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Revisão Psicologia das necessidades especiais

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Revisão Aula 1
Na Grécia antiga, as pessoas que estavam fora do padrão de beleza eram em geral direcionadas para a guerra.
Tal contextualização não difere muito dos acontecimentos atuais, do culto ao corpo, a beleza e a forma física. Cabe lembrar que as olimpíadas é um evento mundialmente famoso e disputado.
Expostas a um mundo cruel, eram realizadas as trepanações. Estas se constituíam em furar o crânio do “paciente” para que fosse liberado todo o mal. Segundo Telford e Sawrey, “... é de supor que o homem pré-histórico tivesse uma concepção demonológica da natureza, 1988.” 
O tempo foi passando ...
Com ele, as pessoas com deficiência passam a ser utilizadas para pequenos fazeres, entre eles a Arte do riso: Surge os bobos da corte;
Ao longo da história surgem movimentos de exclusão.
Para estas pessoas só haviam sub empregos, atividades sem valor nenhum, pois até hoje esta sociedade rotula e afasta 
REVISÃO AULA 2
Concepção qualitativa X concepção quantitativa: o normal e o patológico
Ao pensarmos em qualidade, pensamos em uma categoria filosófica, que distingue as diversas experiências e que não pode ser expressa numericamente. Como Telford e Sawrey relatam: “...entende-os como constituindo categorias ou classes separadas e, em muitos aspectos, distintos das pessoas.” (p.24, RJ)
Já a concepção quantitativa “...constituem apenas diferenças de grau e não de espécie.” (P.24) . Números, quantificações e normatizações, impossibilitam o desabrochar de características antes camufladas, mas que porém pode sem reconhecidas e sentidas como coração. O “padrão” das pessoas que apresentam deficiências quantitativas , acabam por, de alguma forma, sobrepor as pessoas que apresentam deficiências qualitativas, tendo em vista a necessidade do padrão numérico.
Um mundo com tantas diversidades, permite-nos passar pela vida sem perceber as determinadas categorias que são carregadas de juízos de valor. Mas, o que difere na prática.
Todo o passar, todo o pensar na questão da deficiência quantitativa e qualitativa, deve levar em conta as diferenças individuais e as possibilidades das pessoas, que possuem características únicas de um sujeito em movimento, ou seja, do sujeito que embora suas limitações, crê sempre na possibilidade de mudanças positivas.
Percebemos assim, que ao contrário do positivismo, a visão qualitativa ultrapassa as barreiras, crendo no potencial qualitativo e humano de cada sujeito em especial. Assim surge a modernidade com novos parâmetros de investigação e novas formas de ver o homem.
É muito importante ressaltar que deficiência, auto suficiência, integridade, caráter são construídos ao longo da vida e tais traços representam uma pessoa, seja ela especial ou não.
Qualquer sujeito que fugia do padrão de beleza e vigor, seja pobre, seja manco, seja débil, era discriminado e colocado no caos social.
 Na década de 60 surgem os movimentos de reabilitação no Brasil.
Em 1994, A declaração de Salamanca enfatiza que a educação é um direito de todos, independente de suas condições. (UNESCO).
A base de toda e qualquer mudança é a educação. Nela transformamos gente em seres pensantes, criamos novos paradigmas, criamos pontes. Educar a família, educar a população, criar pontes são deveres de cada um de nós.
 Analisando o dicionário da língua portuguesa, pergunta-se: O que significa ESPECIAL? Significa o que é peculiar de uma pessoa, privativo, singular, fora do comum, exclusivo entre outros significados. Pensando assim, porque é tão difícil ser especial ?
A deficiência pode ser visto por diversos ângulos e sempre dependerá de quem os vê. o olhar de reprovação , de piedade, de nojo ou até mesmo de curiosidade. o que deve mudar, além do olhar, é o fazer. é a possibilidade de criação de políticas públicas onde estas pessoas comuns possam ser inseridas.
Devemos apostar na criatividade, não precisamos mais de letrados, precisamos de pessoas contagiantes e felizes.
 A quebra de paradigmas começa em nossas pequenas ações, mas tarde teremos mundos melhores.
 A psicologia necessitou adquirir o status de ciência, hoje a psicologia carece de pessoas que possam investir no sujeito de forma a minimizar o sofrimento humano.
Aula 3 - Os Principais Tipos de Deficiências: Conceitos, causas e categorias
Deficiência não é doença pois a doença simplesmente DOÍ. A deficiência se refere a um déficit, seja ele cognitivo, motor entre outros.
 Em 1989, a OMS (Organização Mundial de Saúde) elabora a Classificação Internacional de Deficiências, Incapacidades e Desvantagens (CIDID).
Assim, a deficiência se refere a qualquer perda que impede a liberdade do sujeito de ir e vir, desenvolvendo uma vida cotidiana dentro da normalidade. 
	Quando falamos em doença mental, diz-se que é um termo que abrange problemas emocionais, comportamentais, cognitivos e sociais. Portanto, apesar de grandes semelhanças, a doença mental encontra-se na esfera da psiquiatria, ao contrário da deficiência. Porém, tanto uma quanto outra, podem sim se entrelaçar em seus serviços, pois o ser humano enquanto ser total, necessita de atenção especial.
Entre os vários tipos de causalidades para as deficiências podemos apresentar três grandes momento: Pré-natal; perinatal e pós-natal.
pré-natais: referimo-nos e toda e qualquer ação que interfere no desenvolvimento pleno da criança durante a gestação. Tais fatos podem ser: doenças infectocontagiosas, ações externas como raio X, doenças da mãe entre outros fatores
Perinatais: nos referimos as ações que acometem a criança durante o parto e imediatamente após. Assim falamos de pressão alta gerando eclampsia entre os fatores mais preocupantes. 
Quando falamos de problemas que afetam a criança após o parto, falamos de causas pós-natais.
 A realidade social do nosso país, acaba nos impondo algumas dificuldades da ordem do social que facilitam o surgimento e a manutenção das deficiências. Podemos falar das dificuldades de orientações e esclarecimentos sobre as deficiências, a necessidade de acompanhamento específico para gestante, o trato com o recém-nato entre outros. Ainda sim, as dificuldades socioeconômicas da população, as dificuldades de acesso a rede de atenção básica, a saúde e a higiene. À nível estrutural, a dificuldade de acesso aos locais e ainda a falta de rampas.
 Dentre estas causas possíveis temos, nos fatores citados acima, a educação para a saúde como uma das saídas da prevenção das deficiências
É importante ressaltar a necessidade de atenção primária e secundária, ou seja, primária na atuação junto a vacinação, atenção a gestante evitando a deficiência física, motora, mental entre outras e a secundária, quando já existe o desenvolvimento da deficiência, buscando minimizar as consequências das mesmas.
 Aula 4 Desvio intelectual, deficiência mental e altas habilidades 
Por muito tempo, os movimentos buscavam a normalização. Esta universalização permeou os anos 50, 60, 70. Nesta época era muito comum tratar a todos de excepcionais. A mudança cultural começa nos anos 80. Em 1981 é declarado o ano internacional da pessoa com deficiência pela ONU (Organização das Nações Unidas), que culminou no ano de 1982 com o programa mundial de ação para pessoas com deficiência.
Porém, significativamente, as definições de desvio e deficiência, perpassam ideias que indicam o atraso cognitivo, o atraso mental que dificulta o pleno desenvolvimento.
As características não são diferenciadas. O que difere é a forma de entendimento, atenção, receptividade e cuidado com a pessoa com deficiência. Os anos se passam, novas nomenclaturas são criadas, novos critérios psicométricos, de avaliação da inteligência, mas os diagnósticos devem passar por critérios estabelecidos de avaliação, diagnósticos psicológicos que utilizam não só as entrevistas em seus vários tipos (direta ou indireta), a aplicação de testes psicológicos e ainda as avaliações de desenvolvimento psicomotor.
A Associação Americana de Deficiência Mental em 1973 começa a pontuar a questão da deficiência intelectual.
Em 1992 Junto com o DSM IV ( Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) conceitua-se a deficiência mental como uma redução intelectual inferior a média. Segundo Mazzotta, a AAMD se refere a deficiência intelectual como: “ ...funcionamento geral significativamente abaixo da média, associado ao déficit no comportamento adaptativo evidenciados durante o período de desenvolvimento” (Mazzotta, 1987, p.10). Mazzotta coloca que segundo alguns autores há distinção entre ambas as nomenclaturas sobre deficiências mentais. Devemos pensar que tais questões não mudaram as ações sobre a deficiência, o que mais impede o pleno desenvolvimento das pessoas é o rótulo, o preconceito e o desconhecimento do assunto.
Quando Binet foi convidado para discutir o assunto inteligência e criar o teste de quoeficiente intelectual (QI) não imaginava a segregação, as dificuldades, os rótulos entre outras mazelas que aconteceriam após a sua descoberta
Segundo Telford e Sawrey (1988), “ É óbvio que a identificação do indivíduo mentalmente retardado envolve a aceitação de certos critérios. Já indicamos que, na prática, são correntemente usados múltiplos critérios” (p.233). 
	Para a prevenção do atraso mental, postula-se segundo Alfredo Fierro apud Coll, Marchesi e Palacios a prevenção primária, secundária e terciária. Sendo a primeira a implantação de medidas da gestação ao parto, a segunda ações que minimizem os problemas apresentados e a terciária a reabilitação e a busca de melhorias.
	Vamos lembrar que na história do cinema, temos os filmes Nell, O Enigma de Kaspar Hauser entre outros que ilustram tais situações.
Quando se fala de altas habilidades, não se entende o motivo desta categoria estar atrelada a discussão da pessoa com deficiência. Ora, em conceitos negativos que tratam a pessoa com dificuldades, com deficiência e as colocam mesmo patamar que as pessoas com altas habilidades, como se dá tal diferenciação?
Segundo Maria Angela Monteiro Lima, existem vários tipos de conceituações de altas habilidades a saber: Intelectual, acadêmico, criativo, social, de talento especial e psicomotor. Estas conceituações são universais, podendo apresentar ainda, interação entre elas. 
Há uma grande necessidade de implantação de políticas de atenção as pessoas que necessitam de ajuda. É necessário a criação também de materiais específicos, programas de atenção e programas educacionais, atividades escolares específicas e para tal recursos materiais adequados. Em muitos momentos faz-se necessário processos intermediários de educação escolar tais como a sala de recursos e ainda a inclusão propriamente dita, ou seja, que a comunidade local, seja família, amigos, professores e comunidades possam aprender a fazer parte do mundo , que não criemos mundos paralelos e que não treinemos as pessoas com deficiência para se adequar e se integrar a realidade vigente. 
A família faz parte integrante deste processo, trabalhar criança e escola sem a intervenção familiar se torna um processo difícil, visto que a pessoa com diferenças específicas, deve ser vista de forma globalizada. Assim, devemos perceber o sujeito em sua totalidade, de forma integral e holística.
Aula 5
Desvios sensoriais: deficiência visual e auditiva. Desvios neuro-motores: deficientes ortopédicos, amputados, múltiplas deficiências.
Possuímos receptores sensoriais localizados nos órgãos dos sentidos (ex: Olho, nariz ...).
Ao receberemos os estímulos ambientais (ex: frio, calor, sal, doce), nossas terminações nervosas processam tais estímulos, traduzem e transformam em informações (ex: tá frio !, tá com muito sal !). Quanta informação! Bem, o ato de sentir faz parte desta própria detecção e recepção destas informações e a percepção é o processo cognitivo. Assim, as nossas sensações são interpretadas cognitivamente.
Partindo deste pressuposto, detalhemos tais informações quando há processos lesionais ou degenerativos que levam determinado sujeito a ser surdo ou cego.
Falando em deficiências sensoriais, é importante pensarmos que a dificuldade maior está na cegueira da mente dos que não compreendem e a surdez de quem não quer escutar a voz dos que gritam por soluções e respeito às adversidades.
As deficiências sensoriais que estamos tratando é a surdez e a cegueira. Pois bem, vamos falar sobre a surdez, sobre esta dificuldade de compreender e ser compreendido. Esta dificuldade de se comunicar e ser respeitado. Será que imaginávamos que tudo isto se refere a surdez ? Pois é, Segundo Telford e Sawrey, “as definições quantitativas indicam, tipicamente, a deficiência auditiva como o grau de perda de audição, medido audiometricamente em termos de decibéis. A perda auditiva refere-se ao déficit no melhor ouvido, na gama de frequência da fala (p.396)”. Assim vamos de um extremo ao outro quando falamos de perdas auditivas, ou seja, falamos desde as perdas leves, as mais significativas. Lembremos ainda que decibéis é uma escala logarítmica que vai medir a intensidade sonora.
Esta medição se faz pelo aparelho chamado audiômetro. 
É importante a avaliação de profissionais especializados pois, tais diagnósticos devem abordar as informações clínicas do sujeito, as questões emocionais, psíquicas para que se possa perceber se tal problema de audição, é de ordem clínica,emocional ou se é uma consequência de uma desordem psiquiátrica. 
	As possíveis causas podem ser de herança genética, doenças infectocontagiosas contraídas na época da gestação, ou outras doenças infantis. Cabe lembrar que alguns sinais onde se apresentam uma ausência de resposta ou uma possível surdez, podem ser de origem de alguns distúrbios psíquicos, como no caso do autista. Ou seja, a criança pode parecer surda, mas não o é. 
	A vida social do surdo é essencialmente a mesma dos que gozam boa audição (Telford e Sawrey, p.423), porém a aceitação ou não da surdez pode implicar em uma relação mais ou menos difícil com as pessoas que a cercam. 
O MEC/ SEESP, 1995 coloca que os educandos com deficiência auditiva, pode ser atendidos nas escolas comuns, na classe comum, nas escolas integradas, na sala de recursos, com professor itinerante e classe especial. Tal fato irá depender da avaliação do aluno. É importante pensar que algumas pessoas se adaptam a leitura labial e ao aparelho auditivo, enquanto outras se adaptam melhor a língua de sinais, que deve ser considerada uma linguagem natural pois atendem a critérios linguísticos. Percebe-se o crescente número de unidades escolares, religiosas e instituições de ensino superior que buscam orientar seus alunos e comunidade quanto a necessidade da aprendizagem das libras (Língua Brasileira de Sinais). 
Segundo Ronice Müller, “A língua de sinais é uma língua espacial-visual e existem muitas formas criativas de explora-la. Configurações de mão, movimentos, expressões faciais, gramaticais, localizações, movimentos do corpo, espaço de sinalização, classificadores são alguns dos recursos discursivos que tal língua oferece para serem explorados durante o desenvolvimento da criança surda e que devem ser explorados para um processo de alfabetização com êxito(P.25)”. Postula-se que, mesmo para a aprendizagem da língua portuguesa, faz-se necessária a aprendizagem da língua de sinais.
	Continuando nossa comunicação vamos falar do olhar, olhar este nosso de cada dia que tudo vê. E que importância tem o olhar ? Já dizia o poeta que os olhos são a janela da alma (Jean-Baptiste Alphonse Karr). Assim como a audição é um sentido importante, a visão também o é. Com os olhos vemos, percebemos, somos percebidos e somos sentidos.
Segundo a definição no livro: O indivíduo excepcional, deficiência visual à nível quantitativo é definida como acuidade visual de 6/60 ou menos no melhor olho com a correção apropriada, ou uma limitação tal nos campos de visão que o maior diâmetro do campo visual subentende uma distância angular não superior a 20 graus (p.363)”. 
Na área da educação, a deficiência visual se divide em dois tipos: “ os portadores de cegueira e os portadores de
visão subnormal (reduzida) Corrêa, RJ, 2010”.
	A criança com deficiência visual pode ser trabalhada na escola com estimulação e em qualquer nível de escolaridade, a mesma pode ser trabalhada com o método Braille. 
	Louis Braille foi um jovem cego que modificou um código militar usado para comunicação noturna (Telford e Sawrey, p.383, 1988).
	A cegueira pode ter várias causas: Doenças infectocontagiosas na mãe, infecções no próprio sujeito, acidentes, tumores e ainda males hereditários. 
	Agora falando de deficiências neuromotoras, devemos discorrer sobre do que se trata tais deficiências. Segundo Telford e Sawrey “ ...são os que tem todas as variedades e graus de dificuldade de movimento físico”. Referimo-nos assim de pessoas que apresentam graus de dificuldades na locomoção, na coordenação e na fala. 
analisar tais deficiências ? Estas acontecem por algum estado lesional, seja por falta de oxigênio, infecções ou lesões ocorridas. É importante romper as barreiras, sejam pessoais, sejam relacionais que possam impedir o sujeito a ter acesso a tudo e à todos. Apresentamos como causas, a lesão cerebral, o atraso no aspecto psicomotor, acidentes diversos. A lesão cerebral por exemplo, se refere a “ um defeito motor presente e dependendo no nascimento ou que aparece logo depois do parto” Yanet, apud Telford, 1988. Classificar o atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, requer uma avaliação de aspectos específicos como: quando e como andou, idade do fato acontecido, se arrastou ou engatinhou. 
Aula 6
As Síndromes diversas, Autismo e síndromes correlatas
Segundo Kaplan e Sadock, “Os transtornos globais do desenvolvimento incluem um grupo de condições caracterizadas por dificuldades nas interações por dificuldade nas interações sociais recíprocas , desenvolvimento anormal da linguagem e repertório comportamental restritivo (2011)”. Tais transtornos iniciam em tenra idade e esta prematuridade dificulta o diagnóstico inicial. Desta forma, é importante que todas as categorias profissionais da área da saúde, entre elas o psicólogo, possam realizar um diagnóstico diferencial de forma a melhor atender esta pessoa, analisar as consequências e ainda realizar projeto terapêutico compatível com a realidade específica de cada um.
Entre os séculos XVIII e XIX, o “diagnóstico de “idiotia” cobria o campo da psicopatologia de crianças e adolescentes. Logo, a idiotia pode ser considerada precursora não só do atual retardo mental, mas das psicoses infantis, da esquizofrenia infantil e do adulto (Bercherie, 1998) apud pag.16, MS,2013.
Em 2009, emenda constitucional sobre a lei da deficiência que agrega em seu artigo 1º que deficientes são aqueles com impeditivos a longo prazo de natureza física, intelectual, sensorial e mental;
Portaria GM 4279/2010: Rede de atenção básica;
Portaria GM 793/2012: Institui a rede de cuidado no SUS com a pessoa deficiente;
Lei 12764 de 2012 coloca que a pessoa com TEA é considerada deficiente para todos os efeitos legais. 
O CID 10 – OMS (organização Mundial de Saúde) em sua 10º edição e o DSM IV – APA em sua 4º edição coloca que o autismo infantil faz parte dos Transtornos Invasivos (ou Global) do desenvolvimento.
	No DSM IV – TR o Transtorno do espectro do autismo (TEA) está incluído nos transtornos mentais no início da infância e também um transtorno do desenvolvimento. Lembrando que espectro significa um contínuo. 
	O transtorno autista segundo Kaplan e Sadock (2011) deve apresentar dificuldade de interação, problemas de comunicação e repetição de comportamentos e estereotipias (2011). Acontece mais em meninos.
No autismo atípico não conseguimos verificar a presença e prejuízo na interação social, na comunicação e nos interesses, ocorrendo após os três anos.
	A síndrome de Asperger, que é considerado um polo mais leve do autismo, as crianças com características autísticas, exceto quanto a linguagem que é presente, acompanhado por um nível cognitivo.
	No transtorno desintegrativo há o desenvolvimento normal da criança de dois a seis anos. Após há uma perda definitiva e rápida das habilidades adquiridas da fala, da brincadeira
A síndrome de Rett ocorre devido a uma mutação do gene MECP 2 localizado no cromossoma X. estas crianças apresentam o desenvolvimento normal até 24 meses. Após as meninas, sim meninas pois afetam o cromossoma X, perdem os movimentos voluntários das mãos que mais parecem uma “lavagem de mãos”, risos não provocados e prejuízos motores
 
 
Aula 7
O Atendimento do Psicólogo à Pessoa com Deficiência, A Equipe Interdisciplinar e Multidisciplinar
A luta por um atendimento de qualidade, de um trabalho completo em saúde, vai passar por vários tipos de saberes.
Quando falamos de uma pessoa com deficiência, falamos de várias impossibilidades que podem e devem ser trabalhadas, tanto no setor público, nas associações, no setor privado ou em outros dispositivos, que visem atender as demandas, as diferenças existentes em cada um.
Na multidisciplinaridade temos um sujeito visto e acompanhado por diversos pensamentos, na interdisciplinaridade pessoas que acompanham sujeitos, mas veem de forma única e completa.
Historicamente o surgimento de tais temas surgem por necessidade da população na década de 60.” 
Na multidisciplinaridade, apesar de haver o encontro entre tais disciplinas, categorias, profissões devido as várias dimensões do sujeito, estas não se misturam porém continuam trabalhando com o sujeito deficiente, com o sujeito que precisa, resguardando suas posições mas com enfoque no sujeito. Mesmo assim, vê-se ainda uma divisão dos conhecimentos na prática. Buscando uma idéia única e completa, mesmo que com um pensar diferenciado em suas categorias, a interdisciplinaridade busca uma visão holística do sujeito, não fragmentando-o.
A participação de psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, técnicos de enfermagem, fonoaudiólogo, pedagogo, ortoptista, médicos entre outros, são profissionais importantes no contexto avaliativo e de acompanhamento. 
	O conselho de fisioterapia e terapia ocupacional, coloca que o trabalho com o sujeito que adoece é com o sujeito como um todo, e não apenas as partes deste. Assim, quando tratamos deste assunto em especial, concordamos com a necessidade das ações específicas, sem perder a referência do homem integral. 
Aula 8
As práticas do Psicólogo e suas possibilidades, a pessoa com deficiência, a família, o campo profissional e a sociedade
A prática da psicologia, se regulamenta no Brasil a partir da lei 4119 de 1962.
A psicologia, buscando a plenitude do sujeito na relação consigo e com o seu espaço, amplia a forma de visão de homem e de mundo.
Segundo Emílio Figueira, o trabalho do psicólogo com a pessoa deficiente, deverá se basear na busca de resultados satisfatórios. Assim a palavra superação é base da ação e da busca de uma melhor e maior aceitação da sua condição, porém sempre se direcionando para desenvolver-se plenamente. Entender a deficiência, aceitá-la, não possuir auto piedade, é um princípio importante que sugere o início de mudanças significativas. Kovács apud Emílio (1997) enfatiza as etapas relacionadas ao enfrentamento da pessoa com relação a sua deficiência, onde podemos citar: O contato e o manejo do problema. 
	
	Estamos falando de uma ação bem mais abrangente, de uma clínica ampliada, de uma escuta e trabalho terapêutico, de ações de acolhimento, de um trabalho familiar, da busca de novas ações motoras, físicas entre outras.
A muito tempo a história da deficiência é a da superação. Assim, cabe ao profissional acreditar do desejo do outro; não buscar a normatização e muito menos o enquadre do outro no mundo dos “normais”, mas deve sim, acreditar que o modelo normatizador e que o enquadre não é modelo de suficiência para qualquer pessoa pois as normas rotulam e destroem.
	
	É importante para o psicólogo trabalhar com a família, esta que desde o início aprende a lidar com questões específicas como nenhuma outra família. Esta sim participa,
junto ao deficiente das questões sobre as impossibilidades, sobre as dificuldades e limitações.
	
	Telford e Sawrey coloca: “A excepcionalidade não é um problema que reside exclusivamente num indivíduo; é antes, um acontecimento que ocorre numa dada família, comunidade, subcultura e sociedade (P.129)”. 
Aula 9
A Psicopedagogia, a psicomotricidade e a
Ludoterapia
É necessário:
Entendimento sobre a Psicopedagogia; Uma análise das questões referentes ao processo de aprendizagem.
psicomotricidade; Uma Discussão sobre a questão motora, emocional e social e a relação com a deficiência.
e a ludoterapia; onde brincar faz parte da realidade da criança.
A Psicopedagogia é um campo de atuação em Educação e Saúde que se ocupa do processo de aprendizagem considerando o sujeito, a família, a escola, a sociedade e o contexto sócio histórico, utilizando procedimentos próprios, fundamentados em diferentes referenciais teóricos”. 
“Ainda, em seu artigo 3º : 
	A atividade psicopedagógica tem como objetivos: 
a) promover a aprendizagem, contribuindo para os processos de inclusão escolar e social; 
b) compreender e propor ações frente às dificuldades de aprendizagem; 
c) realizar pesquisas científicas no campo da Psicopedagogia; 
d) mediar conflitos relacionados aos processos de aprendizagem. “
 
Partindo da idéia central da psicopedagogia, percebemos o quão vasto são as ações deste profissional. Avaliar, diagnosticar, promover ações e implementá-las com objetivo de buscar melhorar o processo de aprendizagem e ainda atuar na inclusão escolar, são ações que devem ser diárias, pois em se tratando da psicopedagogia, da relação criança e escola, estamos atuando com relações importantes no que se refere ao poder, seja da escola, seja dos profissionais, seja do corpo docente e discente. 
	Assim, a psicopedagogia : 
“ ... Psicopedagogia ocupa-se de investigar o aprender e o não-aprender, o aprender e suas dificuldades, a não-revelação do que de fato se aprendeu, a fuga das possíveis situações de conhecimento e a ausência do desejo de aprender (Beauclair, 2009).”
“Art 1º - A Psicomotricidade é uma ciência que tem como objetivo, o estudo do homem através do seu corpo em movimento, em relação ao seu mundo interno e externo, bem como suas possibilidades de perceber, atuar, agir com o outro, com os objetos e consigo mesmo. Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas.
Psicomotricidade, portanto, é um termo empregado para uma concepção de movimento organizado e integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito, cuja ação é resultante de sua individualidade e sua socialização”. 
É uma ciência que tem por objeto o estudo do homem através do seu corpo em movimento, nas suas relações com o mundo interno e externo”.
	 La Pierre cria a modalidade da Psicomotricidade Relacional, uma visão muito mais psíquica, que trabalhando as emoções possibilita melhor desenvolvimento do SER.
O brinquedo e a ludoterapia
	Melanie Klein, ao atender crianças em psicanálise, percebe que os brinquedos que ora trouxe para o espaço terapêutico, permitia a compreensão dos limites, dos conflitos e os meandros da personalidade. Assim, “A criança expressa suas fantasias, seus desejos e experiências reais numa forma simbólica através do brincar e dos jogos (Simon e Yamamoto)”. 
	Os jovens brincam, crescem com suas brincadeiras, realizam-se afetivamente, exercitam-se, simbolizam. Por todas estas ações é importante os aspectos lúdicos para que, trabalhando-os em espaço terapêutico, possibilitem o pleno desenvolvimento do indivíduo. 
Aula 10
O processo de Inclusão Social e as Políticas Públicas, Reabilitação, Educação Especial e a Escola Inclusiva, A Legislação
Segundo  Art. 70.  O art. 4o do Decreto no 3.298, de 20 de dezembro de 1999, passa a vigorar com as seguintes alterações:
"Art. 4o  .......................................................................
I - deficiência física - alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções;
II - deficiência auditiva - perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e 3.000Hz;
III - deficiência visual - cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores.
Ainda: 
Em 1881 discute-se na Suíça que a criança deficiente não deveria ser excluída da escola;
Década de 50: aumento de entidades assistenciais ;
Década de 60: Surgimento da reabilitação no Brasil com uma visão integradora;
1945 é criada a Sociedade Pestalozzi no Brasil;
1954 é fundada a APAE e a ABBR no Rio de Janeiro;
1994 Declaração de Salamanca; 
Em 1881 discute-se na Suíça que a criança deficiente não deveria ser excluída da escola;
Década de 50: aumento de entidades assistenciais ;
Década de 60: Surgimento da reabilitação no Brasil com uma visão integradora;
1945 é criada a Sociedade Pestalozzi no Brasil;
1954 é fundada a APAE e a ABBR no Rio de Janeiro;
1994 Declaração de Salamanca; 
A Educação Especial é definida, a partir da LDBEN 9394/96, como
uma modalidade de educação escolar que permeia todas as etapas e
níveis de ensino. Esta definição permite desvincular “educação especial”de “escola especial”. Permite também, tomar a educação especial como um recurso que beneficia a todos os educandos e que atravessa o trabalho do professor com toda a diversidade que constitui o seu grupo de alunos.(MEC, 2005)
A Declaração de Salamanca (1994) traz uma interessante e desafiadora concepção de Educação Especial ao utilizar o termo “pessoa com necessidades educacionais especiais” estendendo-o a todas as crianças ou jovens que têm necessidades decorrentes de suas características de aprendizagem. O princípio é que as escolas devem acolher a todas as crianças, incluindo crianças com deficiências, superdotadas, de rua, que trabalham, de populações distantes, nômades, pertencentes a minorias lingüísticas, étnicas ou culturais, de outros grupos desfavorecidos ou marginalizados. Para isso, sugere que se desenvolva uma pedagogia centrada na relação com a criança, capaz de educar com sucesso a todos, atendendo às necessidades de cada um, considerando as diferenças existentes entre elas.
Segundo o MEC,2005 , faz-se necessário princípios norteadores a saber:
a. Ampliar a meta constitucional de municipalização das
políticas públicas;
b. A sustentação da política de inclusão que inclua a
dimensão da interdisciplinaridade em seus fundamentos metodológicos.O aprofundamento do processo de inclusão social, neste momento,implica retirar a discussão da tradicional polarização entre “estratégias clínicas”, ao encargo da saúde versus “estratégias pedagógicas” ao encargo da educação;
c. Repensar a função da escola e da saúde no processo de
aprendizagem e socialização para além dos limites instituídos, em que à primeira cabe a informação e a segunda o tratamento de doenças. (MEC, 2005)
d. O enfrentamento da exclusão social de pessoas com deficiência implica saberes, formações e estruturas das instâncias administrativas para uma gestão colaborativa que exige uma ressignificação do papel do Estado na implementação das políticas. Cabe ainda: a. Investigar e explorar os recursos da comunidade a fim
de articular os serviços especializados existentes na rede de educação e saúde às necessidades específicas dos alunos com necessidades educacionais especiais;
b. Desenvolver estratégias de parceria entre as diversas instituições com trabalho social e comunitário, governamental e não governamental.
c. Realizar visitas domiciliares para auxiliar no acesso e
permanência do aluno com necessidades educacionais especiais na rede
regular de ensino;
d. Acompanhar o processo de aprendizagem do aluno com necessidades educacionais especiais, favorecendo a interlocução dos segmentos da comunidade escolar,
e. Articular a mediação entre a sala de aula com o atendimento educacional especializado, o atendimento clínico, a rede de assistência e a família. (MEC,2005)

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