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AULA 10 PARKINSON E ALZHEIMER

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DOENÇA DE PARKINSON 
E
DOENÇA DE ALZHEIRMER
Prof. M.Sc. Klebson Almeida
Doença de Parkinson
• Doença neurodegenerativa (Há degeneração e morte
celular dos neurônios produtores de dopamina. É
portanto uma doença degenerativa do sistema
nervoso central, com início geralmente após os 50
anos de idade)
• Descrita em 1817 por James Parkinson
• “ Paralisia Agitante “
• Acomete predominantemente idosos
DOENÇA DE PARKINSON
• Atinge cerca de 1% da população com mais de 65 anos
• Pico de incidência: 60 - 70 anos
• 5% a 10% têm início precoce (pior prognóstico)
EPIDEMIOLOGIA
• Não há uma causa estabelecida
• Soma de fatores ambientais e genéticos
• Parkinsonismos secundários
ETIOLOGIA
PARKINSONISMO ≠ DOENÇA DE PARKINSON
INCIDÊNCIA DA DOENÇA DE PARKINSON
5/100 000/ano entre 45-49 anos
90/100 000/ano acima dos 75 anos
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PARKINSONISMO
Primário
neurodegenerativo
Secundário
neurolépticos, encefalites
Parkinsonismo atípico Doença de Parkinson
Não identificado
Degeneração córtex-gânglios da base
Demência com corpos de Lewy
AMS
Idiopática Hereditária (5-15%)Identificado
ACHADOS PATOLÓGICOS EM 100 PACIENTES 
PARKINSONIANOS
Parkinsonismo secundário
ex: Pós-encefalítico
Medicamentoso
Vascular
Parkinsonismo - plus
ex|: Alzheimer
PSP : Paralisia
Supranuclear Progressiva
AMS : atrofia de múltiplos 
sistemas
Normal
(tremor essencial?)
Doença de Parkinson (76)
(4)
(19)
(1)
• Antipsicóticos: Haloperidol, sulpirida, periciazina,
levomepromazina, clorpromazina, olanzapina,
risperidona....
• Antivertiginosos : Flunarizina e cinarizina
• Antieméticos : Metoclopramina e bromoprida
• Antidepressivos : Fluoxetina, paroxetina.....
• Estabilizadores de humor: Carbonato de lítio,
divalproato de sódio
PARKINSONISMO MEDICAMENTOSO NEUROTRANSMISSORES
• São substâncias produzidas pelo sistema
nervoso, que fazem a comunicação entre os
NEURÔNIOS.
• A DOPAMINA é um NT, produzido pela área da
SUBSTÂNCIA NEGRA
• A DOPAMINA é fundamental para o bom
funcionamento do SISTEMA MOTOR
FISIOPATOLOGIA
• DEGENERAÇÃO DOS NEURÔNIOS DOPAMINÉRGICOS 
DA SUBSTÂNCIA NIGRA
 DOPAMINA ACETILCOLINA
NORMAL
PARKINSON
TREMOR
RIGIDEZ
BRADICINESIA
ALTERAÇÃO DOS
REFLEXOS
POSTURAIS
https://www.youtube.com/watch?v=W7syOIPSHfc
SINTOMAS MOTORES
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TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
• Opções:
• Anticolinérgicos
• Selegilina (IMAO-B)
• Agonistas dopaminérgicos
• Amantadina
• L-dopa
– Uso em monoterapia ou combinados
LEVODOPA
aminoácido L-3,4-dihidroxifenilalanina
HO
HO CH2CCOOH
NH2
TEM O MELHOR EFEITO SINTOMÁTICO 
MELHORA TREMOR, RIGIDEZ E BRADICINESIA
EM TODOS OS PACIENTESMucuna Pruriens
COMPLICAÇÕES MOTORAS
• Flutuações do efeito
– Deterioração de final de dose “wearing off”
– Fenômeno “on-off”
• Discinesias 
– Ocorrem enquanto o medicamento está ativo
INCIDÊNCIA DE FLUTUAÇÕES
Em um ano, cerca de 10% dos
pacientes com DP e em uso de L-Dopa
têm flutuações da resposta e em 5 anos
pelo menos 80% deles apresentam
essas complicações.
DISCINESIAS POR L-DOPA TRATAMENTO
Medicamentoso
Exercícios......Fisioterapia 
Fonoaudiologia
Terapia ocupacional
Cirurgia 
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LEVODOPA ENTERAL
OUTROS TRATAMENTOS
• Implante de células tronco (tecido nervoso
produtor de DOPAMINA), ainda em fase
experimental, provaveis resultados
CONCRETOS em seres humanos...dentro de 1
ou 2 décadas ????
E O EXERCÍCIO 
FÍSICO? 
As principais intervenções apresentadas foram: 
a caminhada, o treinamento resistido ou fortalecimento muscular;
o treinamento da flexibilidade, a partir de programas de alongamento; 
a dança;
o treinamento funcional. 
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•Melhoras relacionadas à qualidade de vida, 
•Ao comprometimento motor, 
•Ao desenvolvimento de força muscular, 
•Ao aumento da autoestima,
• Ao controle postural, 
• Execução de tarefas como sentar e levantar
OBS.: A Maioria dos estudos indicam:
• Freq. De 2-5 x por semana
•Programas devem considerar os componentes motivacionais,
lúdicos e de integração social;
•Importância para a preservação das perdas funcionais, cognitivas,
psicológicas e sociais da pessoa com DP, a fim de retardar ou
minimizar o agravamento da doença e o desenvolvimento de
complicações futuras.
MICHEL J. FOX
PAPA J. PAULO II
MUHAMMAD ALI
PAULO JOSÉ
Doença de Alzheimer.
CONCEITO
A Doença de Alzheimer (DA), é uma doença
neurológica degenerativa, progressiva e
irreversível, que começa de forma insidiosa e se
caracteriza por perdas graduais da função
cognitiva e distúrbios do comportamento e afeto.
FISIOPATOLOGIA
Alterações neuropatológicas e bioquímicas são
encontradas nos pacientes com DA.
Estas incluem o emaranhado neurofibrilar (massa
emaranhada de neurônios não-funcionantes) e as placas
senis (depósitos de proteína amilóide) no cérebro.
FISIOPATOLOGIA
Esse comprometimento neuronal ocorre
principalmente no córtex cerebral e resulta em tamanho
diminuído.
As células que utilizam o neurotransmissor
acetilcolina são aquelas principalmente afetadas por esta
doença.
Do ponto de vista bioquímico,a enzima ativa na
produção de acetilcolina, a qual está especificamente
envolvida no processamento da memória,mostra-se
diminuída.
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FATORES DE RISCO
• Idade 
Aumento exponencial de prevalência e incidência da 
doença com o avançar da idade;
• Sexo 
Prevalência é mais elevada no sexo feminino;
• Traumatismos cranianos
FATORES DE RISCO
• Fatores hereditários
Quando um dos familiares em 1º grau teve uma
demência o risco de desenvolver doença de Alzheimer
é duas vezes maior;
• Idade materna
Filhos de mães com mais de 40 anos, podem ter
mais tendência a problemas demenciais na terceira
idade;
FATORES DE RISCO
• Fatores genéticos
Em cerca de 7% dos casos, a doença de
Alzheimer é de família, com transmissão genética do
autossômico dominante;
• Síndrome de Down
Indivíduos com síndrome de Down têm cópia
extra de cromossomo 21;
FATORES DE RISCO
• Fatores de risco vascular
Risco acrescido de doença de Alzheimer;
• Metais
O Al e o Zn têm sido associados às alterações do
tecido cerebral;
FATORES DE PROTEÇÃO
• Altos níveis de instrução
Nível acadêmico e sócio-cultural
• Antioxidantes
A ingestão regular de medicamentos com ação
antioxidante (ex: vitamina E), podem retardar a
progressão clínica da doença de Alzheimer, no 2º
estágio da doença.
FATORES DE PROTEÇÃO
• AINE’s
O seu consumo regular num período de mais de 2
anos, diminui a probabilidade de aparecimento da
doença, através de um mecanismo inflamatório;
• Estrogênios
As mulheres que usam estrogênio (reposição
hormonal) podem apresentar menores taxas de doença
de Alzheimer.
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FASES E SINAIS DE ALERTA
• Encontram-se divididos em três estágios:
Estágio Inicial
Período de 1 a 3 anos 
A pessoa apresenta-se um pouco confusa e
esquecida constituindo os distúrbios da memória, o
primeiro sinal de aviso da doença.
No esquecimento característico da doença de 
Alzheimer, Destacam-se as dificuldades:
• No raciocínio;
• Na linguagem;
• Em executar as tarefas domésticas;
• Em relação à sua higiene pessoal;
• Na orientação espacial (fica prejudicada fora do seu
ambiente doméstico);
• Na orientação temporal.
ESTÁGIO INICIAL: PERÍODO DE 1 A 3 ANOS 
SEGUNDO ESTÁGIO
Período de 2 a 10 anos
• Distúrbios da linguagem, o que origina um discurso
de difícil compreensão;
• Distúrbio motor (apraxia) é também um sinal
característico desta fase;
• Dificuldade na mobilidade física;
• Perambulação noturna e inquietação motora com
marcha freqüente;
• Agravamento do estado de confusão (com
diminuição progressivadas relações sociais);
• Pode ocorrer incontinência urinária e fecal.
TERCEIRO ESTÁGIO
(período de 8 a 12 anos). 
• Agravamento dos sintomas que levam a uma
incapacidade em se reconhecer a si próprio e aos
familiares;
• Dificuldade para cuidar de si, afasia,
comportamento distraído, alheado e apático, variações
do humor com alternância de estados de ansiedade e
agitação e fases de depressão.
• Perda total de independência.
PLANO DE CUIDADOS
CONFUSÃO
 Comunicar com frases curtas e simples;
 Explicar os procedimentos à pessoa;
 Providenciar ambiente tranqüilo;
 Planejar uma rotina diária de atividades para o paciente;
 Orientar a pessoa no tempo e no espaço;
 Vigiar ação da pessoa.
SONO ALTERADO
 Posicionar confortavelmente a pessoa;
 Executar técnicas de relaxamento;
 Evitar a ingestão de bebidas estimulantes (café, chá, ,
etc.);
 Evitar que a pessoa durma durante o dia;
 Evitar tratamentos dolorosos.
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AUTO-CUIDADO HIGIENE 
DEPENDENTE, EM GRAU 
MODERADO
 Assistir a pessoa no banho;
 Estimular a pessoa para o auto-cuidado;
 Assistir a pessoa a escovar o cabelo e dentes;
 Regular a temperatura da água;
 Massagear toda a superfície corporal com creme 
hidratante.
AUTO-CUIDADO VESTUÁRIO 
DEPENDENTE, EM GRAU 
MODERADO
 Assistir a pessoa a vestir-se e despir-se;
 Motivar a pessoa a participar no auto-cuidado 
vestuário.
INGESTÃO NUTRICIONAL 
DIMINUÍDA
 Providenciar dieta a gosto da pessoa;
 Vigiar a refeição;
 Evitar tratamentos dolorosos antes das refeições;
 Permitir que familiares ou pessoas significativas 
tenham acesso ao serviço para alimentar a pessoa.
MEMÓRIA DE CURTO PRAZO DIMINUÍDA
 Motivar a pessoa a relembrar as suas memórias;
 Evitar interromper a pessoa deixando-a verbalizar as 
suas memórias;
 Encorajar os familiares e pessoas significativas a 
visitar a pessoa;
AGITAÇÃO 
 Providenciar ambiente tranqüilo;
 Identificar os fatores que desencadeiam a agitação;
 Diminuir a quantidade e complexidade dos
estímulos que provocam agitação;
 Vigiar a ação do doente.
RISCO DE QUEDA
 Vigiar a ação da pessoa;
 Manter as grades da cama elevadas;
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 Ensinar medidas de prevenção de acidentes;
 Orientar o planejamento de uma rotina diária de
atividades domiciliares para o paciente, incluindo as
atividades a realizar durante o dia;
 Explicar a importância da pessoa usar uma
bracelete com nome, endereço e número de telefone;
PAPEL DO PRESTADOR DE 
CUIDADOS
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
• Atualmente são utilizados os inibidores de
colinesterases, que evitam a desagregação da
acetilcolina (importante para a aprendizagem e
memória).
• Três inibidores da colinesterase são comumente
prescritos:
- Donepezil (Todas as Fases)
- Rivastigmina (ligeira a moderada)
- Galantamina (ligeira a moderada)
RESPOSTA AO TRATAMENTO
• A doença é incurável.
• O objetivo da terapêutica é retardar a evolução e
preservar por mais tempo possível as funções
intelectuais.
• Os melhores resultados são obtidos quando o
tratamento é iniciado nas fases mais precoces.
RESPOSTA AO TRATAMENTO
• Numa doença que progride inexoravelmente, nem
sempre é fácil avaliar resultados.
• Por essa razão, é fundamental que os familiares
utilizem um diário para anotar a evolução dos sintomas.
A memória está melhor? Os afazeres diários são
cumpridos com mais facilidade? O quadro está estável?
O declínio ocorre de forma mais lenta do que antes da
medicação?
• Sem essas anotações fica impossível avaliar a
eficácia do tratamento.
CÉREBRO NORMAL X DOENÇA DE ALZHEIMER
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1.FASE LEVE
2.FASE MODERADA
3.FASE GRAVE
https://www.youtube.com/watch?v=9YyodeSTRdk
• O aumento da capacidade de aprendizagem
•A redução da formação das placas de proteína
beta-amilóide
•Grande fator de proteção para o desenvolvimento
precoce de demência
•A sensação do bem-estar dos indivíduos
•Aumentando a qualidade de vida
BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO NA 
DOENÇA DE ALZHEIMER Uma possível explicação para os benefícios do
exercício é que o mesmo aumenta a circulação
sangüínea cerebral, estimulando a liberação de
substâncias que ajudam no funcionamento do
sistema nervoso central, como o BDNF(Fator
Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF, do
inglês Brain-derived neurotrophic factor), uma
proteína responsável pela estimulação da
regeneração neural em diversas áreas cerebrais,
que age como um mediador da eficácia sináptica
favorecendo a neuroplasticidade
(Berchtold, Cotman, 2002). 
EXERCÍCIOS DE DUPLA 
TAREFA
•A dupla tarefa pode ser 
definida como o ato de 
realizar uma atividade 
primária, para a qual é 
destinado o maior foco da 
atenção, incorporada a uma 
segunda atividade 
executada ao mesmo 
tempo
O desempenho da dupla tarefa também é conhecido como “DESEMPENHO 
SIMULTÂNEO” 
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EXERCÍCIOS DE DUPLA 
TAREFA
• A duplicidade de tarefas, sendo elas motoras ou
cognitivas, ocorre em nível cortical, propiciando que
uma intervenha na outra.
•A integralidade de sua ação demanda um alto
processamento neural.
•Alguns estudos sugerem que a avaliação do
equilíbrio e da mobilidade funcional seja realizada
durante as duplas tarefas, uma vez que as quedas
geralmente acontecem quando duas ou mais tarefas
se associam.
EXERCÍCIOS DE DUPLA 
TAREFA
EXERCÍCIOS DE DUPLA 
TAREFA
EXERCÍCIOS DE DUPLA 
TAREFA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Berchtold, N.C.; Cotman, C.W. Exercise: a behavioral intervention to enhance
brain health and plasticity. Trends in Neuroscience 2002;25:295-301.
Rimmer, JH. Alzheimer Disease. In: Durstine, JL; Moore, GE (org.). ACSM’s
Exercise Management for Persons with Chronic Diseases and disabilities. 2nd
Edition. Champaing, IL: Human Kinetcs, 311-19, 2003
FREITAS, E.V.; PY, L.; CANÇADO, F.A. X.; GORZONI, M.L. Tratado de Geriatria e
Gerontologia. Editora Guanabara Koogan, 3ª edição, Rio de Janeiro, 2011.
SPIRDUSO, W. Dimensões Físicas do Envelhecimento. Editora Manole Ltda. 1 ª
edição, São Paulo, 2005.
KAUFFMAN, J. Manual de Reabilitação Geriátrica. Editora Guanabara Koogan. 1
ª edição, Rio de Janeiro, 2001.

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