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Clareamento Dental • Clareamento Dental A medida com que as doenças bucais como cáries, gengivites e periodontites diminuíram sua incidência, a procura ao dentista tornou-se muitas vezes pela razão estética e preventiva. Dentre os tratamentos estéticos mais procurados atualmente, temos o clareamento dental. O clareamento dental consiste em um processo conservador que permite aos pacientes obterem dentes mais claros, sem a necessidade de abordagem restauradora ou protética. Esse procedimento, por mais na moda que esteja, já vem sendo realizado há muito tempo. • História Na história da odontologia há relatos que afirmam que, em 400 a.C., os povos romanos foram os primeiros a realizar clareamento dental, já pela questão estética, através da aplicação de ureia (peróxido de ureia) advinda do processo de fermentação da urina, no qual evaporava o solvente dessa urina, sobrando apenas o agente clareador, ou seja, a ureia. Já no início do século XX, no período em que surgiu o cinema, havia a colocação de facetas de acrílico nos dentes dos atores na coloração branca leitosa havendo grande contraste já que a coloração produzida pelas filmagens da época variava entre colorações de preto à branco. Também no século XX, durante a guerra do Vietnã (1965) os soldados estavam numa condição de stress, imunidade baixa, má nutrição, higienização e expostos a muitas bactérias o que ocasionava uma periodontopatia chamada de GUNA (gengivite ulcerativa necrosante aguda, hoje chamada apenas de GUN). A estes soldados que paravam de lutar devido a dores nos dentes, os dentistas aconselharam que levassem em seus cintos de utilidades um produto para limpeza bucal, um enxaguante bucal chamado de Peroxil, composto basicamente de água oxigenada e peróxido de ______, diminuindo o número de bactérias no sulco gengival e abrandando a patologia. Porém, ao voltar para a base depois de algumas semanas, notaram que os dentes destes soldados que utilizaram o Peroxil, estavam mais brancos. Desde então diversas pesquisas voltaram a entender o processo de clareamento e os agentes clareadores. • Alterações na Cor do Dente Existem basicamente dois tipos de alterações de cor dos dentes, as causadas por fatores extrínsecos e as causadas por fatores intrínsecos. • Fatores Extrínsecos As alterações de cor extrínsecas são mais frequentes, resultante do manchamento superficial dos dentes provocadas por diversas etiologias como: consumo abusivo de café, chá, chimarrão, cigarro, bebidas e alimentos com corantes artificiais e acúmulo de placa. A intensidade desse tipo de manchamento piora quando houver defeitos na superfície de esmalte, quando a dentina se encontra exposta ou quando uma recessão desnuda a superfície da raiz. • Fatores Intrínsecos As alterações de cor intrínsecas são mais difíceis de serem tratadas podendo acometer esmalte e/ou dentina, podendo ter sido causada por fatores congênitos, adquiridos ou até mesmo iatrogênicos. As causas congênitas mais comuns são a dentinogênese imperfeita e a fluorose; as causas adquiridas mais comuns são as tetraciclinas, flúor e traumatismos; a causa iatrogênica mais comum é a inadequada realização do desgaste compensatório deixando resto de material orgânico e inorgânico na câmara pulpar. Agora que temos em mente as causas da alteração de cor dos dentes que levam o paciente Luis Augusto Barros Dentística III a procurar o tratamento de clareamento dental podemos pensar nas indicações, contraindicações, vantagens e desvantagens do clareamento. • Indicação: alterações de cor distribuídas uniformemente pela coroa dental; pigmentações por tetraciclinas grau I ou II; alterações fisiológicas devido à idade; fluorose suave; tratamento prévio para reabilitações estéticas (facetas, lentes de contato). • Contraindicação: sensibilidade a alterações térmicas; dentes com comprometimento pulpar; lesões de erosão, abrasão e abfração e pacientes com câmara pulpar ampla. • Vantagens: Resultados rápidos na obtenção de dentes mais brancos; possibilidade de tratamento caseiro; retomada da autoestima; não há necessidade de desgaste do dente; mais econômico. • Desvantagens: Alergia aos tecidos moles; sensibilidade térmica; tratamento com efeito temporário, pois o dente fica mais poroso absorvendo ainda mais fluidos. • Agentes Clareadores Os agentes clareadores são as substâncias que, por oxidação, removem as manchas dos dentes. Os agentes clareadores se apresentam de diversas formas como géis, líquidos, tiras impregnadas, pó, pastas de dente, pincéis atômicos e etc. Os agentes clareadores são divididos em em dois tipos: os usados em consultório e os auto-administrados pelos pacientes. • Agentes Clareadores Usados em Consultório • Peróxido de Hidrogênio O peróxido de hidrogênio é empregado em diversas concentrações tanto para clarear dentes vitais quanto dentes não vitais. Disponíveis em concentrações que variam de 1,5 a 35%, sendo os mais utilizados no consultório as concentrações de 30 e 35%. Um problema do peróxido de hidrogênio é que quando este entra em contato com os dentes, começa a diminuir o Ph, resultando em um efeito de descalcificação após 15 min. de ação. Por causa disso, recomenda-se a troca do gel após o decorrer desses 15min. • Perborato de Sódio O perborato de sódio é empregado com frequência nos casos de clareamento de dentes não vitais, ou seja, que já passaram pela endodontia, na forma de pasta na câmara pulpar, de forma isolada ou associada ao peróxido de hidrogênio de 30 ou 35%. • Ácido Clorídrico O ácido clorídrico, na verdade não é um agente clareador, ele é empregado como substância para a realização de uma microabrasão controlada de esmalte. Sua ação não é restrita a manchas uma vez que seu mecanismo de ação consiste em remover de forma não seletiva, manchas através da desmineralização do esmalte expondo uma camada subsuperficial não manchada. Ele é encontrado na concentração de 36%, diluído a 18% e então misturado com pedra pomes. Clareamento Dental • Agentes Clareadores Caseiros • Peróxido de Carbamida O peróxido de carbamida é um agente clareador resultante da união entre peróxido de hidrogênio + ureia, com concentrações podendo variar de 1,5% a 35%. De acordo com Haywood e Heymann, as soluções clareadoras de peróxido de carbamida podem ser dividias em duas classes, as com carbapol e as sem carbapol. O carbapol é um composto associado ao peróxido de carbamida que tem as funções de deixar o gel mais espesso; melhorar a aderência do agente clareador aos dentes e principalmente prolongar a liberação de oxigênio. Para uso caseiro em tempo prolongado (noturno) o peróxido de carbamida com carbapol, por liberar mais lentamente o oxigênio é o mais indicado, além de que o carbapol é dissolvido por líquidos, diminuindo seu efeito espessante, no entanto, durante a noite, a salivação é menor, tornando mais eficaz sua ação. • Peróxido de Hidrogênio O peróxido de hidrogênio também pode ser utilizado como agente caseiro de clareamento desde que nas concentrações de 1,5 a 10%. • Mecanismo de Ação dos Agentes Clareadores Para melhor entendimento, vamosorganizar em passos o mecanismo: 1. Ao entrar em contato com a superfície dental, o agente clareador penetra mais profundamente na estrutura dental, devido ao seu baixo peso molecular; 2. O agente chega no local onde se encontram os pigmentos, chamados de cromóforos; 3. Através do processo de oxidação (liberação de oxigênio) estes radicais quebram as cadeias moleculares dos cromóforos em cadeias menores que são insolúveis e principalmente incolores que são eliminadas do dente por difusão. • Técnicas de Clareamento Assim como os agentes clareadores, as técnicas de clareamento são divididas em técnicas caseiras e técnicas de consultório para dentes vitais e não vitais. Antes de abordarmos as técnicas propriamente ditas, vamos falar sobre suas vantagens, desvantagens, indicações e contraindicações. • Técnica de Clareamento para Dentes Vitais • Clareamento Caseiro 1. Anamnese – realizar primeiramente minuciosa anamnese questionando o paciente sobre seu histórico médico, se faz ou fez uso de algum antibiótico, encontra-se em período gestacional ou de lactação; história dental, se sofreu algum traumatismo, se houve ingestão indevida de flúor e se já fez clareamento caseiro prévio; dieta e hábitos; Luis Augusto Barros Dentística III 2. Exame Clínico – O tratamento clareador só pode ser iniciado quando o paciente estiver em plena saúde oral, sem a presença de cáries, placas, gengivites, recessões gengivais, alterações pulpares, trincas ou lascas dentais; manchas de hipoplasia de esmalte; manchas de fluorose de acordo com o grau e manchas de tetraciclinas de acordo com o grau; 3. Exame Radiográfico – Tem o intuito de complementar o exame clínico; 4. Profilaxia – Consiste na eliminação de manchas superficiais que podem ou não serem removidas na escovação. 5. Tomada de Cor Inicial dos Dentes – Faça um cuidadoso registro inicial da cor dos dentes. Anote na ficha a cor predominante dos dentes e a cor almejada (tendo em vista que haverá mudança apenas no croma do dente, ou seja, na intensidade da cor e nunca na matiz, na cor propriamente dita). Para uma tomada de cor mais fiel, fotografe os dentes ao lado da escala de cores. Sempre registre as cores dos incisivos e caninos separadamente, pois os caninos geralmente apresentam coloração mais saturada; 6. Moldagem e Obtenção do Modelo – Molde as arcadas com alginato e vaze o molde com gesso obtendo um modelo que reproduza todos os detalhes anatômicos; 7. Envie o modelo ao laboratório para a confecção da moldeira individual a ser usada pelo paciente durante o tratamento; 8. Verificação da Moldeira na Boca – A moldeira deve ficar bem adaptada e confortável sobre o tecido gengival, sem traumatiza-lo; 9. Condicionamento Ácido dos Dentes – Aplicação de ácido fosfórico a 37% nas superfícies dentais, deixando atuar por 15 segundos, lave e seque as superfícies desmineralizadas. O intuito dessa etapa é facilitar a penetração do agente clareador nos substratos de esmalte e de dentina, mas devendo ser feita apenas na primeira sessão; 10. Orientação do Paciente Quanto ao Uso da Moldeira e do Kit de Clareamento – Orientar o paciente quanto ao uso da moldeira (usar moldeira, lavar e guardar no estojo), o período de uso (preferencialmente o noturno) e quanto ao uso do kit, seguir rigorosamente as instruções do fabricante; 11. Verificar evolução a cada 7 dias e certificar-se que o paciente está seguindo as recomendações. O tratamento dura, em média, de 3 a 4 semanas; 12. Tomada de Cor Final dos Dentes – Compare com a escala da cor almejada, Clareamento Dental anotada na ficha e fotografe para que o paciente possa notar o antes e depois de seu tratamento. Nota: Ao decorrer do procedimento, recomendar ao paciente não fumar nem ingerir bebidas e alimentos pigmentados durante o tratamento clareador, já que os agentes clareadores acabam aumentando a permeabilidade dentinária. Interrompa imediatamente o tratamento se o paciente acusar dor ou algum desconforto. No caso de sensibilidade dentinária, prescreva um agente dessensibilizante ao paciente como o Oxalato de Alumínio, Nitrato de Prata ou Fluoreto de Sódio neutro. • Clareamento em Consultório 1. Anamnese – realizar primeiramente minuciosa anamnese questionando o paciente sobre seu histórico médico, se faz ou fez uso de algum antibiótico, encontra-se em período gestacional ou de lactação; história dental, se sofreu algum traumatismo, se houve ingestão indevida de flúor e se já fez clareamento caseiro prévio; dieta e hábitos; 2. Exame Clínico – O tratamento clareador só pode ser iniciado quando o paciente estiver em plena saúde oral, sem a presença de cáries, placas, gengivites, recessões gengivais, alterações pulpares, trincas ou lascas dentais; manchas de hipoplasia de esmalte; manchas de fluorose de acordo com o grau e manchas de tetraciclinas de acordo com o grau; 3. Exame Radiográfico – Tem o intuito de complementar o exame clínico; 4. Profilaxia – Consiste na eliminação de manchas superficiais que podem ou não serem removidas na escovação. 5. Tomada de Cor Inicial dos Dentes – Faça um cuidadoso registro inicial da cor dos dentes. Anote na ficha a cor predominante dos dentes e a cor almejada (tendo em vista que haverá mudança apenas no croma do dente, ou seja, na intensidade da cor e nunca na matiz, na cor propriamente dita). Para uma tomada de cor mais fiel, fotografe os dentes ao lado da escala de cores. Sempre registre as cores dos incisivos e caninos separadamente, pois os caninos geralmente apresentam coloração mais saturada; 6. Exposição da Linha de Sorriso com o afastador labial ArcFlex – Além de promover o afastamento dos tecidos moles, controla a língua e descansa confortavelmente a mordida do paciente durante todo o procedimento clínico; 7. Aplicação do dessensibilizante – Aplica o gel dessensibilizante sob superfície dental durante 10min. prevenindo eventuais sintomas de hipersensibilidade dental. Remova o gel com uma cânula sugadora, lave e seque posteriormente; Luis Augusto Barros Dentística III 8. Proteção da Margem Gengival e Papilas com Top Dam – Impedindo que o gel clareador irrite a gengiva. Certifique-se que o gel está bem adaptado, com o auxílio do espelho clínico; 9. Aplicação do Gel na Superfície Vestibular dos Dentes – Aplique uma fina camada de gel em toda a superfície vestibular dos dentes a serem clareados. Deixe agir por 15 min.; 10. Remoção e Reaplicação do Gel – Removemos o gel após 15 min de ação com uma cânula de sucção e reaplicamos o gel clareador. O número total de aplicação na mesma sessão é de 3 aplicações por 15 min. totalizando 45 min de ação do gel clareador; 11. Remoção do Top Dam; 12. Polimento do Dente – Polir dente com auxílio de disco de feltro e pasta; diamantada 13. Tomada de Cor Final dos Dentes – Compare com a escala da cor almejada, anotada na ficha e fotografepara que o paciente possa notar o antes e depois de seu tratamento. • Técnica de Clareamento para Dentes Não-Vitais O clareamento para dentes não vitais apresenta duas técnicas, uma chamada de técnica Mediata e outra técnica chamada de Imeditata e ambas são realizadas apenas em consultório. É evitado a realização da técnica caseira de clareamento porque as baixas concentrações dos agentes clareadores prolongam em demasia o tratamento e muitas vezes não surtem efeito desejado. • Técnica Imediata de Consultório 1. Anamnese 2. Exame Clínico – Seque o dente com jato de ar e observe se o dente não apresenta trincas de esmalte. Caso haja não esqueça de comunicar ao paciente; 3. Exame Radiográfico – Verifique se o canal radicular está bem obturado, o que evita a infiltração de agentes clareadores para os tecidos periapicais; 4. Tomada de Cor Inicial dos Dentes – Faça um cuidadoso registro inicial da cor dos dentes. Anote na ficha a cor predominante dos dentes e a cor almejada, utilizando os dentes adjacentes como referência, (tendo em vista que haverá mudança apenas no croma do dente, ou seja, na intensidade da cor e nunca na matiz, na cor propriamente dita). Para uma tomada de cor mais fiel, fotografe os dentes ao lado da escala de cores. Sempre registre as cores dos incisivos e caninos separadamente, pois os caninos geralmente apresentam coloração mais saturada; 5. Selecione o Material Clareador – Podemos empregar o peróxido de Clareamento Dental hidrogênio a 30% ou peróxido de carbamida a 35%. 6. Remoção do Material Restaurador da Câmara Pulpar – Removemos com cuidado para não desgastar tecido sadio, o material restaurador com a broca 1014. Aplique evidenciador de cárie nas superfícies internas da câmara pulpar, aguarde 8 segundos e com spray de água/ar, lave as superfícies e seque-as. Se houver tecido cariado remova com as brocas carbides esféricas em contra-ângulo. Repita o processo até que não haja superfícies coradas; 7. Desobturação de 2mm do Canal – Com um condensador aquecido ou brocas Gates-Glidden retiramos não mais que 2mm de material obturador do canal; 8. Isolamento do Dente – Com lenço de borracha e porta dique, isolamos apenas os dentes que serão clareados, amarrando o colo dos dentes isolados com fio dental; 9. Condicionamento Ácido Interno – Na porção desobturada do canal, aplique ácido fosfórico a 37% e deixe atuar por 15 segundos. Em seguida lave as superfícies e seque com cânulas aspiradoras endodônticos. Aplique adesivo na porção desobturada e fotopolimerize. Aplique resina composta e fotopolimerize por 40 segundos. Esse procedimento explicado anteriormente é a da confecção da rolha cervical. O intuito desse procedimento é evitar que ocorra um processo no qual pelo processo de oxidação do gel clareador e produção de gases decorrentes desse processo, gere uma pressão interna, difunda para a dentina cervical desnaturando as fibras colágenas dessa dentina, indentificando essa dentina como corpo estranho e induzindo por consequência sua fagocitose. Esse processo é chamado de reabsorção cervical externa. 10. Condicionamento Ácido Externo – Aplique ácido fosfórico a 37% e deixe atuar por 15 segundos na superfície externa do dente, lave posteriormente com spray de água/ar por 20 segundos e seque com jato de ar. O intuito é o mesmo já citado; 11. Aplique o Agente Clareador Selecionado 12. Vedamento Provisório da Câmara Pulpar – Vedamos provisoriamente a câmara pulpar com algum tipo de material restaurador provisório. 13. Verificar evolução e trocar a pasta clareadora aplicada a cada 7 dias e certificar-se que o paciente está seguindo as recomendações. O tratamento é feito semanalmente de 3 a 4 sessões; Luis Augusto Barros Dentística III 14. Tomada de Cor Final dos Dentes – Compare com a escala da cor almejada, anotada na ficha e fotografe para que o paciente possa notar o antes e depois de seu tratamento. 15. Após a última sessão de clareamento, coloque dentro da câmara pulpar uma bolinha de algodão embebida em hidróxido de cálcio, que deverá ser substituída semanalmente até completar 21 dias. A função da aplicação desse hidróxido de cálcio é diminuir os riscos de reabsorção cervical externa, pela neutralização o efeito do agente clareador. Nota: Ao decorrer do procedimento, recomendar ao paciente não fumar nem ingerir bebidas e alimentos pigmentados durante o tratamento clareador, já que os agentes clareadores acabam aumentando a permeabilidade dentinária, além de também evitar mastigar com o dente recém-clareado, pela fragilidade iminente da estrutura dental. • Técnica Mediata de Consultório 1. Anamnese 2. Exame Clínico – Seque o dente com jato de ar e observe se o dente não apresenta trincas de esmalte. Caso haja não esqueça de comunicar ao paciente; 3. Exame Radiográfico – Verifique se o canal radicular está bem obturado, o que evita a infiltração de agentes clareadores para os tecidos periapicais; 4. Tomada de Cor Inicial dos Dentes – Faça um cuidadoso registro inicial da cor dos dentes. Anote na ficha a cor predominante dos dentes e a cor almejada, utilizando os dentes adjacentes como referência, (tendo em vista que haverá mudança apenas no croma do dente, ou seja, na intensidade da cor e nunca na matiz, na cor propriamente dita). Para uma tomada de cor mais fiel, fotografe os dentes ao lado da escala de cores. Sempre registre as cores dos incisivos e caninos separadamente, pois os caninos geralmente apresentam coloração mais saturada; 5. Selecione o Material Clareador – Podemos empregar o peróxido de hidrogênio a 35%, cristalizado; perborato de sódio com água; perborato de sódio com peróxido de hidrogênio a 35%. 6. Remoção do Material Restaurador da Câmara Pulpar – Removemos com cuidado para não desgastar tecido sadio, o material restaurador com a broca 1014. Aplique evidenciador de cárie nas superfícies internas da câmara pulpar, aguarde 8 segundos e com spray de água/ar, lave as superfícies e seque-as. Se houver tecido cariado remova com as brocas carbides esféricas em contra-ângulo. Repita o processo até que não haja superfícies coradas; 7. Desobturação de 2mm do Canal – Com um Clareamento Dental condensador aquecido ou brocas Gates-Glidden retiramos não mais que 2mm de material obturador do canal; 8. Isolamento do Dente – Com lenço de borracha e porta dique, isolamos apenas os dentes que serão clareados, amarrando o colo dos dentes isolados com fio dental; 9. Condicionamento Ácido Interno – Na porção desobturada do canal, aplique ácido fosfórico a 37% e deixe atuar por 15 segundos. Em seguida lave as superfícies e seque com cânulas aspiradoras endodônticos. Aplique adesivo na porção desobturada e fotopolimerize. Aplique resina composta e fotopolimerize por 40 segundos. Esse procedimento explicado anteriormente é a da confecção da rolha cervical.O intuito desse procedimento é evitar que ocorra um processo no qual pelo processo de oxidação do gel clareador e produção de gases decorrentes desse processo, gere uma pressão interna, difunda para a dentina cervical desnaturando as fibras colágenas dessa dentina, identificando essa dentina como corpo estranho e induzindo por consequência sua fagocitose. Esse processo é chamado de reabsorção cervical externa. 10. Condicionamento Ácido Externo – Aplique ácido fosfórico a 37% e deixe atuar por 15 segundos na superfície externa do dente, lave posteriormente com spray de água/ar por 20 segundos e seque com jato de ar. O intuito é o mesmo já citado; 11. Aplique o Agente Clareador Selecionado 12. Vedamento Provisório da Câmara Pulpar – Vedamos provisoriamente a câmara pulpar com algum tipo de material restaurador provisório. 13. Verificar evolução e trocar a pasta clareadora aplicada a cada 7 dias e certificar-se que o paciente está seguindo as recomendações. O tratamento é feito semanalmente de 3 a 4 sessões; 14. Tomada de Cor Final dos Dentes – Compare com a escala da cor almejada, anotada na ficha e fotografe para que o paciente possa notar o antes e depois de seu tratamento. 15. Após a última sessão de clareamento, coloque dentro da câmara pulpar uma bolinha de algodão embebida em hidróxido de cálcio, que deverá ser substituída semanalmente até completar 21 dias. A função da aplicação desse hidróxido de cálcio é diminuir os riscos de reabsorção cervical externa, pela neutralização o efeito do agente clareador.
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