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João de Sousa Pinheiro Barbosa Mestrando em Ciência Técnologias em Saúde Faculdade JK Epidemiologia Ementa • Apresentar um panorama das bases conceituais e operacionais da epidemiologia como método de investigação cientifica indispensáveis ao estudo da origem. • Epidemiologias na pratica dos serviços de saúde. • O processo saúde e doença. • Medidas de frequências. • Transição demográfica e epidemiológica. • Desenhos de estudos epidemiológicos. Ementa Ementa • Doenças infecciosas e não-infecciosa. • Vigilância epidemiológica. • Programa Nacional de Imunizações. • Assistência de enfermagem na investigação de surtos. • Epidemiologia da infecção hospitalar e comunitária. Ementa OBJETIVOS DA DISCIPLINA Objetivo Proporcionar ao aluno de graduação momentos de estudos e reflexões sobre o processo saúde-doença na sociedade, através de análise da distribuição populacional e dos fatores determinantes das enfermidades e danos a saúde, possibilitando a construção de indicadores de saúde servindo de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde. Metodologia O processo de ensino-aprendizagem se desenvolverá em sala de aula mediante aulas expositiva dialogada, desenvolvendo a e metodologia construtivista, propostas de questões a ser resolvida pelos alunos, discussão dirigida, trabalhos e/ou exercícios em grupos. Metodologia de ensino Critérios de Avaliação Avaliação do aluno Formas de avaliação • De acordo com o Regimento Interno da Instituição: A avaliação do rendimento escolar é expressa numericamente numa escala de zero (0) a dez (10). • A frequência deve ser igual ou superior a setenta e cinco por cento (75%). (30 horas= 25%) • A aprovação é obtida a partir de nota final igual ou superior a seis (6,0). Critérios de Avaliação Avaliação do aluno Critérios de avaliação: • Atividades: Será encaminhado para o e-mail da turma os textos complementares e atividades escritas que deverão ser entregues no início de cada aula. • Avaliação 1 (A1): A primeira avaliação bimestral será composta de avaliação teórica que valerá dez (10) pontos e que contará com questões objetivas e discursivas. Critérios de Avaliação Avaliação do aluno • Avaliação 2 (A2): A segunda avaliação bimestral será composta de avaliação teórica com o valor de 10 (dez) pontos. • Avaliação 3 (A3): Avaliação teórica sobre todo o conteúdo ministrado ao longo do semestre. • Segunda chamada: deverá ser solicitada até 72h contando da data de aplicação da prova teórica. • As datas da segunda chamada estão disponíveis no calendário escolar disponibilizado no site da instituição. Critérios de Avaliação Avaliação do aluno • Media do período: MÉDIA (M)= (A1) + (2x A2) / 3 = 6 ASSIM: • A média para aprovação direta sem prova de recuperação é de 6,00 (seis) pontos. • O aluno que obtém Média Parcial (MP) menor que 6,0 (seis), porém maior que 3,0 (três), pode se submeter à Avaliação Final (A3); • Após o fechamento da Média será oferecido ao discente a Prova de Recuperação para a sua aprovação o aluno deverá ter nota igual ou superior a 6,00 (seis) pontos. Critérios de Avaliação Faltas do aluno • De acordo com as normas da JK, o aluno com 25% ou mais de faltas em aulas, será automaticamente reprovado com conceito Reprovado por faltas (RF). • Para cada aula específica será computada uma presença (ou ausência). • Haverá a lista de freqüência geral para as aulas teóricas que ficara em poder do professor da aula. • A única maneira para constatar a freqüência do aluno é a lista de freqüência. Portanto, a assinatura da mesma é OBRIGATÓRIA e isto é de inteira responsabilidade do aluno. Critérios de Avaliação Faltas do aluno • A assinatura deverá ser feita sob forma de rubrica ou nome do aluno em letra cursiva, não será aceita assinatura com letras de forma, nem apenas as iniciais do nome do aluno. • O aluno poderá ter sua falta á aula abonada, desde que justifique sua ausência. Critérios de Avaliação Faltas do aluno • As justificativas de faltas serão aceitas por doença (comprovada com atestado médico (assinado, carimbado) ou por comparecimento a Congresso Científico para apresentar trabalho (também comprovado com certificado expedido pelo Congresso); • não será aceita a justificativa de mero ouvinte (congressista). Da mesma forma, não será aceito testemunho de colega(s) de que o aluno esteve presente á aula. • Licença de gestação e maternidade. Critérios de Avaliação Faltas do aluno • As atividades solicitadas deverão ser entregues na data combinada. Atrasos não serão tolerados. • Em casos em que o aluno estiver ausente por motivos médicos, esse deverá protocolar o atestado médico no site da Instituição até 72 horas, levar o protocolo na Secretaria, e depois de deferido o atestado médico será aplicada outra atividade substitutiva. Critérios de Avaliação Faltas do aluno • Atestados entregues com o prazo superior às 72h não serão aceitos pela Secretaria, conforme normas da Instituição. • O aluno não está autorizado a fazer nenhum tipo de registro em áudio ou vídeo das aulas, sendo o uso de celulares e computadores são permitidos para pesquisa e para acompanhar o material encaminhado para os e-mails da turma. • O aluno tem o direito a 15 minutos de tolerância de atraso, sendo que, caso chegue depois desse horário, receberá falta somente naquele horário. Critérios de Avaliação Prova • No dia da prova deverá estar sobre a mesa somente lápis, borracha e caneta. O uso de celular, tablets ou qualquer aparelho eletrônico não é permitido (muito menos colar). Caso o aluno insista, a prova será recolhida e será atribuída nota zero. • Revisões de notas sem justificativa não serão analisadas pela Coordenação Critérios de Avaliação Recursos didáticos • Será utilizada como apoio das aulas, Datashow, livros, artigos, quadro branco, metodologia construtivista, atividades praticas para resolução de problemas e outros recursos necessários às aulas com atividade de dinâmica de grupo. Bibliografia Básica 1. PEREIRA, Maurício Gomes. Epidemiologia, teoria e prática. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2008. 2. COSTA, D.C. Epidemiologia Teoria e objeto, 2a. edição, HUCITEC, SP, 1994 2. FLETCHER, R. H.; Fletcher, S.W.; Wagner, E.H. Epidemiologia clínica, bases científicas da conduta médica. BR, Porto Alegre, Artes Médicas, 1989. Bibliografia Complementar 1. ROUQUARIOL, Zelia M. & FILHO, N. A. Epidemiologia e Saúde. São Paulo: Medsi, 2003. 2. GRANDA, E.; Breilh, J. Investigação da saúde na sociedade: guia pedagógico sobre um novo enfoque do método epidemiológico. BR, SP, Cortez Ed, Instituto de Saúde/SP, ABRASCO, 1989 3. MALETTA, C.H.M. Epidemiologia - Saúde Pública, 3ª edição, Coopmed Editora, Belo Horizonte, 1998. 4. MEDRONHO R. (org.). Epidemiologia. São Paulo: Editora Atheneu, 2003. Cronograma de Atividades Plano de ensino • Definição da epidemiologia através do tempo, objetivos, principais usos, suas aplicações, especificidade, evolução, e divisões da epidemiologia: • A Epidemiologia na pratica dos serviços de saúde: áreas da aplicação nos serviços de saúde, identificação de perfil e riscos em serviços de saúde, analise e avaliação dos serviços desaúde. • Epidemiologia e assistência integral à saúde. Cronograma de Atividades Plano de ensino • Processo saúde doença: conceito de saúde e doença historia natural da doença, padrões de progressão da doença, duas concepções de historia natural da doença, fases da história natural da doença, medidas inespecíficas e especificas. • Epidemiologia na atenção prevenção primaria, secundaria e terciária, medidas preventivas. Cronograma de Atividades Plano de ensino • Medidas de Frequências em Epidemiologia; Indicadores de saúde, principais usos, critérios para avaliar indicadores, medidas utilizadas em saúde, definição de caso; Dados absolutos e dados relativos, principais indicadores de saúde epidemiológicos, medida de frequência de morbidade e mortalidade, indicadores nutricionais, ambientais, sociais, demográficos e indicadores positivos de saúde. Cronograma de Atividades Plano de ensino • Indicadores epidemiológicos utilizados na atenção básica. • Transição demográfica e epidemiologia: Conceitos e etapas da transição epidemiológica e demográfica, Indicadores que se alteram na transição demográfica e os problemas modernos. Cronograma de Atividades Plano de ensino 12/04/2017: Avaliação A1 12/04/2017: Segunda chamada • Epidemiologia descritiva: Abordagem principal da epidemiologia nos serviços de saúde, características e medidas de frequência da epidemiologia descritiva. Variável relativa a tempo, lugar e pessoa. Cronograma de Atividades Plano de ensino • Métodos empregados em epidemiologia: • Estudo descritivo em âmbito clínico e populacional, vantagens e desvantagens. • Estudos observacionais: Síntese dos principais estudos. Estudo transversal, estudo de coorte, e caso controle, utilidade, vantagens, desvantagens limitações e viés. Cronograma de Atividades Plano de ensino • Estudos analíticos: Estudo intervenção experimental e quase experimental, cego, duplo cego e triplo cego, utilidade, vantagens, limitações e viés. • Epidemiologia geral das doenças infecciosas: o processo de transmissão, características dos agentes infecciosos e suas relações com o hospedeiro, fontes de infecção/infestação, portas de entrada e vias de eliminação. Definição, medidas de prevenção e controle. Cronograma de Atividades Plano de ensino • A Vigilância como instrumento de Saúde Publica: Vigilância Epidemiológica: Conceito, objetivos da vigilância; • Características gerais dos sistemas de vigilância; aspectos operacionais da vigilância em saúde pública, identificação de prioridades, etapas do desenvolvimento de um sistema de vigilância, tipos de sistemas de vigilância; Cronograma de Atividades Plano de ensino • Fontes de dados de sistemas de vigilância, avaliação de sistemas de vigilância. • Limitações de sistemas de notificação de doenças, medidas visando o aprimoramento de sistema de vigilância. • Classificação Internacional das doenças (CID). • Vigilância epidemiológica nas doenças infecciosas comunitárias e hospitalares. • Atuação e assistência de enfermagem na investigação de surtos e epidemias. Cronograma de Atividades Plano de ensino • Programa Nacional de Imunizações. • 05/07/2017: Avaliação A2 • 13/07/2017: Segunda chamada. • 18/07/2017: A3 recuperação • 20/07/2017: Lançamento de nota final e entrega do diário Introdução a Epidemiologia Aula 1 • A epidemiologia é uma disciplina básica de saúde publica voltada à compreensão do processo saúde/doença da população; Já epidemiologia clinica tem como objetivos o estudo desse mesmo processo mas em termos individuais. Uma breve introdução à epidemiologia Aspectos conceituais da Epidemiologia • Como ciência: A epidemiologia fundamenta-se no raciocínio causal; Como disciplina da saúde pública, preocupa-se com o desenvolvimento de estratégias para as ações voltadas a proteção e promoção da saúde da comunidade. Uma breve introdução à epidemiologia Aspectos conceituais da Epidemiologia • A epidemiologia constitui também instrumento para o desenvolvimento de políticas no setor saúde. Sua aplicação neste caso, deve levar em conta o conhecimento disponível, adequado-o ás realidades locais. • Se quisermos delimitar conceitualmente a epidemiologia, encontraremos várias definições, uma delas, bem ampla, é que nos da uma boa idéia de sua abrangência e aplicação em saúde pública. Aspectos conceituais: Cont. Uma breve introdução à epidemiologia 1. Origem Grego e foi usada pela primeira vez em 1802 Do grego, Epedeméion (aquele que visita) EPI = Sobre; DEMO = População; LOGOS = palavra, discurso, estudo, tratado • Varias definições já foram publicadas. • 1873 (Parkin, oxford English Dictionary): “Parte das ciências da saúde que lida com epidemias”. • “Epidemiologia” - Estudo do que afeta a população Epidemiologia: conceitos básicos Uma breve introdução à epidemiologia Qual é o método utilizado pela epidemiologia ? Uma breve introdução à epidemiologia Epidemiologia: conceitos básicos ? Qual é o método utilizado pela epidemiologia ? • “Métodos da epidemiologia” ou • “ Métodos epidemiológicos • São utilizados em situações próprias do estudo da saúde da população • Estudada de maneira mais ampla, na metodologia cientifica que regem todas as ciência; Breve introdução à epidemiologia Epidemiologia: conceitos básicos • Conceito antigo: Definições limitadas a preocupação com doenças transmissíveis Breve introdução à epidemiologia Epidemiologia: conceitos básicos Etimologicamente O que significa epidemiologia ? ? Breve introdução à epidemiologia Epidemiologia Significa: Ciência que estuda o processo saúde-doença na sociedade, analisando a distribuição populacional e os fatores determinantes das doenças, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração, e avaliação das ações de saúde. (Rouquayrol, 2003) Breve introdução à epidemiologia • A epidemiologia é uma disciplina básica da saúde pública voltada para a compreensão do processo saúde-doença no âmbito de populações, aspecto que a diferencia da clínica, que tem por objetivo o estudo desse mesmo processo, mas em termos individuais. Caso a caso. Epidemiologia x Epidemiologia Clínica Breve introdução à epidemiologia • Essa definição de epidemiologia inclui uma série de termos que refletem alguns princípios da disciplina que merecem ser destacados (CDC, Principles, 1992): Epidemiologia: conceitos básicos Estudo: A epidemiologia como disciplina básica da saúde pública tem seus fundamentos no método científico. Breve introdução à epidemiologia Freqüência e distribuição: Preocupa-se com a freqüência e o padrão dos eventos relacionados com o processo saúde-doença na população. A freqüência inclui não só o número desses eventos, mas também as taxas ou riscos de doença nessa população. Aspectos conceituais: Cont. • O conhecimento das taxas constitui ponto de fundamental importância para o epidemiologista, uma vez que permite comparações válidas entre diferentes populações. Breve introdução à epidemiologiaAspectos conceituais: Cont. O padrão de ocorrência dos eventos relacionados ao processo saúde-doença diz respeito à distribuição desses eventos segundo características: Da pessoa (sexo, idade, profissão, etnia, etc.) Do lugar (distribuição geográfica, distribuição urbano- rural, etc.) Do tempo (tendência num período, variação sazonal, etc.); Breve introdução à epidemiologia Determinantes: • A epidemiologia busca a causa e os fatores que influenciam a ocorrência dos eventos relacionados ao processo saúde-doença e compara sua ocorrência em diferentes grupos populacionais com distintas características demográficas, genéticas, imunológicas, comportamentais, de exposição ao ambiente e outros fatores, assim chamados fatores de risco. Aspectos conceituais: Cont. Breve introdução à epidemiologia Estados ou eventos relacionados à saúde: • Originalmente, a epidemiologia preocupava-se com epidemias de doenças infecciosas; • No entanto, sua abrangência ampliou-se e, atualmente, sua área de atuação estende-se a todos os agravos à saúde. (aderência terapêutica, pratica de exercícios físicos, hábitos de fumar, uso de bebida alcoólica, tipo de alimentação) Aspectos conceituais: Cont. Breve introdução à epidemiologia Aspectos conceituais: Cont. Específicas populações: • Como já foi salientado, a epidemiologia preocupa-se com a saúde coletiva de grupos de indivíduos que vivem numa comunidade ou área. Breve introdução à epidemiologia Aspectos conceituais: Cont. Aplicação: • Epidemiologia, como disciplina da saúde pública, é mais que o estudo a respeito de um assunto, uma vez que ela oferece subsídios para a implementação de ações dirigidas à prevenção e ao controle. • Portanto, ela não é somente uma ciência, mas também é um instrumento. Breve introdução à epidemiologia Aspectos conceituais: Cont. Objetivo final: • A melhoria das condições de saúde da população humana, o que demonstra o vínculo indissociável da pesquisa epidemiológica com o aprimoramento da assistência integral à saúde. Breve introdução à epidemiologia • Existem dois pressupostos básicos da Epidemiologia: 1. Doença/agravos em seres humanos não ocorrem de maneira aleatória; 2. Doença/agravos em seres humanos tem fatores causais que podem ser identificados através de observações sistemáticas em diferentes populações ou subgrupos populacionais, em diferentes lugares, e em diferentes momentos no tempo. Aspectos conceituais: Cont. Breve introdução à epidemiologia Àreas de produção do conhecimento da epidemiologia Metodos aplicados Identificação, quantificação e caracterização de danos à saúde da população Investigação descritiva Quantificação e caracterização de riscos identificados que estejam presentes na População Investigação descritiva Identificação de fatores de risco e fatores prognóstico para determinado agravo Investigação etiológica Ampliação da informação sobre historia natural de um agravo Investigação descritiva das características clínicas, estudo de prognósticos e de sobrevivência Estimativa de validade e confiabilidade de procedimentos dde diagnóstico e intervenção Investigação metodológica Avaliação da eficácia de um procedimento ou de um agente profilático ou terapêutico Ensaios controlados Avaliação do impacto obtido por um programa, serviço ou ação de saúde Investigação de avaliação diagnóstica ou um estudo caso controle Construção de modelos epidemiológicos para análise estatística e de simulação Investigação teórica e metodológica Breve introdução à epidemiologia Aspectos conceituais: Cont. • As explicações para as causas das doenças variam conforme cultura e momentos históricos. • Antiguidade: a) concepção religiosa; b) desequilíbrio entre os elementos da natureza (água, terra, fogo e ar) • Idade Média: amuletos, orações, cultos, humores • Final do séc. XVlll: causa social; teoria dos miasmas • Metade do séc. XlX: era da bacteriologia. • Epidemiologia Moderna: Doenças crônicas degenerativas. Evolução da Epidemiologia: Breve introdução à epidemiologia 1 – FASE DA MAGIA (visão mágico-religioso): sobrenatural, ação de deuses e demonios...... Força do mal, castigo dos céus; ll – FASE DOS FATORES FÍSICOS E DOS MIASMAS: emanações do solo (denominações “malária”vem daí, significa “maus ares”); lll – FASE MICROBIOLÓGICA: ação de agentes microbiológicos; lV – FASE DA CAUSALIDADE MÚLTIPLICA: os agravos são de natureza multifatorial; incorporação do social e do psicossocial em interação com os fatores físicos biológicos. Resumo Histórico da Epidemiologia: Breve introdução à epidemiologia Hipócrates: Grécia Antiga (ano 400 a.C.) A epidemiologia originou-se das observações de Hipócrates feitas há mais de 2000 anos de que fatores ambientais influenciam a ocorrência de doenças. “Dos Ares, Água e Lugares” Aspectos Históricos da Epidemiologia: • Sempre considerando na avaliação do paciente: o clima, maneira de viver, hábitos de comer e beber; • Estudou doenças epidêmicas e as variações geográficas das endemias; • Seu Juramento: a ética médica e a importância do exame minucioso para correto diagnóstico e fiel descrição da história natural da doença. Breve introdução à epidemiologia Teoria miasmática: Mal + Ar: Idade media • Durante a Idade Média, prevaleceu a teoria Miasmática, a qual considerava que a doença era causada por certos odores venenosos, gases ou resíduos nocivos (do grego miasma, mancha) que se originavam na atmosfera ou a partir do solo. • Essas substâncias seriam posteriormente arrastadas pelo vento até a um possível indivíduo, que acabaria por adoecer. Breve introdução à epidemiologia Teoria miasmática: Mal + Ar: • O termo "malária" tem origem em mala aria (maus ares), acreditando-se que esta doença era causada pela presença de "mau ar", uma vez que era do conhecimento da época que as zonas pantanosas produziam gases e que as populações que habitavam esses locais facilmente adoeciam com malária. Breve introdução à epidemiologia JOHN GRAUNT (Século XVll – 1620 – 1674). • Pai das estatísticas vitais ou demografia. • Publicou um tratado sobre as tabelas mortuárias de Londres, analisando a mortalidade por sexo e região. • Introduziu o método quantitativo em epidemiologia com seu tratado; • A quantificação dos padrões da natalidade, mortalidade e ocorrência de doenças identificadas • A existência de diferenças entre os sexos e na distribuição urba-rural • Observou a elevada mortalidade infantil e as variações sazonais. Breve introdução à epidemiologia O que é demografia? • Demografia é uma ciência, relacionada à Geografia, voltada para o estudo da população. • A Demografia utiliza a Estatística para organizar e analisar os diferentes aspectos de uma população Como: • Crescimento demográfico, emigração, taxa de natalidade, taxa de mortalidade, expectativa de vida, distribuição populacional por áreas, faixas de idade, entre outros. • Servem de base para a definição de políticas sociais governamentais e para avaliar a qualidade de vida pessoas Breve introdução à epidemiologia No Século XIX • Com a revolução industrial (deslocamento de populações); • E com a revolução francesa (positivismo); • Tivemos epidemiasde cólera, febre amarela e febre tifóide (a maior preocupação com a higiene e condições sanitárias nas cidades). Tendo como resultados • Teoria miasmática X Teoria dos germes Breve introdução à epidemiologia LOUIS-RENE VILLERMÉ (1782 – 1863). • Médico francês que investigou a pobreza. • Pioneiro nos estudos sobre etiologia social das doenças. • Investigou sobre a pobreza, as condições de trabalho e suas influências sobre a saúde, bem como a estreita relação entre a situação socioeconômica e mortalidade (por exemplo: o estado de saúde dos trabalhadores das indústrias de algodão, lã e seda. Breve introdução à epidemiologia Aspectos Históricos da Epidemiologia: WILLIAM FARR (Século XlX - 1807 – 1883). • Responsável pelas estatísticas médicas na Inglaterra criando os registros anuais de mortalidade e morbidade. • Descreveu as leis das epidemias (Lei de Farr) observou • Ascensão rápida no início, elevação lenta até o ápice e uma queda mais rápida da doença. • Levantou questões importantes na epidemiologia como; população de risco, idade; duração da exposição • Pai da estatística vital e da vigilância Breve introdução à epidemiologia JOHN SNOW (Século XlX - 1813 – 1858). • Baseado nos componentes de freqüência e distribuição de doenças, formulou hipótese sobre a etiologia da cólera em Londres, postulando que a transmissão se dava por meio de água contaminada (1849 - 1854.). • John descreve o comportamento da cólera por meio de dados de mortalidade, estudando, numa seqüência lógica, a freqüência e a distribuição dos óbitos segundo a cronologia dos fatos e os locais de ocorrência, alem de efetuar um levantamento de outros fatores relacionados aos casos, objetivando levantar hipótese causais. Breve introdução à epidemiologia JOHN SNOW • Cólera em Londres (1845- 1852). Na primeira das duas epidemias estudadas por Snow, ele verificou que os distritos de Londres que apresentaram maiores taxas de mortalidade pela cólera eram abastecidas de água por duas companhias: • A Southwark & Vauxhall Company and Lambeth Waterworks Company distribuíram água poluída do rio Tamisa. • Transmissão pessoa a pessoa: O primeiro caso foi de um pai de família: o segundo sua esposa; o terceiro, uma filha que morava com os pais; o quarto uma filha que era casada e morava em outra casa ........., o quinto, o marido da anterior e o sexto a mãe dele...... Breve introdução à epidemiologia JOHN SNOW • Estudou a transmissão por veiculo comum????? • Introduze o conceito de risco: como “fator de risco” para transmissão indireta, a contaminação por esgotos, dos rios e dos poços de água usada para beber ou no preparo de alimentos. • Nessa forma de transmissão, não existia diferença na ocorrência da doença, seja por classe social ou por condições habitacionais. • Naquela época, ambas localidades utilizavam água captada no rio Tâmisa num ponto abaixo da cidade. Breve introdução à epidemiologia Uma breve introdução à epidemiologia JOHN SNOW • Em 1852, a Lambeth desloca o seu ponto de captação de água para uma posição a montante, permitindo a distribuição de água mais limpa, isto é, com melhor perfil microbiológico. • A concorrente Southpark manteve o mesmo ponto de captação. • O conhecimento exato desta situação criou as condições ideais para Snow realizar a sua experiência de coleta de informações epidemiológicas em 1854. Breve introdução à epidemiologia Distritos, segundo a companhia responsável pelo abastecimento de água População (censo de 1851) Mortes por colera TX de óbitos por cólera por 1.000 habitantes Southwark & Vauxhll somente 167.654 844 5.0 Lambeth somente 19.133 18 0.9 ambas as companhias 300.149 652 2.2 Tabela 1. Mortalidade por cólera em distritos de Londres, segundo a companhia responsável pelo suprimento de água, 1854 Breve introdução à epidemiologia Tabela 2. Mortalidade por cólera, em Londres, relacionada com a origem da água de abastecimento das residências servidas pelas companhias Southwark & Vauxhll e Lambeth 1854 Companhia responsável pelo abastecimento de água População (censo de 1851) Mortes por colera TX de óbitos por cólera por 1.000 habitantes Southwark & Vauxhll 98.862 419 4.2 Lambeth 154.615 80 0.5 Breve introdução à epidemiologia Podemos sintetizar da seguinte forma estratégia do raciocínio epidemiológico estabelecido por Snow: 1) Descrição do comportamento da cólera segundo atributos de tempo, espaço e de pessoa. 2) Busca de associações causais entre doença e determinantes fatores, por meio de: a) Exames de fatos b) Avaliação das hipóteses existentes c) Formulação de novas hipóteses mais especificas. d) Obtenção de dados adicionais permitindo testar novas hipóteses Breve introdução à epidemiologia Ignaz Semmelweis (1818-1865) Verdadeira tragédia da febre puerperal. • Descoberta a importância da higiene na medicina; • No inicio do seculo XIX, no hospital geral de Viena, 25 a 30% das mulheres que tinham bebe, eram acometidas por professores e estudante. • Sendo adepto ao procedimento cientifico, dois fatos chamaram sua atenção 1. A febre puerperal ocorria principalmente no ambiente hospitalar; mulheres que davam luz em casa quase nunca apresentavam a doenças Breve introdução à epidemiologia 2. Na ala das enfermeiras, muitas das mulheres assistidas permaneciam deitadas de lado durante o parto, enquanto na ala dos médicos e estudantes a parturiente sempre permanecia deitada de costas levantando a seguinte hipóteses “ dar´á luz deitada de costas, no hospital, aumenta o risco de febre puerperal” não acontecendo nenhuma diferença, rejeitando a hipóteses 3. Um medico cortou-se com um bisturi, enquanto dessecava um cadáver, vindo a morrer com os mesmos sintomas de febre puerperal, nova hipóteses foi levantada; “ a febre peurperal é causada por alguma matéria presente nos cadáveres, transmitidas as parturientes por médicos e estudantes, pelas mãos ou instrumento cirúrgico” Breve introdução à epidemiologia LOUIS PASTEUR (1822 – 1895). • Derrubou a teoria da geração espontânea; práticas de esterilização e cultivo de bactérias; fermentação microbiana; vacinas, microbiologia médica. • “Pai” da bacteriologia • Descoberta do microscópio, • Principio da pasteurização • Vacina anti-rábica • Teoria do germe - unicausal Breve introdução à epidemiologia Roberto Koch (1843 – 1910). • Médico alemão, patologista e bacteriologista. Foi um dos fundadores da microbiologia e um dos principais responsáveis pela actual compreensão da epidemiologia das doenças transmissíveis. • Demonstrou que microorganismos causam doença: • Descobridor dos agentes etiológicos da tuberculose, carbúnculo e cólera; postulados Koch. • Carbúnculo hemático ou ainda antraz - é uma doença infecciosa aguda provocada pela Bacteria Bacillus anthracis e a sua forma mais virulenta é altamente letal. Breve introdução à epidemiologia Epidemiologia no Brasil Não dispunha de nenhum modelo de atenção à saúde; • Boticários: O boticário vendia drogas medicinais e fazia receitas caseiras;• Curandeiros; pessoa que pretende ou julga curar; um dos cargos mais importantes na hierarquia; aquele que exerce medicina sem título e/ou sem conhecimentos médicos; charlatão; benzedor; ervanário Do Descobrimento ao Império (1500-1889) Breve introdução à epidemiologia • Parteiras; as parteira cuidava do organismo feminino. • Medicina liberal: Os médicos iam de casa em casa oferecendo seus serviços Curandeiros Do Descobrimento ao Império (1500-1889) Breve introdução à epidemiologia Quem praticava a medicina no século XVIII em terras Brasileiras? • Podemos dizer que era uma terra sem lei. Médicos, boticários, cirurgiões, enfermeiros, barbeiros/sangradores, parteiras, curandeiros, benzedores e feiticeiros. • Para ser médico, tinha de ter frequentado por quatro anos a Universidade de Coimbra. Assim, estaria apto para fiscalizar a prática médica e prescrever, mas não fazia sangria. A saúde no brasil em 1701 a 1800 Breve introdução à epidemiologia • Destaca-se que naquela época os médicos ou cirurgiões em geram eram brancos e livres enquanto que os enfermeiros e barbeiros/sangradores eram negros ou escravos. • As atividades do barbeiro/sangrador eram diversificadas: cortava cabelos, fazia barba, arrancava dentes, sangrava, utilizava ventosas nos pacientes. • O enfermeiro deveria cumprir as recomendações dos médicos ou dos cirurgiões. A saúde no brasil em 1701 a 1800 Breve introdução à epidemiologia • O boticário vendia drogas medicinais e fazia receitas caseiras, enquanto que a parteira cuidava do organismo feminino. Como era visto o processo de doença naquela época? • As doenças ocorriam devido ao ar, alimento, água, de uma disposição patológica da pessoa ou da conjunção destes fatores. A saúde no brasil em 1701 a 1800 Breve introdução à epidemiologia • Acreditava-se em obstrução do corpo devido ao inchaço das veias, o que alterava a hemostasia do corpo. Assim, a expulsão de substâncias do corpo como sangue, fezes, urina e vômitos restabelecia o equilíbrio. Quais os tratamentos utilizados? • O equilíbrio era reconquistado com sangrias, purga e clister, que era a lavagem intestinal com enormes seringas de porcelana ou prata. A saúde no brasil em 1701 a 1800 Breve introdução à epidemiologia • Para a prática do sangramento, utilizavam-se as lancetas, ventosas, escarificações ou sanguessugas. Após recolher o sangue em bacias, o corte era enfaixado. • A escarificação era realizada por navalha ou cascos de animais. • Após a escarificação, colocava-se ventosas no local, extraindo-se o ar do seu interior. A saúde no brasil em 1701 a 1800 Breve introdução à epidemiologia • Os barbeiros utilizavam as sanguessugas. Vermes de água doce, eram transportadas em recipientes semelhantes a baldes com água e então, após retiradas deste local, eram aplicadas no corpo do doente. • Havia um tratamento realmente doloroso. Quando o paciente tinha o diagnóstico de “corrução”, era um tipo de diarreia utilizava-se o “sacatrapo”. • Este terrível instrumento era um pontiagudo pedaço de madeira envolto por um pano. Este pano era umedecido com uma mistura bem estranha e bizarra: pólvora, aguardente, pimenta e fumo. A saúde no brasil em 1701 a 1800 Breve introdução à epidemiologia • Terminada a preparação do “material”, vem o início do tratamento: a introdução do sacatrapo no ânus do paciente. • Não é preciso muito imaginação para concluir sobre a intensidade da dor percebida pelo paciente. Como se observa, nossa medicina colonial não merece aplausos… A saúde no brasil em 1701 a 1800 Breve introdução à epidemiologia • Saneamento da capital; • Controle de navios, saúde dos portos; • Novas entradas; O controle sanitário das cidades era mínimo; Chegada da Família Real Portuguesa - 1808 Princesa Carlota Joaquina (1808) Breve introdução à epidemiologia • A vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanças na administração pública colonial, inclusive na área da saúde. • A cidade do Rio de Janeiro apresentava o principal porto do país e com isso se tornou o centro das ações sanitárias, devido a sua importância econômica. Organização do Setor Saúde Breve introdução à epidemiologia • No ano de 1918, a gripe espanhola, acometeu o mundo todo inclusive o Brasil, fazendo com que vários políticos e médicos abandonassem os grandes centros urbanos, deixando a população à mercê da própria sorte. • Nesse período, foi notificado mais de meio milhão de mortes ocasionadas pela gripe (Influenza). A saúde no brasil em 1889 a 1930 Breve introdução à epidemiologia • Em 1829, foi criada a Imperial Academia de Medicina, que funcionou como órgão consultivo do imperador D. Pedro I nas questões ligadas à saúde pública nacional, época em que também surge a Junta de Higiene Pública que não apresentou eficácia no cuidado da saúde da população. • Devido ao quadro de fragilidade que apresentavam as medidas sanitárias à população era levada a buscar outros meios para lutar contras as próprias doenças e a morte. Organização do Setor Saúde Breve introdução à epidemiologia • Os mais abastados buscavam assistência médica na Europa ou nas clínicas particulares que começaram a surgir no Rio de Janeiro, • A população menos favorecida buscava a ajuda de curandeiros, que eram os responsáveis pelo tratamento daqueles que tinham pouco dinheiro para arcar com os custos médicos. Organização do Setor Saúde Breve introdução à epidemiologia • A fase imperial da história brasileira encerrou-se sem que o Estado solucionasse os graves problemas de saúde da população, fato este que fez com que o Brasil, ao final do segundo reinado, fosse conhecido como um país insalubre. • A proclamação da República em 1889 sinalizou uma esperança de progresso ao povo brasileiro. Organização do Setor Saúde Breve introdução à epidemiologia Perfil Epidemiológico 1889 - 1930 Predomínio das doenças transmissíveis • Febre amarela • Malária • Varíola • Tuberculose • Sífilis “Atendimento médico somente era possível para os que podiam pagar ou por intermédio da caridade” (Paim, 1994). Breve introdução à epidemiologia Primeira República • Controle das epidemias • Sanitaríssimo campanhista • Grandes Sanitaristas da História: • Oswaldo Cruz, Carlos Chagas 90 Breve introdução à epidemiologia Oswaldo Cruz: metade do século XX • Medico nomeado em 1903 pelo presidente Rodrigues Alves para sanear a capital do país, o Rio de Janeiro, assolada pela varíola, peste bubônica e febre amarela ações baseadas em modelo militar Reforma Sanitária. • Fundou no Rio de Janeiro o instituto de pesquisa, que hoje tem o seu nome, onde se realizaram investigações sobre os principais problemas nacionais de saúde. A Epidemiologia no Brasil Breve introdução à epidemiologia • Carlos Chagas (1878- 1934) • Em abril de 1909, pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz descreveu um novo parasita, dando o nome de Trypanossoma Cruzi; estudou todo o ciclo do agente e o quadro clínico da enfermidade.• Em 1909 comunicou ao mundo cientifico a descoberta de um nova doença humana – chamada de Doença de chagas • Combate da ´Malária Breve introdução à epidemiologia Emilio Ribas, Adolfo Lutz e Vital Brasil • 1899: Combate da epidemia de peste bubônica em Santos; • Em 1901 foi criado o Instituto Butantã para produção de soros e vacinas; • Metade do Século XX; Destaque para ações da fundação Serviço Especial de Saúde Pública (SESP) no combate da malária, febre amarela e varíola. Epidemiologia no Brasil Breve introdução à epidemiologia Era Vargas – 1939 - 1944 Predomínio das doenças da pobreza: • doenças infecciosas • parasitárias • deficiências nutricionais, etc Aparecimento da chamada morbidade moderna: • doenças do coração • neoplasias • acidentes • violência Breve introdução à epidemiologia Sanitarismo Desenvolvimentalista: Governo JK • 1956: Departamento Nacional de Endemias Rurais – DENERU (Doença de Chagas, Malária, Tracoma e Esquistossomose) • 1958: Erradicação do mosquito Aedes Aegypti – transmissor da febre amarela • 1960: SESP é transformado em Fundação Serviço Especial de Saúde Pública (FSESP), vinculada ao Ministério da Saúde. Breve introdução à epidemiologia Perfil Epidemiológico das doenças de 1930 a 1964 • Em resumo neste período: Predomínio das doenças da pobreza (DIP) e aparecimento das doenças da modernidade; • Início da transição demográfica: envelhecimento da população. A saúde na era Vargas em 1930 a 1964 Breve introdução à epidemiologia IV. “AUTORITARISMO: Ditadura Militar” 1964 -1984 A mortalidade infantil, cujas taxas reduziram-se entre as décadas de 40 e 60, sofreu uma piora após 1964, juntamente com o aumento da tuberculose, malária, doença de Chagas, acidentes de trabalho... (Guimarães, 1978). Breve introdução à epidemiologia VARÍOLA • 1971: Último caso autóctone da VARÍOLA nas Américas • 1973: A XXII Reunião do Conselho Diretivo da OPAS anuncia a Erradicação da VARÍOLA do continente americano. Certificação internacional da erradicação da VARÍOLA no Brasil. • 1979: A OMS declara a erradicação da VARÍOLA em todo o mundo IV. “AUTORITARISMO: Ditadura Militar” 1964 -1984 Breve introdução à epidemiologia Criação do Programa Nacional de Imunização • 1973 - O MS INSTITUI O PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO - PNI • 1977 - A OPAS/OMS lança o Programa Ampliado de Imunização (PAI), com objetivo de ampliar a cobertura vacinal dos grupos mais suscetíveis à poliomielite, sarampo, tétano, coqueluche, difteria e tuberculose. • Aprovado o modelo de Caderneta de Vacinação IV. “AUTORITARISMO: Ditadura Militar” 1964 -1984 Breve introdução à epidemiologia A Criação do Programa Nacional de Imunização - PNI 1973 Documento Conceitual • Estender as vacinações às áreas rurais • Aperfeiçoar a vigilância epidemiológica • Capacitar laboratórios de saúde pública para ampliar diagnóstico • Uniformizar as técnicas de administração das vacinas • Promover a educação em saúde para aumentar a receptividade da população aos programas de vacinação IV. “AUTORITARISMO: Ditadura Militar” 1964 -1984 Breve introdução à epidemiologia • 1968 a 1973: Período do chamado “Milagre Brasileiro” o quadro sanitário agravou-se com graves epidemias de Meningite no início da década de 70. • 1979: Epidemia de Poliomielite no Paraná e Santa Catarina. Dr. Albert Sabin denunciou na imprensa a ineficiência da vacinação contra pólio no Brasil, propõe o DIA NACIONAL DE VACINAÇÃO. • 1980 A OPAS recomenda a estratégia dos Dias Nacionais , adotadas em outros países e inicio dos dias nacionais contra a paralisia infantil no Brasil IV. “AUTORITARISMO: Ditadura Militar” 1964 -1984 Breve introdução à epidemiologia Meningite Meningocócica - Epidemia 1971 - 1975 Aplicação da vacina polissacarídica A + C • 1975: plano para vacinar 10 milhões de pessoas em 4 dias • Cobertura vacinal de 95% - Fonseca, Cristina; Moraes, José Cássio de, Barradas, Rita. O Livro da Meningite: Uma doença sob a luz da cidade. 2004 Breve introdução à epidemiologia Criação do Centro Nacional da Epidemiologia Lei nº 6259 de 30 de outubro de 1975 • Atribuições que lhe foram conferidas dentro do Sistema Nacional de Saúde, o Ministério da Saúde, coordenará as ações relacionadas com o controle das doenças transmissíveis, orientando sua execução inclusive quanto à vigilância epidemiológica, à aplicação da notificação compulsória, ao programa de imunizações e ao atendimento de agravos coletivos à saúde, bem como os decorrentes de calamidade pública. Breve introdução à epidemiologia Perfil Epidemiológico das doenças de 1964 a 1984 • Em resumo neste período: As condições de saúde continuam críticas: aumento da mortalidade infantil, tuberculose, malária, Chagas, acidentes de trabalho, etc. • Predomínio das doenças da modernidade e presença ainda das DIP (dupla carga de doenças). A saúde na era do Autoritarismo em 1964 a 1984 Breve introdução à epidemiologia “NOVA REPÚBLICA” 1985-1988 • Redução da Mortalidade Infantil • Redução das Doenças Imunopreveníveis • Crescimento das doenças do aparelho circulatório e neoplasias, principais causas de mortalidade • Ampliação das mortes violentas; causas externas • 1993: Primeiro caso de AIDS em São Paulo • Epidemias de dengue em vários municípios (Paim, 1994) Breve introdução à epidemiologia Nascimento do SUS LEI nº 8.080 – 19 de setembro de 1990 “Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes, e dá outras providências”. ““PÓS – Sistema Único de Saúde – SUS ” 1989... Breve introdução à epidemiologia O CONCEITO SAÚDE, FICOU ASSIM DEFINIDO NO ART 3º DA LEI ORGÂNICA DE SAÚDE 8.080. “A saúde tem fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do país” Breve introdução à epidemiologia Na segunda metade do século XX • Após a 2ª guerra, a Epidemiologia teve grande desenvolvimento. 1. A ênfase das pesquisas: mudanças do perfil de doenças prevalentes • Doenças infecto-parasitárias • Doenças crônico-degenerativas, Evolução da epidemiologia Breve introdução à epidemiologia 2. Situação atual • No último quarto do século, duas tendências marcaram a moderna epidemiologia. A) Epidemiologia clínica. B) Epidemiologia social Evolução da epidemiologia Breve introdução à epidemiologia • Identificar o agente causal ou fatores relacionados à causa dos agravos à saúde: • Entender a causação dos agravos de saúde; • Definir os modos de transmissão; • Definir e determinar os fatores contribuintes aos agravos á saúde; • Estabelecer medidas preventivas; • Auxiliar no planejamento e desenvolvimento de serviços de saúde; • Prover dados para administração e avaliação de serviços de saúde. Objetivos da epidemiologia Objetivos da Epidemiologia • Diagnostico da situação de saúde: • Planejamento e organização de serviços; • Avaliação de tecnologias, programas e serviços; • Vigilância epidemiológica; • Investigaçãoepidemiológica; • Identificação de serviços; • Descrição de quadros clínicos; • Determinação de prognosticos; Principais usos da epidemiologia Evolução da Epidemiologia • Avaliação de testes e diagnósticos; • Analise critica de artigos científicos; Principais usos da epidemiologia Evolução da Epidemiologia • Descrever o espectro clínico das doenças e sua história natural. • Identificar fatores de risco de uma doença e grupos de indivíduos que apresentem maior risco de serem atingidos por determinado agravo; • Prever tendências, e avaliar o quanto os serviços de saúde respondem aos problemas e necessidade das populações. • Testar a eficácia, a efetividade e o impacto de estratégias de intervenção, assim como a qualidade, acesso e disponibilidade dos serviços de saúde para controlar, prevenir e tratar agravos de saúde na comunidade. Evolução da Epidemiologia As aplicações da Epidemiologia em Saúde Doenças infecciosas e enfermidades carências; Doenças crônico-degenerativas e outros danos à saúde; Os Serviços de Saúde (cobertura e qualidade dos serviços); Epidemiologia Ambiental e Ocupacional; Epidemiologia do Adolescente (idoso, criança, mulheres...); Epidemiologia Comunitária ou Hospitalar; Epidemiologia Clínica ou Social. Divisões da epidemiologia Evolução da Epidemiologia A Epidemiologia é interdisciplinar, envolvendo vários outros saberes, destacando-se três (3) eixos básicos: • AS CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Contribuem para melhor descrever e classificar as doenças (a Clínica, a Patologia, Microbiologia, Imunologia); AS CIÊNCIAS SOCIAIS – para compreensão da determinação social da doença (Sociologia, Antropologia, Demografia, Psicologia, Economia); A ESTATÍSTICA – fornece o instrumental necessário à quantificação das informações de saúde e sua interpretação. Em associação com a Informática. Evolução da Epidemiologia Fornecer os conceitos, o raciocínio e as técnicas para estudos populacionais, no campo da saúde. • Como a doença se distribui segundo as características das pessoas, lugares e épocas consideradas? • Que fatores estão relacionados à ocorrência da doença e sua distribuição na população? • Que medidas devem ser tomadas a fim de prevenir e controlar a doença? • Qual o impacto das ações de prevenção e controle sobre a distribuição da doença? Especificidade da epidemiologia Evolução da Epidemiologia Usem a epidemiologia e a criatividade! Obrigado! jspb06@gmail.com
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