Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PRO173 – Projeto e Desenvolvimento de Produtos Prof. Me Edmundo Abreu e Lima Engenharia de Produção – FEAR - UPF 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s Projeto Conceitual SUMÁRIO 1. Fluxo de trabalho 2. Abstração 3. Estrutura de funções 4. Busca de soluções 5. Variantes de solução 6. Seleção e avaliação 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 2 CONCEPÇÃO Concepção é a parte do projeto que, após o esclarecimento do problema define a solução preliminar (princípio de solução). • A tarefa já está suficientemente clara? • É realmente necessário elaborar a concepção? • Como e em que extensão terá que ser formatada? 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 3 ETAPAS DE TRABALHO Abstração 5 etapas Estrutura de funções Função global Subfunções Princípios de trabalho Funções e soluções Seleção das soluções Combinações Variantes de solução Concretização Avaliação Seleção do melhor conceito 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 4 ABSTRAÇÃO • Consiste na etapa do projeto conceitual onde se busca elaborar o geral e o principal de uma tarefa. • Utiliza-se quando se deseja encontrar uma solução totalmente inovadora para um determinado problema. • Princípios ótimos – prazo curto; • Novas e melhores soluções. 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 5 ABSTRAÇÃO • Tem como resultado final o resumo da lista de requisitos em apenas uma frase. • Contribui para a formulação da estrutura de funções. • Não direciona a um tipo particular de solução. 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 6 PASSOS DA ABSTRAÇÃO 1º Passo: suprimir vontades mentalmente; 2º Passo: Somente considerar requisitos que afetam as funções e principais condicionantes; 3º Passo: Converter dados quantitativos em qualitativos; 4º Passo: Ampliar de forma adequada o que foi percebido; 5º Passo: Formular o problema de forma neutra quanto à solução. 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 7 EXEMPLO DE ABSTRAÇÃO 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 8 EXEMPLOS • Não esboce uma porta de garagem, mas busque um fechamento da garagem que proteja um carro contra roubo e o mantenha ao abrigo das intempéries. • Não projete uma união por chaveta, mas busque a maneira mais conveniente de unir roda com eixo para transferir o torque numa dada posição. • Não projete uma máquina de embalar, mas procure a melhor maneira de expedir o produto de forma protegida. • Não projete um dispositivo de fixação, mas busque uma possibilidade de fixar a peça a ser usinada isenta de vibrações. 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 9 FUNÇÃO GLOBAL • Função global - representa a relação geral objetivada entre entrada e saída de um sistema. • Utiliza-se a representação em diagramas de blocos. • Mostrar a relação entre as variáveis de entrada e saída com referência a conversão de energia material e/ou sinal, de forma neutra com relação à solução. 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 10 COMPLEXIDADE DE FUNÇÕES A complexidade de uma solução pode ser grosseiramente ordenada por: • Instalação; • Equipamento; • Conjunto mecânico; • Elemento de máquina ou componente avulso. 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 11 SISTEMAS • Os sistemas estão em contato com a circunvizinhança por meio de váriáveis de entrada (inputs) e variáveis de saída (outputs). • Um sistema pode ser transformado em subsistemas. 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 12 Função: relação geral e desejada entre a entrada e a saída de um sistema, com a finalidade de cumprir uma tarefa. ENERGIA, MATERIAL E SINAL • Em um processo técnico, energias, materiais e sinais são transferidos e/ou modificados. • Devem ser devidamente representados em diagramas de blocos. • Dependendo da finalidade, estas subdivisões de sistemas poderão ser mais ou menos desdobradas. 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 13 ENERGIA • Corresponde a forma ou a fonte de energia utilizada para a execução de um processo técnico. • Pode ser mecânica, térmica, elétrica, química, óptica, nuclear. • Também pode representar força, corrente elétrica, calor, ou qualquer outro meio usado para transformar ou modificar um material ou sinal. 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 14 MATERIAL • Corresponde ao objeto fruto de transformação ou modificação pelo processo técnico. • O material pode ser gás, fluído, sólido, pó; • Pode ser informado como sendo matéria prima, corpo-de-prova, rebarba, cavaco, embalagem, objeto de tratamento. • Um material pode ser misturado, separado, cortado, tingido, revestido, embalado, transportado entre outros. • Pode representar um produto acabado, componente, produto testado ou tratado 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 15 SINAL • Corresponde a uma informação necessária para a realização de um processo técnico, como um nível de temperatura ou posição relativa do objeto. • Um sinal pode ser inserido, coletado, preparado, amplificado, comparado, interligado, etc. • Como sinal: grandeza mensurável, indicação, impulso de comando, dados, informações. 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 16 ESTRUTURA DE FUNÇÕES Uma função global pode ser desdobrada em subfunções de menor complexidade. A interligação das subfunções resulta na estrutura de funções, que representa a função global. 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 17 EXEMPLODE ESTRUTURA DE FUNÇÕES 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 18 FUNÇÕES PRINCIPAIS E SECUNDÁRIAS • Funções principais: servem diretamente a função global. • Funções secundárias: contribuem indiretamente para a função global. 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 19 EXEMPLO 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 20 EXEMPLO 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 21 OBSERVAÇÃO • A função é descrita por indicações textuais formadas por um verbo no infinitivo mais um substantivo. • Aumentar pressão; • Transferir torque; • Reduzir rotação; • Remover cavaco; • Embalar conjunto. 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 22 RECOMENDAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DA EF • Projetos originais – parte-se da lista de requisitos • Projetos adaptativos – parte-se da estrutura de construção conhecida do equipamento 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 23 RECOMENDAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DA EF • Elaborar um rascunho primário – reduzido número de subfunções; • Subdividir progressivamente as subfunções – reduzir complexidade; • Identificar o fluxo principal do projeto; • Completar fluxo de energia, material e sinal; • O mais simples possível; • Funções que não são necessárias ou são supérfluas devem ser eliminadas. 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 24 ESTRUTURA DE FUNCIONAMENTO BUSCA DE SOLUÇÕES • Cada função – várias soluções; • Cada solução – diferentes princípios físicos, geométricos ou de materiais; • A combinação diferentes princípios de funcionamento – variantes de solução; • As soluções são organizadas em esquemas classificatórios; • Realiza-se a combinação das soluções individuais para chegar as variantes de solução. 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 25 Todas as funções listadas na estrutura de funções devem possuir alternativas de solução. EXEMPLO 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 26 VARIANTES DE SOLUÇÃO • Verificar a compatibilidade física dos princípios de funcionamento interligados • Obter fluxo de energia, material e informação, isento de falhas. • Só combinar princípios compatíveis entre si. • Somente considerar soluções que atende a lista de requisitos. • Destacar combinações aparentemente favoráveis. 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 27 EXEMPLO – COLHEITADEIRA DE BATATAS 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 28 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 29 AVALIAÇÃO DAS SOLUÇÕES • A combinação de todos os princípios de solução gera um número muito elevado de combinações. • Além disso, algumas soluções levantadas podem não ser compatíveis ou serem inviáveis técnica ou economicamente. • Para isso, usam-se métodos classificatórios para realizar a avaliação e seleção das soluções. 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 30 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO • Atendimento a lista de requisitos (exigências e desejos); • Características principais; • Critérios técnicos; • Critérios econômicos; • Cada característica principal precisa de um critério de avaliação. 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 31 LISTA DE SELEÇÃO – AVALIAÇÃO QUALITATIVA 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 32 LISTA DE AVALIAÇÃO - QUANTITATIVA • Tem como objetivo definir um ‘valor’ para a solução encontrada; • Aplica-se geralmente nas variantes de solução; • Estabelecer critérios e pesos; • Calcular uma média ponderada; • A solução com maior média deve ser a escolhida. 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 33 ÁRVORE DE OBJETIVOS Primeiramente, realiza-se a subdivisão hierárquica dos critérios, por exemplo: • Custos; • Manutenção • Critérios técnicos. 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 34 ÁRVORE DE OBJETIVOS • Em seguida, efetua-se a valoração dos critérios. • A soma dos critérios individuais deve somar 1; • Apresenta-se a subdivisão em relação ao critério imediatamente superior e ao total do somatório. 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 35 LISTA DE AVALIAÇÃO 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 36 LISTA DE AVALIAÇÃO 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 37 EXEMPLO DE CONCEPÇÃO • 1ª Etapa principal: Esclarecimento da tarefa. • Deverá ser estudada a resistência de uniões cubo-eixo sujeitas a impactos, com torques definidos, tanto como carga acidental quanto como carga permanente. 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 38 Banco de ensaios para aplicação de cargas de impacto QUESTÕES INICIAIS • O que se entende por impacto? • Que impactos de torques aparecem na prática de máquinas rotativas? • Quais tensões são possíveis e apropriadas de se medir numa união de chavetas? 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 39 LISTA DE REQUISITOS 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro jeto e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 40 LISTA DE REQUISITOS 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 41 ABSTRAÇÃO 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 42 FUNÇÃO GLOBAL 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 43 ESTRUTURA DE FUNÇÕES 18/0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 44 ESTRUTURA DE FUNÇÕES 18/0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 45 BUSCA DE PRINCÍPIOS DE SOLUÇÃO 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 46 COMBINAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 47 SELEÇÃO DAS VARIANTES DE SOLUÇÃO 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 48 CONCRETIZAÇÃO DAS VARIANTES DE SOLUÇÃO 18/0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 49 CONCRETIZAÇÃO DAS VARIANTES DE SOLUÇÃO 18/0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 50 AVALIAÇÃO E DECISÃO DO MELHOR CONCEITO 1 8 /0 2 /2 0 1 8 P R O 1 7 3 - P ro je to e D e s e n v o lv im e n to d e p ro d u to s 51
Compartilhar