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AVALIAÇÃO SENSORIAL Disciplina científica usada para evocar, medir, analisar e interpretar reações das características dos alimentos e materiais como são percebidas pelos sentidos da visão, olfato, gosto, tato e audição (NBR, 1993). AVALIAÇÃO SENSORIAL AVALIAÇÃO SENSORIAL Utiliza-se a análise sensorial para: • avaliar mudanças na matéria-prima, • Detectar alterações nos processos de fabricação, • nos estudos de vida de prateleira, • em análises de armazenamento, • avaliar a preferência e a aceitação de um produto pelos consumidores. Fonte: (MINIM, 2013; DUTCOSKY, 2007). HISTÓRICO – DESENVOLVIMENTO DA ANÁLISE SENSORIAL Os sentidos humanos têm sido utilizados durante séculos para avaliar a qualidade dos alimentos. Nós todos formamos julgamentos sobre os alimentos sempre que comemos ou bebemos (HENRY ADAMS, 1918). AVALIAÇÃO SENSORIAL HISTÓRICO – DESENVOLVIMENTO DA ANÁLISE SENSORIAL • Primeiros trabalhos sobre métodos de análise sensorial: industrial de alimentos trabalhavam ainda de forma artesanal – a avaliação era feita pelo próprio dono da empresa. (MININ, 2013) • Expansão da industrial de alimentos – controle dos processos de produção – pouca se sabia sobre a importância da avaliação sensorial. (MINIM, 2013; FERAREZI e COSTA, 2012). AVALIAÇÃO SENSORIAL A necessidade de uma dieta equilibrada para os soldados americanos que lutavam em campos europeus foi determinante para o surgimento dos métodos de análise sensorial – investimentos das forças armadas em estudos para melhorar o consumo. A maior contribuição desses estudos foi o surgimento da escala hedônica de 9 pontos (MINIM, 2013; FERAREZI e COSTA, 2012). AVALIAÇÃO SENSORIAL As décadas de 50 e 70 foram marcadas por avanços na criação de métodos de avaliação sensoriais. Em 1967, surgiu no Brasil a análise sensorial. Inicialmente ela era utilizada no instituto Agronômico de Campinas para avaliar a qualidade do café (MINIM, 2013; FERAREZI e COSTA, 2012). AVALIAÇÃO SENSORIAL OS SENTIDOS HUMANOS AVALIAÇÃO SENSORIAL PERCEPÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS SENSORIAIS DOS ALIMENTOS ESTÍMULOS POSITIVOS OU NEGATIVOS PARA ESCOLHA E CONSUMO DOS PRODUTOS ALIMENTÍCIOS (COELHO e SILVA, 2011). PALADAR: Segundo a NBR 12806 o gosto pode ser definido como uma ‘’sensação percebida pelos órgãos gustativos, quando estimulados por determinadas substâncias solúveis’’(NBR 12806, 1993). AVALIAÇÃO SENSORIAL SABORES PRIMÁRIOS DOCE AZEDO SALGADO AMARGO Sabor ou flavour é a interação de sensações gustativas, olfativas e táteis. 13 RECEPTORES TESTE DE AVALIAÇÃO DO SABOR: • O julgador deve experimentar certa quantidade da amostra e depois degluti-la. • Recomenda-se que o julgador limpe a sua cavidade oral antes de passar para a segunda e terceira amostras, utilizando água filtrada, pão ou biscoito cream cracker. • Evitar o consumo de alimentos que causam sensações fortes, no mínimo, meia hora antes da realização do teste (IAL, 2008). AVALIAÇÃO SENSORIAL OLFATO: Olfação, mais do que a gustação, tem a qualidade afetiva de ser agradável ou desagradável. Por isso, a olfação é, provavelmente, mais importante do que a gustação para a seleção dos alimentos (GUYTON e HALL, 2006, p. 688). AVALIAÇÃO SENSORIAL ODOR: ‘’odor é a propriedade organoléptica perceptível pelo órgão olfativo quando certas substâncias voláteis são aspiradas’’. AROMA: O aroma consiste em ‘’propriedade organoléptica durante a degustação’’. Ele é percebido no momento da mastigação e passa da cavidade oral para as fossas nasais (NBR 12806, 1993, p.4). AVALIAÇÃO SENSORIAL Nos testes de odor, os julgadores devem: • aproximar as narinas e inspirar por períodos curtos de tempo. • Quando estiver dificuldade de perceber o odor por cansaço olfativo é indicado que ele cheire o próprio pulso Para análise de aroma: • o julgador deve apertam o produto contra palato para que as substâncias se difundam e logo após aspirar, para uma melhor percepção (IAL, 2008). AVALIAÇÃO SENSORIAL AVALIAÇÃO SENSORIAL TATO: O sentido do tato é o responsável pelo ‘’reconhecimento da forma e do estado dos corpos por meio de contato direto com a pele’’. Textura: ‘’todas as propriedades estruturais (geométrica e de superfície) de um alimento, perceptíveis principalmente pelos receptores táteis e eventualmente pelos receptores visuais e auditivos (NBR 12806, 1993, p. 5) Na análise sensorial, a avaliação da textura se dá através da alteração da integridade do alimento, seja por meio de uma mordida ou palpação, possibilitando a percepção do seu grau de dureza, coesividade e viscosidade. (TEIXEIRA, 2009). O julgador pode utilizar a pele da mão, a face ou a boca (cavidade oral e os dentes). Termos para DEFINIÇÃO: emborrachada, firme, granulosa ou esfarelenta (IAL, 2008). AVALIAÇÃO SENSORIAL AUDIÇÃO: O ato de morder e mastigar os alimentos gera sons ou ruídos que são capturados pelos ouvidos e convertidos a estímulos nervosos que são interpretados por uma região chama córtex auditivo. AVALIAÇÃO SENSORIAL VISÃO: Primeiro contato do indivíduo com o alimento: percepção de características como: cor, brilho, formato que juntos formam a aparência que influenciam na aceitação, escolha e aquisição. AVALIAÇÃO SENSORIAL AVALIAÇÃO SENSORIAL MÉTODOS SENSORIAIS: grupo de testes utilizados para mensurar as respostas dos julgadores a características dos alimentos. Tipos de testes: • testes discriminativos • testes descritivos • testes afetivos (MINIM, 2013). AVALIAÇÃO SENSORIAL TESTES DISCRIMINATIVOS: são chamados também de testes de diferença. O conceito segundo a NBR é ‘’métodos que estabelecem diferenciação qualitativa e/ou quantitativa entre amostras (NBR, 12994, 1993, p.1). Nesses testes o pesquisador necessita ter o controle sobre o ambiente de análise, controlando a iluminação, temperatura, ruídos e odores. (CHAVES, 1998; TEIXEIRA, 2009; TEIXEIRA et. al., 1987). AVALIAÇÃO SENSORIAL TESTES DESCRITIVOS: Especificam as características e medem a intensidade das sensações percebidas pelos jurados. Algumas das características mais analisadas são: sabor, aroma, aparência, textura, dentre outras. AVALIAÇÃO SENSORIAL TESTES AFETIVOS: ‘’métodos que expressam opinião pessoal do julgador’’ (NBR 12994, 1993, p.2). Eles medem a aceitação e/ou a preferência de um produto ou em relação a outros. • Não necessitam de avaliadores treinados; • Apresenta maior variação dos resultados. AVALIAÇÃO SENSORIAL São divididos em: Testes de preferência: Dentre as amostras apresentadas seja escolhida uma com base nas preferências dos julgadores. Teste de aceitação: determinam a ordem de preferência entre três ou mais amostras. Podem ser analisadas várias amostras de uma só vez, recomendando-se no máximo seis. AVALIAÇÃO SENSORIAL Será que os testes de avaliação sensorial são importantes nas Unidades de Alimentação e Nutrição? AVALIAÇÃO SENSORIAL A análise sensorial consiste em uma ferramenta de extrema importância para a avaliação dos produtos e serviços prestados pelas Unidades de Alimentação e Nutrição pois permite medir a satisfação dos seus clientes e a melhoria continua dos serviços. AVALIAÇÃO SENSORIAL AULA PRÁTICA – ANÁLISE SENSORIAL – OVOS: OBJETIVO PRINCIPAL: Avaliar o tempo, consistências e sabor dos ovos coccionados por calor seco. • OVO FRITO COM MANTEIGA: 1 OVO + 20g de MANTEIGA • OVO FRITO COM ÓLEO: 1 OVO + 30 ml de ÓLEO DE SOJA • OVO MEXIDO COM MANTEIGA: 1 OVO + 20 DE MANTEIGA • OVO MEXIDO COM MANTEIGA E LEITE: 1 OVO + 20g de manteiga + 20ml de LEITE AVALIAÇÃO SENSORIAL AULA PRÁTICA – ANÁLISE SENSORIAL – DERIVADOS DE LEITE (QUEIJO) OBJETIVOS: • Apresentar e identificar as características sensoriais doderivado do leite. • Classificar os diferentes tipos de queijo quanto ao sabor, aparência e textura. QUEIJOS: PARMESÃO GRUYERE EMENTAL PROVOLONE CHEDDAR * Escolher 5 tipos de queijos – 100g de cada. QUEIJOS: BRIE CAMMENBERT EDAM PRATO GORGONZOLA AVALIAÇÃO SENSORIAL AULA PRÁTICA – ANÁLISE SENSORIAL – CARNE OBJETIVOS: • VERIFICAR TEMPO DE COAGULAÇÃO DA SUPERFÍCIE DA CARNE POR CALOR SECO • Preparar um prato utilizando o corte de carne a ser escolhido. AVALIAÇÃO SENSORIAL AULA PRÁTICA – ANÁLISE SENSORIAL – LEITE E OVOS: OUTROS MATERIAIS: • PRATOS DESCARTÁVEIS • GARFOS DESCARTÁVEIS • COPOS DESCARTÁVEIS • PALITOS DE DENTES • ADESIVOS DE IDENTIFICAÇAO PARA OS QUEIJOS. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASIELEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12806:Análise sensorial dos alimentos e bebidas. Terminologia. Rio de Janeiro, 1993. COELHO, Hellen Daniela de Souza; SILVA, Maria Elisabeth Machado Pinto. Aspectos Sensoriais da alimentação em programas de educação nutricional. In GARCIA, WANDA DIEZ.; MANCUSO, Ana Maria Cervato. Mudanças alimentares e educação nutricional.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 1 ed. p. 207-214. FERAREZZI, Alessandra Carvalho; COSTA,Telma Maria Braga. Análise Sensorial. In. ____. (Org.). Nutrição e Metabolismo:gestão de qualidade na produção de refeições. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. p. 231- 247. GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Tratado de fisiologia médica.Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. TEIXEIRA, Lilian Viana. Análise Sensorial na Indústria de Alimentos. Revista Instituto de Laticínios Cândido Tostes, Juiz de Fora, v. 64, n0 366, p. 12-21, Jan/Fev. 2009. Disponível em: <http://www.revistadoilct.com.br/rilct/article/view/70 Instituto Adolfo Lutz. Métodos físico-químicos para análise de alimentos. São Paulo: Instituto Adolfo Lutz, 2008. 1020 p. Capítulo VI – Análise Sensorial. MINIM, Valéria Paula Rodrigues. Análise Sensorial:estudos com consumidores. Viçosa: Editora UFV, 2013.
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