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Aula 1 Epidemiologia

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Prévia do material em texto

João de Sousa Pinheiro Barbosa 
 
Mestrando em Ciência Técnologias em Saúde 
Faculdade JK 
Epidemiologia 
Ementa 
• Apresentar um panorama das bases conceituais e operacionais da 
epidemiologia como método de investigação cientifica 
indispensáveis ao estudo da origem. 
• Epidemiologias na pratica dos serviços de saúde. 
• O processo saúde e doença. 
• Medidas de frequências. 
• Transição demográfica e epidemiológica. 
• Desenhos de estudos epidemiológicos. 
Ementa 
Ementa 
• Doenças infecciosas e não-infecciosa. 
• Vigilância epidemiológica. 
• Programa Nacional de Imunizações. 
• Assistência de enfermagem na investigação de surtos. 
• Epidemiologia da infecção hospitalar e comunitária. 
 
Ementa 
OBJETIVOS DA DISCIPLINA 
Objetivo 
Proporcionar ao aluno de graduação momentos de estudos e 
reflexões sobre o processo saúde-doença na sociedade, através de 
análise da distribuição populacional e dos fatores determinantes 
das enfermidades e danos a saúde, possibilitando a construção de 
indicadores de saúde servindo de suporte ao planejamento, 
administração e avaliação das ações de saúde. 
Metodologia 
O processo de ensino-aprendizagem se desenvolverá em sala de aula 
mediante aulas expositiva dialogada, desenvolvendo a e metodologia 
construtivista, propostas de questões a ser resolvida pelos alunos, 
discussão dirigida, trabalhos e/ou exercícios em grupos. 
Metodologia de ensino 
Critérios de Avaliação 
Avaliação do aluno 
 Formas de avaliação 
• De acordo com o Regimento Interno da Instituição: A avaliação 
do rendimento escolar é expressa numericamente numa escala de 
zero (0) a dez (10). 
• A frequência deve ser igual ou superior a setenta e cinco por 
cento (75%). (30 horas= 25%) 
• A aprovação é obtida a partir de nota final igual ou superior a seis 
(6,0). 
Critérios de Avaliação 
Avaliação do aluno 
 Critérios de avaliação: 
• Atividades: Será encaminhado para o e-mail da turma os textos 
complementares e atividades escritas que deverão ser entregues 
no início de cada aula. 
• Avaliação 1 (A1): A primeira avaliação bimestral será composta 
de avaliação teórica que valerá dez (10) pontos e que contará 
com questões objetivas e discursivas. 
 
Critérios de Avaliação 
Avaliação do aluno 
• Avaliação 2 (A2): A segunda avaliação bimestral será composta de 
avaliação teórica com o valor de 10 (dez) pontos. 
• Avaliação 3 (A3): Avaliação teórica sobre todo o conteúdo 
ministrado ao longo do semestre. 
• Segunda chamada: deverá ser solicitada até 72h contando da data 
de aplicação da prova teórica. 
• As datas da segunda chamada estão disponíveis no 
calendário escolar disponibilizado no site da instituição. 
 
 
Critérios de Avaliação 
Avaliação do aluno 
• Media do período: 
MÉDIA (M)= (A1) + (2x A2) / 3 = 6 
 ASSIM: 
• A média para aprovação direta sem prova de recuperação é de 6,00 
(seis) pontos. 
• O aluno que obtém Média Parcial (MP) menor que 6,0 (seis), porém 
maior que 3,0 (três), pode se submeter à Avaliação Final (A3); 
• Após o fechamento da Média será oferecido ao discente a Prova de 
Recuperação para a sua aprovação o aluno deverá ter nota igual ou 
superior a 6,00 (seis) pontos. 
Critérios de Avaliação 
Faltas do aluno 
• De acordo com as normas da JK, o aluno com 25% ou mais de 
 faltas em aulas, será automaticamente reprovado com conceito 
 Reprovado por faltas (RF). 
• Para cada aula específica será computada uma presença (ou 
 ausência). 
• Haverá a lista de freqüência geral para as aulas teóricas que ficara 
 em poder do professor da aula. 
• A única maneira para constatar a freqüência do aluno é a lista de 
 freqüência. Portanto, a assinatura da mesma é OBRIGATÓRIA e 
 isto é de inteira responsabilidade do aluno. 
 
Critérios de Avaliação 
Faltas do aluno 
• A assinatura deverá ser feita sob forma de rubrica ou nome do 
 aluno em letra cursiva, não será aceita assinatura com letras de 
 forma, nem apenas as iniciais do nome do aluno. 
• O aluno poderá ter sua falta á aula abonada, desde que 
 justifique sua ausência. 
 
 
Critérios de Avaliação 
Faltas do aluno 
• As justificativas de faltas serão aceitas por doença 
 (comprovada com atestado médico (assinado, carimbado) ou 
 por comparecimento a Congresso Científico para apresentar 
 trabalho (também comprovado com certificado expedido pelo 
 Congresso); 
• não será aceita a justificativa de mero ouvinte (congressista). Da 
mesma forma, não será aceito testemunho de colega(s) de que o 
aluno esteve presente á aula. 
• Licença de gestação e maternidade. 
Critérios de Avaliação 
Faltas do aluno 
• As atividades solicitadas deverão ser entregues na data combinada. 
Atrasos não serão tolerados. 
• Em casos em que o aluno estiver ausente por motivos médicos, esse 
deverá protocolar o atestado médico no site da Instituição até 72 
horas, levar o protocolo na Secretaria, e depois de deferido o atestado 
médico será aplicada outra atividade substitutiva. 
Critérios de Avaliação 
Faltas do aluno 
• Atestados entregues com o prazo superior às 72h não serão aceitos 
pela Secretaria, conforme normas da Instituição. 
• O aluno não está autorizado a fazer nenhum tipo de registro em áudio 
ou vídeo das aulas, sendo o uso de celulares e computadores são 
permitidos para pesquisa e para acompanhar o material encaminhado 
para os e-mails da turma. 
• O aluno tem o direito a 15 minutos de tolerância de atraso, sendo 
que, caso chegue depois desse horário, receberá falta somente 
naquele horário. 
Critérios de Avaliação 
Prova 
• No dia da prova deverá estar sobre a mesa somente lápis, borracha e 
caneta. O uso de celular, tablets ou qualquer aparelho eletrônico não 
é permitido (muito menos colar). Caso o aluno insista, a prova será 
recolhida e será atribuída nota zero. 
• Revisões de notas sem justificativa não serão analisadas pela 
Coordenação 
 
 
Critérios de Avaliação 
Recursos didáticos 
• Será utilizada como apoio das aulas, Datashow, livros, artigos, 
 quadro branco, metodologia construtivista, atividades praticas 
 para resolução de problemas e outros recursos necessários às 
 aulas com atividade de dinâmica de grupo. 
 
Bibliografia 
Básica 
 1. PEREIRA, Maurício Gomes. Epidemiologia, teoria e prática. 
Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2008. 
2. COSTA, D.C. Epidemiologia Teoria e objeto, 2a. edição, 
 HUCITEC, SP, 1994 
2. FLETCHER, R. H.; Fletcher, S.W.; Wagner, E.H. 
 Epidemiologia clínica, bases científicas da conduta médica. BR, 
Porto Alegre, Artes Médicas, 1989. 
 
Bibliografia 
Complementar 
 1. ROUQUARIOL, Zelia M. & FILHO, N. A. Epidemiologia e 
 Saúde. São Paulo: Medsi, 2003. 
2. GRANDA, E.; Breilh, J. Investigação da saúde na sociedade: 
guia pedagógico sobre um novo enfoque do método 
epidemiológico. BR, SP, Cortez Ed, Instituto de Saúde/SP, 
ABRASCO, 1989 
3. MALETTA, C.H.M. Epidemiologia - Saúde Pública, 3ª edição, 
Coopmed Editora, Belo Horizonte, 1998. 
 4. MEDRONHO R. (org.). Epidemiologia. São Paulo: Editora 
 Atheneu, 2003. 
Cronograma de Atividades 
Plano de ensino 
• Definição da epidemiologia através do tempo, objetivos, 
principais usos, suas aplicações, especificidade, evolução, e 
divisões da epidemiologia: 
• A Epidemiologia na pratica dos serviços de saúde: áreas da 
aplicação nos serviços de saúde, identificação de perfil e riscos 
em serviços de saúde, analise e avaliação dos serviços desaúde. 
• Epidemiologia e assistência integral à saúde. 
Cronograma de Atividades 
Plano de ensino 
• Processo saúde doença: conceito de saúde e doença 
 historia natural da doença, padrões de progressão da 
 doença, duas concepções de historia natural da doença, 
 fases da história natural da doença, medidas inespecíficas e 
 especificas. 
• Epidemiologia na atenção prevenção primaria, secundaria e 
terciária, medidas preventivas. 
Cronograma de Atividades 
Plano de ensino 
• Medidas de Frequências em Epidemiologia; Indicadores de 
saúde, principais usos, critérios para avaliar indicadores, medidas 
utilizadas em saúde, definição de caso; Dados absolutos e dados 
relativos, principais indicadores de saúde epidemiológicos, 
medida de frequência de morbidade e mortalidade, indicadores 
nutricionais, ambientais, sociais, demográficos e indicadores 
positivos de saúde. 
Cronograma de Atividades 
Plano de ensino 
• Indicadores epidemiológicos utilizados na atenção básica. 
• Transição demográfica e epidemiologia: Conceitos e etapas da 
 transição epidemiológica e demográfica, Indicadores que se 
 alteram na transição demográfica e os problemas modernos. 
Cronograma de Atividades 
Plano de ensino 
 12/04/2017: Avaliação A1 
 12/04/2017: Segunda chamada 
• Epidemiologia descritiva: Abordagem principal da epidemiologia 
 nos serviços de saúde, características e medidas de frequência da 
 epidemiologia descritiva. Variável relativa a tempo, lugar e pessoa. 
Cronograma de Atividades 
Plano de ensino 
• Métodos empregados em epidemiologia: 
• Estudo descritivo em âmbito clínico e populacional, vantagens 
e desvantagens. 
• Estudos observacionais: Síntese dos principais estudos. Estudo 
transversal, estudo de coorte, e caso controle, utilidade, 
vantagens, desvantagens limitações e viés. 
Cronograma de Atividades 
Plano de ensino 
• Estudos analíticos: Estudo intervenção experimental e quase 
experimental, cego, duplo cego e triplo cego, utilidade, 
vantagens, limitações e viés. 
• Epidemiologia geral das doenças infecciosas: o processo de 
transmissão, características dos agentes infecciosos e suas 
relações com o hospedeiro, fontes de infecção/infestação, portas 
de entrada e vias de eliminação. Definição, medidas de 
prevenção e controle. 
Cronograma de Atividades 
Plano de ensino 
• A Vigilância como instrumento de Saúde Publica: Vigilância 
Epidemiológica: Conceito, objetivos da vigilância; 
• Características gerais dos sistemas de vigilância; aspectos 
operacionais da vigilância em saúde pública, identificação de 
prioridades, etapas do desenvolvimento de um sistema de 
vigilância, tipos de sistemas de vigilância; 
Cronograma de Atividades 
Plano de ensino 
• Fontes de dados de sistemas de vigilância, avaliação de sistemas 
de vigilância. 
• Limitações de sistemas de notificação de doenças, medidas 
visando o aprimoramento de sistema de vigilância. 
• Classificação Internacional das doenças (CID). 
• Vigilância epidemiológica nas doenças infecciosas comunitárias 
e hospitalares. 
• Atuação e assistência de enfermagem na investigação de surtos e 
epidemias. 
Cronograma de Atividades 
Plano de ensino 
• Programa Nacional de Imunizações. 
• 05/07/2017: Avaliação A2 
• 13/07/2017: Segunda chamada. 
• 18/07/2017: A3 recuperação 
• 20/07/2017: Lançamento de nota final e entrega do diário 
 
 
 
 
 
Introdução a Epidemiologia 
Aula 1 
 
 
 
• A epidemiologia é uma disciplina básica de saúde publica voltada à 
compreensão do processo saúde/doença da população; 
 Já epidemiologia clinica tem como objetivos o estudo desse 
mesmo processo mas em termos individuais. 
 
Uma breve introdução à epidemiologia 
Aspectos conceituais da Epidemiologia 
• Como ciência: A epidemiologia fundamenta-se no raciocínio 
causal; 
 Como disciplina da saúde pública, preocupa-se com o 
desenvolvimento de estratégias para as ações voltadas a 
proteção e promoção da saúde da comunidade. 
 
Uma breve introdução à epidemiologia 
Aspectos conceituais da Epidemiologia 
• A epidemiologia constitui também instrumento para o 
desenvolvimento de políticas no setor saúde. 
 Sua aplicação neste caso, deve levar em conta o conhecimento 
disponível, adequado-o ás realidades locais. 
• Se quisermos delimitar conceitualmente a epidemiologia, 
encontraremos várias definições, uma delas, bem ampla, é que nos 
da uma boa idéia de sua abrangência e aplicação em saúde pública. 
 
Aspectos conceituais: Cont. 
Uma breve introdução à epidemiologia 
1. Origem Grego e foi usada pela primeira vez em 1802 
 Do grego, Epedeméion (aquele que visita) 
 EPI = Sobre; 
 DEMO = População; 
 LOGOS = palavra, discurso, estudo, tratado 
• Varias definições já foram publicadas. 
• 1873 (Parkin, oxford English Dictionary): “Parte das ciências da 
 saúde que lida com epidemias”. 
• “Epidemiologia” - Estudo do que afeta a população 
 
Epidemiologia: conceitos básicos 
Uma breve introdução à epidemiologia 
Qual é o método utilizado pela epidemiologia ? 
 
 
Uma breve introdução à epidemiologia 
Epidemiologia: conceitos básicos 
? 
Qual é o método utilizado pela epidemiologia ? 
 
• “Métodos da epidemiologia” ou 
• “ Métodos epidemiológicos 
• São utilizados em situações próprias do estudo da saúde da 
 população 
• Estudada de maneira mais ampla, na metodologia cientifica que 
regem todas as ciência; 
Breve introdução à epidemiologia 
Epidemiologia: conceitos básicos 
• Conceito antigo: Definições limitadas a preocupação com 
doenças transmissíveis 
 
 
 
Breve introdução à epidemiologia 
Epidemiologia: conceitos básicos 
Etimologicamente 
O que significa epidemiologia ? 
 
? 
Breve introdução à epidemiologia 
Epidemiologia Significa: 
Ciência que estuda o processo saúde-doença na sociedade, 
analisando a distribuição populacional e os fatores determinantes 
das doenças, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, 
propondo medidas específicas de prevenção, controle ou 
erradicação de doenças e fornecendo indicadores que sirvam de 
suporte ao planejamento, administração, e avaliação das ações de 
saúde. (Rouquayrol, 2003) 
Breve introdução à epidemiologia 
 
• A epidemiologia é uma disciplina básica da saúde pública 
voltada para a compreensão do processo saúde-doença no âmbito 
de populações, aspecto que a diferencia da clínica, que tem por 
objetivo o estudo desse mesmo processo, mas em termos 
individuais. Caso a caso. 
Epidemiologia x Epidemiologia Clínica 
Breve introdução à epidemiologia 
• Essa definição de epidemiologia 
inclui uma série de termos que 
refletem alguns princípios da 
disciplina que merecem ser 
destacados (CDC, Principles, 1992): 
 
Epidemiologia: conceitos básicos 
Estudo: A epidemiologia como disciplina básica da saúde pública 
tem seus fundamentos no método científico. 
 
Breve introdução à epidemiologia 
 Freqüência e distribuição: Preocupa-se com a freqüência e o 
padrão dos eventos relacionados com o processo saúde-doença na 
população. A freqüência inclui não só o número desses eventos, 
mas também as taxas ou riscos de doença nessa população. 
 
 
 
Aspectos conceituais: Cont. 
• O conhecimento das taxas constitui ponto de fundamental 
 importância para o epidemiologista, uma vez que permite 
 comparações válidas entre diferentes populações. 
Breve introdução à epidemiologiaAspectos conceituais: Cont. 
O padrão de ocorrência dos eventos 
relacionados ao processo saúde-doença diz 
respeito à distribuição desses eventos segundo 
características: 
Da pessoa 
(sexo, idade, 
profissão, etnia, 
etc.) 
Do lugar (distribuição 
geográfica, 
distribuição urbano-
rural, etc.) 
Do tempo 
(tendência num 
período, variação 
sazonal, etc.); 
Breve introdução à epidemiologia 
Determinantes: 
• A epidemiologia busca a causa e os fatores que 
 influenciam a ocorrência dos eventos relacionados ao 
 processo saúde-doença e compara sua ocorrência em 
 diferentes grupos populacionais com distintas 
 características demográficas, genéticas, imunológicas, 
 comportamentais, de exposição ao ambiente e outros 
 fatores, assim chamados fatores de risco. 
Aspectos conceituais: Cont. 
Breve introdução à epidemiologia 
 Estados ou eventos relacionados à saúde: 
• Originalmente, a epidemiologia preocupava-se com epidemias de 
 doenças infecciosas; 
• No entanto, sua abrangência ampliou-se e, atualmente, sua área de 
 atuação estende-se a todos os agravos à saúde. (aderência 
 terapêutica, pratica de exercícios físicos, hábitos de fumar, uso de 
 bebida alcoólica, tipo de alimentação) 
 
Aspectos conceituais: Cont. 
Breve introdução à epidemiologia 
Aspectos conceituais: Cont. 
 Específicas populações: 
• Como já foi salientado, a epidemiologia preocupa-se com a 
 saúde coletiva de grupos de indivíduos que vivem numa 
 comunidade ou área. 
 
Breve introdução à epidemiologia 
Aspectos conceituais: Cont. 
 Aplicação: 
• Epidemiologia, como disciplina da saúde pública, é mais que o 
 estudo a respeito de um assunto, uma vez que ela oferece 
 subsídios para a implementação de ações dirigidas à 
 prevenção e ao controle. 
• Portanto, ela não é somente uma ciência, mas 
 também é um instrumento. 
Breve introdução à epidemiologia 
Aspectos conceituais: Cont. 
 Objetivo final: 
• A melhoria das condições de saúde da população humana, o que 
 demonstra o vínculo indissociável da pesquisa epidemiológica com 
 o aprimoramento da assistência integral à saúde. 
Breve introdução à epidemiologia 
• Existem dois pressupostos básicos da Epidemiologia: 
1. Doença/agravos em seres humanos não ocorrem de maneira 
aleatória; 
2. Doença/agravos em seres humanos tem fatores causais que podem 
ser identificados através de observações sistemáticas em 
diferentes populações ou subgrupos populacionais, em diferentes 
lugares, e em diferentes momentos no tempo. 
 
Aspectos conceituais: Cont. 
Breve introdução à epidemiologia 
Àreas de produção do conhecimento 
da epidemiologia
Metodos aplicados
Identificação, quantificação e caracterização de 
danos à saúde da população Investigação descritiva
Quantificação e caracterização de riscos 
identificados que estejam presentes na População Investigação descritiva
Identificação de fatores de risco e fatores
prognóstico para determinado agravo Investigação etiológica
Ampliação da informação sobre historia natural
de um agravo
Investigação descritiva das 
características clínicas, estudo de 
prognósticos e de sobrevivência
Estimativa de validade e confiabilidade de 
procedimentos dde diagnóstico e intervenção Investigação metodológica
Avaliação da eficácia de um procedimento ou de 
um agente profilático ou terapêutico Ensaios controlados
Avaliação do impacto obtido por um programa,
serviço ou ação de saúde
Investigação de avaliação 
diagnóstica ou um estudo caso 
controle
Construção de modelos epidemiológicos para
análise estatística e de simulação
Investigação teórica e 
metodológica
Breve introdução à epidemiologia 
Aspectos conceituais: Cont. 
• As explicações para as causas das doenças variam conforme 
cultura e momentos históricos. 
• Antiguidade: a) concepção religiosa; b) desequilíbrio entre os 
elementos da natureza (água, terra, fogo e ar) 
• Idade Média: amuletos, orações, cultos, humores 
• Final do séc. XVlll: causa social; teoria dos miasmas 
• Metade do séc. XlX: era da bacteriologia. 
• Epidemiologia Moderna: Doenças crônicas degenerativas. 
 
 Evolução da Epidemiologia: 
Breve introdução à epidemiologia 
1 – FASE DA MAGIA (visão mágico-religioso): sobrenatural, ação 
de deuses e demonios...... Força do mal, castigo dos céus; 
ll – FASE DOS FATORES FÍSICOS E DOS MIASMAS: 
emanações do solo (denominações “malária”vem daí, significa 
“maus ares”); 
lll – FASE MICROBIOLÓGICA: ação de agentes microbiológicos; 
 
lV – FASE DA CAUSALIDADE MÚLTIPLICA: os agravos são de 
natureza multifatorial; incorporação do social e do psicossocial 
em interação com os fatores físicos biológicos. 
 Resumo Histórico da Epidemiologia: 
Breve introdução à epidemiologia 
Hipócrates: Grécia Antiga (ano 400 a.C.) 
A epidemiologia originou-se das observações de 
Hipócrates feitas há mais de 2000 anos de que 
fatores ambientais influenciam a ocorrência de 
doenças. “Dos Ares, Água e Lugares” 
 
 
 
 Aspectos Históricos da Epidemiologia: 
• Sempre considerando na avaliação do paciente: o clima, maneira de 
viver, hábitos de comer e beber; 
• Estudou doenças epidêmicas e as variações geográficas das 
endemias; 
• Seu Juramento: a ética médica e a importância do exame minucioso 
para correto diagnóstico e fiel descrição da história natural da 
doença. 
 
Breve introdução à epidemiologia 
 Teoria miasmática: Mal + Ar: Idade media 
• Durante a Idade Média, prevaleceu a teoria Miasmática, a qual 
 considerava que a doença era causada por certos odores venenosos, 
 gases ou resíduos nocivos (do grego miasma, mancha) que se 
 originavam na atmosfera ou a partir do solo. 
• Essas substâncias seriam posteriormente arrastadas pelo vento até 
a um possível indivíduo, que acabaria por adoecer. 
 
Breve introdução à epidemiologia 
Teoria miasmática: Mal + Ar: 
• O termo "malária" tem origem em mala aria (maus ares), 
 acreditando-se que esta doença era causada pela presença 
 de "mau ar", uma vez que era do conhecimento da época que as 
zonas pantanosas produziam gases e que as populações que 
habitavam esses locais facilmente adoeciam com malária. 
 
 
Breve introdução à epidemiologia 
JOHN GRAUNT (Século XVll – 1620 – 1674). 
• Pai das estatísticas vitais ou demografia. 
• Publicou um tratado sobre as tabelas mortuárias 
de Londres, analisando a mortalidade por sexo e 
região. 
 
 
 
 
 
• Introduziu o método quantitativo em epidemiologia com seu tratado; 
• A quantificação dos padrões da natalidade, mortalidade e ocorrência 
de doenças identificadas 
• A existência de diferenças entre os sexos e na distribuição urba-rural 
• Observou a elevada mortalidade infantil e as variações sazonais. 
 
Breve introdução à epidemiologia 
 O que é demografia? 
• Demografia é uma ciência, relacionada à Geografia, voltada para o 
estudo da população. 
• A Demografia utiliza a Estatística para organizar e analisar os 
diferentes aspectos de uma população 
 Como: 
• Crescimento demográfico, emigração, taxa de natalidade, taxa de 
mortalidade, expectativa de vida, distribuição populacional por áreas, 
faixas de idade, entre outros. 
• Servem de base para a definição de políticas sociais governamentais 
e para avaliar a qualidade de vida pessoas 
Breve introdução à epidemiologia 
 No Século XIX 
• Com a revolução industrial (deslocamento de populações); 
• E com a revolução francesa (positivismo); 
• Tivemos epidemiasde cólera, febre amarela e febre tifóide 
 (a maior preocupação com a higiene e condições sanitárias nas 
 cidades). 
 Tendo como resultados 
• Teoria miasmática X Teoria dos germes 
 
 
Breve introdução à epidemiologia 
LOUIS-RENE VILLERMÉ (1782 – 1863). 
• Médico francês que investigou a pobreza. 
• Pioneiro nos estudos sobre etiologia social das 
doenças. 
 
 
 
 
 
 
• Investigou sobre a pobreza, as condições de trabalho e suas 
influências sobre a saúde, bem como a estreita relação entre a 
situação socioeconômica e mortalidade (por exemplo: o estado de 
saúde dos trabalhadores das indústrias de algodão, lã e seda. 
 
 
Breve introdução à epidemiologia 
Aspectos Históricos da Epidemiologia: 
WILLIAM FARR (Século XlX - 1807 – 1883). 
• Responsável pelas estatísticas médicas na 
Inglaterra criando os registros anuais de 
mortalidade e morbidade. 
 
 
 
 
 
 
• Descreveu as leis das epidemias (Lei de Farr) observou 
• Ascensão rápida no início, elevação lenta até o ápice e uma 
queda mais rápida da doença. 
• Levantou questões importantes na epidemiologia como; população 
de risco, idade; duração da exposição 
• Pai da estatística vital e da vigilância 
 
Breve introdução à epidemiologia 
JOHN SNOW (Século XlX - 1813 – 1858). 
• Baseado nos componentes de freqüência e 
distribuição de doenças, formulou hipótese sobre 
a etiologia da cólera em Londres, postulando 
que a transmissão se dava por meio de água 
contaminada (1849 - 1854.). 
 
 
 
 
 
 
 
• John descreve o comportamento da cólera por meio de dados de 
mortalidade, estudando, numa seqüência lógica, a freqüência e a 
distribuição dos óbitos segundo a cronologia dos fatos e os locais 
de ocorrência, alem de efetuar um levantamento de outros fatores 
relacionados aos casos, objetivando levantar hipótese causais. 
 
Breve introdução à epidemiologia 
JOHN SNOW 
• Cólera em Londres (1845- 1852). Na primeira das duas epidemias 
estudadas por Snow, ele verificou que os distritos de Londres que 
apresentaram maiores taxas de mortalidade pela cólera eram 
abastecidas de água por duas companhias: 
• A Southwark & Vauxhall Company and Lambeth Waterworks 
Company distribuíram água poluída do rio Tamisa. 
• Transmissão pessoa a pessoa: O primeiro caso foi de um pai de 
família: o segundo sua esposa; o terceiro, uma filha que morava 
com os pais; o quarto uma filha que era casada e morava em outra 
casa ........., o quinto, o marido da anterior e o sexto a mãe dele...... 
 
Breve introdução à epidemiologia 
JOHN SNOW 
• Estudou a transmissão por veiculo comum????? 
• Introduze o conceito de risco: como “fator de risco” para 
transmissão indireta, a contaminação por esgotos, dos rios e dos 
poços de água usada para beber ou no preparo de alimentos. 
• Nessa forma de transmissão, não existia diferença na ocorrência 
da doença, seja por classe social ou por condições habitacionais. 
• Naquela época, ambas localidades utilizavam água captada no rio 
Tâmisa num ponto abaixo da cidade. 
 
 
 
Breve introdução à epidemiologia 
Uma breve introdução à epidemiologia 
JOHN SNOW 
• Em 1852, a Lambeth desloca o seu ponto de captação de água para 
uma posição a montante, permitindo a distribuição de água mais 
limpa, isto é, com melhor perfil microbiológico. 
• A concorrente Southpark manteve o mesmo ponto de captação. 
• O conhecimento exato desta situação criou as condições ideais para 
Snow realizar a sua experiência de coleta de informações 
epidemiológicas em 1854. 
 
 
Breve introdução à epidemiologia 
 
 
 
 
 
 
 
Distritos, segundo a 
companhia responsável
pelo abastecimento de água
População 
(censo de 1851)
Mortes por 
colera
TX de óbitos 
por cólera por 
1.000 habitantes
Southwark & Vauxhll 
somente 167.654 844 5.0
Lambeth somente 19.133 18 0.9
ambas as companhias 300.149 652 2.2
Tabela 1. Mortalidade por cólera em distritos de Londres, segundo a 
companhia responsável pelo suprimento de água, 1854 
Breve introdução à epidemiologia 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 2. Mortalidade por cólera, em Londres, relacionada com a 
origem da água de abastecimento das residências servidas pelas 
companhias Southwark & Vauxhll e Lambeth 1854 
Companhia responsável
pelo abastecimento de água
População 
(censo de 1851)
Mortes por 
colera
TX de óbitos por 
cólera por 1.000 
habitantes
Southwark & Vauxhll 98.862 419 4.2
Lambeth 154.615 80 0.5
Breve introdução à epidemiologia 
 Podemos sintetizar da seguinte forma estratégia do raciocínio 
epidemiológico estabelecido por Snow: 
1) Descrição do comportamento da cólera segundo atributos de 
tempo, espaço e de pessoa. 
2) Busca de associações causais entre doença e determinantes 
fatores, por meio de: 
a) Exames de fatos 
b) Avaliação das hipóteses existentes 
c) Formulação de novas hipóteses mais especificas. 
d) Obtenção de dados adicionais permitindo testar novas hipóteses 
 
 
Breve introdução à epidemiologia 
Ignaz Semmelweis (1818-1865) 
 Verdadeira tragédia da febre puerperal. 
• Descoberta a importância da higiene na medicina; 
• No inicio do seculo XIX, no hospital geral de 
Viena, 25 a 30% das mulheres que tinham bebe, 
eram acometidas por professores e estudante. 
 
 
 
 
 
 
• Sendo adepto ao procedimento cientifico, dois fatos chamaram sua 
atenção 
1. A febre puerperal ocorria principalmente no ambiente hospitalar; 
mulheres que davam luz em casa quase nunca apresentavam a 
doenças 
 
Breve introdução à epidemiologia 
2. Na ala das enfermeiras, muitas das mulheres assistidas 
permaneciam deitadas de lado durante o parto, enquanto na ala dos 
médicos e estudantes a parturiente sempre permanecia deitada de 
costas levantando a seguinte hipóteses “ dar´á luz deitada de costas, 
no hospital, aumenta o risco de febre puerperal” não acontecendo 
nenhuma diferença, rejeitando a hipóteses 
3. Um medico cortou-se com um bisturi, enquanto dessecava um 
cadáver, vindo a morrer com os mesmos sintomas de febre puerperal, 
nova hipóteses foi levantada; “ a febre peurperal é causada por 
alguma matéria presente nos cadáveres, transmitidas as parturientes 
por médicos e estudantes, pelas mãos ou instrumento cirúrgico” 
 
Breve introdução à epidemiologia 
LOUIS PASTEUR (1822 – 1895). 
• Derrubou a teoria da geração espontânea; práticas 
de esterilização e cultivo de bactérias; 
fermentação microbiana; vacinas, microbiologia 
médica. 
 • “Pai” da bacteriologia 
• Descoberta do microscópio, 
• Principio da pasteurização 
• Vacina anti-rábica 
• Teoria do germe - unicausal 
 
 
Breve introdução à epidemiologia 
Roberto Koch (1843 – 1910). 
• Médico alemão, patologista e bacteriologista. Foi 
um dos fundadores da microbiologia e um dos 
principais responsáveis pela actual compreensão da 
epidemiologia das doenças transmissíveis. 
 
 
 
 
 
• Demonstrou que microorganismos causam doença: 
• Descobridor dos agentes etiológicos da tuberculose, carbúnculo e 
 cólera; postulados Koch. 
• Carbúnculo hemático ou ainda antraz - é uma doença infecciosa 
aguda provocada pela Bacteria Bacillus anthracis e a sua forma mais 
virulenta é altamente letal. 
 
Breve introdução à epidemiologia 
 
 
 
 
 
Epidemiologia no Brasil 
 
 
 
 Não dispunha de nenhum modelo de atenção à saúde; 
• Boticários: O boticário vendia drogas medicinais e fazia receitas 
caseiras;• Curandeiros; pessoa que pretende ou julga curar; um dos cargos 
mais importantes na hierarquia; aquele que exerce medicina sem 
título e/ou sem conhecimentos médicos; charlatão; benzedor; 
ervanário 
 
 
 
Do Descobrimento ao Império (1500-1889) 
 
Breve introdução à epidemiologia 
• Parteiras; as parteira cuidava do organismo feminino. 
• Medicina liberal: Os médicos iam de casa em casa oferecendo 
seus serviços Curandeiros 
 
 
 
 
 
Do Descobrimento ao Império (1500-1889) 
 
Breve introdução à epidemiologia 
 Quem praticava a medicina no século XVIII em terras 
Brasileiras? 
• Podemos dizer que era uma terra sem lei. Médicos, boticários, 
cirurgiões, enfermeiros, barbeiros/sangradores, parteiras, curandeiros, 
benzedores e feiticeiros. 
• Para ser médico, tinha de ter frequentado por quatro anos a 
Universidade de Coimbra. Assim, estaria apto para fiscalizar a prática 
médica e prescrever, mas não fazia sangria. 
 
 
 
 
A saúde no brasil em 1701 a 1800 
 
Breve introdução à epidemiologia 
• Destaca-se que naquela época os médicos ou cirurgiões em geram 
eram brancos e livres enquanto que os enfermeiros e 
barbeiros/sangradores eram negros ou escravos. 
• As atividades do barbeiro/sangrador eram diversificadas: cortava 
cabelos, fazia barba, arrancava dentes, sangrava, utilizava ventosas 
nos pacientes. 
• O enfermeiro deveria cumprir as recomendações dos médicos ou 
dos cirurgiões. 
 
 
 
 
 
A saúde no brasil em 1701 a 1800 
 
Breve introdução à epidemiologia 
• O boticário vendia drogas medicinais e fazia receitas caseiras, 
enquanto que a parteira cuidava do organismo feminino. 
 
 Como era visto o processo de doença naquela época? 
• As doenças ocorriam devido ao ar, alimento, água, de uma 
disposição patológica da pessoa ou da conjunção destes fatores. 
 
 
A saúde no brasil em 1701 a 1800 
 
Breve introdução à epidemiologia 
• Acreditava-se em obstrução do corpo devido ao inchaço das veias, 
o que alterava a hemostasia do corpo. Assim, a expulsão de 
substâncias do corpo como sangue, fezes, urina e vômitos 
restabelecia o equilíbrio. 
 Quais os tratamentos utilizados? 
• O equilíbrio era reconquistado com sangrias, purga e clister, que 
era a lavagem intestinal com enormes seringas de porcelana ou 
prata. 
 
 
 
A saúde no brasil em 1701 a 1800 
 
Breve introdução à epidemiologia 
• Para a prática do sangramento, utilizavam-se as lancetas, ventosas, 
escarificações ou sanguessugas. Após recolher o sangue em bacias, 
o corte era enfaixado. 
• A escarificação era realizada por navalha ou cascos de 
animais. 
• Após a escarificação, colocava-se ventosas no local, 
extraindo-se o ar do seu interior. 
 
 
 
 
A saúde no brasil em 1701 a 1800 
 
Breve introdução à epidemiologia 
• Os barbeiros utilizavam as sanguessugas. Vermes de água doce, 
eram transportadas em recipientes semelhantes a baldes com água e 
então, após retiradas deste local, eram aplicadas no corpo do 
doente. 
• Havia um tratamento realmente doloroso. Quando o paciente tinha 
o diagnóstico de “corrução”, era um tipo de diarreia utilizava-se o 
“sacatrapo”. 
• Este terrível instrumento era um pontiagudo pedaço de madeira 
envolto por um pano. Este pano era umedecido com uma mistura 
bem estranha e bizarra: pólvora, aguardente, pimenta e fumo. 
 
 
 
A saúde no brasil em 1701 a 1800 
 
Breve introdução à epidemiologia 
• Terminada a preparação do “material”, vem o início do tratamento: 
a introdução do sacatrapo no ânus do paciente. 
• Não é preciso muito imaginação para concluir sobre a intensidade 
da dor percebida pelo paciente. Como se observa, nossa medicina 
colonial não merece aplausos… 
 
 
 
A saúde no brasil em 1701 a 1800 
 
Breve introdução à epidemiologia 
• Saneamento da capital; 
• Controle de navios, saúde dos portos; 
• Novas entradas; 
 O controle sanitário das cidades 
 era mínimo; 
 
 
 
 
 
Chegada da Família Real Portuguesa - 1808 
 
Princesa Carlota Joaquina (1808) 
Breve introdução à epidemiologia 
• A vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil em 1808 
determinou mudanças na administração pública colonial, inclusive 
na área da saúde. 
• A cidade do Rio de Janeiro apresentava o principal porto do país e 
com isso se tornou o centro das ações sanitárias, devido a sua 
importância econômica. 
 
 
 
 
Organização do Setor Saúde 
 
Breve introdução à epidemiologia 
• No ano de 1918, a gripe espanhola, acometeu o mundo todo 
inclusive o Brasil, fazendo com que vários políticos e médicos 
abandonassem os grandes centros urbanos, deixando a população à 
mercê da própria sorte. 
• Nesse período, foi notificado mais de meio milhão de mortes 
ocasionadas pela gripe (Influenza). 
 
 
A saúde no brasil em 1889 a 1930 
 
Breve introdução à epidemiologia 
• Em 1829, foi criada a Imperial Academia de Medicina, que 
funcionou como órgão consultivo do imperador D. Pedro I nas 
questões ligadas à saúde pública nacional, época em que também 
surge a Junta de Higiene Pública que não apresentou eficácia no 
cuidado da saúde da população. 
• Devido ao quadro de fragilidade que apresentavam as medidas 
sanitárias à população era levada a buscar outros meios para lutar 
contras as próprias doenças e a morte. 
 
 
 
 
Organização do Setor Saúde 
 
Breve introdução à epidemiologia 
• Os mais abastados buscavam assistência médica na Europa ou nas 
clínicas particulares que começaram a surgir no Rio de Janeiro, 
• A população menos favorecida buscava a ajuda de curandeiros, que 
eram os responsáveis pelo tratamento daqueles que tinham pouco 
dinheiro para arcar com os custos médicos. 
 
 
 
 
Organização do Setor Saúde 
 
Breve introdução à epidemiologia 
• A fase imperial da história brasileira encerrou-se sem que o Estado 
solucionasse os graves problemas de saúde da população, fato este 
que fez com que o Brasil, ao final do segundo reinado, fosse 
conhecido como um país insalubre. 
• A proclamação da República em 1889 sinalizou uma esperança de 
progresso ao povo brasileiro. 
 
 
 
 
Organização do Setor Saúde 
 
Breve introdução à epidemiologia 
 
Perfil Epidemiológico 1889 - 1930 
 
 Predomínio das doenças transmissíveis 
• Febre amarela 
• Malária 
• Varíola 
• Tuberculose 
• Sífilis 
 
“Atendimento médico somente era possível 
para os que podiam pagar ou por 
intermédio da caridade” 
(Paim, 1994). 
Breve introdução à epidemiologia 
Primeira República 
• Controle das epidemias 
• Sanitaríssimo campanhista 
• Grandes Sanitaristas da História: 
• Oswaldo Cruz, Carlos Chagas 
90 
Breve introdução à epidemiologia 
 Oswaldo Cruz: metade do século XX 
• Medico nomeado em 1903 pelo presidente Rodrigues Alves para 
 sanear a capital do país, o Rio de Janeiro, assolada pela varíola, 
 peste bubônica e febre amarela ações baseadas em modelo militar 
 Reforma Sanitária. 
• Fundou no Rio de Janeiro o instituto de pesquisa, que hoje tem o 
 seu nome, onde se realizaram investigações sobre os principais 
 problemas nacionais de saúde. 
 
A Epidemiologia no Brasil 
Breve introdução à epidemiologia 
• Carlos Chagas (1878- 1934) 
• Em abril de 1909, pesquisador do Instituto 
Oswaldo Cruz descreveu um novo 
parasita, dando o nome de Trypanossoma 
Cruzi; estudou todo o ciclo do agente e o 
quadro clínico da enfermidade.• Em 1909 comunicou ao mundo cientifico a 
descoberta de um nova doença humana – 
chamada de Doença de chagas 
• Combate da ´Malária 
Breve introdução à epidemiologia 
 Emilio Ribas, Adolfo Lutz e Vital Brasil 
• 1899: Combate da epidemia de peste bubônica em Santos; 
• Em 1901 foi criado o Instituto Butantã para produção de soros e 
 vacinas; 
• Metade do Século XX; Destaque para ações da fundação Serviço 
 Especial de Saúde Pública (SESP) no combate da malária, febre 
 amarela e varíola. 
 
 
Epidemiologia no Brasil 
Breve introdução à epidemiologia 
 Era Vargas – 1939 - 1944 
 Predomínio das doenças da pobreza: 
• doenças infecciosas 
• parasitárias 
• deficiências nutricionais, etc 
 Aparecimento da chamada morbidade moderna: 
• doenças do coração 
• neoplasias 
• acidentes 
• violência 
Breve introdução à epidemiologia 
Sanitarismo Desenvolvimentalista: Governo JK 
• 1956: Departamento Nacional de Endemias Rurais – DENERU 
(Doença de Chagas, Malária, Tracoma e Esquistossomose) 
• 1958: Erradicação do mosquito Aedes Aegypti – transmissor da febre 
amarela 
• 1960: SESP é transformado em Fundação Serviço Especial de Saúde 
Pública (FSESP), vinculada ao Ministério da Saúde. 
Breve introdução à epidemiologia 
 Perfil Epidemiológico das doenças de 1930 a 1964 
• Em resumo neste período: Predomínio das doenças da pobreza 
(DIP) e aparecimento das doenças da modernidade; 
• Início da transição demográfica: envelhecimento da população. 
 
 
 
 
 
A saúde na era Vargas em 1930 a 1964 
 
Breve introdução à epidemiologia 
IV. “AUTORITARISMO: Ditadura Militar” 1964 -1984 
 A mortalidade infantil, cujas taxas 
reduziram-se entre as décadas de 40 e 
60, sofreu uma piora após 1964, 
juntamente com o aumento da 
tuberculose, malária, doença de Chagas, 
acidentes de trabalho... 
(Guimarães, 1978). 
Breve introdução à epidemiologia 
 VARÍOLA 
• 1971: Último caso autóctone da VARÍOLA nas Américas 
• 1973: A XXII Reunião do Conselho Diretivo da OPAS anuncia a 
Erradicação da VARÍOLA do continente americano. Certificação 
internacional da erradicação da VARÍOLA no Brasil. 
• 1979: A OMS declara a erradicação da VARÍOLA em todo o mundo 
IV. “AUTORITARISMO: Ditadura Militar” 1964 -1984 
Breve introdução à epidemiologia 
Criação do Programa Nacional de Imunização 
• 1973 - O MS INSTITUI O PROGRAMA NACIONAL DE 
IMUNIZAÇÃO - PNI 
• 1977 - A OPAS/OMS lança o Programa Ampliado de Imunização 
(PAI), com objetivo de ampliar a cobertura vacinal dos grupos mais 
suscetíveis à poliomielite, sarampo, tétano, coqueluche, difteria e 
tuberculose. 
• Aprovado o modelo de Caderneta de Vacinação 
IV. “AUTORITARISMO: Ditadura Militar” 1964 -1984 
Breve introdução à epidemiologia 
A Criação do Programa Nacional de Imunização - PNI 1973 
Documento Conceitual 
• Estender as vacinações às áreas rurais 
• Aperfeiçoar a vigilância epidemiológica 
• Capacitar laboratórios de saúde pública para ampliar diagnóstico 
• Uniformizar as técnicas de administração das vacinas 
• Promover a educação em saúde para aumentar a receptividade da 
população aos programas de vacinação 
IV. “AUTORITARISMO: Ditadura Militar” 1964 -1984 
Breve introdução à epidemiologia 
• 1968 a 1973: Período do chamado “Milagre Brasileiro” o quadro 
sanitário agravou-se com graves epidemias de Meningite no início da 
década de 70. 
• 1979: Epidemia de Poliomielite no Paraná e Santa Catarina. Dr. 
Albert Sabin denunciou na imprensa a ineficiência da vacinação 
contra pólio no Brasil, propõe o DIA NACIONAL DE 
VACINAÇÃO. 
• 1980 A OPAS recomenda a estratégia dos Dias Nacionais , adotadas 
em outros países e inicio dos dias nacionais contra a paralisia infantil 
no Brasil 
IV. “AUTORITARISMO: Ditadura Militar” 1964 -1984 
Breve introdução à epidemiologia 
Meningite Meningocócica - Epidemia 1971 - 1975 
 
Aplicação da vacina polissacarídica A + C 
• 1975: plano para vacinar 
 10 milhões de pessoas em 4 dias 
• Cobertura vacinal de 95% 
- Fonseca, Cristina; Moraes, José Cássio de, Barradas, Rita. O Livro da Meningite: Uma doença sob a 
luz da cidade. 2004 
Breve introdução à epidemiologia 
 Criação do Centro Nacional da Epidemiologia Lei nº 6259 de 30 de 
outubro de 1975 
• Atribuições que lhe foram conferidas dentro do Sistema 
Nacional de Saúde, o Ministério da Saúde, coordenará as 
ações relacionadas com o controle das doenças 
transmissíveis, orientando sua execução inclusive quanto à 
vigilância epidemiológica, à aplicação da notificação 
compulsória, ao programa de imunizações e ao atendimento 
de agravos coletivos à saúde, bem como os decorrentes de 
calamidade pública. 
Breve introdução à epidemiologia 
 Perfil Epidemiológico das doenças de 1964 a 1984 
• Em resumo neste período: As condições de saúde continuam 
críticas: aumento da mortalidade infantil, tuberculose, malária, 
Chagas, acidentes de trabalho, etc. 
• Predomínio das doenças da modernidade e presença ainda das DIP 
(dupla carga de doenças). 
 
 
 
 
A saúde na era do Autoritarismo em 1964 a 1984 
 
Breve introdução à epidemiologia 
 “NOVA REPÚBLICA” 1985-1988 
• Redução da Mortalidade Infantil 
• Redução das Doenças Imunopreveníveis 
• Crescimento das doenças do aparelho circulatório e neoplasias, 
principais causas de mortalidade 
• Ampliação das mortes violentas; causas externas 
• 1993: Primeiro caso de AIDS em São Paulo 
• Epidemias de dengue em vários municípios 
(Paim, 1994) 
Breve introdução à epidemiologia 
Nascimento do SUS 
 LEI nº 8.080 – 19 de setembro de 1990 
“Dispõe sobre as condições para a promoção, 
proteção e recuperação da saúde, a organização e o 
funcionamento dos serviços correspondentes, e dá 
outras providências”. 
 ““PÓS – Sistema Único de Saúde – SUS ” 1989... 
 
Breve introdução à epidemiologia 
O CONCEITO SAÚDE, FICOU ASSIM DEFINIDO NO ART 3º 
DA LEI ORGÂNICA DE SAÚDE 8.080. 
“A saúde tem fatores determinantes e condicionantes, entre 
outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o 
meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o 
transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; 
os níveis de saúde da população expressam a organização 
social e econômica do país” 
Breve introdução à epidemiologia 
 Na segunda metade do século XX 
• Após a 2ª guerra, a Epidemiologia teve grande desenvolvimento. 
1. A ênfase das pesquisas: mudanças do perfil de doenças 
prevalentes 
• Doenças infecto-parasitárias 
• Doenças crônico-degenerativas, 
Evolução da epidemiologia 
Breve introdução à epidemiologia 
2. Situação atual 
 
• No último quarto do século, duas tendências marcaram a moderna 
epidemiologia. 
 
 A) Epidemiologia clínica. 
 
 B) Epidemiologia social 
Evolução da epidemiologia 
Breve introdução à epidemiologia 
• Identificar o agente causal ou fatores relacionados à causa dos 
agravos à saúde: 
• Entender a causação dos agravos de saúde; 
• Definir os modos de transmissão; 
• Definir e determinar os fatores contribuintes aos agravos á saúde; 
• Estabelecer medidas preventivas; 
• Auxiliar no planejamento e desenvolvimento de serviços de saúde; 
• Prover dados para administração e avaliação de serviços de saúde. 
 
Objetivos da epidemiologia 
 Objetivos da Epidemiologia 
• Diagnostico da situação de saúde: 
• Planejamento e organização de serviços; 
• Avaliação de tecnologias, programas e serviços; 
• Vigilância epidemiológica; 
• Investigaçãoepidemiológica; 
• Identificação de serviços; 
• Descrição de quadros clínicos; 
• Determinação de prognosticos; 
 
 Principais usos da epidemiologia 
Evolução da Epidemiologia 
• Avaliação de testes e diagnósticos; 
• Analise critica de artigos científicos; 
 
 
 
Principais usos da epidemiologia 
Evolução da Epidemiologia 
• Descrever o espectro clínico das doenças e sua história natural. 
• Identificar fatores de risco de uma doença e grupos de indivíduos 
que apresentem maior risco de serem atingidos por determinado 
agravo; 
• Prever tendências, e avaliar o quanto os serviços de saúde 
respondem aos problemas e necessidade das populações. 
• Testar a eficácia, a efetividade e o impacto de estratégias de 
intervenção, assim como a qualidade, acesso e disponibilidade dos 
serviços de saúde para controlar, prevenir e tratar agravos de saúde 
na comunidade. 
 
Evolução da Epidemiologia 
As aplicações da Epidemiologia em Saúde 
 
 Doenças infecciosas e enfermidades carências; 
 Doenças crônico-degenerativas e outros danos à saúde; 
 Os Serviços de Saúde (cobertura e qualidade dos serviços); 
 Epidemiologia Ambiental e Ocupacional; 
 Epidemiologia do Adolescente (idoso, criança, mulheres...); 
 Epidemiologia Comunitária ou Hospitalar; 
 Epidemiologia Clínica ou Social. 
 Divisões da epidemiologia 
Evolução da Epidemiologia 
 A Epidemiologia é interdisciplinar, envolvendo vários outros 
saberes, destacando-se três (3) eixos básicos: 
• AS CIÊNCIAS BIOLÓGICAS: Contribuem para melhor 
descrever e classificar as doenças (a Clínica, a Patologia, 
Microbiologia, Imunologia); 
 AS CIÊNCIAS SOCIAIS – para compreensão da determinação 
social da doença (Sociologia, Antropologia, Demografia, 
Psicologia, Economia); 
 A ESTATÍSTICA – fornece o instrumental necessário à 
quantificação das informações de saúde e sua interpretação. Em 
associação com a Informática. 
Evolução da Epidemiologia 
 
Fornecer os conceitos, o raciocínio e as técnicas para estudos 
populacionais, no campo da saúde. 
 
• Como a doença se distribui segundo as características das pessoas, 
lugares e épocas consideradas? 
• Que fatores estão relacionados à ocorrência da doença e sua 
distribuição na população? 
• Que medidas devem ser tomadas a fim de prevenir e controlar a 
doença? 
• Qual o impacto das ações de prevenção e controle sobre a 
distribuição da doença? 
 
 Especificidade da epidemiologia 
Evolução da Epidemiologia 
Usem a epidemiologia e 
a criatividade! 
 
 
 
 
 
 
Obrigado! 
 
 
 
jspb06@gmail.com

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