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TD psicodiagnostico

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TD
1. Quais são os fundamentos do Psicodiagnóstico?
Definição: Psicodiagnóstico é um processo científico, limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes psicológicos (input), em nível individual ou não, seja para entender problemas à luz de pressupostos teóricos, identificar e avaliar aspectos específicos, seja para classificar o caso e prever seu curso possível, comunicando os resultados (output), na base dos quais são propostas soluções, se for o caso.
Objetivo: O processo do psicodiagnóstico pode ter um ou vários objetivos, dependendo dos motivos alegados ou reais do encaminhamento e/ou da consulta, que norteiam o elenco de hipóteses inicialmente formuladas, e delimitam o escopo da avaliação. Portanto, relacionam-se essencialmente com as questões propostas e com as necessidades da fonte de solicitação e “determinam o nível de inferências que deve ser alcançado na comunicação com o receptor” (Cunha, 1996, p.50).
Responsabilidade: O diagnóstico psicológico pode ser realizado: 
a) pelo psicólogo, pelo psiquiatra (e, eventualmente, pelo neurologista ou psicanalista), com vários objetivos (exceto o de classificação simples), desde que seja utilizado o modelo médico apenas, no exame de funções, identificação de patologias, sem uso de testes e técnicas privativas do psicólogo clínico; 
b) pelo psicólogo clínico exclusivamente, para a consecução de qualquer ou vários dos objetivos, quando é utilizado o modelo psicológico (psicodiagnóstico), incluindo técnicas e testes privativos desse profissional; 
c) por equipe multiprofissional (psicólogo, psiquiatra, neurologista, orientador educacional, assistente social ou outro), para a consecução dos objetivos citados e, eventualmente, de outros, desde que cada profissional utilize o seu modelo próprio, em avaliação mais complexa e inclusiva, em que é necessário integrar dados muito interdependentes (de natureza psicológica, médica, social, etc.).
Operacionalização: Em termos de operacionalização, devem ser considerados os comportamentos específicos do psicólogo e os passos para a realização do diagnóstico com um modelo psicológico de natureza clínica.
2. Descreva os objetivos possíveis em um Psicodiagnóstico de acordo com Cunha (2005).
Objetivos: Especificação 
Classificação simples: O exame compara a amostra do comportamento do examinando com os resultados de outros simples sujeitos da população geral ou de grupos específicos, com condições demográficas equivalentes; esses resultados são fornecidos em dados quantitativos, classificados sumariamente, como em uma avaliação de nível intelectual. 
Descrição: Ultrapassa a classificação simples, interpretando diferenças de escores, identificando forças e fraquezas e descrevendo o desempenho do paciente, como em uma avaliação de déficits neuropsicológicos. 
Classificação Nosológica: Hipóteses iniciais são testadas, tomando como referência critérios diagnósticos. 
Diagnóstico diferencial: São investigadas irregularidades ou inconsistências do quadro sintomático, para diferenciar alternativas diagnósticas, níveis de funcionamento ou a natureza da patologia. 
Avaliação compreensiva: É determinado o nível de funcionamento da personalidade, são examinadas as funções do ego, em especial a de insight, condições do sistema de defesas, para facilitar a indicação de recursos terapêuticos e prever a possível resposta aos mesmos. 
Entendimento dinâmica: Ultrapassa o objetivo anterior, por pressupor um nível mais elevado de inferência clínica, havendo uma integração de dados com base teórica. Permite chegar a explicações de aspectos comportamentais nem sempre acessíveis na entrevista, à antecipação de fontes de dificuldades na terapia e à definição de focos terapêuticos, etc. 
Prevenção: Procura identificar problemas precocemente, avaliar riscos, fazer uma estimativa de forças e fraquezas do ego, de sua capacidade para enfrentar situações novas, difíceis, estressantes. 
Prognóstico: Determina o curso provável do caso. 
Perícia forense: Fornece subsídios para questões relacionadas com “insanidade”, competência para o exercício das funções de cidadão, avaliação de incapacidades ou patologias que podem se associar com infrações da lei, etc.
3. Como podem ser descritas e organizadas as etapas constituintes de um processo psicodiagnóstico?
De forma bastante resumida, os passos do diagnóstico, utilizando um modelo psicológico de natureza clínica, são os seguintes: a) levantamento de perguntas relacionadas com os motivos da consulta e definição das hipóteses iniciais e dos objetivos do exame; b) planejamento, seleção e utilização de instrumentos de exame psicológico; c) levantamento quantitativo e qualitativo dos dados; d) integração de dados e informações e formulação de inferências pela integração dos dados, tendo como pontos de referência as hipóteses iniciais e os objetivos do exame; e) comunicação de resultados, orientação sobre o caso e encerramento do processo.
4. Quais são as providências necessárias para se efetuar um enquadre adequado em um Psicodiagnóstico?
A primeira entrevista vai facilitar o enquadre a ser escolhido, ele vai ser escolhido de acordo com o paciente, com o seu comportamento, seu discurso, suas reações, ou seja, tudo isso são indicadores que nos ajudam a resolver que tipo de enquadre usaremos, se mais estrito ou mais permissivo. Segundo Santiago (1995), o enquadre do Psicodiagnóstico consiste em alguns itens:
Esclarecimento dos papéis respectivos: limite e natureza da função que cada parte integrante do contrato desempenha; Lugar de realização das entrevistas; Horários e duração do processo: nem muito longo, nem muito curto; Honorários (caso se trate de consulta particular);
Vejamos alguns parâmetros que deverão ser respeitados durante o processo de Psicodiagnóstico a qual o enquadre está inserido: Devem ser definidos os objetivos que caracterizarão o tipo de atendimento ou processo ao qual o cliente irá se submeter;
Devem-se esclarecer os papéis, preocupando-se em clarear natureza e limite da função que cada parte do contrato desempenha, tanto cliente como psicólogo; Definir o lugar aonde irão se realizar os encontros e combinar os horários; Explicar ao cliente como alcançará seu principal objetivo, ou seja, quais técnicas, entrevistas, observações serão usadas ou como serão usadas; Indicar a duração do processo; Caso se trate de clínica particular ou instituição paga, irá combinar os honorários; Informar sobre a entrevista de devolução e encaminhamentos, se necessário; Ratificar a condição de sigilo pela qual o processo se passa.
5. Comente sobre os aspectos conscientes e inconscientes presentes na busca por um Psicodiagnóstico.
A marcação da consulta formaliza um processo de trabalho psicológico já iniciado (Jung, 1985), precedido de intensa angústia e ambivalência. Corresponde à admissão da existência de algum grau de perturbação e de dificuldades que justificam a necessidade de ajuda. A emergência de fortes defesas nesse período pode, por vezes, mascarar as motivações inconscientes da busca pelo processo psicodiagnóstico. Também, nos casos em que o paciente é encaminhado por outrem ao psicólogo, o motivo aparente pode ser a própria solicitação do exame ou fato de ter sido mobilizado por colegas, amigos, parentes. Nessas circunstâncias, o paciente pode ter uma percepção vaga de sua problemática, mas preferir chegar ao psicólogo pelo reforço de um encaminhamento médico, por exemplo. Pode haver algum nível de consciência do problema e lhe ser muito dolorosa a situação de enfrentamento de sua dificuldade. Assim, por suas resistências, o paciente pode negar a realidade e depositar num terceiro a responsabilidade pela procura. Portanto, há uma tendência para que o motivo explicitado ao psicólogo seja o menos ansiogênico e o mais tolerável para o paciente ou, ainda, para o responsável que o leva. Em geral, não é o mais verdadeiro. Consequentemente, há tendência para explicitação dos motivos, conforme a gradação e apropriação, pela consciência do paciente. As motivaçõesinconscientes estão no nível mais profundo e obscuro da psique. Constituem-se nos aspectos mais verdadeiramente responsáveis pelas aflições do paciente. Conclui-se que é fundamental que o psicólogo esclareça, o mais amplamente possível e de forma objetiva, as motivações conscientes indicadas e as inconscientes envolvidas no pedido de ajuda. Cabe ter-se sempre presente que a natureza humana, como já foi dito por Heráclito, tem predileção por ocultar-se, embora a psique aspire a expressão e reconhecimento constantes.
6. Quais objetivos possuem e como podem ser organizadas as entrevistas clínicas estudadas?
7. Quais são critérios válidos para a escolha dos testes psicológicos em um Psicodiagnóstico?
Há dois tipos principais de baterias de testes: as baterias padronizadas para avaliações específicas e as não padronizadas, que são organizadas a partir de um plano de avaliação. No primeiro caso, a bateria de testes não resulta de uma seleção de instrumentos de acordo com as questões levantadas num caso individual, pelo psicólogo responsável pelo psicodiagnóstico, a não ser quando se trata de bateria padronizada especializada. A organização da bateria padronizada é efetuada com base em pesquisas realizadas com determinados tipos de pacientes e recomendada para exames bem específicos, como em certos tipos de avaliação neuropsicológica. É indicada em razão de sua eficiência preditiva e para obter uma amostra suficientemente adequada de funções importantes para a natureza complexa da avaliação proposta (Lezak, 1995). Trata-se de uma bateria padronizada, com objetivos explícitos, e deve ser administrada em sua íntegra. Contudo, o psicólogo tem a liberdade de acrescentar testes para se adequar à especificidade do caso individual. Assim, em princípio, é possível a organização de uma bateria de testes padronizados para casos específicos. Mas isso demanda considerável pesquisa prévia. Nada tem que ver com baterias e testes, usadas de forma sistemática e regularmente por alguns psicólogos, independentemente de aspectos específicos do caso individual, que envolvem perda de tempo e acúmulo de dados inúteis. Por exemplo, lembraríamos que certos psicólogos usam, invariavelmente, alguma escala Wechsler, mesmo que não tenha sido levantada qualquer hipótese referente à área intelectual ou a déficit cognitivo. Na prática clínica, é tradicional o uso da bateria não padronizada. No plano de avaliação, são determinados a especificidade e o número de testes, que são programados sequencialmente, conforme sua natureza, tipo, propriedades psicométricas, tempo de administração, grau de dificuldade, qualidade ansiogênica e características do paciente individual. Embora a bateria não padronizada deva atender, então, a vários requisitos, ela é organizada de acordo com critérios mais flexíveis do que a bateria padronizada. O número de testes, por exemplo, eventualmente pode ser modificado para mais ou para menos. Geralmente, o número é modificado para mais, quando, por algum motivo, parece importante buscar uma intervalidação de resultados ou corroborar dados em função de uma determinada hipótese.
8. Quais cuidados se devem ter ao se realizar uma entrevista Devolutiva?
Em entrevistas de devolução, o psicólogo deve ter condições para lidar com problemas às vezes muito sérios, devendo, eventualmente, encaminhar decisões cruciais para a vida de outrem, numa situação potencialmente ansiogênica, dentro de uma relação restrita no tempo. Deste modo, precisa estar muito consciente do que está ocorrendo, ser muito ágil em suas percepções, muito flexível no manejo da relação, muito seguro de suas conclusões e de si mesmo para manter a sua sensibilidade clínica e ser hábil em sua comunicação. Ao falar em comunicação, parece importante examinar a questão do receptor em potencial. Em princípio, quem solicita um psicodiagnóstico deve ter assegurado o seu direito à comunicação dos resultados, o que deve constar já no contrato de trabalho. Teoricamente, e regulamentarmente, o direito à devolução é obrigatório, e, na prática, é exatamente esse direito que facilita o rapport e a confiança no profissional que escolheu. Ainda que, tradicionalmente, houvesse um pressuposto de que os resultados de um psicodiagnóstico não seriam de interesse do cliente, em vista de sua complexidade científica, hoje em dia, na prática, acredita-se que o usuário tenha direito a um feedback. Entretanto, embora cada problema tenha a sua especificidade, na verdade, pode ser apresentado sob diferentes perspectivas, conforme as características peculiares, nível social e profissão da pessoa a quem se está relatando os resultados. É claro que, conforme o Código de Ética, “o psicólogo está obrigado a fornecer a este (ao examinando) as informações que foram encaminhadas ao solicitante e a orientá-lo em função dos resultados obtidos”*, mas, para que a comunicação seja eficaz, deve ser clara, precisa e inteligível. Portanto, frequentemente, a linguagem científica tem de ser traduzida para um modo coloquial de dizer as coisas, com o uso de um vocabulário acessível e enfatizando as questões que serão mais úteis, para que se possam fornecer novas maneiras de perceber a realidade e opções para a solução de problemas, em benefício do cliente. Não obstante, essa questão da comunicação de resultados envolve aspectos extremamente complexos, porque é preciso distinguir a pessoa que solicita o exame daquela que contrata o serviço, que nem sempre são coincidentes, e, então, por definição, o receptor nem sempre é a pessoa que contrata o serviço, desde que, no contrato de trabalho, tenha havido um consentimento informado do contratante a respeito. Este é um problema muito delicado, devendo ser analisado criteriosamente por suas implicações interprofissionais, interpessoais e éticas.
9 - Qual a importância do enquadre no processo psicodiagnóstico?
O enquadre é um norteador no processo psicodiagnóstico. Ele pode se apresentar de várias maneiras: pode ser mais estrito, mais amplo, mais permeável ou mais plástico, conforme as diferentes modalidades do trabalho individual e variando de acordo com o enfoque teórico que serve como marco referencial predominante para o profissional, conforme a sua formação, suas características pessoais e também conforme as características do cliente. Na primeira entrevista terá subsídios que facilitarão o enquadre a ser escolhido, ele vai ser escolhido de acordo com o paciente, com o seu comportamento, seu discurso, suas reações, ou seja, tudo isso são indicadores que nos ajudam a resolver que tipo de enquadre usaremos, se mais estrito ou mais permissivo. 
O enquadre deve ser feito antes mesmo de se iniciar o processo psicodiagnóstico e, é importante porque mantem constantes variáveis tais como tempo, o local, o horário, o papel e os honorários.
10 - Quais os tipos, objetivos e os cuidados que se deve ter com os documentos emitidos por psicólogos?
1. Declaração 
2. Atestado psicológico 
3. Relatório / laudo psicológico 
4. Parecer psicológico
DECLARAÇÃO- É um documento que visa a informar a ocorrência de fatos ou situações objetivas relacionadas ao atendimento psicológico, com a finalidade de declarar: 
a) Comparecimentos do atendido e/ou do seu acompanhante, quando necessário; 
b) Acompanhamento psicológico do atendido; c) Informações sobre as condições do atendimento (tempo de acompanhamento, dias ou horários).
ATESTADO PSICOLÓGICO - É um documento expedido pelo psicólogo que certifica uma determinada situação ou estado psicológico, tendo como finalidade afirmar sobre as condições psicológicas de quem, por requerimento, o solicita, com fins de:
a) Justificar faltas e/ou impedimentos do solicitante; 
b) Justificar estar apto ou não para atividades específicas, após realização de um processo de avaliação psicológica, dentro do rigor técnico e ético que subscreve esta Resolução; 
c) Solicitar afastamento e/ou dispensa do solicitante, subsidiado na afirmação atestada do fato, em acordo com o disposto na Resolução CFP nº 015/96.
RELATÓRIOPSICOLÓGICO - O relatório ou laudo psicológico é uma apresentação descritiva acerca de situações e/ou condições psicológicas e suas determinações históricas, sociais, políticas e culturais, pesquisadas no processo de avaliação psicológica. Como todo DOCUMENTO, deve ser subsidiado em dados colhidos e analisados, à luz de um instrumental técnico (entrevistas, dinâmicas, testes psicológicos, observação, exame psíquico, intervenção verbal), consubstanciado em referencial técnico-filosófico e científico adotado pelo psicólogo. A finalidade do relatório psicológico será a de apresentar os procedimentos e conclusões gerados pelo processo da avaliação psicológica, relatando sobre o encaminhamento, as intervenções, o diagnóstico, o prognóstico e evolução do caso, orientação e sugestão de projeto terapêutico, bem como, caso necessário, solicitação de acompanhamento psicológico, limitando-se a fornecer somente as informações necessárias relacionadas à demanda, solicitação ou petição.
PARECER - Parecer é um documento fundamentado e resumido sobre uma questão focal do campo psicológico cujo resultado pode ser indicativo ou conclusivo. O parecer tem como finalidade apresentar resposta esclarecedora, no campo do conhecimento psicológico, através de uma avaliação especializada, de uma “questãoproblema”, visando a dirimir dúvidas que estão interferindo na decisão, sendo, portanto, uma resposta a uma consulta, que exige de quem responde competência no assunto.
11 - Quais as partes que compõe os documentos Laudos e Parecer?
LAUDO CONCEITO - A palavra laudo é originária do idioma latino, do genitivo laud-is e significa originalmente mérito, valor, glória. É um documento conciso, minucioso e abrangente, que busca relatar, analisar e integrar os dados colhidos no processo de avaliação psicológica tendo como objetivo apresentar diagnóstico e/ou prognóstico, para subsidiar ações, decisões ou encaminhamentos. Portanto, diferencia-se do Relatório Psicológico por ter como objetivo subsidiar uma tomada de decisão, por realizar uma extensa pesquisa cujas observações e dados colhidos deverão ser relacionados às questões e situações levantadas pela decisão a ser tomada.
LAUDO PARTES
Estrutura:
Na sua estrutura básica, o laudo psicológico contém os seguintes itens: 
1. Identificação 
2. Descrição da demanda 
3. Métodos e técnicas utilizadas 
4. Conclusão 
4.2.1. Identificação : Refere-se à descrição dos dados básicos do avaliado, como nome, data de nascimento, idade, escolaridade, filiação, profissão etc. 
4.2.2. Descrição da demanda: Nesse item, o psicólogo apresenta as informações referentes a motivos, queixas ou problemáticas apresentadas, esclarecendo quais ações, decisões ou encaminhamentos o Laudo deverá subsidiar. 
4.2.3. Métodos e técnicas utilizadas: Refere-se à descrição dos recursos utilizados e dos resultados obtidos. 
4.2.4. Conclusão : Destina-se a apresentar uma síntese do diagnóstico e/ou prognóstico da avaliação realizada e/ou encaminhamentos, necessariamente relacionados à demanda.
PARECER: O Parecer é composto de 4 (quatro) partes: 
1. Cabeçalho (É a parte que consiste em identificar o nome do perito e sua titulação, o nome do autor da solicitação e sua titulação.)
2. Exposição de motivos (Essa parte destina-se à transcrição do objetivo da consulta e os quesitos ou à apresentação das dúvidas levantadas pelo solicitante. Deve-se apresentar a “questãoproblema”, não sendo necessária, portanto, a descrição detalhada dos procedimentos, como os dados colhidos ou o nome dos envolvidos.)
3. Discussão (A discussão do PARECER constitui-se na análise minuciosa da “questãoproblema”, explanada e argumentada com base nos fundamentos necessários existentes, seja na ética, na técnica ou no corpo conceitual da ciência psicológica.)
4. Conclusão (É a parte final do Parecer, em que o psicólogo irá apresentar seu posicionamento, respondendo à questão levantada. Ao final do posicionamento ou do Parecer propriamente dito, informa o local e data em que foi elaborado e assina o documento).
12. Com relação à guarda e prazo de validade de documentos, o que diz a Resolução 007/2003?
V – VALIDADE DOS CONTEÚDOS DOS DOCUMENTOS O prazo de validade do conteúdo dos documentos escritos, decorrentes das avaliações psicológicas, deverá considerar a legislação vigente nos casos já definidos. Não havendo definição legal, o psicólogo, onde for possível, indicará o prazo de validade do conteúdo emitido no documento em função das características avaliadas, das informações obtidas e dos objetivos da avaliação. 10 Ao definir o prazo, o psicólogo deve dispor dos fundamentos para a indicação, devendo apresentá-los sempre que solicitado. 
VI - GUARDA DOS DOCUMENTOS E CONDIÇÕES DE GUARDA Os documentos escritos decorrentes de avaliação psicológica, bem como todo o material que os fundamentou, deverão ser guardados pelo prazo mínimo de 5 anos, observando-se a responsabilidade por eles tanto do psicólogo quanto da instituição em que ocorreu a avaliação psicológica. Esse prazo poderá ser ampliado nos casos previstos em lei, por determinação judicial, ou ainda em casos específicos em que seja necessária a manutenção da guarda por maior tempo. Em caso de extinção de serviço psicológico, o destino dos documentos deverá seguir as orientações definidas no Código de Ética do Psicólogo.
13. Como se deve proceder quanto a guarda de documentos psicológicos quando o serviço psicológico é extinto?
Em caso de extinção do serviço de Psicologia, o psicólogo responsável informará ao Conselho Regional de Psicologia, que providenciará a destinação dos arquivos confidenciais.
14. Quais aspectos são importantes para que a indicação terapêutica seja bem aceita pelo paciente?
A atitude de respeito do psicólogo, ou seja, o “olhar de novo”, com o coração, em conjunto com o paciente para a sua conflitiva, livre de críticas, menosprezo e desvalia, é basilar no exercício de tocar a psique, para uma ligação de confiança. Estabelecer a proximidade necessária para a consecução do processo significa mostrar ao paciente que as dificuldades parecem não ir embora enquanto não forem primeiro bem acolhidas. A solução só ganhará espaço e lugar se houver contato. 
As atitudes de esperança (Hillman, 1993) e da aceitação por parte do psicólogo, da angústia e “da luta entre os opostos”, enquanto expressão da “verdade psicológica do eterno jogo de antagonismos” (Silveira, 1992, p. 116), são fundamentais para a pessoa que vem para o primeiro contato, dentro do processo psicodiagnóstico.
15. Faça um quadro comparativo entre as características do Psicodiagnóstico Clínico e o realizado na área Forense.
16. Quais cuidados deve o psicólogo ter ao atuar como perito na área Forense?
O psicólogo que for atuar com este referencial teórico deve possuir conhecimentos não apenas da área psicológica, que está investigando, mas também do sistema jurídico em que vai operar; e conhecer as jurisdições e instâncias com as quais se relaciona, a legislação vigente associada ao seu objeto de estudo e as normas estabelecidas quanto à sua atividade. Deve, também, familiarizar-se com a terminologia da área jurídica, pois será constantemente interrogado sob um ponto de vista legal, o que poderá acarretar inúmeras dificuldades na “tradução” dos questionamentos jurídicos e, consequentemente, nos objetivos da perícia (Lösel, 1992).
Assim, como toda pratica da psicologia, a perícia psicológica forense também esta pautada por princípios éticos a serem seguidos pelo código de Ética Profissional, como confidencialidade e sigilo.
No caso, por exemplo, de um laudo na área forense, o psicólogo deve se restringir a responder os quesitos propostos de uma forma clara, concisa e não sofisticada, registrando apenas dados que possam ser úteis ao objetivo a que se destinam e excluindo os que podem ser classificados como impressões, opiniões ou suspeitas.
O examinador forense deve preocupar-se com a exatidão da informação, na medida em que sua avaliação deve responder sobre fatos que extrapolam a subjetividadedo examinando
17. Apresente e comente os parâmetros de análise a serem considerados numa entrevista lúdica.
18. Quais aspectos sinalizam a família funcional e a disfuncional?
Família funcional formada por um conjunto invisível de exigências funcionais que organiza as maneiras pelas quais os membros da família interagem. Na família saudável há regras, padrões, que servem de guia para o crescimento grupal e individual. Essas famílias percorrem o ciclo vital, estando livres para mudar, adaptar-se e crescer sem medo e apreensão.
O conceito de família disfuncional baseia-se numa abordagem psicoterapêutica de diagnóstico e tratamento, onde os sintomas do indivíduo são vistos no contexto das relações com os outros indivíduos e grupos, e não como problemas individuais. Não há nenhuma definição estrita de “família disfuncional”, e especialmente no uso popular, o termo tende a ser um aplicado de forma muito genérica e inclui diferentes distúrbios relacionais que ocorrem dentro do sistema familiar e nos seus subsistemas (pais, filhos).
O conceito de família disfuncional é, habitualmente, atribuído a famílias  onde as relações entre os seus membros não são equilibradas e estáveis e onde os padrões de comunicação alterados conduzem a problemas crónicos no seio da família.

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