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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - UNESA GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SEMINÁRIOS AVANÇADOS EM PSICOLOGIA PSICOLOGIA ESCOLAR E EDUCACIONAL E PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO Fernanda Leite Fontana Hosana Helena Lima C dos Santos Isadora C T de Carvalho Joselaine Alessandra Alves da Costa Raquel Garcia Valéria Rodrigues Alves No final do século XIX a Psicologia Escolar surge para auxiliar as reflexões no processo ensino-aprendizagem. As diferentes iniciativas do trabalho do psicólogo no campo escolar tiveram início na Europa e nos Estados Unidos da América. ➢ STANLEY HALL ( Estados Unidos): Stanley Hall foi um dos primeiros estudiosos que articulou Psicologia e Educação. Ele foi professor de escola pública e possuía grande interesse em temas relacionados com a infância. Hall desenvolveu diversos trabalhos em Psicologia relacionados com desenvolvimento de crianças e adolescentes e com educação. Ao longo de sua carreira, publicou diversos livros e artigos sobre esses temas. ➢ LIGHTNER R. WITMER (Estados Unidos): Trabalhou sobretudo com crianças com dificuldades de aprendizagem e criou uma clínica psicológica para encaminhamento dessas crianças. ➢ALFRED BINET (França): Final do século XIX podemos destacar o nome de Alfred Binet, que publicou um livro de Psicologia Escolar intitulado Ideias Modernas sobre as crianças. O livro continha sua pesquisa, realizada em Paris, sobre memorização de frases e palavras por alunos de escola primária (cf. Netto, 2001) ➢WALLON (França): Seus estudos eram sobre desenvolvimento de crianças. ➢ RENÉ ZAZZO (França): Realizou um projeto nas escolas francesas, em que os alunos eram acompanhados, desde o início da escolarização, por psicólogos a fim de auxiliá- los nesse processo.(cf. Netto, 2001) A Psicologia Escolar começou a ser introduzida no Brasil juntamente com o início do curso de graduação em Psicologia no ano de 1962 (Lei 4119). Antes do curso de graduação, a relação entre a psicologia e a escola ocorria através dos conteúdos da Psicologia que eram úteis à escola e ao processo de ensino-aprendizagem. Esses conteúdos eram ministrados no curso de formação de professores(Normal), onde o conhecimento da psicologia educacional e do desenvolvimento infantil encontravam espaço. A Psicologia Escolar iniciou sua atuação junto aos professores, através da sua formação para trabalhar com crianças. Aos poucos, foi surgindo o atendimento aos escolares que apresentavam dificuldades no sistema escolar, principalmente referentes à aprendizagem. A história da Psicologia Escolar no Brasil tem sido marcada por diferentes momentos. O foco do trabalho de um psicólogo escolar era no ajustamento e na adaptação do aluno, em que o psicólogo diagnosticava os alunos com dificuldade de aprendizagem. Em um momento posterior, a ênfase foi dada ao processo de Orientação Vocacional, onde o psicólogo, através de testes, procurava compreender as aptidões e interesses dos alunos para que eles pudessem encontrar uma profissão à qual se ajustassem. Posteriormente, a Psicologia passou a ser inserida na escola para lidar com as questões de aprendizagem e não somente com as dificuldades de aprendizagem. Ao longo do desenvolvimento a Psicologia Escolar passou a trabalhar também com os pais, com os professores e mais recentemente com a comunidade, assim o psicólogo passou a atuar de maneira mais institucional e preventiva. (cf. Cruces, 2003). ➢ Interfaces e desafios. A Psicologia Organizacional surge no final do século XIX influenciada pela procura da racionalização do trabalho no processo de fabricação industrial. Taylor, o pioneiro da Administração Científica, estabeleceu critérios para o planejamento do trabalho, visando a eficiência no trabalho e o aumento da produtividade. A história da Psicologia Organizacional e do Trabalho se divide em três fases nas quais cada uma se ocupou de diferentes aspectos referente ao homem e seu ambiente de trabalho. ➢ A primeira fase corresponde à Psicologia Industrial (entre 1924 a 1970). Os interesses neste momento eram os estudos sobre as condições de trabalho e de controle dos trabalhadores, como modo de garantir o aumento da produtividade. Afim de atender aos objetivos da administração científica, a Psicologia passou a ser utilizada como ferramenta para a análise do trabalho. O objetivo era descobrir o melhor modo de se realizar o trabalho, para assim planejar os melhores métodos de trabalho, selecionar e treinar as pessoas para a realização destas tarefas. Entre 1927 e 1932, Elton Mayo desenvolve a Teoria das Relações Humanas, através do experimento realizado numa fábrica em Hawthorne (EUA). A partir daí, o trabalhador passou a ser visto como um recurso humano, o que representou um grande avanço com relação a como este trabalhador era visto na Psicologia Industrial. No cenário de desenvolvimento industrial do pós-guerra, surgem as grandes corporações como a General Motors e a IBM. ➢ A segunda fase corresponde à Psicologia Organizacional (entre 1970 a 1990). Houve nesse momento uma necessidade maior de qualificação dos trabalhadores, estabilizando assim o emprego. Isso se deu por conta da sofisticação tecnológica da produção. A relação de trabalho também sofreu alterações. No lugar do dono do capital, aparece a figura do executivo – profissional capacitado e que se torna responsável pela gestão no negócio. O trabalhador também mudou. Grandes sindicatos foram criados, dando assim aos trabalhadores força na reivindicação dos direitos trabalhistas. Em meio a tantas mudanças, também o profissional de Psicologia passou a ter uma maior participação no processo industrial. Tornou-se importante, por exemplo, a diminuição do Turnover, objetivando a diminuição do custo com treinamento dos trabalhadores. ➢ A terceira fase corresponde ao que hoje conhecemos como Psicologia do Trabalho e das Organizações (de 1990 em diante). O foco passe a ser todas as variáveis do trabalho humano, a subjetividade do trabalhador e a complexidade das interações dentro das organizações. A atuação da psicologia organizacional é voltada, portanto, à organização, isto inclui: Recrutamento e seleção; Análise e descrição de cargos; Diagnóstico organizacional; Pesquisa e intervenção no clima organizacional; Pesquisa e intervenções na cultura organizacional; Comportamento organizacional; Treinamento de habilidades; Desenvolvimento de lideranças. A atuação da psicologia do trabalho é direcionada ao homem no trabalho e isto envolve os seguintes princípios e práticas: ➢ Trabalho em equipe e fenômenos grupais; ➢ Comportamento humano; ➢ Comunicação e Feedback; ➢ Saúde e segurança; ➢ Motivação e satisfação; ➢ Competência e gestão por competência; ➢ Absenteísmo e rotatividade; ➢ Recrutamento e seleção; ➢ Liderança. Os desafios do psicólogo organizacional na atualidade. A transformação na cultura organizacional e as consequências para o psicólogo. A adaptação do profissional de acordo com a necessidade do mercado atual. Uma empresa de Tecnologia da Informação identifica que os casos de Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT) estão gerando afastamentos de funcionários, o que compromete o gerenciamento organizacional. Qual intervenção deve ser realizada pelo psicólogo nessa organização? A) Identificar os funcionários afastados, realizar entrevistas individuais com foco na execução do trabalho, analisar e informar os aspectos prioritários para intervenção. B) Investigar, com funcionários afastados,os fatores organizacionais e pessoais envolvidos, buscando diferenciar problemas psicológicos individuais de problemas organizacionais, orientando a intervenção. C) Planejar a composição interdisciplinar da equipe para o diagnóstico, focalizando informações sobre número de funcionários envolvidos por atividades, por áreas de atuação, por grupos de trabalho, e caracterizar o problema. D) Planejar o encaminhamento dos casos para acompanhamento psicológico, propor e acompanhar intervenções de ergonomia no ambiente de trabalho, prevenindo futuros afastamentos. E) Realizar o diagnóstico, identificando variáveis contextuais, organizacionais, grupais e individuais; gerar dados e informações que orientem o planejamento e a avaliação da intervenção. (OPÇÃO CORRETA) E) Realizar o diagnóstico, identificando variáveis contextuais, organizacionais, grupais e individuais; gerar dados e informações que orientem o planejamento e a avaliação da intervenção. COMENTÁRIO: Para investigação da relação trabalho saúde- mental precisamos ampliar o foco de entendimento do trabalho como além das pressões físicas, químicas, biológicas ou mesmo psicossensoriais e cognitivas do posto de trabalho, para considerar sim a dimensão organizacional, isto é, a divisão de tarefas e as relações de produção (DEJOURS, ABDOUCHELI, JAYET, 2007). Dificuldades na relação entre trabalhador com a organização podem originar sofrimento, e a energia pulsional que não acha descarga no exercício do trabalho se acumula no aparelho psíquico, ocasionando um sentimento de desprazer e tensão. Entretanto essa energia não pode permanecer no local por muito tempo e quando as capacidades de contenção são transbordadas, a energia recua para o corpo, nele desencadeando perturbações. Compreender as causas das doenças e consequentes afastamentos está relacionado à prática do psicólogo nas organizações. Como aponta Sampaio (1998), que considera que dentre as atuações do Psicólogo no contexto do trabalho, estão: as atividades de estudos de estresse ocupacional, assim como realização de diagnóstico organizacional e de trabalhadores, identificação de aspectos psicossociais ligados à segurança no trabalho, entre outros. A partir de tais dados, é possível o psicólogo realizar consultoria e intervenções em saúde mental no trabalho (ALVES, 2004), planejando ações, uma vez que frente à angústia do trabalho, assim como contra a insatisfação, os funcionários podem elaborar estratégias defensivas, de maneira que o sofrimento não é imediatamente identificável (DEJOURS, 1992). Cabe também ao profissional avaliar, após a intervenção, o resultado frente aos índices de afastamento na empresa como forma de analisar o impacto de sua intervenção no contexto. A cultura organizacional é o modelo de pressupostos básicos que determinado grupo tem inventado, descoberto ou desenvolvido no processo de aprendizagem para lidar com os problemas de adaptação externa e adaptação interna. Uma vez que os pressupostos tenham funcionado bem o suficiente para serem considerados válidos, eles são ensinados aos demais membros como a maneira correta de se perceber, se pensar e se sentir em relação àqueles problemas. Com relação ao tema abordado no texto apresentado, avalie as afirmações a seguir: I) Cultura é um conceito que ajuda a entender a estabilidade do sistema organizacional já que se refere a características que são gerenciadas e alteradas sem grandes dificuldades na vida da organização. II) A cultura organizacional pode ser vista como um sistema de símbolos e significados que atua como poderosa ferramenta de controle dos indivíduos, diminuindo a necessidade de normas explícitas e formalização. III) Quanto mais uma cultura é forte ou densa, maior é o compartilhamento de crenças e valores entre os membros organizacionais, o que dificulta as mudanças organizacionais. IV) Os artefatos visíveis, tais como os ritos de integração e de renovação, são importantes para a compreensão da cultura, pois sinalizam seus valores profundos. V) Subculturas, ao contrário das contraculturas, significam grandes rupturas com a cultura e o poder dominantes. (OPÇÃO CORRETA) A) I e III I) Cultura é um conceito que ajuda a entender a estabilidade do sistema organizacional já que se refere a características que são gerenciadas e alteradas sem grandes dificuldades na vida da organização. e III) Quanto mais uma cultura é forte ou densa, maior é o compartilhamento de crenças e valores entre os membros organizacionais, o que dificulta as mudanças organizacionais. COMENTÁRIO: A cultura organizacional é responsável por reunir os hábitos, comportamentos, crenças, valores éticos e morais e as políticas internas e externas de uma empresa. Uma boa cultura pode motivar os funcionários e ajudá-los a crescer junto com o empreendimento, assim como uma cultura “desorganizacional” pode empurrar a empresa e os funcionários para problemas de produtividade e no ambiente de trabalho. É a cultura organizacional que vai desenvolver diretrizes para uma empresa de sucesso, a começar pela forma como os funcionários vão enxergar o negócio e agir dentro dele. Um psicólogo escolar é chamado pelo diretor de uma escola pública, devido às seguintes queixas: uma das turmas do ensino médio tem se manifestado de forma violenta com colegas e professores, destruindo o patrimônio da escola. Qual afirmativa descreve a atuação apropriada do psicólogo? A) Analisar o processo de constituição da queixa escolar, referenciando-se em estudo diagnóstico que contemple as práticas dos sujeitos em suas relações com as dimensões social, organizacional e pedagógica que participam do fenômeno da violência escolar. B) Encaminhar os alunos indisciplinados para atendimento num Centro de Atendimento Psicossocial ou num Núcleo de Atendimento Psicossocial, para intervenção medicamentosa do comportamento agressivo. C) Indicar psicoterapia individual e grupal, dentro ou fora do ambiente escolar, pois as pesquisas indicam que é a intervenção mais bem-sucedida para lidar com a violência na escola. D) Realizar reuniões com familiares, com os jovens envolvidos em atos de violência, em conjunto com o Conselho Tutelar, caso seja necessário intervir juridicamente sobre o caso. E) Realizar um diagnóstico das dimensões social, organizacional, pedagógica, individual, em uma perspectiva dialógica da psicologia jurídica, que oriente o planejamento, a intervenção e avaliação dos resultados. (OPÇÃO CORRETA) A) Analisar o processo de constituição da queixa escolar, referenciando-se em estudo diagnóstico que contemple as práticas dos sujeitos em suas relações com as dimensões social, organizacional e pedagógica que participam do fenômeno da violência escolar. COMENTÁRIO: A alternativa A está correta pois aborda a situação referida, violência escolar, de forma sistêmica, ou seja, cabe ao psicólogo escolar contemplar todas as variáveis envolvidas no problema. O objetivo é entender a queixa escolar como um todo, evitando a culpabilização dos alunos pela violência observada, pois vários podem ser os motivos que contribuíram para este fenômeno por isso a necessidade de diagnosticar as dimensões social, organizacional e pedagógica. A violência escolar apresentada pelos alunos pode ser entendida como um sintoma de insatisfações, que podem ser originadas em questões sociais do meio em que os estudantes vivem (como violência doméstica, pobreza); podem também ser provocadas por situações da organização escolar como professores em burnout ou precária infraestrutura e também podem ser resultado de métodospedagógicos desatualizados que não contemplam as necessidades dos jovens. Nenhum desses aspectos exclui o outro e portanto deve-se entender e trabalhar a interdinamicidade destes fatores. Um profissional é contratado por uma organização para trabalhar em sua área de formação, mas a gestão da mesma demite alguns funcionários das mais variadas especialidades para redução de custos e não faz substituições. Em várias situações, esse profissional se vê obrigado a realizar atividades, muitas das quais extremamente específicas e que requisitam competências técnicas muito particulares, para as quais não está preparado. Embora discorde dessa situação, não reclama porque, apesar de sofrer com a possibilidade de erros e falhas cruciais para o funcionamento e para a produção organizacional, necessita do emprego e vê valorizado o discurso da multifuncionalidade pela gestão organizacional. Como podemos explicar a situação acima descrita? A) A necessidade do aumento da produtividade nas organizações gerou a flexibilização do trabalho, rompendo com as identidades e papéis profissionais definidos. B) Cada vez mais a sociedade exige uma formação profissional generalista e uma construção identitária híbrida, reforçando a criatividade humana. C) A flexibilização do trabalho possibilitou uma evolução psicossocial significativa ao romper com as identidades profissionais definidas extremamente estruturantes para os indivíduos. D) As fronteiras profissionais estão cada vez mais tênues, assim como os países não têm mais identidade nacional própria, em função do processo homogeneizante da globalização, o que é desestruturante para os indivíduos. E) A globalização produz processos de socialização geradores de personalidades e identidades simultâneas múltiplas, que são uma evolução psicossocial significativa. (OPÇÃO CORRETA) A) A necessidade do aumento da produtividade nas organizações gerou a flexibilização do trabalho, rompendo com as identidades e papéis profissionais definidos. COMENTÁRIO: A questão foi estruturada na forma de um breve relato de caso. O aluno precisa conhecer as mutações recentes no mundo do trabalho, os processos de reestruturação produtiva, flexibilização do trabalho e entender a era da acumulação flexível e suas exigências. Precisa, igualmente, conhecer as tendências mais recentes da Gestão de Pessoas nas organizações. É importante notar que o texto introdutório da questão apresenta um nítido teor crítico, presente no seguinte trecho: “Em várias situações, esse profissional se vê obrigado a realizar atividades, muitas das quais extremamente específicas e que requisitam competências técnicas muito particulares, para as quais não está preparado. Embora discorde dessa situação, não reclama porque, apesar de sofrer com a possibilidade de erros e falhas cruciais para o funcionamento e para a produção organizacional, necessita do emprego...” . Desta forma, o texto apresenta ao leitor características típicas do processo de flexibilização do trabalho. De todas as alternativas apresentadas, a única que não se mostra elogiosa à flexibilização é a letra A. Foi realizado na Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto (SP), um levantamento preliminar dos psicólogos que atuavam tanto em Centros de Saúde como em outros serviços públicos, oferecidos à comunidade dessa cidade. O levantamento dos casos de crianças e adolescentes encaminhados aos psicólogos permitiu verificar que a maior parte deles apresenta queixas relacionadas a questões escolares (69%), confirmando que a atuação dos psicólogos nos serviços públicos de saúde está voltada para a resolução de problemas enfrentados na área da educação. A tabela detalha as principais queixas escolares que motivaram os encaminhamentos, relatadas pelos psicólogos. A partir dos dados apresentados e do seu conhecimento sobre Psicologia, conclui-se que: A) a escola recorre com muita frequência ao psicólogo com queixas referentes a situações que lá ocorrem e as causas atribuídas por este profissional às dificuldades escolares corrobora a ideia de que o problema está no aluno. B) a função político-social da escola é referida como tendo muita importância nas queixas escolares que motivam encaminhamento de criança para atendimento psicológico. C) problemas emocionais são subvalorizados nos encaminhamentos para atendimento psicológico e estão na base de problemas de aprendizagem e de comportamento. D) a capacitação do corpo docente é subvalorizada pelos psicólogos e é o fator mais importante na superação dos problemas de aprendizagem e comportamento. E) Psicoterapia com orientação aos pais é a maneira mais indicada de tratamento a queixas 24 escolares, uma vez que enfoca a dinâmica mental e familiar do aluno, maiores causas dos seus problemas. (OPÇÃO CORRETA) A) a escola recorre com muita frequência ao psicólogo com queixas referentes a situações que lá ocorrem e as causas atribuídas por este profissional às dificuldades escolares corrobora a ideia de que o problema está no aluno COMENTÁRIO: A questão foi estruturada na forma de um breve relato de encaminhamento de caso de queixa escolar para o serviço de saúde pública. O aluno precisa conhecer, além das teorias que sustentam a prática do Psicólogo nos seus principais espaços, as diferentes realidades dos diversos contextos escolares levando em conta as questões sócio, histórica e cultural dos mesmos, assim como a atuação dos diferentes atores envolvidos. O aluno deverá, ainda, ter uma compreensão ampla dos processos de aprendizagem, domínio específico dos conceitos relativos à psicogênese da língua escrita assim como dos fatores socioculturais eu desencadeiam o fracasso escolar. Trata-se de uma questão complexa que exige um olhar interdisciplinar para o tema proposto. No ano de 2008, considerado pelo Conselho Federal como o Ano da Educação para os psicólogos, criou-se a oportunidade de um debate nacional em torno das questões educacionais. Foram definidos quatro eixos temáticos como norteadores das discussões. No que se refere ao eixo “Psicologia e Instituições Escolares e Educacionais”, os psicólogos apontaram, entre outros aspectos, que existe desconhecimento da comunidade escolar a respeito do papel do psicólogo escolar. Desse modo, indicaram a necessidade de desenvolvimento de estudos e divulgação do papel e da atuação desse profissional. A partir dessas informações, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. No contexto escolar, o eixo principal de intervenção do psicólogo é direcionado a alunos que demonstrem dificuldades no processo de escolarização ou que apresentem comportamentos inadequados. PORQUE A atuação do psicólogo escolar deve concentrar-se na promoção de espaços de reflexão possibilitando a transformação de concepções centradas no fracasso e na doença em concepções de sucesso e de saúde. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: I) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. II) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. III) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma preposição falsa. IV) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma preposição verdadeira. V) As asserções I e II são proposições falsas (OPÇÃO CORRETA) IV) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma preposição verdadeira. COMENTÁRIOS: A asserção I é uma proposição falsa porque o eixo principal do psicólogo no contexto escolar não é apenas intervir em alunos que demonstrem dificuldades no processode escolarização ou que apresentem comportamentos inadequados. Como descrita na asserção II verdadeira, o papel do psicólogo escolar é trabalhar com o objetivo de construir um ambiente de aprendizagem seguro, saudável e acolhedor, e que fortaleça a conexão entre a casa e a escola. Concentra-se na promoção de espaços de reflexão, possibilitando a transformação de concepções centradas no fracasso e na doença em concepções de sucesso e de saúde.
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