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AULA 15: ABUSO DE SUBSTÂNCIAS Terapia cognitiva comportamental TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL Aula 15: Abuso de substâncias AULA 15: ABUSO DE SUBSTÂNCIAS Terapia cognitiva comportamental Temas/objetivos desta aula DEPENDÊNCIA DE SUBSTÂNCIAS; 1 PRÓXIMOS PASSOS PREVENÇÃO DE RECAÍDA. 3 TIPOS DE INTERVENÇÃO; 2 AULA 15: ABUSO DE SUBSTÂNCIAS Terapia cognitiva comportamental Dependência • Uso: Qualquer consumo de substâncias (experimental, esporádico ou episódico); • Abuso ou uso nocivo: Consumo de substâncias associadas a algum prejuízo (quer em termos biológicos, psicológicos ou sociais); • Dependência: Consumo sem controle, geralmente associado a problemas sérios para o usuário. A droga causa sua busca e uso compulsivo, mesmo diante de consequências sociais negativas e de saúde. Não interessa mais delimitar territórios entre a dependência física e psíquica, pois ambas exercem papel primordial na manutenção do vício. AULA 15: ABUSO DE SUBSTÂNCIAS Terapia cognitiva comportamental Dependência • A ativação do sistema mesolímbico de recompensa parece ser elemento comum a todas as drogas que fazem com que o usuário continue a consumi-las. Essa atividade não é exclusiva de uma única droga. Todas as substâncias que provocam adição afetam esse circuito. • Síndrome de dependência (CID-10) - Conjunto de fenômenos fisiológicos, comportamentais e cognitivos, no qual o uso de uma substância ou uma classe de substâncias alcança uma prioridade muito maior para um determinado indivíduo que outros comportamentos que antes tinham valor. AULA 15: ABUSO DE SUBSTÂNCIAS Terapia cognitiva comportamental Abuso de substâncias Critérios Diagnósticos (DSM 5): Para o diagnóstico, deve-se levar em conta esses critérios como padrão de consumo problemático de substância, levando a um prejuízo clínico e ocorrendo dentro do período de 12 meses. 1. A substância é geralmente consumida em maiores quantidades ou por um período mais longo do que o pretendido; 2. Existe um desejo persistente ou esforço sem êxito para reduzir ou controlar a utilização da substância; 3. Uma grande quantidade de tempo é gasta em atividades necessárias para obter e usar a substância, ou se recuperar de seus efeitos; AULA 15: ABUSO DE SUBSTÂNCIAS Terapia cognitiva comportamental Abuso de substâncias Critérios Diagnósticos (DSM 5): 4. Está presente um forte desejo ou vontade de usar a substância; 5. O uso recorrente da substância, resulta em um fracasso em cumprir obrigações importantes relativas a seu papel no trabalho, na escola ou em casa; 6. Permanece o uso contínuo da substância, apesar da presença de problemas sociais ou interpessoais persistentes ou recorrentes causados ou exacerbados pelos efeitos do seu uso; 7. Atividades sociais, ocupacionais ou recreativas importantes são abandonadas ou reduzidas em virtude do uso da substância; 8. Há a utilização recorrente da substância em situações nas quais é fisicamente perigosa; AULA 15: ABUSO DE SUBSTÂNCIAS Terapia cognitiva comportamental Abuso de substâncias Critérios Diagnósticos (DSM 5): 9. A utilização da substância é continuada, apesar do conhecimento de ter um problema físico ou psicológico persistente ou recorrente, que é provável que tenha sido causado ou exacerbado pela substância; 10. Tolerância, tal como definido por qualquer uma das seguintes características: a) A necessidade de quantidades progressivamente maiores da substância para adquirir a intoxicação ou o efeito desejado; b) Um efeito marcadamente reduzido com o uso contínuo da mesma quantidade da substância. AULA 15: ABUSO DE SUBSTÂNCIAS Terapia cognitiva comportamental Abuso de substâncias Critérios Diagnósticos (DSM 5): 11. Retirada, manifestada por um dos seguintes procedimentos: a) A síndrome característica da retirada para essa substância (conforme especificado no DSM-5 para cada substância); b) A substância (ou uma substância relacionada) é utilizada para aliviar ou evitar sintomas de abstinência. • A gravidade do quadro é classificada de acordo com o número de critérios preenchidos: • Transtorno leve: dois ou três critérios; • Moderado: quatro ou cinco critérios; • Grave: seis ou mais critérios. AULA 15: ABUSO DE SUBSTÂNCIAS Terapia cognitiva comportamental Abuso de substâncias Tipos de Intervenção Preventiva 1. Prevenção Primária: Objetiva reduzir o risco de surgimento de casos novos. 2. Prevenção Secundária: Destina-se a diminuir a prevalência do problema na população, reduzindo sua evolução e duração. 3. Prevenção Terciária: Tem como objetivo primordial evitar a recaída, visando a reinserção social dos indivíduos que se encontram em uma perspectiva de dependência. AULA 15: ABUSO DE SUBSTÂNCIAS Terapia cognitiva comportamental Abuso de substâncias Tratamentos • Abstinência (AA); • Prevenção da recaída; • Redução de danos (política do governo). AULA 15: ABUSO DE SUBSTÂNCIAS Terapia cognitiva comportamental Abuso de substâncias PREVENÇÃO DA RECAÍDA (Tratamento retirado do livro Prevenção de Recaída de Marlatt, Donavan e cols., 2009) Programa de psicoterapia e tratamento que se baseia na capacidade individual da modificação de comportamentos aditivos, entendendo que os mesmos são padrões de hábitos adquiridos que podem ser mudados através de novos aprendizados, envolvendo tanto aspectos cognitivos quanto comportamentais no desenvolvimento do programa de prevenção, desenvolvendo estratégias de enfrentamento eficazes para as situações de risco. AULA 15: ABUSO DE SUBSTÂNCIAS Terapia cognitiva comportamental Abuso de substâncias PREVENÇÃO DA RECAÍDA (Tratamento retirado do livro Prevenção de Recaída de Marlatt, Donavan e cols., 2009) • Objetivo inicial: Ensinar os indivíduos a identificar, antecipar e lidar com as pressões e problemas que podem levar a uma recaída; • Os fundamentos do trabalho da Prevenção da Recaída são as noções de situações de alto risco e as estratégias de manejo disponíveis para o indivíduo; • O Paciente precisa aprender a identificar sinais de alerta precoces destas situações potenciais de recaída e as habilidades necessárias de enfrentamento, a fim de conseguir modificar suas crenças e expectativas acerca de seu comportamento aditivo. AULA 15: ABUSO DE SUBSTÂNCIAS Terapia cognitiva comportamental Abuso de substâncias PREVENÇÃO DA RECAÍDA (Tratamento retirado do livro Prevenção de Recaída de Marlatt, Donavan e cols., 2009) • Recaída: Processo transicional, série de eventos que podem, ou não ser seguidos por um retorno aos níveis básicos do comportamento-alvo. • Situação de risco: Qualquer situação que represente uma ameaça ao senso de controle do indivíduo e aumente o risco de recaída potencial. • Estados emocionais negativos (responsável por 35% das recaídas); • Pressão social (20%); • Conflito interpessoal (16%). • Frente a essas situações, o indivíduo deve conseguir executar uma resposta de enfrentamento cognitiva e comportamental eficaz. Conseguindo vencer a situação, sua noção de autoeficácia melhora. AULA 15: ABUSO DE SUBSTÂNCIAS Terapia cognitiva comportamental Abuso de substâncias PREVENÇÃO DA RECAÍDA (Tratamento retirado do livro Prevenção de Recaída de Marlatt, Donavan e cols., 2009) Estratégias de intervenção: 1 – Ensinar o paciente a reconhecer as situações de alto risco que podem leva-lo à recaída. (automonitoramento, observação direta). 2 – Aprendizado de novas respostas para tais situações (treinamento de habilidades sociais, dessenssibilização sistemática, solução de problemas, ensaio da recaída, relaxamento, cartões de enfrentamento,reatribuição dos lapsos). AULA 15: ABUSO DE SUBSTÂNCIAS Terapia cognitiva comportamental Abuso de substâncias PREVENÇÃO DA RECAÍDA (Tratamento retirado do livro Prevenção de Recaída de Marlatt, Donavan e cols., 2009) 3 – Recaída programada: Associado a este trabalho deve se intervir no estilo de vida do paciente, visto que esta é uma das principais estratégias globais de autocontrole. Pode-se substituir uma adição negativa por uma positiva (esportes). AULA 15: ABUSO DE SUBSTÂNCIAS Terapia cognitiva comportamental Referências CABALLO, V. Manual para o tratamento cognitivo-comportamental dos transtornos psicológicos da atualidade. São Paulo: Ed. Santos, 2007. MARLATT, G.; DONAVAN, D. e cols. Prevenção de Recaída: Estratégias de manutenção no tratamento de comportamentos adictivos. Porto Alegre: Artmed, 2009. KNAPP, P. e cols. Terapia Cognitivo-Comportamental na prática psiquiátrica. Porto Alegre: Artmed, 2004. RANGE, B. (org). Psicoterapias cognitivo comportamentais. Porto Alegre: Artmed, 2001. AULA 15: ABUSO DE SUBSTÂNCIAS Terapia cognitiva comportamental Saiba mais • Artigos científicos: www.scielo.br • Federação Brasileira de Terapias Cognitivas: www.fbtc.org.br • Revista Brasileira de Terapias Cognitivas: www.rbtc.org.br AULA 15: ABUSO DE SUBSTÂNCIAS Terapia cognitiva comportamental Assuntos da próxima aula: Disfunções Sexuais; Principais disfunções sexuais; Tratamento cognitivo comportamental. AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
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