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RECURSO ESPECIAL e RECURSO EXTRAORDINÁRIO Processo II

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RECURSO ESPECIAL
E
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Cabimento: art. 102, III, CF
>> HIPÓTESES TAXATIVAS: causas decididas em ÚNICA ou ÚLTIMA instância, quando a decisão recorrida:
contrariar dispositivo da CF;
declarar inconstitucional tratado ou lei federal;
julgar válida Lei ou ato do governo local contestado em face de lei federal (ex: infringiu a competência estabelecida na CF e legislou sobre matéria que não podia);
PRESSUPOSTOS DO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO:
1º) O JULGAMENTO DA CAUSA, EM ÚLTIMA OU ÚNICA INSTÂNCIA:
>> Deve ser entendido tanto como uma causa que envolve tanto decisão final de mérito, quanto uma questão resolvida em decisão interlocutória.
2º)	EXISTÊNCIA	DE	QUESTÃO	FEDERAL
CONSTITUCIONAL:
>> Somente pode ter por objeto a análise de uma questão de direito, envolvendo a aplicação de norma constitucional, i.e. um ponto controvertido que envolva diretamente a interpretação e aplicação da lei (súmula nº 279/STF –“Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.”);
>> Se os debates são restritos aos fatos fundamentos da decisão recorrida, e sua veracidade ou não, não será cabível o recurso extraordinário, pois não se permite esta análise por parte do STF;
3º) DEMONSTRAÇÃO DE REPERCUSSÃO GERAL:
>> Art. 1035, CPC; art. 102, §3º, CF; Lei nº 11.418/06:
>> Considera-se REPERCUSSÃO GERAL, a existência ou não de questões relevantes do ponto de vista ECONÔMICO, POLÍTICO, SOCIAL ou JURÍDICO que ultrapassem os interesses subjetivos do processo (art. 1035, §1º);
>>	A questão	constitucional	deve	revestir-se	de
repercussão geral;
>> A apreciação é de competência do PLENO do STF (mínimo 8 Ministros = 2/3 de seus membros – art. 102, §3º, CF ) – a decisão é IRRECORRÍVEL;
reconhecida a repercussão geral, o relator no STF determinará a suspensão do processamento de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem sobre a questão no território nacional – prevenir decisões discrepantes;
esta suspensão tem prazo máximo: 1 ano – prazo impróprio(art. 1035, §9º CPC);
Negada a repercussão geral, o Pr/VPr do tribunal de origem negará seguimento aos recursos sobrestados que versem sobre matéria idêntica (art. 1035 § 8º).
É requisito de ADMISSIBILIDADE, não reconhecida a repercussão geral, o presidente ou o vice-presidente do tribunal de origem negará seguimento aos recursos extraordinários sobrestados na origem que versem sobre matéria idêntica;
REPERCUSSÃO GERAL PRESUMIDA
art. 1035, §3º, CPC:
contrariedade	de	súmula/jurisprudência dominante do STF;
se o recurso impugnar acórdão que tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal – art. 97CF;
4º)	OBSERVÂNCIA	DO	PRAZO	LEGAL	DE
INTERPOSIÇÃO:
>>	O prazo é de	15 dias,	a	contar		da	intimação do	julgamento		impugnado	(art.	1.003,	caput,
§5º, CPC).
5º) EXISTÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO:
>> A questão constitucional não pode ser suscitada originalmente no recurso extraordinário;
>> Este somente será admitido se o tema nele versado tiver sido objeto de debate e apreciação na instância originária;
>> Se a decisão tiver sido omissa, deve a parte, antes de interpor o extraordinário, provocar o pronunciamento sobre a questão constitucional por meio de embargos de declaração;
>> A mera interposição de embargos de declaração já é o suficiente para prequestionar a matéria (art. 1.025, CPC);
>> Ainda que rejeitados, caberá REsp e RE contra o acórdão originário, mesmo que o Trib. Superior entenda que realmente houve o vício apontado nos ED, pois a matéria será considerada prequestionada;
>> Prejudicada a súmula 211 STJ que exigia o prequestionamento expresso; CPC acolheu a súmula 356 do STF que admitia o prequestionamento tácito.
>>	Segundo	NELSON	NERY	JUNIOR:	“diz-se
prequestionada determinada matéria quando o órgão julgador haja adotado entendimento explícito a respeito”.
>> Para ter-se configurada a questão constitucional é ainda necessário que a ofensa invocada pelo recorrente tenha-se dado diretamente contra a regra traçada pela CF e não tenha decorrido, intermediariamente, de atentado às regras infraconstitucionais;
>>	Segundo	Humberto	Theodoro	Júnior,
justifica-se a exigência do prequestionamento da questão constitucional (tese debatida na decisão recorrida) porque a Constituição instituiu o recurso extraordinário para apreciação de “causas decididas em única ou última instância”;
>> Cumpre, pois ao recorrente demonstrar, necessariamente, que a questão ventilada no extraordinário foi objeto de apreciação e julgamento na instância ordinária;
>> O que se busca, portanto, é um rejulgamento
da causa, no tocante à questão de direito nela contida.
	>>	Daí	a	exigência	do
	STF	em	ter
	sido
	prequestionada,	na
	origem,	a
	tese
	constitucional,	como
	requisito
	de
admissibilidade do recurso extraordinário;
Súmula 282/STF:
É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão
federal suscitada.
Súmula 356/STF:
“O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não
pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.”
>> As finalidades básicas do prequestionamento, portanto são as seguintes:
Evitar a supressão da instância, de tal modo que nenhum Juiz ou Tribunal deixe de analisar a questão, até o envio dos autos ao Tribunal Superior, conforme, aliás orienta o STF, através da Súmula 281.
Manter a ordem constitucional, das instâncias no sistema jurídico brasileiro, segundo a ordem de juízes e Tribunais.
Evitar a surpresa da parte contrária, na medida em que poderia desconhecer , aquele, a matéria analisada em grau de Recurso Especial ou Extraordinário, na hipótese de ausência do prequestionamento.
RECURSO ESPECIAL
Cabimento: art. 105,III, CF
decisão de ÚNICA ou ÚLTIMA instância dos TRFs ou dos TJs de que já não caibam mais recursos ordinários E que tenham contrariado ou negado vigência a Tratado ou Lei Federal;
	-	decisão	que
	der	à	Lei
	Federal	interpretação
	divergente	da
	que	lhe
	haja	atribuído	outro
	tribunal;
	
	
função	precípua:	manter	a	autoridade	e	a unidade da lei federal.
>> Como cabem de decisão proferida em única ou última instância, pelos TRFs ou pelos TJs, não se admite Resp contra acórdãos prolatados no Juizado Especial Cível, pois estes provêm de um colégio recursal e não de um tribunal ;
>> Não cabem contra acórdãos dos quais ainda cabe outro recurso;
>> O rol do artigo 105, III, da CF é taxativo, assim é necessário que o recurso aponte qual dos vícios ficou caracterizado;
>> No exame de admissibilidade, o julgador verificará se esta alusão foi feita, não se manifestando quanto ao mérito.
>>		Deve,	portanto	indicar	de	forma	individualizada,	o dispositivo da “lei federal” que foi violado.
>> Se não o fizer, o REsp não será conhecido.
“A ausência de indicação de dispositivo de lei federal que teria sido violado pelo acórdão recorrido ou interpretado de forma divergente pelos tribunais, torna o recurso especial interposto com base nas alíneas ‘a’ e ‘c’ do permissivo constitucional deficiente em sua fundamentação. Incidência, por analogia, da Súmula 284/STF.”
(STJ. 2ª Turma. AgRg no AREsp 635.592/SP, Rel. Min. Mauro Campbell
Marques, julgado em 24/02/2015).
HIPÓTESES DE CABIMENTO:
Contrariedade ou negativa de vigência de tratado ou lei federal: pode ser à letra da lei ou ao seu espírito.
Contrariedade:
>> Implica em afronta à lei em uma interpretação que não lhe seja adequada;
>> Pressupõe uma ofensa ao texto da lei, quer deixando de aplicá-lo, quer aplicando-o de forma errônea; ou ainda interpretando-o de modo não adequado e diferente da interpretação correta já firmada pelo STJ.
Negativa de vigência:
>> É mais restrita e consiste em deixar de aplicar a lei quando deveria ser aplicada, ou afrontar seu texto ou espírito;
>> Já decidiu o STF: “Nega vigência à lei federal não só a decisão que afirma não estar ela em vigor, porque já não vigora, ou ainda não vigora, mas também a que não aplica, quando ela é aplicável, ou pretendendo ou fingindo aplicá-la, faz o frontalmente oposto do que diz, na letra e no espírito, o texto traído” (RE nº 42.255-GO).
ASSIM:
Uma decisão que dê à lei federal uma interpretação razoável, embora não a melhor,
não estará negando vigência à lei, mas contrariando-a.
>>	A	expressão	“lei	federal”	é	interpretada	em
sentido amplo e abrange:
Lei complementar federal/nacional;
Lei ordinária federal/nacional;
Lei delegada federal/nacional;
Decreto-lei federal/nacional;
Medida provisória federal/nacional;
Decreto autônomo federal/nacional.
OBSERVAÇÃO:
LEI FEDERAL: regula assuntos relativos à União, como, p.ex., a Lei 8.112/90, que versa sobre o funcionalismo público federal e é de observância obrigatória pela União apenas.
LEI NACIONAL: é a lei válida em todo o território nacional, não somente no âmbito da União e traz regramento para todos os entes da federação, p. ex., Lei 8.666/93.
AMBAS SÃO DE COMPETÊNCIA DO CONGRESSO NACIONAL COM SANÇÃO PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
POR OUTRO LADO...
NÃO CABE RECURSO ESPECEIAL POR OFENSA A:
Portaria;
Instrução normativa;
Resolução;
Decreto-legislativo;
Parecer normativo.
TAMBÉM NÃO CABE RECURSO ESPECIAL POR
VIOLAÇÃO:
Lei municipal;
Lei estadual;
Regimento interno do tribunal (S. 399, STF);
Súmula.
	Validade de ato de governo local contestado em face da lei federal:
>> A finalidade do REsp é a preservação da lei federal e não dos atos de governo local;
>> O que justifica a interposição do REsp aqui é o fato da validade de ato do governo local ter sido reconhecida, em detrimento de lei federal;
>> Não caberia se o ato de governo local fosse negado frente ao texto de lei federal, pois, neste caso, a lei federal teria prevalecido.
Interpretação de lei federal divergente da atribuída por outro tribunal:
>> Funda-se em divergência jurisprudencial;
>> A finalidade é preservar a uniformidade do direito federal;
>> A afronta há de ser de lei federal ou tratado, não bastando que haja alegação de violação a enunciado de súmula (Súmula 518, STJ).
Súmula 518/STJ:
Para fins do art. 105, III, a, da Constituição Federal, não é cabível recurso especial
fundado em alegada violação de enunciado de súmula.
(STJ. Corte Especial. Aprovada em 26/02/2015)
>> Para demonstrar a divergência é preciso que o recorrente apresente um paradigma, isto é, uma decisão de outro tribunal, que interprete de forma diferente a lei federal.
>> É necessário também que se demonstre que a melhor interpretação é dada pelo acórdão- paradigma, pois não basta a mera divergência;
>> A divergência deve ser originária de tribunais diferentes (S. 13/STJ: A divergência de julgados do mesmo tribunal não enseja recurso especial).
>> A divergência deve ser atual (S. 83/STJ: Não se conhece de recurso especial pela divergência, quando a orientação do Tribunal se firmou no mesmo sentido da decisão recorrida.);
>> A decisão-paradigma deve provir de tribunal e nunca de primeira instância;
>> A prova da divergência deve ser realizada de acordo com o determinado no artigo 1.029, §1º, CPC: deverá juntar certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicado o acórdão divergente, ou ainda, com a reprodução de julgado disponível na rede mundial de computadores, com indicação da respectiva fonte;
Segundo Nelson e Rosa Nery:
“O recorrente deve demonstrar em suas razões de recurso, de forma analítica, onde reside a divergência
na interpretação da lei federal, transcrevendo o trecho do acórdão paradigma e o trecho do acórdão recorrido onde isto teria se verificado. Embora a exigência da transcrição do trecho em que se deu a divergência não decorra da lei, mas de norma regimental (RISTJ 255, par.2º), se o recorrente assim não agir o STJ não terá condições de avaliar a existência da divergência, motivo por que poderá deixar de conhecer o recurso por não estar presente do requisito da CF (art. 102, III, c).”
(Nélson e Rosa Nery – Código de Processo Civil Comentado)
>>O	recurso	especial	não	prescinde	de
prequestionamento;
>> Este deve estar presente em todos os casos;
>> No último caso – divergência – o prequestionamento consiste na manifestação, pela instância a quo, sobre a matéria objeto de divergência.
>> Isso vale tanto para a decisão recorrida, quanto para a decisão paradigma.
>> Assim, se o acórdão recorrido apreciou a matéria dita divergente, mas o acórdão paradigma não se manifestou sobre a matéria objeto da divergência, não houve o necessário prequestionamento.
>> A exigência do prequestionamento, nesses casos, é necessária inclusive para se verificar a similitude fática entre os acórdãos recorrido e paradigma.
QUESTÕES COMUNS AO RE E AO RESP:
Decidem	questões	de	DIREITO.	As	questões	de fato devem já terem sido resolvidas;
São recursos de ESTRITO DIREITO;
Examina-se	a	decisão	para	se	identificar	algum ERRO de DIREITO;
Visam	preservar	o	DIREITO	OBJETIVO	e	sua EFICÁCIA;
Possuem a modalidade adesiva;
Só cabem quando ESGOTADAS as vias ordinárias;
Quando a parte interpuser RE e REsp da MESMA DECISÃO deve fazê-lo em peças AUTÔNOMAS;
São DESPROVIDOS de efeito SUSPENSIVO (RG);
Pode ser pedido efeito suspensivo e a competência para decidir é:
ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da decisão de admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá- lo;
ao relator, se já distribuído o recurso;
ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim como no caso de o recurso ter sido sobrestado .
PROCEDIMENTO:
art. 1029, CPC
(redação dada pela Lei nº 13.256/16)
São interpostos perante o Presidente/Vice- Presidente do Tribunal recorrido em petições distintas;
Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá:
negar seguimento:
a recurso extraordinário que discuta questão constitucional à qual o Supremo Tribunal Federal não tenha reconhecido a existência de repercussão geral ou a recurso extraordinário interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal exarado no regime de repercussão geral;
a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos repetitivos;
encaminhar o processo ao órgão julgador para
realização do juízo de retratação, se o acórdão recorrido divergir do entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça exarado, conforme o caso, nos regimes de repercussão geral ou de recursos repetitivos;
sobrestar o recurso que versar sobre controvérsia de caráter repetitivo ainda não decidida pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça, conforme se trate de matéria constitucional ou infraconstitucional;
selecionar o recurso como representativo de controvérsia constitucional ou infraconstitucional, nos termos do § 6º do art. 1.036;
realizar o juízo de admissibilidade e, se positivo, remeter o feito ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça, desde que:
o recurso ainda não tenha sido submetido ao regime de repercussão geral ou de julgamento de recursos repetitivos;
o recurso tenha sido selecionado como representativo da controvérsia;
ou
o tribunal recorrido tenha refutado o juízo de retratação.
Da decisão de inadmissibilidade proferida com fundamento no inciso V, do art. 1.030, CPC – realizar juízo de admissibilidade do recurso – caberá agravo ao tribunal superior – agravo em RE e REsp – nos termos do art. 1.042.
Da decisão que negar seguimento ou sobrestar o recurso que versar sobre controvérsia de caráter repetitivo ainda não decidida pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça, conforme se trate de matéria constitucional ou infraconstitucional (I e III, art. 1.030, CPC) caberá agravo interno, nos termos do art. 1.021.
Se forem interpostos os dois recursos os autos serão remetidos primeiro ao STJ (art. 1031 NCPC);
Concluído o julgamento do REsp os autos serão remetidos ao STF para a apreciação do RE se este não estiver prejudicado;
Caso o relator do REsp considerar o RE prejudicial à decisão daquele, sobrestará o julgamento e remeterá os autos ao STF para que seja julgado o RE primeiro. ESTA DECISÃO É IRRECORRÍVEL (ex: alega-se a
inconstitucionalidade de uma lei federal que se afirma mal aplicada – a inconstitucionalidade é prejudicial à aplicação da lei).
Se o relator no STF decidir pela não prejudicialidade apontada pelo STJ, em DECISÃO IRRECORRÍVEL remeterá os autos ao STJ para que julgue o REsp.
RECURSO ESPECIAL E
RECURSO EXTRAORDINÁRIO REPETITIVO
( JULGAMENTO POR AMOSTRAGEM):
-	arts. 1036/1041;
multiplicidade de RE/REsps com fundamento em IDÊNTICA questão de direito e maior abrangência possível a respeito da questão a ser decidida (art. 1036, §6º) – AFETAÇÃO – RECURSOS PARADIGMAS –
representativos da controvérsia;
O Pr/VPr. do Tribunal de Justiça ou do TRF selecionará dois ou mais recursos representativos da controvérsia, que serão encaminhados ao STF ou ao STJ (art. 1036, §1º) esta escolha não vincula o relator do tribunal superior que pode escolher mais alguns (art. 1036, §4º);
O relator do tribunal superior também poderá selecionar dois ou mais recursos representativos da controvérsia para julgamento da questão de direito, independentemente da iniciativa do Pr/VPr do tribunal de origem (art. 1036, §5º);
Os demais processos análogos ficarão sobrestados aguardando o julgamento dos paradigmas (art. 1036, §1º);
a suspensão feita pelo tribunal inferior é provisória, pois dependerá de confirmação – e eventual ampliação – ou revogação pelo relator do tribunal superior (art. 1037, II e §1º);
os recursos afetados deverão ser julgados no prazo de 1 ano (a contar da afetação) e terão preferência sobre os demais feitos (salvo se tiver réu preso e pedidos de habeas corpus) – art. 1037, §4º.
a afetação não leva em conta a vontade das partes sendo IMPOSITIVA (art. 1037, §8º, CPC), no entanto se ela demonstrar a distinção entre a questão a ser decidida e aquela afetada, poderá pedir o prosseguimento do seu processo (art. 1037, §9º, CPC ), pedido ao qual a outra parte será intimada a se manifestar no prazo de 5 dias (art. 1037, §11, CPC) – recurso agravo de instrumento (1º grau) e agravo interno (se a decisão for do relator) – art. 1037, § 13, CPC;
publicado o acórdão paradigma (art. 1040), a eficácia do julgamento é VINCULANTE (art. 1040, III).
REFERÊNCIAS
BARROS, Sérgio Resende. Noções de um controle da constitucionalidade. Disponível em: http://www.srbarros.com.br/pt/nocoes-sobre-controle-de-constitucionalidade.cont
MARINONI, Luiz Guilherme; MITIDIERO, Daniel; ARENHART, Sérgio Cruz. Novo Curso de Processo Civil. Vol. 1. Editora Revista dos Tribunais, 2015;
MOREIRA, José Carlos Barbosa. Comentários ao Código de Processo Civil. vol. V, 7ª ed.Editora Forense:Rio de Janeiro, 1998;
NERY JÚNIOR, Nelson; NERY, Rosa Maria de Andrade. Comentários ao Código de Processo
Civil. Revista dos Tribunais, 2015;
NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Novo CPC Inovações Alterações Supressões Comentadas.
Ed. Método:São Paulo, 2015;
WAMBIER, Teresa Arruda Alvim; DIDIER JR., Fredie; TALAMINI, Eduardo; DANTAS, Bruno.
Breves Comentários ao Novo Código de Processo Civil. Revista dos Tribunais:São Paulo, 2015;
WAMBIER, Teresa Arruda Alvim; CONCEIÇÃO, Maria Lúcia Lins; RIBEIRO, Leonardo Ferres da Silva; MELLO, Rogério Licastro Torres. Primeiros Comentários ao Novo Código de Processo Civil Artigo por Artigo. Revista dos Tribunais:São Paulo, 2015;

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