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Aula 5 Proteínas, Lipídeos, Minerais e Vitaminas

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21/06/2018
1
Proteínas, Lipídios, Minerais e Vitaminas
Disciplina: Nutrição e Alimentação de Monogástricos
Norberto Silva Rocha
Unaí.
Faculdade de Ciências da Saúde de Unaí
Bacharelado em Medicina Veterinária
1. INTRODUÇÃO
❑ Os nutrientes podem ser agrupados em duas categorias:
▪ MACRONUTRIENTES:
➢ Água, Carboidratos (CHTs),
Proteínas (PRTNs) e Lipídios
(gorduras).
▪ MICRONUTRIENTES:
➢ Vitaminas e Minerais.
❑ Nutrientes: “combustível” para o metabolismo funcionar!!!
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2. PROTEÍNAS
❑ As proteínas são as biomoléculas mais abundantes
na composição corporal dos animais.
▪ as proteínas representam 50% do corpo dos animais (na base seca).
❑ As proteínas desempenham diversas funções no organismo.
▪ Estrutural: servem como suporte estrutural ou protetor (colágeno, cartilagens,
queratina (cascos, pelos e penas).
▪ transporte celular: regulação da entrada e saída de moléculas;
▪ Hormônios e enzimas: a maioria dos hormônios e toda enzima no organismo são
constituídos pelas proteínas.
▪ função mecânica: contração muscular → actina e miosina;
▪ regulação do sistema imunológico: imunoglobulinas → anticorpos.
❑ O aporte de proteínas dietética influenciam a manutenção da vida,
assim como o nível de produção dos animais.
▪ animais em crescimento, sob déficit de proteína na dieta, apresentam retardo no
desenvolvimento corporal;
▪ animais adultos com déficit de proteína na dieta, apresentam redução dos níveis
de produção.
ENE Ca
PB
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3
2.1. Composição das Proteínas
❑ As proteínas são compostas pela união dos seus monômeros,
denominados aminoácidos (AAs) unidos por ligações peptídicas.
▪ monômero da proteína → aminoácido;
▪ união de 2 AAs → peptídeo (2 AAs unidos por ligações peptídicas);
▪ união de 3 a 10 AAs → oligopeptídeos;
▪ união de 11 ou mais AAs → polipeptídeos;
Processo de União 
de 2 Aminoácidos 
para a formação 
de um peptídeos 
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2.2. Caracterização dos Aminoácidos (AAs)
❑ Apesar da identificação de 300 AAs na natureza, apenas 20 AAs estão
presentes nas proteínas de microrganismos, plantas e animais.
▪ a hidrólise de qualquer proteína resultará em apenas 20 AAs diferentes.
2.3. Estrutura dos Aminoácidos (AAs)
❑ Estrutura molecular dos AAs:
▪ carbono central (alfa);
▪ grupo amina (NH2);
▪ grupo ácido carboxílico (COOH);
▪ radical (cadeia carbônica lateral)
NH2
Grupo ácido 
carboxílico
Grupo amino
Cadeia 
carbônica
lateral
Amino (NH2) + ácido (COOH) 
2.4. Descrição dos Aminoácidos (AAs)
❑Os 20 AAs componentes das proteínas
no metabolismo animal:
▪ a diferenciação dos 20 AAs ocorre no grupo R, ou seja,
na cadeia carbônica lateral.
Aminoácidos Abreviatura
1-) Alanina Ala
2-) Arginina Arg
3-) Asparagina Asn
4-) Ácido Aspártico Asp
5-) Cisteína Cys
6-) Fenilalanina Phe
7-) Glicina Gly
8-) Ácidos Glutâmico Glu
9-) Glutamina Gln
10-) Histidina His
11-) Isoleucina Ile
12-) Leucina Leu
13-) Lisina Lis
14-) Metionina Met
15-) Prolina Pro
16-) Serina Ser
17-) Tirosina Tyr
18-) Treonina Thr
19-) Triptofano Trp
20-) Valina Val
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Demais AAs
presentes no 
metabolismo 
animal
2.5. Classificação Nutricional dos AAs
❑ De acordo com as características nutricionais, os AAs podem ser
classificados como essenciais e não essenciais.
▪ Aminoácidos essenciais (AAEs): não são
sintetizados ou são sintetizados em quantidades
insuficientes pelo organismo, logo devem ser
ingeridos pela dieta.
▪ Aminoácidos não essenciais (AANEs): são
sintetizados em quantidades suficientes pelo
organismo para atender as exigências
nutricionais dos animais.
Sob deficiência de AAEs, o organismo não consegue efetuar a síntese 
proteínas necessária para manutenção, crescimento e produção.
AAEs AANEs
Arginina Alanina
Histidina Ácido Aspártico
Isoleucina Aspargina
Leucina Ácido Glutâmico
Lisina Glutamina
Metionina Cisteína
Fenilalanina Glicina
Treonina Prolina
Triptofano Serina
Valina Tirosina
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6
Comparação dos 
perfis de AAEs
nos alimentos
2.6. Utilização dos AAs no Metabolismo Animal
❑ As proteínas dietéticas ingeridas são digeridas a AAs e peptídeos,
para serem absorvidas pelos organismos.
▪ proteínas ingeridas sofrem digestão sequencialmente:
Proteína → polipeptídeos → oligopeptídeos → peptídeos → AAs.
❑ Os AAs que entram no metabolismo animal são utilizados para:
1-) síntese de proteína no organismo (construção de estruturas e renovação);
2-) síntese de outros AAs limitantes no organismo;
3-) os AAs podem ainda ser utilizados para produção de energia.
- Sob condições de escassez de energia na dieta, os AAs são oxidados
para a obtenção de energia (rota alternativa).
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3. DIGESTÃO DA PROTEÍNA
❑ A digestão química das proteínas (proteases) ocorre inicialmente
no estômago;
▪ O HCl atua desnaturando as proteínas alimentares (tornando-as mais
susceptíveis a digestão das enzimas proteolíticas);
▪ Enzimas proteolíticas no estômago: pepsina, renina e catepsina.
A ação digestiva da proteína no estômago apenas inicia o processo 
de quebra, ou seja, não quebra totalmente a proteína em AAs. 
▪ Aproximadamente 20% da proteína ingerida é digerida no estômago.
❑ As enzimas proteolíticas são sintetizadas por três diferentes órgãos:
estômago, pâncreas e intestino delgado.
Ação gástrica da digestão 
das proteínas alimentares
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❑ O complemento da digestão química das proteínas alimentares ocorre
no intestino delgado (ID).
❑ Semelhante como na digestão de CHTs, a digestão da proteína também
ocorre em duas fases complementares no ID.
▪ Fase luminal (duodeno) → ação das enzimas proteolíticas sintetizadas
pelo pâncreas (tripsina, quimotripsina e carboxipeptidases).
- Nesta fase polipeptídeos são digeridos à oligopeptídeos e poucos peptídeos.
▪ Fase de membrana (jejuno e ileo) → ação das enzimas proteolíticas
sintetizadas pelos enterócitos (aminopeptidases).
- Nesta fase os oligopeptídeos são digeridos à peptídeos e AAs livres, os quais
são absorvidos pelos enterócitos.
❑ Os peptídeos absorvidos pelos enterócitos são digeridos à AAs, sendo
posteriormente lançados no sangue com destino ao fígado.
Polipeptídeos
Oligo e dipeptídeos
Ex: Peptidases
Aminoácidos (Aas)
Ex: Tripsinogênio
Fase luminal
Fase de membrana
Esquematização da Digestão Química da Proteína
▪ Os AAs absorvidos pelos enterócitos
são lançados no sangue portal,
em direção ao fígado, para
ingressarem no metabolismo proteico.
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ID- Fase 
Luminal
Fase de 
membrana
Fase GástricaAção digestiva das 
proteínas alimentares
4. METABOLISMO DOS AMINOÁCIDOS (AAs)
❑ Os AAs utilizados no metabolismo proteico são oriundos da proteína
dietética (exógena) e da proteína presente no corpo (endógena).
❑ As proteínas presentes no organismo (teciduais) apresentam-se
em contínuo processo de degradação e síntese.
▪ Estima-se que em um animal de 100 kg de peso vivo, bem alimentado,
a renovação proteica é da ordem de 500g de proteína por dia.
▪ Assim, no período de um dia, diversas proteínas corporais são degradas
e outras tantas são sintetizadas para manter o equilíbrio proteico corporal.
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❑ Os AAs essenciais são ingeridos via alimentação (não são
sintetizados no organismo).
❑ As proteínas sintetizadas no organismo são fruto de reações
anabólicas (formação de estruturas).
▪ A síntese de proteínas corporais pode ser entendida como a “junção de
AAs” essenciais e não essenciais por intermédio de reações anabólicas.
❑ Os AAs não essenciais são sintetizados no organismo a partir
de intermediários metabólicos das seguintes vias metabólicas:▪ Glicólise, Ciclo de Krebs e via das pentoses.
❑ Características dos Lipídios (gorduras):
▪ moléculas insolúveis em água, mas solúveis em solventes orgânicos
(ex: álcool, éter, clorofórmio e acetona);
▪ os principais monômeros dos Lipídios são os triglicerídeos;
❑ Funções dos Lipídios no organismo animal:
▪ Fornecimento de energia: fornece mais energia que CHTs e PRTNs;
▪ Estrutural: importantes componentes das membranas celulares;
▪ Isolante térmico: auxiliam no controle da temperatura;
▪ Proteção mecânica: proteção e lubrificação de órgãos.
4. LIPÍDIOS
▪ Armazenamento de energia: estoque de energia no corpo;
▪ Síntese de hormônios: em especial hormônios sexuais;
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Composição Corporal 
e Armazenamento 
dos nutrientes 
no corpo animal
▪ Lipídios de membrana: galactoLipídios e fosfoLipídios;
▪ Mistura heterogênea de outras moléculas solúveis em éter:
carotenóides, clorofila, etc (pequena porção na dieta animal).
❑ Nas plantas forrageiras os Lipídios encontram-se em maior
quantidade na forma de galactoLipídios e fosfoLipídios.
❑ Os Lipídios na gordura animal, cereais e oleaginosas encontram-se
principalmente na forma de triglicerídeos.
❑ Nutricionalmente, os Lipídios podem ser classificados como:
▪ Lipídios de reserva: triglicerídeos ou triacilgliceróis;
O excesso de CHTs e PRTNs da dieta são convertidos a Lipídios, 
sendo estes armazenados no tecido adiposo (gordura).
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4.1 Estrutura dos Lipídios
❑ Os monômeros dos Lipídios são formados pela união de 1ª molécula
de glicerol mais 3 moléculas, que podem ser:
▪ três moléculas de ácidos graxos (AGs) → triglicerídeos;
▪ 2as moléculas de AGs + 1ª molécula de galactose → galactolipídeo;
▪ 2as moléculas de AGs + 1ª molécula de fósforo → fosfolipídeo.
Ácidos graxos
Triglicerídeos
❑ Principais Lipídios presentes na dieta animal: triglicerídeos,
galactoLipídios e fosfoLipídios.
Glicerol
+ =
Estrutura dos principais Lipídios 
presentes na dieta animal 
Grupamento 
Carboxílico
terminal
Radical de cadeias 
carbônicas
Exemplo de um ácido graxo
❑Estrutura dos ácidos graxos:
▪ Existem diferentes ácidos graxos (AGs), os quais diferenciam-se entre si pela
cadeia carbônica (R).
- no de carbonos na cadeia (R) → podem variar de 4 a 24 C;
- tipo de ligação entre carbonos:
Triglicerídeo Galactolipídeo Fosfolipídeo
▪ Diferem:
- ligações simples (AGs saturados);
- ligações duplas (AGs insaturado).
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4.2 Digestão e Absorção de Lipídios
❑ Aproximadamente 90% dos Lipídios presentes nas dietas animais
encontram-se na forma de triglicerídeos (TGs):
▪ O restante (10%) é constituído por: fosfoLipídios, galactoLipídios, colesterol
e ácidos graxos (AGs) não esterificados (AGs na forma livres);
❑ Ação digestiva dos Lipídios contidos nos alimentos:
▪ Assim como ocorre nos outros macronutrientes (CHTs e Prtns), a digestão
dos Lipídios ocorre de forma sequencial no TGI dos animais.
❑ Para serem absorvidos os TGs necessitam ser quebrados à glicerol e AGs.
❑ A digestão dos Lipídios ingeridos via dieta ocorre: na boca,
na cavidade gástrica e no intestino delgado.
❑ A absorção dos Lipídios ocorre no intestino delgado.
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❑ Digestão inicial dos Lipídios ingeridos é realizada pela ação
da mastigação.
▪ Todavia, esta ação é pouco efetiva para a digestão dos Lipídios, servindo
apenas para diminuir o tamanho das partículas dos alimentos.
▪ Há liberação da enzima lipase sublingual, todavia a sua atividade requer pH ácido
para digerir os lipídios, o que ocorre só no estômago.
- Assim, a lipase que atua na digestão de lipídios no estômago é proveniente
da ativação da lipase sublingual.
❑ A ação digestiva dos Lipídios no estômago também é pouco efetiva,
sendo a maior digestão realizada no Intestino Delgado.
▪ O aumento da temperatura corporal e as agitações constantes
no estômago começam a quebrar os glóbulos em gotículas de gordura.
▪ Esta etapa é fundamental para promover a digestão dos lipídios no ID.
❑ A digestão dos lipídios no Intestino Delgado, assim como nos CHTs
e PRTNs, ocorre em duas fases: luminal e de membrana.
▪ Fase luminal: ação conjunta da lipase pancreática e dos sais biliares.
- no duodeno, os sais biliares (fígado) emulsificam
os lipídios para facilitar a ação da lipase pancreática.
- a digestão das gotículas de gordura após o estômago
é feita pela ação de duas enzimas pancreáticas: lipase
e co-lipase.
- os produtos finais da digestão de Lipídios na fase
luminal são basicamente os ácidos graxos livres
e monoglicerídeos.
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Ação dos sais biliares com 
as enzimas 
lipase e co-lipase
▪ Os sais biliares recobrem as gotículas de gordura (emulsificação) para
promover a adesão das enzimas lipase e co-lipase.
▪ A co-lipase remove os constituintes da bile na gotícula de gordura abrindo
caminho para a ação de digestão da lipase pancreática.
▪ As enzimas pancreáticas não conseguem aderir nas gotículas de gorduras,
sendo necessária a ação dos sais biliares.
- A lipase promove a quebra de triglicerídeos em monoglicerídeos e Ags livres.
▪ Fase de membrana: há formação das micelas de gorduras para serem
absorvidos pelos enterócitos.
- Os AGs livres e monoglicerídeos, juntamente com os sais biliares,
formam as micelas de gorduras que são então absorvidas pelos enterócitos.
- Diferentemente da absorção de CHTs (glicose) e PRTNs (aminoácidos),
a absorção de Lipídios é feita através das micelas de gorduras.
➢ As micelas de gorduras
são consideravelmente
menores do que as
gotículas de gorduras
emulsificadas das quais
foram originadas.
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▪ AGs livres de cadeia curta podem ser absorvidos diretamente pelos enterócitos.
▪ As micelas favorecem a absorção dos Lipídios pelos enterócitos;
Esquematização 
da digestão dos Lipídios 
no Intestino Delgado
❑ Nos enterócitos as micelas de gorduras e AGs de cadeia curta e média
são absorvidos.
▪ No interior dos enterócitos as micelas são quebradas a AGs livres
e monoglicerídeos, sendo estes re-sintetizados a triglicerídeos (TGs).
- os TGs re-sintetizados nos enterócitos
são ligados a uma proteína, formando
o quilomícron.
- alguns AGs livres de cadeia curta são
lançados também na corrente sanguínea,
porém em pequena quantidade.
- os quilomícrons são lançados
no sistema linfático e posteriormente
entram na circulação sanguínea.
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❑ A maior parte da energia armazenada no nosso corpo encontra-se
na forma de gordura (Lipídios)
▪ Os triglicerídeos (ou triacilgliceróis) constituem a principal forma
de Lipídios presentes no organismo animal.
4.3 Metabolismo de Lipídios
❑ O metabolismo de lipídios no organismo é regido por dois processos
metabólicos: Lipogênese e Lipólise.
▪ Quando o animal ingere muito carboidrato e/ou lipídio desencadeia
a lipogênese (síntese de gordura corporal).
- Reações anabólicas (formação de estruturas): tecido adiposo.
▪ Quando há déficit de energia no organismo desencadeia a lipólise (quebra
da gordura corporal).
❑ Substâncias (elementos) inorgânicas indispensáveis a manutenção
as funções vitais do organismo.
5. MINERAIS
▪ Em geral moléculas inorgânicas são definidas por não conterem carbono!!!
❑ Substâncias requeridas em pequenas quantidades: logo denominados
micronutrientes.
▪ Os minerais constituem 3 a 5% do peso corporal dos animais.
❑ Os minerais não são sintetizados no organismo, logo devem ser ingeridos
via alimentação.
▪ Minerais são elementos químicos (em geral metais) que estão presentes
na tabela periódica.
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(LAMB et al., 2008; WILDE, 2006)
❑ Principais funções dos minerais no organismos:
▪ Composição das estruturas das biomoléculas;▪ Auxiliam o crescimento e manutenção dos tecidos;
▪ Atuação como cofatores enzimáticos;
▪ Ativam ações hormonais;
▪ Regulam a pressão osmótica;
▪ Promovem o equilíbrio acidobásico.
Os minerais apresentam 
grande influência 
na nutrição animal, 
acarretando acréscimo 
(nível adequado) 
ou decréscimo 
(déficit ou excesso) 
na produtividade 
do sistema.
Os minerais estão envolvidos em todas as vias metabólicas, com funções
importantes na performance reprodutiva, manutenção do crescimento,
metabolismo energético, função imune entre outras funções fisiológicas.
❑ Principais fontes naturais de minerais para os animais:
▪ Alimentos fornecidos aos animais:
- Todos os alimentos apresentam em sua composição minerais;
- Todavia os minerais contidos nos alimentos encontram-se em concentrações
pequenas e variáveis.
▪ Água fornecida aos animais:
- Embora a água não tenha alta concentração de minerais, alguns destes podem
ocorrer em maior concentração na água dependendo da região.
➢ Águas calcárias => elevada concentração de Cálcio (Ca);
➢ Água salobra => elevada concentração de Sódio (Na);
➢ Água retirada de aquíferos profundos => elevada concentração de Enxofre (S);
▪ Solo:
- Sob eventual carência de minerais os animais podem ingerir solo.
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❑ Contudo, a quantidade de minerais via alimentos e água não
é suficiente para suprir as exigências diárias dos produção.
▪ Quanto maior for o potencial genético, maior será a exigência diária
dos animais por nutrientes.
- Maior a produção maior será a exigência por minerais!!!
❑ Assim a suplementação com mistura mineral é extremamente
necessária para conferir elevada produtividade aos animais.
▪ Em geral utiliza-se mistura mineral na formulação de concentrados e, ainda,
recomenda-se disponibilizar a oferta de minerais à vontade (“ad libitum”).
▪ A indústria de nutrição animal comercializa o sal mineral-vitamínico
e o núcleo mineral-vitamínico como forma de mineralização dos animais.
❑ A concentração e o armazenamento dos minerais nos tecidos
podem sofrer alterações em função da ingestão de dietas
deficientes, desbalanceadas ou mesmo com excesso de minerais.
▪ Há uma faixa adequada para quantificar o suprimento dos minerais
contidos nas dietas dos animais: deficiente, adequado e tóxico.
- A concentração para as escalas
deficiente, ótima e tóxica
diferem entre os minerais.
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❑ No corpo dos animais existem cerca de 20 minerais
que são essenciais para a manutenção das funções vitais normais.
▪ A deficiência de minerais causa redução do desempenho animal;
▪ O excesso de minerais promove a toxidez, o que também reduz
o desempenho dos animais.
5.1. Classificação dos Minerais
❑ Os minerais podem ser classificados: Macrominerais e Microminerais:
➢ Macrominerais: minerais exigidos em maior quantidade (7 minerais).
Cálcio (Ca); Cloro (Cl); Enxofre (S); Fósforo (P); Magnésio (Mg); Potássio (K); e Sódio (Na). 
➢ Microminerais: minerais exigidos em menor quantidade (14 minerais).
Cobalto (Co); Cobre (Cu); Cromo (Cr); Estanho (Sb); Ferro (Fe); Flúor (F); Manganês (Mn); 
Iodo (I); Molibdênio (Mb); Níquel (Ni); Selênio (Se); Silício (Si), Vanádio (V); e Zinco (Zn) 
❑ Em geral adota-se: quantidades maiores que 100mg/dL são
macrominerais; e quantidades menores que esta são microminerais.
5.2. Absorção dos Minerais
❑ De forma geral absorção de minerais ocorre geralmente
por transporte passivo através da parede intestinal (enterócitos).
▪ Mediado por controle hormonal, por meio da concentração de fluidos
extracelulares.
❑ Para os processos de absorção e transporte (enterócitos) é necessário
que os minerais estejam na forma iônica (cátions e/ou anions).
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21
❑ Sódio (Na), Potássio (K) e Cloro (Cl) são solúveis e monovalentes,
o que permite que sejam facilmente transportados
❑ Entretanto a solubilidade de outros minerais é baixa em pH próximo
a neutralidade.
▪ Nestes casos a solubilidade destes minerais é dependente da presença
de outros compostos (componentes alimentares complexantes);
▪ Ácido fítico e ácido oxálico (CAO et al., 2000) são exemplos
de componentes alimentares complexantes.
❑ Interações entre a concentração de determinados minerais também
interferem na absorção dos minerais.
▪ Exemplo: Ca e P; Ca e Zn, Cu e Zn; Mb, Cu e ZN.
❑ A viscosidade do quimo no trato intestinal pode também afetar
negativamente a absorção de minerais.
▪ Viscosidade: propriedade física que confere resistência de um fluido ao seu
escoamento (aderência).
❑ Assim, é importante considerar os aspectos que comprometem
a absorção dos minerais na formulação das dietas.
5.3. Inter-relações entre Minerais
❑ Existem várias inter-relações entre os minerais que contribuem para a
variação do grau de resposta fisiológica a níveis deficiente ou tóxico.
▪ Estas inter-relações ocorrem por reações de antagonismo ou sinergismo.
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➢ Inter-relações de antagonismo:
- Um mineral afeta (diminui) a absorção do outro, o que pode levar a um quadro
de deficiência daquele mineral que não foi adequadamente absorvido.
❖ Exemplo:
1-) o excesso de Cálcio (Ca) na dieta pode diminuir a absorção de fósforo (P);
2-) ocorre em função da competição pelo sítio de absorção no lúmen intestinal;
3-) a redução na absorção de P pode assim acarretar deficiência de P,
mesmo que este esteja em quantidade adequada na dieta.
- Outros exemplos: Ca e Mg; P e Mg; P e Zn; P e Fe; e P e Mn.
➢ Inter-relações de sinergismo:
- Os minerais melhoram mutuamente (aumenta) a absorção no TGI.
- Exemplos: Ca e Zn; Zn e Fe; Mn e Mg; e Cu e P.
Inter-relações 
entre os 
minerais
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5.3. Funções dos Macrominerais
1-) Cálcio (Ca):
▪ O Ca é absorvido principalmente no duodeno e jejuno;
▪ A absorção se efetua tanto por transporte ativo (gasto de energia) por
transporte passivo (difusão);
▪ Os fatores que influenciam o metabolismo do Ca são a concentrações
de fósforo (P), vitamina D, sistemas hormonais e idade do animal;
❖ Funções do Ca
no organismo:
▪ Constituição dos ossos e dentes;
▪ Regulação das funções nervosas e musculares;
▪ Coagulação do sangue e do leite;
▪ Ativação de enzimas;
▪ Confere permeabilidade à membrana plasmática.
2-) Fósforo (P):
▪ A absorção ocorre em todo o ID, tanto por transporte ativo (gasto de energia)
por transporte passivo (difusão);
▪ Os fatores que influenciam o metabolismo do Ca e demais inter-relações de
antagonismos.
❖ Funções do P
no organismo:
▪ Constituição dos ossos e dentes;
▪ Componentes de ATP, DNA e RNA;
▪ Ação tamponante através de soluções fosfatadas;
▪ Confere permeabilidade à membrana plasmática;
▪ Intervém no equilíbrio ácido-bésico.
▪ Síntese de fosfolipídeos e fosfoproteínas.
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3-) Sódio (Na):
▪ Absorção ocorre em maior concentração no duodeno (transporte ativo),
mas também tem alguma absorção no estômago (transporte passivo).
▪ Principal cátion (íon positivo) em fluidos extracelulares, regulando o volume
do plasma e o equilíbrio ácido-base.
❖ Funções do Na
no organismo:
▪ Manutenção da pressão osmótica;
▪ Transmissão de impulsos nervosos;
▪ Bomba sódio-potássio;
▪ Permeabilidade celular;
▪ Auxilia no processo de absorção
de monossacarídeos e aminoácidos;
▪ Participa da síntese de sais biliares.
4-) Potássio (K):
❖ Funções do K
no organismo:
▪ Assim como Na, a absorção ocorre em maior concentração no duodeno
(transporte ativo), mas também tem alguma absorção no estômago (difusão).
▪ Principal cátion (íon positivo) em fluidos intracelulares, regulando o volume
do plasma e o equilíbrio ácido-base.
▪ Auxilia na regulação do equilíbrioácido-base;
▪ Condução da pressão osmótica;
▪ Bomba sódio-potássio;
▪ Atua no impulso nervoso e na contração muscular;
▪ Possui papel em reações enzimáticas.
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5-) Cloro (Cl):
❖ Funções do Cl
no organismo:
▪ O Cl sofre absorção no estômago e no duodeno por transporte ativo e no
jejuno e íleo por transporte passivo.
▪ O Cl é o principal ânion extracelular, o qual está envolvido na regulação da
pressão osmótica.
▪ Produção do suco gástrico;
▪ Transporte de eritrócitos;
▪ Equilíbrio ácido-base.
6-) Magnésio (Mg):
▪ O metabolismo do Mg está fortemente relacionado ao metabolismo de Ca e P.
❖ Funções do Mg
no organismo:
▪ Constituinte de ossos, dentes e casca de ovos;
▪ Componente ativo de várias enzimas.
▪ A absorção de Mg se realiza principalmente no íleo, por transporte passivo.
7-) Enxofre (S):
❖ Funções do S
no organismo:
▪ A absorção do S ocorre no ID.
▪ O S esta fortemente relacionado ao metabolismo proteico, logo a deficiência
deste mineral acarreta perda de desempenho produtivo.
▪ Constituição de vitaminas (biotina e tiamina);
▪ Constituição de AAs (metionina, cistina e cisteína)
e hormônio (insulina);
▪ Constituição da Coenzima A (SCoA).
8-) Iodo (I):
▪ A absorção do I é feita um pequena quantidade no estômago e em maior
quantidade no ID.
▪ O I é um elemento essencial para a síntese dos hormônios da tireóide (T3 e T4).
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❖ Funções do I
no organismo:
▪ Componente da Tiroxina (T3) e da Triiodotironina
(T4) e hormônios reguladores do metabolismo basal;
▪ Influi nos processos de termorregulação, crescimento
e desenvolvimento de pele, pelos e plumas;
▪ Influencia na atividade gonadal.
9-) Ferro (Fe):
▪ A absorção do Fe ocorre no estômago e no início do ID.
▪ O Fe necessita de uma proteína específica (transferrina) para ser transportado
para a corrente sanguínea.
▪ A eficácia da transferência do Fe ao feto através da placenta é diferente entre as
espécies, os suínos são propensos a terem deficiência de Fe.
❖ Funções do Fe
no organismo:
▪ Componente do grupo heme de várias PRTNs
(hemoglobina, mioglobina, transferrina, ferretina;
▪ Constituinte de enzimas (catalase, peroxidase,
desidrogenase);
▪ Participam do transportes de O2 e elétrons na cadeia
respiratória.
10-) Zinco (Zn):
▪ A absorção do Zn ocorre em sua maioria no ID.
▪ O Zn é amplamente distribuído nos tecidos animal.
❖ Funções do Zn
no organismo:
▪ Participa da replicação celular e do metabolismo de Aas;
▪ O metabolismo das vitaminas A e E dependem de Zn;
▪ Co fator de enzimas e componentes de hormônios.
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11-) Cobre (Cu):
▪ A absorção do Cobre ocorre no estômago e em maior quantidade no ID,
sais de Ca diminuem a absorção deste mineral.
▪ O Cobre é necessário para os sistemas hematológicos e neurológicos.
❖ Funções do Cobre
no organismo:
▪ Componente de enzimas;
▪ Participa dos processos de crescimento e formação
dos ossos e das bainhas de mielina no sistema nervoso.
▪ Auxilia na absorção de Fe e Zn;
▪ Favorece a absorção de Zn.
12-) Selênio (Se):
▪ A absorção do Se ocorre no duodeno, sais de Ca diminuem a sua absorção.
▪ Após a absorção o plasma transporta o Se associado a uma proteína plasmática.
▪ Atua no organismo contra ação dos radicais livres (antioxidante).
❖ Funções do Se
no organismo:
▪ Atua de forma conjunta com a vitamina E (antioxidante);
▪ Componentes de enzimas;
▪ Atua na prevenção de doenças (necrose hepática
e músculo branco).
13-) Manganês (Mn):
▪ A absorção do Mn não é bem conhecidas, porém acredita-se que ocorra no ID.
▪ A absorção de Mn é inibida pelo excesso de Ca e P na dieta.
▪ O Mn concentra-se na mitocôndria das células e atua na fosforilação oxidativa.
❖ Funções do Mn
no organismo:
▪ Cofator de enzimas (descarboxilase, hidrolase
e transferase);
▪ Mantém o funcionamento normal do SNC
e do sistema Reprodutivo;
▪ Deformidades esqueléticas e problemas na casca
de ovo podem ser causados pela deficiência do Mn.
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14-) Cromo (Cr):
▪ A absorção do Cr é baixa (1 a 3%) e ocorre em sua maioria no jejuno.
▪ O Cr participa da configuração da molécula de RNA.
❖ Funções do Cr
no organismo:
▪ Potencializados da insulina;
▪ Estimula a síntese hepática de Ags e colesterol;
▪ Tende a aumentar a massa muscular e reduzir o tecido
adiposo.
15-) Cobalto (Co):
▪ A absorção do Co é realizada no ID.
▪ O Co é o principal constituinte da vitamina B12 e é cofator de enzimas envolvidas
na biossíntese do DNA.
❖ Funções do Co
no organismo:
▪ Constituinte da vitamina B12;
▪ Participa do metabolismo de AAs;
▪ Aumenta a ação das peptidases.
16-) Molibdênio (Mo):
▪ A absorção do Mo é rapidamente feita no ID.
▪ O Mo é encontrado principalmente no fígado, ossos e rins.
❖ Funções do Mo
no organismo:
▪ Constituinte de enzimas;
▪ Efetuam remoção do excesso de Cobre (Cu);
▪ Há indícios que pode auxiliar no combate
de tumores cancerosos.

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