Buscar

Terapia Cognitiva Comportamental

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Terapia racional emotiva 
A Terapia Racional Emotiva (TRE) é uma terapia cognitivo-comportamental que tem 
como base a ideia de que as nossas emoções e os nossos comportamentos são resultantes das 
crenças do indivíduo, da interpretação que fazemos da nossa realidade. 
A TRE examina tanto as inferências que fazemos sobre nós mesmos, sobre os outros e 
sobre o mundo em geral como também a nossa filosofia básica. 
Modelo A – B – C 
A- Acontecimento ativante 
B- Crenças 
C- Consequências (emocionais e comportamentais) 
Para a TRE, o transtorno psicológico se dá em função da avaliação irracional que o 
indivíduo faz da realidade. 
 A avaliação irracional deriva das exigências, dos pensamentos absolutistas “tenho que” e 
“devo” sobre si mesmo, sobre os outros e sobre a vida em geral. 
Inferências derivadas do pensamento irracional absolutista: 
1 – Catastrofismo: ressaltar em excesso o negativo. 
2 – “Não posso suportar”: exagerar o insuportável de uma situação. 
3 – Condenação: comprometimento do seu valor enquanto pessoa como consequência 
do seu comportamento. Também se aplica aos outros e à vida em geral. (quando os demais não 
proporcionam o que o indivíduo acredita merecer). 
Análise Comportamental proposta pela TRE: 
A- Fato, acontecimento (evento ativador); 
B- Crenças (mediação cognitiva); 
C- Consequências (emocionais e/ou comportamentais); 
D- Discussão sobre B (debate ou refutação: método principal para substituição 
da crença irracional); 
E- Reestruturação Cognitiva. 
Objetivo primordial do terapeuta: ensinar o cliente meios para compreender a si 
mesmo. 
Objetivo da TRE: superar a irracionalidade e ser o indivíduo seu próprio terapeuta. 
Três proposições fundamentais definem as características que estão no núcleo 
da terapia cognitiva: 
 
1 – A atividade cognitiva pode ser monitorada e alterada. 
2 – A atividade cognitiva influencia o comportamento. 
3 – O comportamento desejado pode ser influenciado mediante a mudança cognitiva. 
PRINCÍPIOS DA TCC 
1 – A terapia cognitiva se baseia em uma formulação em contínuo desenvolvimento do 
paciente e de seus problemas em termos cognitivos. 
2 – A terapia cognitiva requer uma aliança terapêutica segura. Ingredientes básicos: 
cordialidade, empatia, atenção, respeito genuíno e competência. 
3 – A terapia cognitiva enfatiza colaboração e participação ativa. O terapeuta encoraja 
o paciente a ver a terapia como um trabalho em equipe. No início, o terapeuta é mais ativo em 
sugerir uma direção para as sessões, mas ao longo do trabalho ele vai encorajando o paciente 
a tornar-se mais ativo em seu processo terapêutico. 
4 – A terapia cognitiva é orientada em meta e focalizada em problemas. O terapeuta 
presta atenção especial aos obstáculos que impedem o paciente de resolver problemas e 
atingir metas por si mesmo. 
5 – A terapia cognitiva inicialmente enfatiza o presente. A atenção é voltada ao 
passado em três circunstâncias: quando o paciente expressa uma forte predileção em fazer 
isso; quando o trabalho voltado aos problemas atuais produz pouca ou nenhuma mudança 
cognitiva, comportamental e emocional ou quando o terapeuta julga que é importante 
compreender como e quando ideias disfuncionais importantes se originaram e como essas 
ideias afetam o paciente hoje. 
6 – A terapia cognitiva é educativa, visa ensinar ao paciente a ser seu próprio 
terapeuta e enfatiza prevenção de recaída. O terapeuta não ajuda somente o paciente a 
estabelecer metas, identificar e avaliar pensamentos e crenças e planejar mudança 
comportamental, mas também ensina COMO fazer isso. 
7 – A terapia cognitiva visa ter um tempo limitado. Nem todos os pacientes fazem 
progresso suficiente com poucos meses de terapia e por isso alguns pacientes vão precisar de 
um ou dois anos e possivelmente até mais para modificar suas crenças disfuncionais muito 
rígidas. 
8 – As sessões de terapia são estruturadas. Não importa o diagnóstico ou estágio do 
tratamento, o terapeuta cognitivo tende a aderir a uma estrutura estabelecida em cada sessão. 
9 – A terapia cognitiva ensina os pacientes a identificar, avaliar e responder a seus 
pensamentos e crenças disfuncionais. 
10 – A terapia cognitiva utiliza uma variedade de técnicas para mudar pensamento, 
humor e comportamento. O terapeuta seleciona as técnicas com base em sua formulação de 
caso e seus objetivos em sessões específicas. 
A evolução da terapia pode ser subdividida em cinco etapas: 
• Avaliação clínica; 
• Formulação e discussão; 
• Intervenção terapêutica; 
• Acompanhamento; 
• Encerramento. 
A conceituação cognitiva envolve: 
• Dados relevantes da infância; 
• Crenças centrais; 
• Crenças intermediárias; 
• Situação; 
• Pensamentos automáticos; 
• Emoção/sentimento; 
• Comportamento. 
MÉTODOS E TÉCNICAS 
Respiração diafragmática: 
• Serve para situações de ansiedade em que não se pode fazer o relaxamento. 
1 – Relaxamento Progressivo (CABALLO): B 
Baseado na contração dos músculos. 
2 – Relaxamento Passivo: 
Baseado somente no relaxamento dos músculos. 
3 – Relaxamento Autógeno 
• Trabalha somente com palavras. 
• Indução: 
• Primeiro trabalha com sensação de peso e calor nas extremidades; 
• Regulação dos batimentos cardíacos; 
• Sensação de tranquilidade e confiança em si mesmo; 
• Concentração passiva em sua respiração. 
DESSENSIBILIZAÇÃO SISTEMÁTICA – WOLPE 
• Ao vivo. 
• Imaginação. 
Bem aplicada, tem tendência a reduzir até 70% do medo e os 30% podem ser 
treinados ao vivo sem a nossa presença. 
WOLPE 
Método para eliminar hábitos neuróticos de resposta de ansiedade gradativamente. 
Estado fisiológico inibitório induzido no paciente através de relaxamento muscular. É, então, 
exposto a um estímulo fraco de eliciação da ansiedade. A exposição repetida até que o 
estímulo perca completamente a sua capacidade de eliciar a ansiedade. Então, estímulos 
progressivamente mais fortes são introduzidos e igualmente tratados. 
CABALLO 
É uma intervenção terapêutica desenvolvida para eliminar comportamentos de medo e 
síndromes de evitação. O procedimento consta de dois componentes: 
1 – Consiste em ensinar ao paciente uma resposta contrária à ansiedade 
(relaxamento); 
2 – Implica em uma exposição graduada ao estímulo provocador de medo. A 
exposição pode ser concretizada através da imaginação ou ao vivo. 
MODELAGEM 
• Consiste no uso do reforçamento diferencial para desempenhos progressivamente 
mais semelhantes ao desempenho final desejado. 
MODELAÇÃO 
• Consiste na observação de alguém desempenhando adequadamente os 
comportamento-alvo; 
• É utilizada juntamente com instruções, feedback e reforçamento. 
Curtograma 
 
Cartões de enfrentamento 
Têm como finalidade criar estratégias para que o paciente lide com pensamentos 
negativistas que, muitas vezes, o impede de resolver determinadas situações. 
Distorções Cognitivas ou Erros Cognitivos 
Falha no processamento de informações, o que faz com que o paciente mantenha 
seus esquemas distorcidos apesar de provas contrárias. 
Catastrofização: 
Pensar que o pior de uma situação irá acontecer sem levar em consideração a 
possibilidade de outros desfechos. Acreditar que o que aconteceu ou irá acontecer será 
terrível e insuportável. Eventos negativos que podem ocorrer são tratados como catástrofes 
intoleráveis, em vez de serem vistos em perspectiva. 
Exemplo: “Perder o emprego será o fim da minha vida”. 
Raciocínio Emocional (emocionalização) 
Presumir que sentimentos são fatos. “Sinto, logo existe”. Pensar que algo é verdadeiro 
porque tem um sentimento (na verdade, um pensamento) muito forte a respeito. Deixar os 
sentimentos guiarema interpretaçãoda realidade. Presumir que as reações emocionais 
necessariamente refletem a situação verdadeira. 
Exemplo: “Eu sinto que minha mulher não gosta mais de mim”. 
Polarização (pensamento tudo ou nada, dicotômico) 
 
Ver a situação em duas categorias apenas, mutuamente exclusivas, em vez de um 
continuum,.Perceber eventos ou pessoas em termos absolutos. 
Exemplo: “Deu tudo errado na festa”. 
Abstração Seletiva (visão de túnel, filtro mental, filtro negativo) 
Um aspecto de uma situação complexa é o foco da atenção, enquanto outros 
aspectos relevantes da situação são ignorados. Uma parte negativa (ou mesmo neutra) de 
toda uma situação é realçada, enquanto todo o restante positivo não é percebido. 
Exemplo: “Veja todas as pessoas que não gostam de mim”. 
Adivinhação 
Prever o futuro. Antecipar problemas que talvez não venham a existir. Expectativas 
negativas estabelecidas como fatos. 
Exemplo: “Não irei gostar da viagem”. 
Leitura Mental 
Presumir, sem evidências, que sabe o que os outros estão pensando, 
desconsiderando outras hipóteses possíveis. 
Exemplo: “Ela não está gostando da minha conversa”. 
Rotulação 
Colocar um rótulo global, rígido em si mesmo, numa pessoa ou situação, em vez de 
rotular a situação ou comportamento específico. 
Exemplo: “Ele é uma pessoa má”. 
Desqualificação do positivo 
Experiências positivas e qualidades que conflituam com a visão negativa são 
desvalorizadas porque “não contam” ou são triviais. 
Exemplo: “Eles só estão elogiando meu trabalho porque estão com pena”. 
Minimização ou maximização 
Características e experiências positivas em si mesmo, no outro ou nas situações são 
minimizadas, enquanto o negativo é maximizado. 
Exemplo: “Eu tenho um ótimo emprego, mas todo mundo tem”. 
Personalização 
Assumir a culpa ou responsabilidade por acontecimentos negativos, falhando em ver 
que outras pessoas e fatores também estão envolvidos nos acontecimentos. 
Exemplo: “O chefe está com a cara amarrada, devo ter feito algo errado. A culpa é 
minha”. 
Hipergeneralização 
Perceber num evento específico um padrão universal. Uma característica específica 
em uma situação é avaliada como acontecendo em todas as situações. 
Exemplo: “Eu sempre estrago tudo”. 
Imperativos (“deveria” e tenho que”) 
Interpretar eventos em termos de como as coisas deveriam ser, em vez de 
simplesmente considerar como as coisas são. Afirmações absolutistas na tentativa de prover 
motivação ou modificar comportamento. Demandas feitas a si mesmo, aos outros e ao mundo 
para evitar as consequências do não cumprimento dessas demandas. 
Vitimização 
Considerar-se injustiçado ou não entendido. A fonte dos sentimentos negativos é algo 
ou alguém, havendo recusa ou dificuldade de se responsabilizar pelos próprios sentimentos 
ou comportamentos. 
Exemplo: “Faço tudo pelos meus filhos e eles não me agradecem. 
Exemplo: Eu devo ser perfeito em tudo que faço”. 
Questionalização (E se?) 
Focar o evento naquilo que poderia ter sido e não foi. Culpar-se pelas escolhas do 
passado e questionar-se por escolhas futuras. 
Exemplo: “Se eu tivesse aceitado o outro emprego, estaria melhor agora”. 
TRANSTORNOS DE HUMOR 
Transtorno Depressivo Unipolar: O principal sintoma é a depressão. 
Transtorno Distímico: Uma forma menos severa da depressão. 
Transtornos bipolares: Sintomas se alternam entre mania e depressão. 
Transtorno ciclotímico: Uma forma menos severa da bipolaridade. 
1. Episódio Depressivo único: É a característica clínica através da qual se apresentam 
os transtornos depressivos, entretanto, sendo único na vida da pessoa, não deve ser 
caracterizado como recorrente. 
2. Transtorno Depressivo Recorrente: É quando ocorre mais de um Episódio 
Depressivo, havendo normalidade afetiva entre eles. 
3. Transtorno Afetivo Bipolar: É quando se sucedem Episódios Depressivos e 
Episódios Eufóricos, não necessariamente nessa ordem. 
4. Transtorno Distímico: É quando não existem Episódios Depressivos, mas há longos 
períodos de humor rebaixados. 
Modelo cognitivo da depressão 
• Tríade Cognitiva; 
 
 
• Esquemas ou crenças; 
“Padrões cognitivos relativamente estáveis formam a base da regularidade das 
interpretações de um conjunto específico de situações”. 
Os esquemas são construídos a partir das experiências iniciais do indivíduo e são 
ativadas por situações específicas que rememoram as experiências iniciais que foram 
responsáveis pela elaboração de atitudes negativistas. 
 
• Erros Cognitivos. 
Falha no processamento de informações, o que faz com que o paciente deprimido 
mantenha seus esquemas distorcidos apesar de provas contrárias. 
Personalização: Tendência do paciente em atribuir para si próprio acontecimentos 
externos, mesmo não existindo ligação alguma. 
Hipergeneralização: Perceber num evento específico um padrão universal. Uma 
característica específica numa situação é avaliada como acontecendo em todas as situações. 
Pensamento Dicotômico Absolutista: Tendência em colocar os eventos em lados 
opostos (competente/incompetente; sucesso/fracasso); 
Catastrofização: Pensar que o pior de uma situação irá acontecer sem levar em 
consideração a possibilidade de outros desfechos. Acreditar que o que aconteceu ou irá 
acontecer será terrível e insuportável. Eventos negativos que podem ocorrer são tratados 
como catástrofes intoleráveis, em vez de serem vistos em perspectiva. 
Raciocínio Emocional (emocionalização): Presumir que sentimentos são fatos. 
“Sinto, logo existe”. Pensar que algo é verdadeiro porque tem um sentimento (na verdade, um 
pensamento) muito forte a respeito. Deixar os sentimentos guiarem a interpretação da 
realidade. Presumir que as reações emocionais necessariamente refletem a situação 
verdadeira. 
Adivinhação: Prever o futuro. Antecipar problemas que talvez não venham a existir. 
Expectativas negativas estabelecidas como fatos. 
Abstração Seletiva (visão de túnel, filtro mental, filtro negativo): Um aspecto de 
uma situação complexa é o foco da atenção, enquanto outros aspectos relevantes da situação 
são ignorados. Uma parte negativa (ou mesmo neutra) de toda uma situação é realçada, 
enquanto todo o restante positivo não é percebido. 
Leitura Mental: Presumir, sem evidências, que sabe o que os outros estão pensando, 
desconsiderando outras hipóteses possíveis. 
Questionalização (E se?): Focar o evento naquilo que poderia ter sido e não foi. 
Culpar-se pelas escolhas do passado e questionar-se por escolhas futuras. 
Rotulação: Colocar um rótulo global, rígido em si mesmo, numa pessoa ou situação, 
em vez de rotular a situação ou comportamento específico. 
Minimização ou maximização: Características e experiências positivas em si 
mesmo, no outro ou nas situações são minimizadas, enquanto o negativo é maximizado. 
Imperativos (“deveria” e tenho que”): Interpretar eventos em termos de como as 
coisas deveriam ser, em vez de simplesmente considerar como as coisas são. Afirmações 
absolutistas na tentativa de prover motivação ou modificar comportamento. Demandas feitas a 
si mesmo, aos outros e ao mundo para evitar as consequências do não cumprimento dessas 
demandas. 
Ideação suicida 
• É necessário que o terapeuta identifique rapidamente os desejos suicidas, pois a 
intervenção deve ser imediata e sem possibilidades de erros. 
• Para uma intervenção eficaz, Beck (1997) considera como essencial que o terapeuta 
entenda porque o paciente considera o suicídio como única alternativa para todos os seus 
problemas. 
• A desesperança, o pessimismo, o desejo de fazer testamento e uma súbita 
tranquilidade são fortes indícios de ideação suicida. 
• Quebra do sigilo terapêutico. 
 
TRANSTORNOS DE ANSIEDADEDe acordo com Beck e Clark cinco critérios podem ser usados para diferenciar os estados 
anormais de medo e ansiedade. 
1 –Cognição disfuncional: 
Um princípio central da teoria cognitiva da ansiedade está relacionada ao fato de que 
medo e ansiedade anormais resultam de uma falsa suposição envolvendo uma interpretação 
errônea de perigo de uma situação que não é comprovada por uma observação direta. A ativação 
das crenças disfunções (esquemas) sobre ameaça e erros de processamento cognitivo 
associados levam ao medo acentuado e excessivo que é incongruente com a realidade objetiva 
da situação.Beck e Clark, 2012, p. 17 
2 –Funcionamento prejudicado: 
A ansiedade clínica interferirá diretamente no enfrentamento efetivo e adaptativo em face 
a uma ameaça percebida e, de modo mais geral, no funcionamento social e ocupacional diário do 
indivíduo. 3 –Manutenção: Em condições clínicas, a ansiedade persiste muito mais tempo do que 
seria esperado sob condições normais. Lembrando que a ansiedade estimula uma perspectiva 
orientada ao futuro, que envolve a antecipação de ameaça ou perigo. Beck e Clark, 2012, p. 17 
3 –Manutenção: 
Em condições clínicas, a ansiedade persiste muito mais tempo do que seria esperado sob 
condições normais. Lembrando que a ansiedade estimula uma perspectiva orientada ao futuro, 
que envolve a antecipação de ameaça ou perigo. Beck e Clark, 2012, p. 17 
4 –Alarmes falsos: 
Nos transtornos de ansiedade encontra-se frequentemente a ocorrência de alarmes 
falsos, que Barlow (2000, p.220 citado por Beck e Clark, 2012) define como “medo ou pânico 
acentuado que ocorre na ausência de qualquer estímulo ameaçador da vida, aprendido ou não”. 
Um ataque de pânico espontâneo ou inesperado é um ótimo exemplo de uma alarme falso.5 –
Hipersensibilidade a estímulo: Medo é uma resposta de aversão induzida por estímulo a um sinal 
externo ou interno que é percebido como uma ameaça em potencial. Em condições clínicas, o 
medo é evocado por uma variedade mais ampla de estímulos ou situações de intensidade 
relativamente leve de ameaça, que seriam percebidos como inócuos a indivíduo não temeroso. 
Beck e Clark, 2012, p. 17 
5 –Hipersensibilidade a estímulo: 
Medo é uma resposta de aversão induzida por estímulo a um sinal externo ou interno que 
é percebido como uma ameaça em potencial. Em condições clínicas, o medo é evocado por uma 
variedade mais ampla de estímulos ou situações de intensidade relativamente leve de ameaça, 
que seriam percebidos como inócuos a indivíduo não temeroso. Beck e Clark, 2012, p. 17 
 
Transtornos de Ansiedade (DSM 5, 2014): 
 
• Transtorno de Ansiedade de Separação; 
• Mutismo Seletivo; 
• Fobia Específica; 
• Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social); 
• Transtorno do Pânico; 
• Agorafobia 
 
Transtorno do pânico 
 
Perturbação que envolve súbitas, crescentes e intensas reações simpáticas. Podem estar 
envolvidos frequentemente comportamentos de fuga ou evitação que limitam, de forma 
drástica, 
a mobilidade e a autonomia dos pacientes. Com frequência, tentam desempenhar essas 
atividades com auxílio de álcool ou medicamentos, o que eventualmente cria 
dependências 
químicas de forma secundária. 
À medida que outros ataques ocorrem, começam a surgir a ansiedade antecipatória e a 
ideação 
sobre novos ataques, o que leva, em geral, ao desenvolvimento de respostas de evitação 
que 
virão caracterizar o quadro de agorafobia. Em muitos casos, um ataque de pânico pode 
ser disparado durante o uso de alguma substância, como a maconha, a cocaína, as anfetaminas 
e os alucinógenos, em que os efeitos somáticos ou cognitivos podem ser experimentados 
subjetivamente de forma catastrófica. Síndromes de abstinência de substâncias sedativas, como 
o álcool, os benzodiazepínicos e outros hipnóticos também podem induzir ataques de pânico. 
 
De acordo com o DSM –5 (APA, 2014, p.119) o ataque de pânico é: 
 
•Surto abrupto de medo intenso ou desconforto intenso que alcança um pico em minutos 
e 
durante o qual ocorrem quatro (ou mais) dos seguintes sintomas: 
 
1. Palpitações, coração acelerado, taquicardia; 
2. Sudorese; 
3. Tremores ou abalos; 
4. Sensações de falta de ar ou sufocamento; 
5. Sensações de asfixia; 
6. Dor ou desconforto torácico; 
7. Náusea ou desconforto abdominal; 
8. Sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio; 
9. Calafrios ou ondas de calor; 
10. Parestesias (anestesia ou sensações de formigamento; 
11. Desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (sensação de estar 
distanciado de si mesmo); 
12. Medo de perder o controle ou enlouquecer; 
13. Medo de morrer. 
 
Ainda de acordo com o DSM – 5 (APA, 2014, p.119 e 120) para o diagnóstico do 
transtorno do pânico é importante que pelo menos um dos ataques tenha recorrências, além de 
uma ou mais de uma das seguintes características: 
 
1. Apreensão ou preocupação persistente acerca de ataques de pânico 
adicionais ou sobre suas 
consequências (por exemplo, perder o controle, ter um ataque cardíaco, enlouquecer). 
2. Uma mudança desadaptativa significativa no comportamento relacionado aos 
ataques (por 
exemplo, comportamentos que têm por finalidade evitar ataques de pânico, como a 
esquiva de 
exercícios ou situações desconhecidas). 
 
Terapia Cognitiva para o transtorno do pânico: Para Beck e Clark (2012, p. 316) há cinco 
metas principais que vão definir o tratamento para o pânico na terapia cognitiva: 
 
1- Reduzir a sensibilidade e responsividade a sensações físicas e mentais 
relacionadas ao pânico; 
 
2- Enfraquecer a interpretação catastrófica errônea e os esquemas de 
ameaça hipervalente subjacentes de estados corporais ou mentais; 
 
3- Aumentar as capacidades de reavaliação cognitiva que resultam em 
adoção de uma explicação alternativa mais benigna e realista para sintomas aflitivos; 
 
4- Eliminar a evitação e outros comportamentos de busca de segurança 
mal adaptativos; 
 
5- Aumentar a tolerância à ansiedade ou desconforto e restabelecer um 
senso de segurança. 
 
Beck e Clark (2012, p. 317) indicam ainda os principais elementos que devem compor o 
tratamento da terapia cognitiva para o transtorno do pânico. São eles: 
 
1- Educação no modelo de terapia cognitiva do pânico; 
2- Ativação do esquema e indução do sintoma; 
3- Reestruturação cognitiva de interpretações errôneas; 
4- Teste empírico da hipótese da explicação alternativa; 
5- Exposição in vivo gradual; 
6- Tolerância ao sintoma e reinterpretação da segurança; 
7- Prevenção de recaída; 
8- Retreinamento da respiração (opcional). 
 
TRANSTORNOS ALIMENTARES 
 
Fome: 
O controle da ingestão alimentar e o balanço energético são influenciados por vários 
fatores que, 
se alterados, podem resultar em distúrbios alimentares; 
A fome é uma sensação consciente regulada pelo hipotálamo. Existem grupos de 
neurônios no 
hipotálamo que regulam o apetite (centro da saciedade no hipotálamo medial e um centro 
da 
fome no hipotálamo lateral); 
Estímulos periféricos associados com o odor, paladar, contrações no estômago, taxa 
metabólica e temperatura corporal também são importantes na regulação do apetite; 
A utilização da glicose pelas células hipotalâmicas é um fator importante na regulação do 
apetite. 
 
Transtornos alimentares: 
Desvios do comportamento alimentar que podem levar ao emagrecimento extremo 
(caquexia) ou à obesidade, entre outros problemas físicos e incapacidades. 
Anorexia Nervosa 
Recusa a manter o peso corporal em um nível igual ou acima do mínimo 
normal adequado à idade e à altura; 
Critérios Diagnósticos: 
 Restriçãoda ingestão calórica em relação às necessidades, levando a um 
peso corporal significativamente baixo no contexto de idade, gênero, trajetória do 
desenvolvimento e saúde física. Peso significativamente baixo é definido como peso 
inferior ao mínimo normal ou, no caso de crianças e adolescentes, menor do que o 
minimamente esperado. 
 
 Medo intenso de ganhar peso ou de engordar, ou comportamento persistente 
que interfere no ganho de peso, mesmo estando com peso significativamente baixo. 
 
 Perturbação no modo como o próprio peso ou a forma corporal são 
vivenciados, influência indevida do peso ou da forma corporal na auto avaliação ou 
ausência persistente, de reconhecimento da gravidade do baixo peso corporal atual. 
Tipo restritivo: Durante os últimos três meses, o indivíduo não se envolveu em episódios 
recorrentes de compulsão alimentar ou comportamento purgativo. Esse subtipo descreve 
apresentações nas quais a perda de peso seja conseguida essencialmente por meio de 
dieta, 
jejum e/ou exercício excessivo. 
Tipo compulsão alimentar purgativa: Nos últimos três meses, o indivíduo se envolveu 
em 
episódios recorrentes de compulsão alimentar purgativa. 
Os principais objetivos da TCC para a anorexia são: 
• Aceitação de um peso considerado normal; 
• Aumento da autoestima; 
• Treinamento de Habilidades Sociais; 
• Modificação de crenças associadas; 
• Diminuição da prática de exercícios. 
 
Principais dificuldades para a adesão: 
• Intercorrências clínicas; 
• Tratamento após acentuada perda de peso; 
• Ausência de insight sobre o problema; 
• Distúrbio de imagem corporal associado; 
• Medo de voltar a comer e perder o controle sobre o peso; 
• Eliminação da única evidência de sucesso; 
• Ganhos com a AN (anorexia nervosa). 
 
Estratégias para aumentar a adesão: 
• Avaliação das vantagens e desvantagens de manter a AN; 
• Focalização inicial em aspectos associados (ansiedade, tristeza, culpa, dificuldades 
interpessoais,problemas familiares); 
• Possibilidade de internação (aliança para evitá-la – não deve assumir forma de 
ameaça). A 
internação é prevista para um IMC abaixo de 13,5 indicando perigo de vida. 
• Aliança com a família e os amigos (é importante saber avaliar quando a família deve ser 
retirada do tratamento); 
• Iniciar aos poucos uma linha de questionamento que possa introduzir dúvidas no 
sistema de crenças. 
Programa de redução da restrição alimentar 
 
Estágio I 
• Manutenção de uma ingestão calórica mínima; 
• Estabelecimento de um padrão regular de alimentação (alimento = remédio); 
• Aumento gradual do número de refeições; 
• Pedir que use roupas largas e com elástico nas refeições. 
Estágio II 
• Aumento gradual do valor calórico dos alimentos; 
• Ingestão de alimentos com teor calórico desconhecido; 
• Alimentação em situações variadas; 
• Ingestão de beliscos; 
• Desencorajar a alimentação excessiva (pois pode abrir um episódio de compulsão 
alimentar – 
ECA); 
• Pedir ao paciente que organize sua própria alimentação. 
Nos casos de AN normalmente faz-se a monitoração do peso da paciente (feita 
geralmente pela 
nutricionista) com os seguintes objetivos: 
• Correção das crenças disfuncionais; 
• Avaliação da melhora; 
• Aprender a lidar com as variações de peso; 
• A equipe possui normalmente uma determinação do ganho de peso semanal necessário 
que, em geral, não é revelado para a paciente; 
• Deve-se diferenciar o aumento de peso do fato de estar engordando; 
• No final do tratamento, elimina-se a pesagem podendo-se utilizar ainda algumas 
medidas 
indiretas (pregas de roupas; imagem corporal...). 
 
Bulimia nervosa 
Episódios recorrentes de compulsão periódica seguidos de comportamento 
compensatório; 
Critérios Diagnósticos (DSM – 5) 
A- Episódios recorrentes de compulsão alimentar. Um episódio de compulsão 
alimentar é 
caracterizado pelos seguintes aspectos: 
 
1. Ingestão, em um período de tempo determinado (por exemplo, dentro de cada período 
de duas 
horas), de uma quantidade de alimento definitivamente maior do que a maioria dos 
indivíduos 
consumiria no mesmo período sob circunstâncias semelhantes; 
2. Sensação de falta de controle sobre a ingestão durante o episódio (por exemplo, 
sentimento de 
não conseguir parar de comer ou controlar o que e o quanto se está ingerindo). 
B- Comportamentos compensatórios inapropriados recorrentes a fim de impedir 
o ganho de peso, como vômitos autoinduzidos; uso indevido de laxantes, diuréticos ou 
outros medicamentos; jejum; ou exercício em excesso. 
C- A compulsão alimentar e os comportamentos compensatórios inapropriados 
ocorrem, em média, no mínimo uma vez por semana durante três meses. 
D- A autoavaliação é indevidamente influenciada pela forma e pelos pesos 
corporais. 
E- A perturbação não ocorre exclusivamente durante episódios de anorexia 
nervosa. 
Os principais aspectos da TCC para a bulimia são: 
• Baseia-se na concepção cognitiva da manutenção da bulimia; 
• Visa mudar não apenas o comportamento mas, também, as atitudes quanto à forma e 
ao peso; 
• Usa uma combinação de procedimentos cognitivos e comportamentais no tratamento 
(as técnicas mais utilizadas são a reestruturação cognitiva, automonitoração, educação, medidas 
de autocontrole para estabelecer um padrão alimentar regular etc...). 
Na bulimia em geral trabalha-se da seguinte forma: 
• Explicação do modelo de tratamento (psicoeducação); 
• Explicação da patologia (psicoeducação); 
• Explicação dos fatores mantenedores; 
• Encaminhamento, se necessário, para outros profissionais; 
• Automonitoração da alimentação e do peso (algunss pacientes têm dificuldade em 
passar para uma medição de peso semanal, tendo em vista que podem chegar a se pesar 20 
vezes por dia); 
• Discutir e esclarecer o conceito de ECA; 
• Estabelecer um padrão regular de alimentação; 
• Diminuir a exposição a alimentos; 
• Prevenção de recaídas. 
• O tratamento da bulimia é um processo ativo que envolve três estágios: 
• 1o – A visão cognitiva da bulimia é delineada e as técnicas comportamentais são 
utilizadas para ajudar o paciente a recuperar o controle sobre o consumo alimentar. 
• 2o – Ênfase no exame e na modificação, com a utilização das técnicas comportamentais 
para acabar com qualquer tendência a fazer regimes, e para modificar as preocupações com 
relação à forma e ao peso. 
• 3o – Enfoque na manutenção da mudança – normalmente se utiliza cerca de três 
entrevistas com periodicidade quinzenal para a realização deste passo. O objetivo é assegurar 
que o progresso se mantenha em seguida ao encerramento do tratamento. 
Transtorno de compulsão alimentar periódica: Presença de compulsão alimentar com 
subsequente angústia devido à ausência de comportamentos compensatórios.

Continue navegando