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Seminário de Farmacologia I

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CONTRIBUIÇÃO LINDA DO GABS GOSTOSO.
Alguém organize isso em tópicos curtos de acordo com o gosto da Maria.
SLIDE 1: Capa.
SLIDE 2: Membros (é gente demais pra ficar junto da capa).
SLIDE 3: Introdução.
	Falar sobre a importância do conhecimento de interações entre fármacos e nutrientes, visto que, apesar de ser a via mais prática, a via oral é a que é mais suscetível a complicações, seja em relação à absorção do fármaco ou do alimento. É um incômodo considerar todos esses fatores, mas o uso inconsequente de medicamentos pode causar sérias complicações e todo médico deveria saber aconselhar seu paciente adequadamente, avisando-o sobre as possíveis complicações. É aconselhável um intervalo de duas horas entre ingestão de medicamento e alimentação.
	As interações podem ser:
	-Fisico-químicas: caracterizada por complexações entre fármaco e alimentos.
	-Fisiológicas: interações indiretas causadas por alterações no pH, tempo de esvaziamento gástrico, contato com sítio de absorção, biotransformação e clearence renal.
	-Patofisiológicas: ocorrem quando o fármaco prejudica a absorção de alimentos.
SLIDE 4: Fisico-químicas.
	O fármaco pode interagir direta e quimicamente com o alimento, prejudicando sua absorção, como no caso da tetraciclina, que forma quelatos com íons di e tri valentes (Ca2+, Mg2+, Fe2+ e Fe3+), ocasionando excreção fecal.
	Fármacos hipertensivos ingeridos com alimentos que são boas fontes de pectinas e mucinas (banana, goiaba, maçã) também sofrem a formação de complexos que retardam ou impedem sua absorção. E um fármaco hipertensivo, o hidrazalazina, apresenta um efeito patofisiológico devido formação de complexos por interações físico-químicas com a vitamina B6 (complexo piridoxal-hidrazalazina), podendo causar neuropatias em pacientes desnutridos devido à hipovitaminose B6 (este mesmo tipo de complexação com B6 ocorre com o anti-inflamatório penicilamina).
	Sais biliares também são capazes de formas complexos não absorvíveis com substâncias como a colestiramina.
SLIDE 5: Fisiológicas (talvez seja bom alguém além da Maria apresentar esse tópico, é grande).
	A alimentação atua em diversos fatores do mecanismo de absorção do fármaco, como:
	- Tempo de desintegração: cápsulas, drágeas e comprimidos têm sua desintegração afetada devido à alteração do pH gástrico que, após alimentação, costuma subir de 1,5 a 3,0. 
	- Velocidade de dissolução: essa alteração de pH também afeta a velocidade de dissolução de medicamentos tanto reduzindo-a (eritromicina, tetraciclina), quanto elevando-a (fenitoína, dicumarol). Dietas hiperlipídicas, aliás, facilitam a dissolução de substâncias lipossolúveis como fenitoína, griseofulvina e carbamazepina, além disso, há maior secreção de diversas substâncias com a alimentação, que incluem sais biliares também capazes de facilitar essa dissolução.
	-Tempo de esvaziamento gástrico: alimentos sólidos, ácidos, quentes, hipertônicos ou líquidos acima de 300mL retardam acentuadamente o esvaziamento gástrico. Esse esvaziamento, no entanto, pode estimular a absorção de alguns fármacos ácidos (ácido acetilsalicílico) ou até causar metabolização/degradação de fármacos como a levodopa e a penicilina.
	-Tempo de trânsito intestinal: com a alimentação ocorre uma maior motilidade no intestino, havendo uma redução do tempo de trânsito. Apesar deste efeito reduzir a absorção, é preciso considerar também que esse aumento da motilidade também ajuda na dissolução dos fármacos a nível intestinal, apresentando um efeito positivo à absorção.
	-Fluxo sanguíneo: refeições hiperlipídicas ou hiperproteicas aumentam drasticamente o fluxo sanguíneo do tubo gastrointestinal, o que propicia uma maior absorção de fármacos e alimentos.
	-Absorção: na absorção pela mucosa gástrica ou intestinal o alimento pode se apresentar como competidor e o que possui mais afinidade toma o sítio-ativo. Dietas hiperproteicas, por exemplo, interferem no mecanismo da levodopa (medicamento contra a doença de Parkinson), podendo até inibir o efeito terapêutico devido a uma competição tanto na absorção intestinal quanto no cérebro com aminoácidos. Vale mencionar também que a vitamina B6 acelera a conversão de levodopa em dopamina plasmática, reduzindo seu efeito.
	-Mecanismo de primeira passagem: por fim, alguns medicamentos atuam estimulando ou até reduzindo a metabolização de fármacos no fígado, como no caso do propanolol.
SLIDE 6: patofisiologia.
	Além dos efeitos que os alimentos causam sobre a absorção de fármacos, há os efeitos que os fármacos causam sobre a absorção de alimentos e sobre o organismo, podendo, em situações de mal uso, causar diversas patologias. Seguem exemplos de alguns grupos de fármacos e efeitos de alguns de seus representantes:
	-Antiácidos: os antiácidos causam um problema claro ao funcionamento normal da digestão, eles elevam o pH do tubo gastrointestinal, dessa forma, podem causar problemas como uma má absorção de B9, podendo causar hipovitaminose, por uma maior alcalinidade do jejuno e a uma absorção pobre de ferro por este depender do pH estomacal para passar de sua forma férrica (Fe+3) à ferrosa (Fe+2), que é absorvível.
	-Anti-hipertensivos: este grupo foi contemplado no slide de interações físico-químicas, com destaque para o efeito da hidrazalazina sobre a absorção de vitamina B6.
	-Tuberculostáticos: a isoniazida também atua de forma antagonista à absorção de B6. Também atua inibindo a conversão de triptofano em niacina (B3), ou seja, se o indivíduo não tiver uma boa dose exógena dessa vitamina poderá desenvolver pelagra.
	-Anticonvulsionantes: em combinação com fenobarbital ou sozinha, a fenitoína causa depleção de folato (B9) e deficiência de vitamina D. Pode também causar hemorragias em recém-nascidos de mães medicadas.
	-Antibióticos: este é um grupo que conta com um número farto de exemplos. A neomicina pode causar má absorção de líquidos, nitrogênio, glicose, betacaroteno, ferro e vitamina B12, podendo ainda danificar a mucosa intestinal. As cefalosporinas são antagonistas da vitamina K, causando trombocitopenia e coagulopatia, gerando hemorragias no tubo gastrointestinal. Os aminoglicosídios contam com a gentamicina, uma substância nefrotóxica que pode causar danos ao túbulo renal causando hipocalemia e hipomagnesia.
	-Anti-inflamatórios: outro grupo com muitos exemplos. A aspirina (ácido acetilssalicílico) pode reduzir o nível sério de folato e causar depleção de vitamina C por aumento de sua excreção urinária, também podendo causar erosão da mucosa gástrica. A colchicina, utilizada no tratamento de gota, causa má absorção de nitrogênio e lipídios, também podendo gerar má absorção de vitamina B12. A penicilamina já foi mencionada por seu metabolismo semelhante ao da hidrazalazina. Os glicocorticóides diminuem a absorção e aumentam a excreção de cálcio e aumentam sua excreção, gerando osteoporose no indivíduo em usos prolongados.
Slide 7: Referências (rever se estão expostos de forma correta).
-http://interacoesmedicamentosas.com.br/imabsorc.php
-BRANCO, Carlos Couto. Interação Fármaco-Nutriente. Revista RECCS Fortaleza Nº9 (1997).
-RASCADO, Ricardo, et al. Interações entre medicamentos e alimentos. Centro de Farmacovigilância da UNIFAL - CEFAL (Novembro de 2009).

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