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RESUMO DE IMUNOLOGIA (Hipersensibilidade e anticorpo

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RESUMO DE IMUNOLOGIA P2
Imunidade: 
A imunidade adquirida (adaptativa ou específica) não se encontra presente desde o nascimento. É adquirida. À medida que o sistema imunológico de um indivíduo se depara com substâncias estranhas (antígenos), os componentes da imunidade adquirida aprendem a melhor forma de os atacar e começam a desenvolver uma memória para cada um deles. A imunidade adquirida é também denominada específica porque planeja um ataque a um antígeno específico previamente encontrado. Suas características são as capacidades de aprender, adaptar e lembrar.
A imunidade adquirida leva tempo para se desenvolver após a primeira exposição a um novo antígeno. Entretanto, posteriormente, o antígeno é lembrado e a resposta subsequente àquele antígeno é mais rápida e eficaz comparada à resposta que ocorreu após a primeira exposição.
Os glóbulos brancos responsáveis pela imunidade adquirida são:
Linfócitos (células T e células B). Normalmente, uma resposta imunológica adquirida inicia quando anticorpos, produzidos pelas células B (linfócitos B), se deparam com um antígeno.
Outros participantes na imunidade adquirida são:
Células dendríticas ( Imunidade adquirida : Células dendríticas). Citocinas ( Imunidade inata : Citocinas) O sistema de complemento (que intensifica a eficácia dos anticorpos - Imunidade inata : Sistema de complemento)
Linfócitos:
Os linfócitos permitem ao organismo lembrar os antígenos e distinguir o que próprio do que não é próprio do corpo e é prejudicial (inclusive vírus e bactérias). Os linfócitos circulam através da corrente sanguínea e do sistema linfático, passando para os tecidos quando a sua presença é necessária.
O sistema imunológico pode lembrar de cada antígeno deparado, pois após um encontro, alguns linfócitos desenvolvem-se em células de memória. Estas células vivem por um bom tempo, durante anos ou mesmo décadas. Quando estas células se deparam com um antígeno pela segunda vez, o reconhecimento é imediato e a resposta é rápida, enérgica e específica contra este antígeno específico. Esta resposta imunológica específica constitui a razão pela qual os indivíduos não contraem a varicela ou o sarampo mais de uma vez e o motivo pelo qual a vacinação pode evitar determinadas doenças.
Os linfócitos podem ser células T ou células B:
Células T: As células T são produzidas no timo. Elas podem potencialmente reconhecer um número praticamente ilimitado de antígenos distintos. Para evitar o ataque dos próprios tecidos do organismo, elas precisam distinguir os antígenos próprios dos não próprios. Normalmente, somente as células T que ignoram os antígenos próprios do organismo (antígenos próprios) amadurecem e deixam o timo.
Linfócitos T: As células T maduras são armazenadas nos órgãos linfoides secundários (linfonodos, baço, amígdalas, apêndice e placas de Peyer no intestino delgado). Estas células circulam na corrente sanguínea e no sistema linfático. Após elas se depararem com uma célula infectada ou anormal, elas são ativadas e buscam estas células em particular.
Existem diferentes tipos de células T: 
Células T matadoras (citotóxicas) aderem aos antígenos em células infectadas ou anormais (cancerígenas, por exemplo). As células T matadoras matam estas células fazendo furos em suas membranas e injetando enzimas nas células. 
Células T auxiliares ajudam outras células imunológicas. Algumas células T auxiliares ajudam as células B a produzirem anticorpos contra antígenos estranhos. Outras ajudam a ativar as células T matadoras para matar células infectadas ou anormais, ou ainda ajudam a ativar os macrófagos, permitindo que eles ingiram células infectadas ou anormais de forma mais eficaz. 
Células T supressoras (reguladoras) produzem substâncias que ajudam a encerrar a resposta imunológica ou por vezes, evitam que ocorram certas respostas prejudiciais.
Inicialmente, quando as células T se deparam com um antígeno, a maioria desempenha sua função, mas algumas se desenvolvem em células de memória, que lembram do antígeno e lhe respondem de forma mais vigorosa em um segundo encontro. As células T, por vezes, por motivos não totalmente compreendidos, não distinguem o que é próprio do que não é próprio do corpo. Essa disfunção pode resultar em uma doença autoimune, em que o organismo ataca seus próprios tecidos ( Doenças autoimunes).
Células B:
Os linfócitos B em repouso não produzem imunoglobulinas, mas quando estimulados por substâncias químicas como interleucinas (como a IL-4 e a IL-1) vão sofrer expansão clonal e se transformar em uma célula ativa denominada de plasmócito. As células B são formadas e maturadas na medula óssea. As células B possuem locais específicos na sua superfície (receptores), aos quais os antígenos podem aderir. As células B podem aprender a reconhecer um número praticamente ilimitado de antígenos distintos.
Os linfócitos B têm como função própria a produção de anticorpos contra um determinado agressor. Anticorpos são proteínas denominadas de imunoglobulinas que exercem várias atividades de acordo com o seu isotipo (IgG, IgM, IgA, etc.) Estes anticorpos realizam diversas funções como: opsoninas, ativadores de complemento, neutralizadores de substâncias tóxicas, aglutinação, neutralização de bactérias, etc.
Os linfócitos B possuem como principal marcador de superfície a IgM monomérica, que participa do complexo receptor de antígenos. Esta imunoglobulina entra em contato com o antígeno quando lhe é apresentado diretamente ou indiretamente pelos macrófagos. A IgM se ligando ao epítopo (superfície específica de um determinado agente estranho), internaliza o complexo IgM-epítopo. Este complexo realiza diversas modificações na célula, que tem a finalidade de induzi-la a produção de imunoglobulinas. 
A resposta aos antígenos por parte das células B tem duas fases:
Resposta imunológica primária: Primeiramente, quando as células B se deparam com um antígeno, o antígeno adere ao receptor, estimulando as células B. Algumas células B se transformam em células de memória, lembrando aquele antígeno específico, e outras se transformam em plasmócitos. As células T auxiliares ajudam as células B neste processo. Os plasmócitos produzem anticorpos que são específicos para os antígenos que estimulam a sua produção. Após o primeiro encontro com um antígeno, a produção de anticorpos específicos demora alguns dias. Por isso, a resposta imunológica primária é lenta.
Resposta imunológica secundária: Depois disto, no entanto, sempre que as células B se depararem com o antígeno novamente, as células B de memória rapidamente reconhecem um antígeno, se multiplicam, se transformam em plasmócitos e produzem anticorpos. Esta resposta é rápida e eficaz.
Apesar da função principal das células B ser produzir anticorpos, elas também podem apresentar os antígenos às células T.
 O que é o Plasmócito? São arredondados, além de possuírem muito citoplasma em relação ao seu núcleo, que é esférico e está situado na porção basal da célula. A cromatina nuclear se dispõe em grumos grosseiros presos ao envoltório nuclear lembrando uma “roda de carroça”; o nucléolo é proeminente e visível. O citoplasma apresenta sua maior porção ocupada pelo retículo endoplasmático granular; possuindo também um desenvolvido complexo de Golgi, no centro do qual estão dois centríolos; escassas mitocôndrias são visíveis espalhadas pela célula. Tal escassez sugere que a célula não apresenta uma atividade altamente endoenergética. Não existem habitualmente nessas células grânulos de secreção, pois não ocorre nelas o acúmulo do seu produto de secreção.
Funções: A função básica dos plasmócitos é a produção de anticorpos circulantes no sangue, também conhecidos como anticorpos humorais. Estes são formados por um tipo específico de proteína, uma espécie de globulina. Dessa forma esse tipo celular apresenta seu citoplasma altamente especializado para a síntese de secreção protéica, estando repleto de cisternas de RER associadas a polirribossomos (responsáveis pela síntese protéica propriamentedita). O aparelho de Golgi desenvolvido, assim como o RER, estão associados ao acréscimo de glicídios à estrutura protéica. A secreção formada se acumula na extremidade de um sáculo de Golgi achatado, de onde brota uma estrutura vesicular para tornar-se uma vesícula livre, as vesículas secretoras são responsáveis pelo transporte de seu conteúdo até a superfície celular. As imunoglobulinas secretadas pelos plasmócitos do tecido conjuntivo frouxo e do tecido linfático chegam à corrente sanguínea por meio da linfa. Os plasmócitos têm origem a partir da ativação de linfócitos B presentes nos tecidos linfáticos (principalmente nos grânulos linfáticos).
Linfócito B gera 4000 Plasmócitos, gerando 104 de anticorpos por semana.
Anticorpos: 
(É uma proteína circulante, em resposta a uma exposição, característica de diversidade e especificidade).
Quando a célula B se depara com um antígeno, ela é estimulada a amadurecer tornando-se um plasmócitos ou célula B de memória. Os plasmócitos liberam anticorpos (também denominados de imunoglobulinas, ou Ig). 
Anticorpos são glicoproteínas, também chamadas de imunoglobulinas, que possuem como principal função garantir a defesa do organismo. Essas glicoproteínas de defesa atuam de diferentes formas para evitar que uma partícula invasora cause danos à saúde. Elas podem ser encontradas no plasma, em compartimentos citoplasmáticos, na superfície de algumas células, no líquido intersticial e até mesmo no leite materno.
Os anticorpos são produzidos por plasmócitos, que se formam após a diferenciação de um leucócito chamado de linfócito B. A produção de anticorpos ocorre após a estimulação do linfócito por determinado antígeno, como um vírus ou uma bactéria.
Após sua produção, os anticorpos começam a interagir com os antígenos para garantir a defesa do organismo. Vale destacar que normalmente ocorre uma interação maior entre o anticorpo e o antígeno que causou sua produção, entretanto, pode haver a interação com outros antígenos (reações cruzadas).
Estrutura dos anticorpos:
Os anticorpos são formados por duas cadeias leves idênticas e duas cadeias pesadas também idênticas. Essas cadeias apresentam uma região aminoterminal variável e uma região constante. Uma cadeia leve liga-se à pesada por ligações dissulfeto.
Nas cadeias pesadas, existem porções carboxílicas terminais constantes denominadas de fragmento Fc, que são responsáveis pelas ações biológicas do anticorpo. Os segmentos presentes na extremidade amínica pertencentes às cadeias leves e às cadeias pesadas são chamados de fragmento Fab, região onde o antígeno liga-se. A sequência de aminoácidos da sequência Fab é variável. 
Denominamos de isotipos as diferentes classes de moléculas do anticorpo. Essas classes são denominadas de IgA, IgD, IgE, IgG e IgM, sendo o IgG o mais comum no plasma. Entre as funções do IgG, podemos citar a ativação da fagocitose, a neutralização dos antígenos e proteção dos recém-nascidos, uma vez que é o único anticorpo capaz de atravessar a placenta e entrar em contato com o sangue do feto. 
IGA: Encontrada principalmente nas Mucosas. É a imunoglobulina predominante nas secreções: saliva, lágrimas, secreções nasais, colostro, leite, secreções traqueobrônquicas e gastrointestinais.
IGG: Tardio, é responsável pela memoria imunológica. A IgG é a principal imunoglobulina do sangue, respondendo por cerca de 70 a 75% do total de imunoglobulinas. É monomérica e é o principal anticorpo nas respostas imunes secundárias, quando são produzidas em grande quantidade. É a única que atravessa a barreira placentária e confere um grande grau de imunidade passiva ao recém-nascido.
IGM: Marcador de doença aguda, grande junção de S, não passa pela placenta. É reconhecida como o anticorpo precoce, visto ser a primeira imunoglobulina encontrada na resposta a um estímulo antigênico.
IGE: Secretada em reações alérgicas, em um papel importante na imunidade ativa contra parasitos, especialmente os helmintos, e nas doenças alérgicas. A IgE não atravessa a barreira placentária e não se liga ao complemento pela via clássica, e sim pela via alternativa.
IGD: Ausente na circulação. 
Os anticorpos podem interagir com o antígeno de diversas formas. As principais são:
Opsonização: O anticorpo liga-se ao antígeno e forma um complexo antígeno-anticorpo, que ajuda a induzir a fagocitose;
Neutralização: Processo que torna as moléculas invasoras inofensivas;
Ativação do Sistema Complemento: Ocorre a ativação de proteínas que causam a ruptura da membrana de organismos invasores.
Ativação dos Mastócitos
Sorologia: A sorologia é um conceito utilizado especialmente no campo da medicina que se refere a um exame de laboratório efetuado para comprovar a presença de anticorpos no sangue, ou seja, determinar concretamente sua presença. Ou pode ser o estudo de soros e das suas propriedades. 
Diferença entre Linfocitos B naive, efetor e memoria: 
Linfócito B efetor: É os plasmócitos, que produz o anticorpo. 
Linfócitos B Naive: correspondem ao grupo de células B de órgãos linfoides que nunca encontraram um antígeno diferente. A expectativa de vida destas células é de 1 a 3 meses, caso não encontrem nenhum antígeno.
Linfócito B de Memória: Células de memória B são formadas por meio da ativação de células B no encontro com antígeno específico durante a resposta imune primária. Estas células são capazes de uma vida longa, e podem responder rapidamente a uma segunda exposição ao mesmo antígeno. 
Imunidade Passiva 
É o tipo de imunidade que pode ser adquirida sem que o sistema imune seja estimulado por um antígeno. Ela pode ser obtida de algum as formas, com o pela transferência de soro ou imunoglobulinas de um doador imune para um indivíduo não-imune.
Sendo dividida em imunidade passiva :
NATURALMENTE adquirida
É transferida da mãe para o feto através da transferência placentária de (IgG) ou transferência pela amamentação (IgA). 
ARTIFICIALMENTE adquirida
 É frequentemente transferida pela injeção com imunoglobulinas de outros indivíduos ou imunoglobulinas de um animal imunizado. A transferência da imunidade passiva com globulinas ou imunoglobulinas é praticada em numerosas situações agudas ou em infecções (difteria, tétano, sarampo, hidrofobia, por exemplo), envenenamento (insetos, répteis, botulismo) ou ainda como medida preventiva.
Imunidade ativa 
Imunidade que se desenvolve a partir da exposição aos antígenos. 
Sendo dividida em imunidade ativa:
 NATURALMENTE adquirida 
Exposição a patógenos leva a infecções clínicas ou subclínicas que resultam em uma resposta imunológica protetora específica contra esses patógenos.
ARTIFICIALMENTE adquirida
 Pode ser obtida a partir da administração de patógenos vivos ou mortos ou através da administração de seus componentes. Vacinas usadas para imunização ativa consistem em organismos vivos (atenuados), organismos mortos , componentes microbianos ou toxinas secretadas (detoxificadas).

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