faça um cuidadoso 
registro inicial da cor dos 
dentes. Anote na ficha a cor 
predominante dos dentes e a 
cor almejada, utilizando os 
dentes adjacentes como 
referência, (tendo em vista 
que haverá mudança apenas 
no croma do dente, ou seja, 
na intensidade da cor e nunca 
na matiz, na cor propriamente 
dita). Para uma tomada de 
cor mais fiel, fotografe os 
dentes ao lado da escala de 
cores. Sempre registre as 
cores dos incisivos e caninos 
separadamente, pois os 
caninos geralmente 
apresentam coloração mais 
saturada; 
 
5. Selecione o Material 
Clareador – Podemos 
empregar o peróxido de 
 
 
 
Clareamento Dental 
hidrogênio a 30% ou peróxido 
de carbamida a 35%. 
 
6. Remoção do Material 
Restaurador da Câmara 
Pulpar – Removemos com 
cuidado para não desgastar 
tecido sadio, o material 
restaurador com a broca 
1014. Aplique evidenciador 
de cárie nas superfícies 
internas da câmara pulpar, 
aguarde 8 segundos e com 
spray de água/ar, lave as 
superfícies e seque-as. Se 
houver tecido cariado remova 
com as brocas carbides 
esféricas em contra-ângulo. 
Repita o processo até que não 
haja superfícies coradas; 
 
7. Desobturação de 2mm do 
Canal – Com um 
condensador aquecido ou 
brocas Gates-Glidden 
retiramos não mais que 2mm 
de material obturador do 
canal; 
 
8. Isolamento do Dente – Com 
lenço de borracha e porta 
dique, isolamos apenas os 
dentes que serão clareados, 
amarrando o colo dos dentes 
isolados com fio dental; 
 
9. Condicionamento Ácido 
Interno – Na porção 
desobturada do canal, 
aplique ácido fosfórico a 37% 
e deixe atuar por 15 
segundos. Em seguida lave as 
superfícies e seque com 
cânulas aspiradoras 
endodônticos. Aplique adesivo 
na porção desobturada e 
fotopolimerize. Aplique resina 
composta e fotopolimerize por 
40 segundos. 
 Esse procedimento 
explicado anteriormente é a 
da confecção da rolha 
cervical. O intuito desse 
procedimento é evitar que 
ocorra um processo no qual 
pelo processo de oxidação do 
gel clareador e produção de 
gases decorrentes desse 
processo, gere uma pressão 
interna, difunda para a 
dentina cervical desnaturando 
as fibras colágenas dessa 
dentina, indentificando essa 
dentina como corpo estranho 
e induzindo por consequência 
sua fagocitose. Esse processo 
é chamado de reabsorção 
cervical externa. 
 
10. Condicionamento Ácido 
Externo – Aplique ácido 
fosfórico a 37% e deixe atuar 
por 15 segundos na superfície 
externa do dente, lave 
posteriormente com spray de 
água/ar por 20 segundos e 
seque com jato de ar. O 
intuito é o mesmo já citado; 
 
11. Aplique o Agente Clareador 
Selecionado 
 
12. Vedamento Provisório da 
Câmara Pulpar – Vedamos 
provisoriamente a câmara 
pulpar com algum tipo de 
material restaurador 
provisório. 
 
13. Verificar evolução e trocar a 
pasta clareadora aplicada a 
cada 7 dias e certificar-se que 
o paciente está seguindo as 
recomendações. O 
tratamento é feito 
semanalmente de 3 a 4 
sessões; 
 
 
Luis Augusto Barros 
Dentística III 
14. Tomada de Cor Final dos 
Dentes – Compare com a 
escala da cor almejada, 
anotada na ficha e fotografe 
para que o paciente possa 
notar o antes e depois de seu 
tratamento. 
 
15. Após a última sessão de 
clareamento, coloque dentro 
da câmara pulpar uma 
bolinha de algodão embebida 
em hidróxido de cálcio, que 
deverá ser substituída 
semanalmente até completar 
21 dias. A função da 
aplicação desse hidróxido de 
cálcio é diminuir os riscos de 
reabsorção cervical externa, 
pela neutralização o efeito do 
agente clareador. 
 
 Nota: Ao decorrer do procedimento, 
recomendar ao paciente não fumar nem ingerir 
bebidas e alimentos pigmentados durante o 
tratamento clareador, já que os agentes 
clareadores acabam aumentando a 
permeabilidade dentinária, além de também 
evitar mastigar com o dente recém-clareado, 
pela fragilidade iminente da estrutura dental. 
 
• Técnica Mediata de Consultório 
 
1. Anamnese 
 
2. Exame Clínico – Seque o 
dente com jato de ar e 
observe se o dente não 
apresenta trincas de esmalte. 
Caso haja não esqueça de 
comunicar ao paciente; 
 
3. Exame Radiográfico – 
Verifique se o canal radicular 
está bem obturado, o que 
evita a infiltração de agentes 
clareadores para os tecidos 
periapicais; 
 
4. Tomada de Cor Inicial dos 
Dentes – Faça um cuidadoso 
registro inicial da cor dos 
dentes. Anote na ficha a cor 
predominante dos dentes e a 
cor almejada, utilizando os 
dentes adjacentes como 
referência, (tendo em vista 
que haverá mudança apenas 
no croma do dente, ou seja, 
na intensidade da cor e nunca 
na matiz, na cor propriamente 
dita). Para uma tomada de 
cor mais fiel, fotografe os 
dentes ao lado da escala de 
cores. Sempre registre as 
cores dos incisivos e caninos 
separadamente, pois os 
caninos geralmente 
apresentam coloração mais 
saturada; 
 
5. Selecione o Material 
Clareador – Podemos 
empregar o peróxido de 
hidrogênio a 35%, 
cristalizado; perborato de 
sódio com água; perborato 
de sódio com peróxido de 
hidrogênio a 35%. 
 
6. Remoção do Material 
Restaurador da Câmara 
Pulpar – Removemos com 
cuidado para não desgastar 
tecido sadio, o material 
restaurador com a broca 
1014. Aplique evidenciador 
de cárie nas superfícies 
internas da câmara pulpar, 
aguarde 8 segundos e com 
spray de água/ar, lave as 
superfícies e seque-as. Se 
houver tecido cariado remova 
com as brocas carbides 
esféricas em contra-ângulo. 
Repita o processo até que não 
haja superfícies coradas; 
 
7. Desobturação de 2mm do 
Canal – Com um 
 
 
 
Clareamento Dental 
condensador aquecido ou 
brocas Gates-Glidden 
retiramos não mais que 2mm 
de material obturador do 
canal; 
 
8. Isolamento do Dente – Com 
lenço de borracha e porta 
dique, isolamos apenas os 
dentes que serão clareados, 
amarrando o colo dos dentes 
isolados com fio dental; 
 
9. Condicionamento Ácido 
Interno – Na porção 
desobturada do canal, 
aplique ácido fosfórico a 37% 
e deixe atuar por 15 
segundos. Em seguida lave as 
superfícies e seque com 
cânulas aspiradoras 
endodônticos. Aplique adesivo 
na porção desobturada e 
fotopolimerize. Aplique resina 
composta e fotopolimerize por 
40 segundos. 
 Esse procedimento 
explicado anteriormente é a 
da confecção da rolha 
cervical.O intuito desse 
procedimento é evitar que 
ocorra um processo no qual 
pelo processo de oxidação do 
gel clareador e produção de 
gases decorrentes desse 
processo, gere uma pressão 
interna, difunda para a 
dentina cervical desnaturando 
as fibras colágenas dessa 
dentina, identificando essa 
dentina como corpo estranho 
e induzindo por consequência 
sua fagocitose. Esse processo 
é chamado de reabsorção 
cervical externa. 
 
10. Condicionamento Ácido 
Externo – Aplique ácido 
fosfórico a 37% e deixe atuar 
por 15 segundos na superfície 
externa do dente, lave 
posteriormente com spray de 
água/ar por 20 segundos e 
seque com jato de ar. O 
intuito é o mesmo já citado; 
 
11. Aplique o Agente Clareador 
Selecionado 
 
12. Vedamento Provisório da 
Câmara Pulpar – Vedamos 
provisoriamente a câmara 
pulpar com algum tipo de 
material restaurador 
provisório. 
 
13. Verificar evolução e trocar a 
pasta clareadora aplicada a 
cada 7 dias e certificar-se que 
o paciente está seguindo as 
recomendações. O 
tratamento é feito 
semanalmente de 3 a 4 
sessões; 
 
14. Tomada de Cor Final dos 
Dentes – Compare com a 
escala da cor almejada, 
anotada na ficha e fotografe 
para que o paciente possa 
notar o antes e depois de seu 
tratamento. 
 
15. Após a última sessão de 
clareamento, coloque dentro 
da câmara pulpar uma 
bolinha de algodão embebida 
em hidróxido de cálcio, que 
deverá ser substituída 
semanalmente até completar 
21 dias. A função da 
aplicação desse hidróxido de 
cálcio é diminuir os riscos de 
reabsorção cervical externa, 
pela neutralização o efeito do 
agente clareador.

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