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Encefalopatia Crônica Não Progressiva Instituto superior de teologia aplicada – faculdades inta Estágio supervisionado iii em fisioterapia Campo apae – preceptora: dra. Adélia frota Acadêmica: Priscila freitas DEFINIÇÃO A Encefalopatia Crônica Infantil não Progressiva (ECInP) é definida como uma perturbação funcional do sistema nervoso central, sendo consequência de lesão neurológica pré, peri ou pós-natal desenvolvida nos primeiros anos de vida. Encefalopatia Crônica Não-Progressiva da Infância (ECNPI), mais comumente chamada de paralisia cerebral (PC) é um distúrbio do movimento e da postura que resulta de lesão cerebral não-progressiva ocorrida no período inicial do desenvolvimento infantil, podendo apresentar sintomatologia variada, que caracteriza a gravidade do comprometimento neuromotor. 2 EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA Prevalência de 2/1.000 (EUA) 5/1.000 (Brasil); O Collaborative Perinatal Project, no qual aproximadamente 45.000 crianças foram regularmente monitoradas desde a fase intrauterina até os 7 anos de idade, verificou que: A maioria das crianças com PC tinha nascido a termo após trabalhos de partos sem complicações; A PC é a forma mais comum e cara de incapacidade motora crônica que começa na infância, tendo uma prevalência de 2/1.000; O Collaborative Perinatal Project, no qual aproximadamente 45.000 crianças foram regularmente monitoradas desde a fase intrauterina até os 7 anos de idade, verificou que: A maioria das crianças com PC tinha nascido a termo após trabalhos de partos sem complicações; Em 80% dos casos foram identificadas características que apontam fatores antenatais como os causadores do desenvolvimento cerebral anormal; Um número substancial de crianças com PC tinham anomalias congênitas externas à parte do SNC; Menos de 10% das crianças com PC tinham evidência de asfixia intraparto; A exposição intrauterina a alguma infecção materna se associou a um aumento significativo do risco de PC em RN com peso normal ao nascimento; A prevalência de PC aumenta entre os recém-nascidos com baixo peso ao nascimento. 3 EPIDEMIOLOGIA E ETIOLOGIA Em 80% dos casos foram identificadas características que apontam fatores antenatais como os causadores do desenvolvimento cerebral anormal; A exposição intrauterina a alguma infecção materna se associou a um aumento significativo do risco de PC em RN com peso normal ao nascimento; A prevalência de PC aumenta entre os recém-nascidos com baixo peso. ETIOLOGIA Pré-natal Infecções congênitas: Toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes, aids; Asfixia intrauterina: deficiência no suprimento de oxigênio para os tecidos provocando lesões hipóxico-isquêmicas. ETIOLOGIA Perinatal Comprometimento da substância branca; Hemorragia periventricular: maior incidência em RNPT; Leucomalácia periventricular: pequenos cistos; Hemorragia subdural: associa-se a ruptura de grandes vasos. A substância branca (substantia alba em Latim) se refere a um conjunto de células com funções de apoio, sustentação, isolamento elétrico ou nutrição dos neurônios e gânglios. Hemorragia periventricular: A hemorragia dentro ou ao redor do cérebro ocorre principalmente em recém-nascidos prematuros, e é atribuída diretamente a imaturidade das estruturas cerebrais, especialmente nas zonas onde ocorre a proliferação celular e vascular do cérebro Leucomalácia: é uma necrose multifocal da substância branca, que atinge até o ângulo externo do ventrículo lateral, considerada uma zona de fronteira de vascularização. É uma importante causa de paralisia cerebral e deficiência mental. A causa de leucomalácia é uma hipóxia que tende a provocar lesões mais generalizadas nos fetos mais novos e localizadas em fetos mais velhos. Essa hipóxia parece decorrer das altas demandas provocadas pela proliferação da glia e uma imaturidade vascular. 6 ETIOLOGIA Pós natal Menigecefalites: contaminação pela bactéria da meningite; TCE em crianças menores de 3 anos é considerado PC. Menigecefalites: contaminação pela bactéria da meningite. TCE em crianças menores de 3 anos é considerado PC. 7 MANIFESTAÇÕS CLÍNICAS Hemiplegia espástica; Displegia espástica; Tetraplegia espástica; Atetóide. CLASSIFICAÇÃO Classificação de ParalisiaCerebral e Causas Principais SÍNDROMEMOTORA NEUROPATOLOGIA CAUSASPRINCIPAIS Diplegiaespástica Leucomaláciaperiventricular Prematuridade,isquemia, infecção, endócrinas/metabólicas Tetraplegiaespástica LPV, malformações Isquemia,infecção, metabólica Hemiplegia AVEintra-úteroou neonatal Distúrbiostrombofílicos, infecção Atetóide/Discinética Patologia:putame, globo pálido,tálamo, núcleos da base Asfixia,Kernicterus, mitocondriais, genética/metabólicas DIAGNÓSTICO Equipe multidisciplinar; Exame neonatal; Análise dos sinais clínicos; Exames clínicos: medida do crescimento cefálico, desempenho visual e auditivo, presença ou não de convulsões e análise do tônus muscular e movimento; Diagnóstico diferencial: provas bioquímicas e imagens neurológicas. Como a PC geralmente associa-se a um amplo espectro de distúrbios do desenvolvimento, é mais útil uma abordagem multidisciplinar na avaliação e tratamento destas crianças; O exame neonatal é indispensável, principalmente se o bb for prematuro ou tiver sido exposto a eventos de risco; Os sinais mais importantes são: alteração da consciência (irritabilidade ou redução do nível de alerta), perturbações generalizadas e constantes de tônus, convulsões, problemas com alimentação e assimetrias duráveis de postura e movimento. 10 TRATAMENTO Grupo multidisciplinar: Médicos de várias especialidades, TO, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, assistentes sociais, educadores, psicólogos; Educação dos pais; Órteses; Estimulação elétrica – atrofia por desuso e reeducação muscular; Injeção intramuscular de toxina botulínica do tipo A. Crianças com paralisia cerebral necessitam de tratamento de um grupo multidisciplinar para atender a todas as necessidades específicas da criança. Um programa de tratamento normalmente tem como foco a redução ou normalização do tônus para prevenir o desenvolvimento de complicações secundárias. As intervenções mais comuns são fisioterapia, uso de órteses, engessamento regular, estimulação elétrica e, mais recentemente, injeção intramuscular de toxina botulínica do tipo A (BtxA). 11 TRATAMENTO TOXINA BOTULÍNICA Geralmente as contrações dos músculos ocorrem quando é liberada pelos nervos uma substância chamada Acetilcolina (figura abaixo). Em algumas doenças a acetilcolina é liberada em excesso, causando hiperestimulação muscular e, como resultado, espasmos e rigidez musculares. As injeções de toxina botulínica ajudam, então, a relaxar as fibras musculares e melhorar a qualidade de vida e desempenho funcional do paciente. A toxina botulínica do tipo A deverá começas a fazer efeito em 2 a 3 dias após a injeção e alcança seu efeito máximo em até 2 semanas após a injeção. A toxina botulínica do tipo A funciona geralmente por 4 a 6 meses, até que as terminações nervosas estabeleçam novas comunicações com os músculos. Serão, então, necessárias reaplicações periódicas para que os ganhos se mantenham. O prazo mínimo para reaplicações é de 8 a 12 semanas. Segundo normatização da Agência Nacional de Saúde Suplementar, o procedimento de aplicação de toxina botulínica deve ser coberto por todos os planos de saúde regulamentados 12 FISIOTERAPIA Importância do tratamento precoce – Neuroplasticidade; Motora: inibir atividade reflexa para normalizar o tônus e facilitar movimento normal, correção postural; Respiratória: prevenção e tratamento; Hidroterapia e atividades lúdicas. A fisioterapia motora tem como objetivo a inibi- ção da atividade reflexa anormal para normalizar o tônus muscular e facilitar o movimento norma 13 REFERÊNCIAS ASSIS-MADEIRA, E. A.; CARVALHO, S. G. DE. CEREBRAL PALSY AND RISKS FACTORS IN MOTOR DEVELOPMENT : A THEORETICAL REVIEW. Cadernos de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento, v. 9, n. 1, p. 142–163, 2009. NELSON. Tratado de Pediatria - Richard E. Behrman, Hal B. Jenson, Robert Kliegman. 18ª Edição. Elsevier. 2009. ARTIGO Características do Sistema Respiratório na Encefalopatia Crônica não Progressiva da Infância Halina Cidrini Ferreira
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