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HÉRNIA DE DISCO O disco intervertebral é a estrutura cartilaginosa que fica entre uma vértebra e outra da coluna vertebral. Ele é composto de uma parte central, chamada núcleo pulposo ou liquido viscoso, de uma parte periférica composta de tecido cartilaginoso chamado anel fibroso e de uma parte superior e inferior chamado placa terminal. Os discos intervertebrais tem a característica de serem hidrófilos, ou seja, suas moléculas tem a capacidade de atrair água. A região periférica do anel fibroso é inervada por ramos dos nervos sinovertebral e vertebral. No núcleo, não foram encontrados vasos nem nervos, então supõem-se que a nutrição discal seja por difusão através da placa terminal cartilaginosa. O anel fibroso é constituido de camadas concêntricas chamadas lamelas, que envolvem totalmente o núcleo e o mantém sobre pressão constante. A fibras do anel fibroso estão fixadas as placas terminais cartilaginosas nos platôs vertebrais inferior e superior e a sua periferia por fibras de Sharpey. A mecânica vertebral depende totalmente do disco intervertebral. O movimento da coluna é realizado, em cada nível vertebral, no próprio disco intervertebral, ele é que permite os movimentos. Os movimentos ocorrem mediante deslizamentos das vértebras umas em relação as outras de modo que o disco é a única substância maleável entre as vértebras, bastente sólidas. Esta maleabilidade do disco é o que permite o movimento vertebral. Qualquer alteração no nível do disco intervertebral irá atrapalhar toda a mecânica da coluna. O núcleo vertebral suporta 75% das cargas que passam sobre o disco, enquanto o anel fibroso suporta apenas 25%. Isto quer dizer que a função de suportar carga é prioritariamente do núcleo, enquanto que o anel tem a função de “contenção do núcleo”. Quando, por processos patológicos, temos uma incompetência do anel fibroso frente ao núcleo pulposo, o núcleo protrui, gerando Protrusões discais e Hérnias discais. Protrusão e Herniação Discal A palavra hérnia significa projeção ou saída através de uma fissura ou orifício, de uma estrutura contida. Portanto, a hérnia de disco é a saída do líquido pulposo através de uma fissura do seu anel fibroso. A extrusão do núcleo pulposo pode provocar uma compressão nas raízes nervosas correspondentes a hérnia de disco ou a protrusão. Esta compressão poderá causar os mais diversos sintomas. A placa terminal fica entre o disco e a vértebra supra e subjacente. Com a degeneração destas estruturas, os líquidos poderão migrar para os corpos vertebrais. O início deste processo é chamado de Modic tipo I. Alguns autores afirmam que este processo inflamatório e degenerativo na placa terminal pode causar dores na coluna vertebral. Tipos de Hérnia de Disco Protrusas: quando a base de implantação sobre o disco de origem é mais larga que qualquer outro diâmetro. Extrusas: quando a base de implantação sobre o disco de origem é menor que algum dos seus outros diâmetros ou quando houver perda no contato do fragmento com o disco. Seqüestradas: quando um fragmento migra dentro do canal, para cima, para baixo ou para o interior do forâmen. Sintomas da Hérnia de Disco Os sintomas mais comuns são dores localizadas nas regiões onde existe a lesão discal, podendo estas dores serem irradiadas para outras partes do corpo. Quando a hérnia é na coluna cervical as dores se irradiam para os braços, mãos e dedos. Se a hérnia de disco é lombar, as dores se irradiam para as pernas e pés. O paciente pode também sentir formigamentos e dormência nos membros. Nos casos mais graves, pode haver perda de força nas pernas e incontinência urinária. Causas da Hérnia de Disco A palavra coluna já diz tudo sobre a importância desta estrutura no nosso corpo. Ela é o centro de equilíbrio do sistema musculoesquelético do ser humano. Não é à toa que muitas lesões da coluna vertebral são atribuídas ao desequilíbrio e desalinhamento desta estrutura, ou seja, a má postura. Fatores hereditários são os que mais provocam hérnia de disco, no entanto traumas de repetição no trabalho e no esporte, traumas direto, o fumo e a idade avançada também são motivos de lesões degenerativas. O sedentarismo é um fator determinante para dores nas costas oriundas da hérnia de disco e de outras doenças, pois as pesquisas comprovam que a atividade física qualitativa para coluna é um fator de extrema importância para melhora e prevenção das dores nas costas. Entre fatores ocupacionais associados a um risco aumentado de dor lombar estão: - Trabalho físico pesado - Postura de trabalho estática - Inclinar e girar o tronco freqüentemente - Levantar, empurrar e puxar - Trabalho repetitivo - Vibrações - Psicológicos e psicossociais Diagnóstico e exame O diagnóstico pode ser feito clinicamente, levando em conta as características dos sintomas e o resultado do exame neurológico. Exames como Raio-X, tomografia e ressonância magnética ajudam a determinar o tamanho da lesão e em que exata região da coluna está localizada. Tratamento para Hérnia de Disco O programa fisioterapêutico utiliza técnicas de Fisioterapia Manual, mesa de tração eletrônica, mesa de descompressão dinâmica, estabilização vertebral e exercícios de musculação. Ele visa melhorar o grau de mobilidade músculo-articular, diminuir a compressão no complexo disco vértebras e facetas, dando espaço para nervos e gânglios, fortalecer os músculos profundos e posturais da coluna vertebral através de exercícios terapêuticos específicos enfatizando o controle intersegmentar da coluna lombar, cervical, quadril e ombro. Fisioterapia manual A disfunção dos tecidos moles pode alterar o movimento articular e diminuir a eficácia da mobilização-alongamento da articulação. É por isso que o tratamento frequentemente começa com este procedimento visando diminuir a dor e o espasmo muscular ou aumentar a mobilidade dos tecidos moles. Esses procedimentos auxiliares podem também tornar mais fácil a realização da mobilização das articulações, produzindo um efeito mais duradouro. Dentre as técnicas de fisioterapia manual podem ser utilizadas a Osteopatia, Maitland, Mulligan e mobilizações articulares. Mesa de Tração Eletrônica Grandes fabricantes de equipamentos terapêuticos e cientistas americanos investiram seriamente em pesquisas durante décadas enquanto aprimoravam técnicas seguras e eficazes de utilizar a tração vertebral e melhorar seus benefícios. Pesquisas realizadas nos EUA mostram que técnicas de tração vêm sendo usadas com sucesso, durante anos, no tratamento das discopatias e doenças degenerativas da coluna vertebral. Mesa de Flexão-Descompressão Este equipamento possibilita que o fisioterapeuta tenha total controle sobre a mobilidade da coluna vertebral do paciente, permitindo movimentos de flexão, extensão, látero-flexão e rotação. Desta forma, o tratamento pode ser realizado de uma forma mais confortável, conseqüentemente mais precisa. Estabilização Vertebral Durante o primeiro mês de tratamento utiliza-se também a técnica de estabilização vertebral que foi desenvolvida na Austrália com o objetivo de fortalecer os músculos profundos da coluna vertebral e melhorar o grau de estabilidade vertebral. Musculação ou Pilates Musculação Após o término das sessões previstas é fundamental buscar alternativas para manter os benefícios decorrentes do tratamento.Serão necessários estímulos frequentes e graduais que garantam a integridade das estruturas músculo-esqueléticas envolvidas e previnam contra novas crises. A opção eficiente e segura é um programa de exercícios de musculação que incluem os principais componentes da aptidão física relacionados à saúde (potência aeróbica, força e flexibilidade) ajustados de acordo com a especificidade da situação e supervisionados por profissionais de Educação Física. Pilates É um método que preconiza alcançar um desenvolvimento do corpo de forma uniforme, objetivando uma melhora no condicionamento físico e mental com exercícios globais, isto é, que exigem um trabalho do corpotodo, utilizando diferentes aparelhos e equipamentos.Através dos seus princípios, concentração, fluidez, controle, respiração, centro de força, postura o praticante do método irá melhora sua consciência corporal, flexibilidade, equilíbrio e força muscular.
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