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Resumo - Câncer de mama

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Resumo
1)Câncer de mama 
 O câncer de mama é definido como a proliferação maligna das células epiteliais (carcionoma) que margeiam os ductos ou os lóbulos.
É o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma, respondendo por cerca de 28% dos casos novos a cada ano. O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença. Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta idade sua incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos, atingindo o pico entre 75-80 anos e depois declinando suavemente. Estatísticas indicam aumento da sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Existem vários tipos de câncer de mama. Alguns evoluem de forma rápida, outros, não. A maioria dos casos tem bom prognóstico. Sua incidência é maior na raça branca que na negra, todavia não há diferença nos índices de mortalidade. As mulheres asiáticas possuem menor risco para a doença.
 (INCA, 2009)
a)Diagnóstico
 Para o câncer de mama, assim como nos outros cânceres, há a importância do diagnóstico precoce. As formas mais eficazes para a detecção precoce são o exame clínico da mama e a mamografia.
ECM: Quando realizado por um médico ou enfermeira treinados, pode detectar tumor de até 1 centímetro, se superficial. O ECM deve ser realizado conforme as recomendações técnicas do Consenso para Controle do Câncer de Mama. É um complemento essencial na investigação diagnóstica de doenças mamárias e o primeiro método de avaliação diagnóstica na atenção primária. Ausência de recomendação: o balanço entre possíveis danos e benefícios é incerto
Mamografia: A mamografia é a radiografia da mama que permite a detecção precoce do câncer, por ser capaz de mostrar lesões em fase inicial, de milímetros. 
No Brasil, conforme revisão das Diretrizes para a Detecção Precoce do Câncer de Mama, publicada em 2015, a mamografia é o método preconizado para rastreamento na rotina da atenção integral à saúde da mulher. A mamografia é o único exame cuja aplicação em programas de rastreamento apresenta eficácia comprovada na redução da mortalidade do câncer de mama.
A recomendação no Brasil, atualizada em 2015, é que mulheres entre 50 e 69 anos façam uma mamografia a cada dois anos. Essa é também a rotina adotada na maior parte dos países que implantaram o rastreamento do câncer de mama e tiveram impacto na redução da mortalidade por essa doença. 
Os benefícios da mamografia de rastreamento incluem a possibilidade de encontrar o câncer no início e ter um tratamento menos agressivo, assim como menor chance de morrer da doença, em função do tratamento oportuno. A mamografia de rastreamento implica também em certos riscos que precisam ser conhecidos: 
1)Resultados incorretos: 
Suspeita de câncer de mama, que requer outros exames, sem que se confirme a doença. Esse alarme falso (resultado falso positivo) gera ansiedade e estresse.
 Câncer existente, mas resultado normal (resultado falso negativo). Esse erro gera falsa segurança à mulher. 
2) Sobrediagnóstico e sobretratamento: ser diagnosticada e tratada, com cirurgia (retirada parcial ou total da mama,) quimioterapia e radioterapia, de um câncer que não ameaçaria a vida. Isso ocorre em virtude do crescimento lento de certos tipos de câncer de mama. 
3) Exposição aos Raios X (raramente causa câncer, mas há um discreto aumento do risco quanto mais frequente é a exposição).
A mamografia diagnóstica, com finalidade de investigação de lesões suspeitas da mama, pode ser solicitada em qualquer idade, a critério médico. A mulher que tem risco elevado de câncer de mama* deve conversar com o médico para avaliar a particularidade de seu caso e definir a conduta a seguir. Até o momento não há uma recomendação padrão para este grupo. *Mulheres consideradas de risco elevado para o câncer de mama são aquelas que tem os seguintes históricos de câncer em familiares consanguíneos: 
- vários casos de câncer de mama, sobretudo em idade jovem; 
 - histórico de câncer de ovário;
 - histórico de câncer de mama em homem. 
Auto-Exame: A orientação atual é que a mulher faça a observação e a autopalpação das mamas sempre que se sentir confortável para tal (no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem necessidade de uma técnica específica de autoexame, em um determinado período do mês, como preconizado nos anos 80. Essa mudança surgiu do fato de que, na prática, muitas mulheres com câncer de mama descobriram a doença a partir da observação casual de alterações mamárias e não por meio de uma prática sistemática de se autoexaminar, com método e periodicidade definidas. O Ministério da Saúde recomenda contra o ensino do AEM como método de rastreamento do câncer de mama
b) Fatores de risco e Fisiopatologia
 Fatores de risco: História familiar (caráter familiar 10%), Idade, menarca precoce, menopausa tardia, antecedente pessoal de câncer de mama(50% na contralateral), primíparas idosas (a primeira gestação está associada a alterações permanentes no tecido mamário e quanto mais tarde, maior a possibilidade de erros no DNA durante a proliferação das células mamárias) e a nuliparidade. A associação com o uso de contraceptivos orais ainda é controversa, apontando para subgrupos de mulheres que utilizaram contraceptivos de doses elevadas de estrogênio, as que fizeram uso por longo período e as que usaram em idade precoce (antes da primeira gravidez). A ingestão regular de álcool, mesmo que em quantidade moderada, é identificada como fato de risco para o câncer de mama, assim como a exposição a radiações ionizantes em idade inferior a 35 anos. A participação genética também é evidenciada no câncer de mama, através de uma mutação deletéria do BRCA 1 e BRCA2, com risco estimado variando entre 40 e 85%, mutações no p53. Aproximadamente 5 a 10% dos casos são causados por mutação herdada autossômica dominante. Múltiplos estudos epidemiológicos têm classificado alterações histológicas benignas na mama e invasivo determinado sua associação ao desenvolvimento tardio de câncer
Fisiopatologia: Epitélio normal -> Hiperplasia Epitelial Típica -> Hiperplasia Epitelial Atípica -> Carcinoma Intraductal -> Carcinoma Invasor. 
O tempo de duplicação do câncer de mama pode variar de semanas para os tumores de crescimento rápido, a meses ou anos para os tumores de crescimento lento. Essa doença pode envolver metástases para qualquer órgão, mas o sítio mais habitual é o esqueleto. Pode haver envolvimento pulmonar, hepático ou cerebral em casos mais graves. A disseminação faz preferencialmente pela via linfática ou hematogênica.
c) Quadro Clínico 
Sinais e sintomas: (INCA)
- Nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da doença, estando presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher.
-Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja.
- Alterações no bico do peito (mamilo).
- Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço.
- Saída de líquido anormal das mamas. 
d) Prevenção e Tratamento
 A prevenção do câncer de mama não é totalmente possível em função da multiplicidade de fatores relacionados ao surgimento da doença e ao fato de vários deles não serem modificáveis. De modo geral, a prevenção baseia-se no controle dos fatores de risco e no estímulo aos fatores protetores, especificamente aqueles considerados  modificáveis. Estima-se que por meio da alimentação, nutrição e atividade física é possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama. Controlar o peso corporal e evitar a obesidade, por meio da alimentação saudável e da prática regular de exercícios físicos, e evitar o consumo de bebidas alcoólicas são recomendações básicas para prevenir o câncer de mama. A amamentação também é considerada um fator protetor. (INCA)

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