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Civil IV. Semana 10

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CASO CONCRETO SEMANA 09
Uma confecção de São Paulo encomendou a uma outra empresa a confecção de diversas etiquetas para serem acrescentadas aos seus produtos. Quanto às etiquetas, após costuradas nos produtos, pode-se afirmar que houve o fenômeno da adjunção ou da especificação? Justifique sua resposta.
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CASO CONCRETO SEMANA 09
Uma confecção de São Paulo encomendou a uma outra empresa a confecção de diversas etiquetas para serem acrescentadas aos seus produtos. Quanto às etiquetas, após costuradas nos produtos, pode-se afirmar que houve o fenômeno da adjunção ou da especificação? Justifique sua resposta.
R: a adjunção é a reunião de duas coisas, pertencentes a diferentes donos, em um só todo, pois cada uma dessas coisas forma uma parte distinta e reconhecível. Portanto, é possível afirmar que houve adjunção na hipótese analisada, conforme art. 1274, CC. 
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Art. 1.225. São direitos reais:
I - a propriedade;
II - a superfície;
III - as servidões;
IV - o usufruto;
V - o uso;
VI - a habitação;
VII - o direito do promitente comprador do imóvel;
VIII - o penhor;
IX - a hipoteca;
X - a anticrese.
XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; 
XII - a concessão de direito real de uso. 
“Faculdade que o proprietário possui de conceder a um terceiro (superficiário), a propriedade das plantações ou construções que este efetue sob o sobre o solo alheio, por tempo determinado, desde que promova a escritura pública no registro imobiliário”. (Cristiano Chaves)
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“Trata-se de direito real de fruição ou gozo sobre coisa alheia, de origem romana. Surgiu da necessidade prática de se permitir edificação sobre bens públicos, permanecendo o solo em poder do Estado.” (Carlos Roberto Gonçalves) 
. Lei nº. 10.257/01(Estatuto da Cidade): disciplinou, originalmente, o direito de superfície dos imóveis urbanos. 
OBS: CC/02, derrogou o Estatuto da Cidade, passando o direito real de superfície a ser regulado pelos arts. 1.369 a 1.377 (Carlos Roberto Gonçalves)
OBS: Cristiano Chaves. Direito real Superfície. Fenômeno. Superposição de duas propriedades distintas : 
 proprietário solo 
x 
proprietário construções/plantações (acessões).
 
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OBS: Doutrina – o direito de superfície substituiu a enfiteuse (proprietário imóvel/senhorio x enfiteuta: domínio útil), por dar melhor função social a propriedade (enfiteuse – perpétua, dir. real. superfície – temporário). 
Definição direito real de superfície: 
Art. 1.369. O proprietário pode conceder a outrem o direito de construir ou de plantar em seu terreno, por tempo determinado, mediante escritura pública devidamente registrada no Cartório de Registro de Imóveis.
Parágrafo único. O direito de superfície não autoriza obra no subsolo, salvo se for inerente ao objeto da concessão.
 
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Propriedade superficiária: “Trata-se, em suma, de uma limitação espontânea ao direito de propriedade por intermédio de concessão por escritura pública registrada no Cartório de Registro Imobiliário, na qual o titular do direito real mais amplo concede à outra parte contratante, doravante denominada superficiário, o direito real de construir ou plantar em seu terreno” (Washington de barros Monteiro)
OBS: Art. 1369, caput: “construir ou plantar”. Doutrina – “ou” não tem caráter restritivo. Por isso, pode construir e plantar ou praticar atos diversos.
OBS2: Art. 1369, parágrafo único: solo (e espaço aéreo, mesmo que a expressão não conste). Utilização deve ser inerente a obra superficiária.
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Modo de constituição:
Registro da escritura pública (lavrada no Cartório de Notas) no Cartório de Registro de Imóveis.
Art. 1.370. “A concessão da superfície será gratuita ou onerosa; se onerosa, estipularão as partes se o pagamento será feito de uma só vez, ou parceladamente”.
 Direito de superfície: temporário. Pode ser (art. 1370): 
a-) oneroso; 
b-) gratuito.
a-) Caso a concessão do direito de superfície seja onerosa, haverá pagamento de valores que poderão ser feitos em quota única ou de forma parcelada.
Parcelas (doutrina): canon (ou solarium). Liberdade entre as partes para estabelecimento da periodicidade das parcelas (mensal, trimestral, etc).
 
 
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b-) gratuito
Não é raro que o proprietário (fundieiro) deixe de cobrar valores do superficiário, “em razão da extensão das obras que este edificará e posteriormente reverterão para o seu patrimônio. Ou seja, o núcleo da superfície é o tempo de sua vigência e não a sua onerosidade ou gratuidade” (Cristiano Chaves)
Art. 1.375. Extinta a concessão, o proprietário passará a ter a propriedade plena sobre o terreno, construção ou plantação, independentemente de indenização, se as partes não houverem estipulado o contrário.
 Ex: João é constituído superficiário de terreno de Maria pelo prazo de 20 (vinte) anos. Nesse prazo, constrói prédio de 20 (vinte) andares, com diversas salas comerciais. Ao final do prazo, Maria passará a ser proprietária do prédio independentemente de indenização a João, se não dispuserem de modo diverso.
 
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Transferência
Art. 1372. “O direito de superfície pode transferir-se a terceiros e, por morte do superficiário, aos seus herdeiros.
Parágrafo único. Não poderá ser estipulado pelo concedente, a nenhum título, qualquer pagamento pela transferência”
OBS: difere do laudêmio, na enfiteuse.
Art. 1.373. “Em caso de alienação do imóvel ou do direito de superfície, o superficiário ou o proprietário tem direito de preferência, em igualdade de condições”.
OBS: direito de preferência na alienação recíproco: superficiário e proprietário.
Extinção
Regra: advento do termo (art. 1369)
 
 
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OBS:
art. 1.374. antes do termo final, resolver-se-á a concessão se o superficiário der ao terreno destinação diversa daquela para que foi concedida.
Ex: José, superficiário, iria construir um hospital, mas aluga o local para trailer de lanches. 
Art. 1.375. extinta a concessão, o proprietário passará a ter a propriedade plena sobre o terreno, construção ou plantação, independentemente de indenização, se as partes não houverem estipulado o contrário.
OBS: caráter supletivo.
Art. 1.376. no caso de extinção do direito de superfície em conseqüência de desapropriação, a indenização cabe ao proprietário e ao superficiário, no valor correspondente ao direito real de cada um.
OBS: o proprietário/fundieiro recebe o equivalente ao seu valor do seu terreno, enquanto o superficiário é indenizado pela construção ou plantação.
 
 
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(TJRS/ Juiz substituto 2016) Assinale a alternativa correta acerca do direito de superfície no Código Civil. 
a-) O proprietário pode conceder a outrem o direito de construir em seu terreno, por tempo indeterminado, mediante instrumento particular, devidamente registrado no Cartório de Títulos e Documentos. 
b-) O direito de superfície abrange a autorização para obra no subsolo, salvo se expressamente excluído no instrumento de concessão celebrado entre as partes. 
c-) O superficiário não responde pelos encargos e tributos que incidirem sobre o imóvel. 
d-) O direito de superfície não pode ser transferido a terceiros, exceto, por morte do superficiário, aos seus herdeiros. 
e-) O proprietário, extinta a concessão, passará a ter a propriedade plena sobre o terreno, construção ou plantação, independentemente de indenização, se as partes não houverem estipulado o contrário.
 
 
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(TJRS/ Juiz substituto 2016) Assinale a alternativa correta acerca do direito de superfície no Código Civil. 
a-) O proprietário pode conceder a outrem o direito de construir em seu terreno, por tempo indeterminado, mediante instrumento particular, devidamente registrado no Cartório de Títulos e Documentos. 
b-) O direito de superfície abrange a autorização para obra no subsolo, salvo se expressamente excluído no instrumento de concessão celebrado entre as partes.c-) O superficiário não responde pelos encargos e tributos que incidirem sobre o imóvel. 
d-) O direito de superfície não pode ser transferido a terceiros, exceto, por morte do superficiário, aos seus herdeiros. 
e-) O proprietário, extinta a concessão, passará a ter a propriedade plena sobre o terreno, construção ou plantação, independentemente de indenização, se as partes não houverem estipulado o contrário.
 
 
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(PC PI/ Delegado de Polícia 2009) O direito real de superfície foi introduzido no Código Civil de 2002, com a finalidade de substituir a enfiteuse em desuso. Com relação ao seu conteúdo, podemos afirmar o que segue.
 
1) O direito de superfície não autoriza obra no subsolo, salvo se for inerente ao objeto da concessão. 
2) O direito de superfície pode transferir-se a terceiros e, por morte do superficiário, aos seus herdeiros. 
3) Os encargos e tributos que incidirem sobre o imóvel permanecerão a cargo do proprietário. 
4) Extinta a concessão, o proprietário passará a ter a propriedade plena sobre terreno, construção ou plantação, independentemente de indenização, se as partes não houverem estipulado o contrário.
 
Estão CORRETAS apenas:
a-) 1 e 2.
b-) 1 e 4.
c-) 1, 2 e 4.
d-) 2 e 3.
e-) 2, 3 e 4.
 
 
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(PC PI/ Delegado de Polícia 2009) O direito real de superfície foi introduzido no Código Civil de 2002, com a finalidade de substituir a enfiteuse em desuso. Com relação ao seu conteúdo, podemos afirmar o que segue.
 
1) O direito de superfície não autoriza obra no subsolo, salvo se for inerente ao objeto da concessão. 
2) O direito de superfície pode transferir-se a terceiros e, por morte do superficiário, aos seus herdeiros. 
3) Os encargos e tributos que incidirem sobre o imóvel permanecerão a cargo do proprietário. 
4) Extinta a concessão, o proprietário passará a ter a propriedade plena sobre terreno, construção ou plantação, independentemente de indenização, se as partes não houverem estipulado o contrário.
 
Estão CORRETAS apenas:
a-) 1 e 2.
b-) 1 e 4.
c-) 1, 2 e 4.
d-) 2 e 3.
e-) 2, 3 e 4.
 
 
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Direito de propriedade: matriz dos direitos reais. Direito de vizinhança: restrição ao direito de propriedade.
OBS: Direito de vizinhança: obrigação propter rem, vinculando os confinantes e acompanhando a coisa.
. “Os direitos de vizinhança dispensam registro e surgem da mera contiguidade entre os prédios”. (Silvio Rodrigues).
OBS: “os imóveis não precisam ser necessariamente contíguos, mas próximos” (Carlos Roberto Gonçalves).
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Direito de Vizinhança. Limitação ao Direito de propriedade.
Art. 1.313. O proprietário ou ocupante do imóvel é obrigado a tolerar que o vizinho entre no prédio, mediante prévio aviso, para:
I - dele temporariamente usar, quando indispensável à reparação, construção, reconstrução ou limpeza de sua casa ou do muro divisório;
II - apoderar-se de coisas suas, inclusive animais que aí se encontrem casualmente.
§ 1o O disposto neste artigo aplica-se aos casos de limpeza ou reparação de esgotos, goteiras, aparelhos higiênicos, poços e nascentes e ao aparo de cerca viva.
§ 2o Na hipótese do inciso II, uma vez entregues as coisas buscadas pelo vizinho, poderá ser impedida a sua entrada no imóvel.
§ 3o Se do exercício do direito assegurado neste artigo provier dano, terá o prejudicado direito a ressarcimento.
OBS: Carlos Roberto Gonçalves: “rol exemplificativo”. 
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Uso normal da propriedade:sem abusos. O proprietário não pode prejudicar: segurança, saúde e sossego.
 
Art. 1.277. O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha.
Parágrafo único. Proíbem-se as interferências considerando-se a natureza da utilização, a localização do prédio, atendidas as normas que distribuem as edificações em zonas, e os limites ordinários de tolerância dos moradores da vizinhança.
OBS: Sossego: é preciso levar em consideração onde se está, o zoneamento. Ex.: Av. Champagnat x fazenda.
Art. 1.278. O direito a que se refere o artigo antecedente não prevalece quando as interferências forem justificadas por interesse público, caso em que o proprietário ou o possuidor, causador delas, pagará ao vizinho indenização cabal. 
OBS: Quando é impossível fazer cessar a interferência, é possível exigir indenização. (Ex.: “pó preto”).
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Art. 1.279. “Ainda que por decisão judicial devam ser toleradas as interferências, poderá o vizinho exigir a sua redução, ou eliminação, quando estas se tornarem possíveis”.
OBS: aqui há exercício regular do direito. Inovação do CC/02.
Art. 1.280. “O proprietário ou o possuidor tem direito a exigir do dono do prédio vizinho a demolição, ou a reparação deste, quando ameace ruína, bem como que lhe preste caução pelo dano iminente”.
OBS: ação de dano infecto (caráter preventivo). Opções: caução, reparação ou demolição. 
 
Art. 1.281. O proprietário ou o possuidor de um prédio, em que alguém tenha direito de fazer obras, pode, no caso de dano iminente, exigir do autor delas as necessárias garantias contra o prejuízo eventual.
OBS: Mau uso da propriedade (doutrina) se dá por: atos ilegais (“a”), abusivos (“b”) ou lesivos (“c”).
a-) João joga seu lixo no prédio vizinho.
b-) Maria ergue muro de grande altitude dentro dos limites da legislação, mas acaba prejudicando a iluminação natural do imóvel vizinho.
c-) Empresa que, atuando dentro da lei, lança gases sobre as propriedades vizinhas.
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Árvores Limítrofes
Art. 1.282. A árvore, cujo tronco estiver na linha divisória, presume-se pertencer em comum aos donos dos prédios confinantes.
Das Árvores Limítrofes: se a árvore está na divisa, há um condomínio.
Árvore no meio de 02 propriedades. A responsabilidade por ela será dos 02 vizinhos (poda, p. ex). Frutos que houverem nessa árvore, são dos 02, a depender do lado que estiverem.
OBS: Balançar a árvore para pegar frutos em seu terreno: não pode (doutrina).
 
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.O que ultrapassar o terreno vizinho pode ser cortado.
Art. 1.283. As raízes e os ramos de árvore, que ultrapassarem a estrema do prédio, poderão ser cortados, até o plano vertical divisório, pelo proprietário do terreno invadido.
 
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 Da Passagem Forçada
Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário.
§ 1o Sofrerá o constrangimento o vizinho cujo imóvel mais natural e facilmente se prestar à passagem.
§ 2o Se ocorrer alienação parcial do prédio, de modo que uma das partes perca o acesso a via pública, nascente ou porto, o proprietário da outra deve tolerar a passagem.
§ 3o Aplica-se o disposto no parágrafo antecedente ainda quando, antes da alienação, existia passagem através de imóvel vizinho, não estando o proprietário deste constrangido, depois, a dar uma outra.
Ex: se o terreno de Mário fica entre terrenos alheios, alguém vai ter que ser solidário e deixá-lo passar. Se ninguém for solidário, o juiz determina a passagem forçada. O juiz determinará que ele poderá passar por onde for mais lógico e onde o prejuízo for menor. O prejuízo deverá ser indenizado. Com o fim do encravamento, acaba a passagem forçada. A pessoa encravada é aquela impedida de passar. Quem provoca o encravamento tem que dar a passagem. 
 
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 Da Passagem de Cabos e Tubulações
Art. 1.286. Mediante recebimento de indenização que atenda, também, à desvalorização da área remanescente, o proprietário é obrigado a tolerar a passagem, através de seu imóvel, de cabos, tubulações e outros condutos subterrâneos de serviços de utilidade pública, em proveito de proprietários vizinhos, quando de outro modo for impossível ou excessivamente onerosa.
Parágrafo único. O proprietárioprejudicado pode exigir que a instalação seja feita de modo menos gravoso ao prédio onerado, bem como, depois, seja removida, à sua custa, para outro local do imóvel.
Art. 1.287. Se as instalações oferecerem grave risco, será facultado ao proprietário do prédio onerado exigir a realização de obras de segurança.
 
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. alguém precisa passar cabos e tubulações pelo terreno vizinho seja por impossibilidade física ou econômica de não fazê-lo. O vizinho deve ser solidário e o outro deve zelar pela segurança ao passar os cabos. O transtorno gera direito a indenização. Quem tem o dever de consertar é quem se beneficie da passagem. Se o outro é quem quer mudar o local da passagem por conta própria, deverá arcar com os custos.
OBS: não é qualquer serviço que autoriza, aos vizinhos, exigir a passagem, mas apenas aqueles de utilidade pública.
Das Águas
Art. 1.288. O dono ou o possuidor do prédio inferior é obrigado a receber as águas que correm naturalmente do superior, não podendo realizar obras que embaracem o seu fluxo; porém, a condição natural e anterior do prédio inferior não pode ser agravada por obras feitas pelo dono ou possuidor do prédio superior.
OBS: aquedutos (art. 1.293). Um vizinho deve tolerar a passagem e outro reduzir os transtornos. O raciocínio se repete. 
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Dos limites entre prédios e do direito de tapagem
Art. 1.297. O proprietário tem direito a cercar, murar, valar ou tapar de qualquer modo o seu prédio, urbano ou rural, e pode constranger o seu confinante a proceder com ele à demarcação entre os dois prédios, a aviventar rumos apagados e a renovar marcos destruídos ou arruinados, repartindo-se proporcionalmente entre os interessados as respectivas despesas.
Tapagem – muro divisório. 
OBS: regras para demarcação de limites entre prédios.
Ação própria: demarcatória. Por ela, os vizinhos repartem as despesas, quando os limites forem INCERTOS ou INEXISTENTES. 
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Art. 1.297. § 3o A construção de tapumes especiais para impedir a passagem de animais de pequeno porte, ou para outro fim, pode ser exigida de quem provocou a necessidade deles, pelo proprietário, que não está obrigado a concorrer para as despesas.
OBS: Tapumes especiais, animais de pequeno porte. Exceção. Despesas serão custeados apenas pela parte que possuir os animais.
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(TJRJ/ Juiz 2011) Quanto ao direito de vizinhança, assinale a alternativa correta.
 
a-) O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, pode, independentemente de indenização, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário.
b-) O proprietário de nascente, ou do solo onde caem águas pluviais, satisfeitas as necessidades de seu consumo, pode impedir, ou desviar o curso natural das águas remanescentes pelos prédios inferiores.
c-) O proprietário tem direito de cercar ou tapar de qualquer modo o seu prédio e pode constranger o seu confinante a proceder com ele à demarcação entre os dois prédios, repartindo-se proporcionalmente entre os interessados as respectivas despesas.
d-) O proprietário ou ocupante do imóvel é obrigado a tolerar que o vizinho entre no prédio, mesmo sem prévio aviso, para dele temporariamente usar, quando indispensável à reparação, construção, reconstrução ou limpeza de sua casa ou do muro divisório.
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(TJRJ/ Juiz 2011) Quanto ao direito de vizinhança, assinale a alternativa correta.
 
a-) O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, pode, independentemente de indenização, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário.
b-) O proprietário de nascente, ou do solo onde caem águas pluviais, satisfeitas as necessidades de seu consumo, pode impedir, ou desviar o curso natural das águas remanescentes pelos prédios inferiores.
c-) O proprietário tem direito de cercar ou tapar de qualquer modo o seu prédio e pode constranger o seu confinante a proceder com ele à demarcação entre os dois prédios, repartindo-se proporcionalmente entre os interessados as respectivas despesas.
d-) O proprietário ou ocupante do imóvel é obrigado a tolerar que o vizinho entre no prédio, mesmo sem prévio aviso, para dele temporariamente usar, quando indispensável à reparação, construção, reconstrução ou limpeza de sua casa ou do muro divisório.
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