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ENFERMIDADES METABOLICAS

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01/04/2013
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ORNITOPATOLOGIA
Profª Lilian Arantes
ENFERMIDADES METABÓLICAS EM 
FRANGOS DE CORTE
INTRODUÇÃO
� Síndrome da Hipertensão Pulmonar 
ou Síndrome Ascítica (SHP ou SA)
� Síndrome da Morte Súbita (SMS)
� Problemas locomotores: Discondroplasia Tibial (DT)
INTRODUÇÃO
Evolução zootécnica do frango de corte:
Ano Peso (Kg) Conversão alimentar Idade
1930 1,500 3,50 15 semanas
1940 1,550 3,00 14 semanas
1950 1,580 2,50 10 semanas
1960 1,600 2,25 8 semanas
1970 1,700 2,15 7 semanas
1980 1,800 2,05 7 semanas
1984 1,860 2,00 47 dias
1988 1,940 2,00 47 dias
1994 2,050 1,98 45 dias
1998 2,150 1,95 45 dias
2000 2,250 1,88 43 dias
2001 2,300 1,85 42 dias
2002 2,300 1,83 42 dias
2003 2,350 1,88 43 dias
2004 2,390 1,83 43 dias
2005 2,300 1,82 42 dias
INTRODUÇÃO
Melhoramento Genético
Nutrição
Manejo
Sanidade
Mortalidade
Condenações em abatedouros
INTRODUÇÃO
� Enfermidades metabólicas = “doenças da produção”
� Não existe patógeno envolvido
� Altas taxas de crescimento do frango de corte moderno
� Incidência crescente
INTRODUÇÃO
Fatores predisponentes: alta taxa de crescimento
Taxa de crescimento
Mortalidade % Baixa Alta
Experimento 1
Total 1,85b 9,51a
Síndrome ascítica 0b 4,26a
Síndrome da morte súbita 0b 2,29a
Outras causas 1,85 2,96
Experimento 2
Total 2,20b 17,36a
Síndrome ascítica 0b 12,41a
Síndrome da morte súbita 0 0,93
Outras causas 2,20b 4,02a
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SÍNDROME ASCÍTICA
� Ascite = extravazamento de líquido dos vasos sanguíneos e 
seu acúmulo na cavidade abdominal
� Síndrome ascítica = conjunto de sinais clínicos, incluindo a 
ascite
� Síndrome = caráter multifatorial
� Relacionada à alta velocidade de crescimento do frango de 
corte de 7 a 21 dias
� Maior incidência em machos criados durante o inverno
� Aparecimento entre 3ª e 5ª semana de idade (mortalidade na
fase final de criação) 
Fator ambiental
Fator nutricional
Fator fisiológico
SÍNDROME ASCÍTICA
� Incidência: 2 a 4%
� Maior incidência 
� SIF: condenação da carcaça
� Carcaças de aves ascíticas: menor período de conservação
Meses de inverno (junho, julho e agosto)
Regiões com inverno mais rigoroso (BR: sul e sudeste)
SÍNDROME ASCÍTICA
Etiologia:
SÍNDROME ASCÍTICA
Etiologia:
↑↑↑↑Taxa metabólica 
↑↑↑↑ consumo de oxigênio
Hipóxia sistêmica
Vasodilatação
↑↑↑↑ Fluxo sanguíneo, retorno venoso e débito cardíaco
Hipertensão pulmonar
Hipertrofia cardíaca direita 
Refluxo sanguíneo = ASCITE 
SÍNDROME ASCÍTICA
Fatores predisponentes:
� Alta taxa de crescimento: aumento da taxa metabólica e 
ineficiência dos sistemas cardiovascular e respiratório
� Estresse por frio: maior CR e aumento da taxa metabólica
� Criação de lotes em grandes altitudes: rarefação do oxigênio
� Nutrição: rações com alta energia e/ou peletizadas 
(aceleração do desenvolvimento corporal)
� Patologias pulmonares
SINDROME ASCÍTICA
Sinais clínicos:
� Doença crônica com mortalidade
� Anorexia
� ↓ crescimento
� Depressão e prostração: cristas e barbelas cianóticas e penas
arrepiadas
� Respiração ofegante
� Abdômen dilatado
Necropsia: 
� Líquido ascítico de cor amarelada na cavidade abdominal
� Hipertrofia cardíaca direita
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SINDROME ASCÍTICA SÍNDROME DA MORTE SÚBITA
� Morte súbita: morte repentina sem causa aparente
� Crianças recém-nascidas, cavalos e bovinos
� Aves: mais comum em frangos de linhagem de crescimento rápido
� Incidência: 0,4 a 9%
� Lotes com melhores resultados de desempenho
� Maior ocorrência em machos (60 a 80%)
� Característica: aves são encontradas mortas em decúbito dorsal
SÍNDROME DA MORTE SÚBITA
Fatores predisponentes:
� Alta taxa de crescimento: MG
� Estresse por frio
� Alto peso corporal (mortalidade em aves com peso igual ou 
superior ao peso médio do lote)
� Nutrição: energia e peletização
SÍNDROME DA MORTE SÚBITA
Etiologia:
� Maior suscetibilidade dos frangos a hipóxia: máxima 
deposição de massa muscular associada ao menor 
crescimento relativo dos sistemas respiratório e 
cardiovascular
� Causa desconhecida
� Suspeita: anormalidade metabólica dispara a fibrilação 
cardíaca
SÍNDROME DA MORTE SÚBITA
Sinais clínicos:
� Morte repentina sem sinais clínicos característicos
� Ausência de lesões ou alterações histológicas características
� Comportamento da ave antes da ocorrência da morte: 
Perda de equilíbrio
Violento bater de asas
Forte contração muscular
Emissão de grito agudo
Aves mortas: decúbito dorsal
SÍNDROME DA MORTE SÚBITA
Necropsia:
� Inconclusiva: dificuldade
� Aparência saudável da ave
� Trato digestivo cheio e com alimento recém-ingerido no papo
� Vesícula biliar pequena ou vazia
� Podem ou não ser observadas: congestão ou edema pulmonar, 
congestão ou palidez hepática, ventrículos cardíacos contraídos, 
coágulos sanguíneos nos átrios e ventrículos 
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DISCONDROPLASIA TIBIAL
� Problema locomotor
� Formação de um “plug” ou massa anormal de cartilagem não 
vascularizada na placa epifisária de ossos longos
� Principalmente na tíbia
� Aves entre 3 e 8 semanas de vida
� Incidência: 2% 
DISCONDROPLASIA TIBIAL
� “Plug”: massa de cartilagem avascular composta por
condrócitos imaturos
� Ineficiência na maturação dos condrócitos devido à falta de 
vascularização
� Tíbia: osso longo com alta taxa de crescimento
Aves afetadas: 
� Andar cambaleante, claudicação ou imobilidade evidenciando
processo doloroso
� ↓ ingestão de alimentos e água: dor durante a locomoção
� Redução do desenvolvimento corporal: descarte por
refugagem ou condenação no abatedouros
DISCONDROPLASIA TIBIAL DISCONDROPLASIA TIBIAL
DISCONDROPLASIA TIBIAL
Necropsia:
� Curvatura da porção proximal da tíbia
� Secção longitudinal da tíbia com visualização da placa de 
crescimento
� Ausência de processo infeccioso
Fatores predisponentes:
� Alta taxa de crescimento: hipóxia
� Estresse por frio: hipóxia
CONTROLE DE ENFERMIDADES METABÓLICASCONTROLE DE ENFERMIDADES METABÓLICASCONTROLE DE ENFERMIDADES METABÓLICASCONTROLE DE ENFERMIDADES METABÓLICAS
� Evitar estímulo do crescimento corporal nas primeiras 
semanas de vida: restrição alimentar, dietas com baixa 
densidade nutricional
� Programas de luz com maior período de escuro: menor 
atividade das aves e menor consumo alimentar
� Evitar excesso de proteína na dieta (↑ taxa metabólica)
� Controle da temperatura na fase inicial
� Manter ventilação e circulação de ar adequada no aviário

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