UNESA Aula3 Órteses para Membros Inferiores (1)

Prévia do material em texto

Prof. Julio cesar de oliveira
Órteses para Membros Inferiores
Órteses para o pé
Dispositivo externo aplicado ao corpo com objetivos de modificar aspectos funcionais e/ou estruturais. 
Partes do calçado
Gáspea – Cobre a face dorsal
Sola – sob o pé
Salto – sola/calcanhar
		 (1,9 a 2,5 cm)
Reforços 
	contraforte
	alma
	caixa de dedos
Alterações ou deformidades do pé
Pronado ou plano
Supinado ou cavo
Arco desabante
Podometria 
Palmilhas
Palmilha de calcanhar
Palmilha três quartos
Palmilha integral
Palmilhas especiais
Palmilha com arco terapêutico
Meia palmilha para salto
Palmilhas com piloto
Almofadas metatarsianas
Indicadas para disfunções do ante pé.
Adaptação externa do calçado
ESCANOMETRIA		AUMENTO DA SOLA 						OU SALTO (ATÉ 3cm)
ÓRTESES PARA TORNOZELOE PÉ
(OTP – AFO)
Função:
	
	Controlam o alinhamento e o movimento do tornozelo e pé.
OTP (AFO’s) Plástica
Chamadas de órteses plásticas
Polipropileno
São Leves e de manutenção mínima
Calha da Panturrilha
Velcro
Palmilha
OTP (AFO’s) Plástica
OTP – TR (tornozelo rígida)
OTP – LEP (lâmina Flexível Posterior)
OTP - Articuladas
Rígida
Indicados em casos de espasticidades 
	severas (AVE, EM, TCE, TRM...)
Não possui partes flexíveis, nem articuladas, impedindo todos os movimentos do tornozelo, mantendo a articulação em posição neutra (90º)
Características: Baixo custo; Resistência na hiperextensão de joelho; Modifica a marcha; Difícil adaptação em calçados; Mais bruto; Durável e leve.
Lâmina Flexível Posterior
Indicados em casos de paralisia o Músculo tibial 
	anterior, marcha escarvante, neuropatia diabética,
	alguns casos de esclerose múltipla, etc..
Permite a flexão plantar e durante a fase de aceleração da marcha, e durante a fase de balanço, realiza leve dorsiflexão à fim de evitar o contato dos dedos ao solo.
Características: Pouca estabilização médio lateral; menor gasto energético; pode ser utilizada em vários calçados; esteticamente aceitável; custo maior; a lâmina elástica se deforma evitando o arrastar dos dedos;
OBS.: contra indicado em pacientes que apresentam clônus
Articuladas
Indicadas em casos de paralisia do 
	musculo tibial anterior, marcha escarvante,
	neuropatia diabética, alguns casos de esclerose múltipla, AVE.
	
Possui design parecido com a OTP rígida, porém permite a movimentação do tornozelo, podendo estar livre ou com restrições para flexão plantar.
Características: Permite movimentação do tornozelo; Facilita a marcha; Maior estabilidade médio lateral; Pode estimular o clônus; Mais pesadas e mais grosseiras; Menos duráveis; Maior dificuldade para adaptaçãoe em calçados 
OTP espiral
Indicado em casos de paralisia do musculo tibial anterior, marcha escarvante, neuropatia diabética, alguns casos de esclerose múltipla.
Confeccionada com plástico semi-rígido, posiciona-se da face medial da palmilha até o côndilo medial da tíbia (360º) 
Funciona como uma mola – durante a fase de apoio a espiral se deforma (permitindo a dorsiflexão), e na fase de aceleração auxilia na flexão plantar, mantendo o pé em posição neutra durante o balanço sem arrastar os dedos.
Características: Leve, aerodinâmica; Contra indicado em caso de edema; Utilizada com calçado; Contra indicado em caso de espasticidade grave e clonus.
OTP – Faixa Anterior
Indicados em casos de pessoas com fraqueza no quadríceps (marcha agachada), ou marcha com a mão no joelho e que não apresentem recurvatum.
Faixa semi rígida anteriormente, realizando um vetor de força posterior impedindo a flexão do joelho.
Características: Impede a utilização de órteses mais longas (KAFO); Ineficaz em caso de contratura em flexão do joelho. 
OTP com faixa anterior
Outras órteses tornozelo-pé
Para Instabilidade. 
Anti-equina. 
Imobilizadora. 
Prevenção de contratura e ulcera de pressão.
Controle de edema 
OTP – Couro Metal
Positivo: melhor adaptação para edemas e dermatites
Negativo: peso, dificuldade em calçar e aparência grosseira
Couro Metal
Antes do advento do polipropileno e plásticos similares as órteses eram feitas com acessórios de couro. 
Consta de peça fixada no calçado, articulação do tornozelo, Hastes verticais, faixa ao nível da panturrilha e cinta para fechamento 
Características: Necessita de calçado adaptado; Mais tempo para colocação; Aparência mais grosseira; Maior gasto de energia; Mais pesada 
OTP para alívio de carga
Usadas em pessoas que não toleram pressão no tornozelo.
Livro: ÓRTESES : Abordagem Clínica - Série Physio | Fisioterapia Prática,
Autora: Joan E. Edelstein e Jan Bruckner,
Editora: Guanabara Koogan/Lab
Capítulo 3 - Órteses Tornozelo Pé - pag 46 a 65