Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DAP NEAD | ESAG | UDESC Av. Madre Benvenuta, 2037 – Itacorubi – Florianópolis / SC – CEP 88035-001 Fone: (48) 3664.8244 – www.esag.udesc.br UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL –UAB CENTRO DE CIÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO E SOCIOECONÔMICAS - ESAG GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Disciplina: Psicologia Organizacional Professor: GreicyKelliSpanholLenzi e Luis Gonzaga Mattos Monteiro Acadêmicos(as)(até 7 participantes): CLAUDIO VARELLA MACIEL GRACIELE LÚCIA BAGNARA PAULO R. BINSFELD SIMONE BIEGELMEIER Atividade 1 Considerando o estudo de caso A História de Ricardo: Razões pretensamente boas podem render falta de motivação, discutam com seus colegas respondam as seguintes questões: 1. Identifique 10 fatores que desmotivaram ou podem desmotivar os funcionários nesse cenário? (0,5 cada fator correto identificado) 2. Que estratégias/ações/ideias vocês aplicariam e o que mudariam para motivar os funcionários? (0,5 pontos cada ação correta sugerida) Fator de Desmotivação Ação para evitar ou motivar 1 Impossibilidade de Autorrealização O clima organizacional implantado por Ricardo impede que as pessoas, seus colaboradores, desenvolvam suas potencialidades a ponto de alcançarem a autorrealização, a ponto de se sentirem plenamente aceitas e sentirem-se também úteis dentro do contexto onde desenvolvem suas atividades, principalmente os colaboradores mais antigos. Acreditamos que uma das maneiras de superar este fator de desmotivação seria a adoção de medidas que garantissem que as necessidades sociais e de estima e mesmo a necessidade de proteção no tocante ao aspecto emocional (de acordo com a Teoria da Hierarquia das Necessidades, de Maslow) fossem garantidas, afim de prover as condições para que os colaboradores pudessem aproveitar o máximo possível do potencial que suas habilidades permitem. Acreditamos que isso se tornaria DAP NEAD | ESAG | UDESC Av. Madre Benvenuta, 2037 – Itacorubi – Florianópolis / SC – CEP 88035-001 Fone: (48) 3664.8244 – www.esag.udesc.br possível com medidas que estimulassem o reconhecimento profissional e o estímulo a atividades prazerosas e que estimulassem a interação social entre os colaboradores (talvez com atividades de lazer, palestras motivacionais etc.). 2 Falta de Reconhecimento Profissional Esse fator de desmotivação tem muita ligação com o fator citado anteriormente, mas, dada sua importância, acreditamos que mereça ser reconhecido separadamente. No caso do relato que estamos estudando, acreditamos que a forma um tanto centralizadora do Sr. Ricardo, acaba inibindo o protagonismo de muitos colaboradores, notadamente os de maior capacidade e melhor preparados, já que não encontram “espaço” para suas ideias e opiniões, uma vez que as do Sr. Ricardo sempre acabam prevalecendo. Acreditamos que a estratégia administrativa adotada, deveria privilegiar não só os custos e os fatores operacionais, mas efetivamente fazer com que os funcionários se sentissem recompensados por colaborarem na consecução destes aspectos, além de ser necessário que suas ideias também encontrassem respaldo que os fizesse sentir que de fato estão participando do desenvolvimento da empresa. Isso, em nossa opinião, acabaria mesmo por potencializar os resultados operacionais e seguramente traria reflexos nos custos. 3 Supressão da Autonomia O modo como Ricardo pensou em pautar sua gestão pelo “estabelecimento de uma abordagem sistemática que incluísse indicadores mensuráveis e normas profissionais” acabou, muito possivelmente, atrelando as ações de seus colaboradores a rígidas normas que lhes tiraram muito da autonomia e provavelmente os fizeram se sentir excessivamente tutelados, além deste ponto de vista do Sr. Ricardo, contrastar frontalmente com a visão de alguns de seus subordinados diretos, os quais desejavam ter mais autonomia para correr riscos no desenvolvimento de novas ideias para a empresa. Acreditamos que estas questões poderiam ser sanadas, ou pelo menos amenizadas, conciliando-se medidas de controle administrativo que privilegiassem aspectos da autonomia dos funcionários, com o intuito de se criar um “meio termos saudável” DAP NEAD | ESAG | UDESC Av. Madre Benvenuta, 2037 – Itacorubi – Florianópolis / SC – CEP 88035-001 Fone: (48) 3664.8244 – www.esag.udesc.br que não tolhesse a iniciativa dos colaboradores e nem fosse “perigosamente permissiva” e acreditamos que isso seria possível se cada um dos defensores desse diferentes pontos de vista concordasse em “ceder terreno” aos seus opositores, construindo-se um clima de consenso. Obviamente teríamos de estar num clima organizacional com condições satisfatórias de diálogo e com dirigentes dispostos a ouvir e a delegar parte de seu poder. 4 Falta de motivação para assumir responsabilidades No ambiente organizacional do caso que estamos estudando os funcionários acabaram perdendo sua autonomia e seguramente isso lhes tira a motivação em assumir responsabilidades, já que estão sendo “administrados” como se tivessem de ser tutelados a fim de alcançarem metas que até se justificam, mas cujos métodos utilizados para alcançá-las não têm o respaldo de sua aceitação. Acreditamos que as demissões dos diretores e do superintendente pode ter muito a ver com este fator de desmotivação e acreditamos também que uma forma de evitá- lo seria a implantação de mudanças graduais, cujo tempo efetivo de implementação permitisse aos colaboradores “digeri-las”, adaptando suas condutas conforme as mudanças que lhes afetassem fossem acontecendo. Melhor ainda seria se, de alguma maneira, os colaboradores pudessem opinar acerca da real necessidade da implantação das mudanças e sobre o ritmo de suas efetivações. 5 Clima pouco propicio à criação de vínculos entre as pessoas O enfoque rigoroso na eficiência e na eficácia administrativa, além do enfoque excessivo no resultado financeiro, no nosso entendimento, acabou relegando a um segundo plano aspectos relacionados ao “desenvolvimento humano” dos profissionais subordinados ao Sr. Ricardo. Assim, a falta de uma maior atenção à estes aspectos, compromete a interação entre as pessoas, já que notoriamente vivemos em uma sociedade cada vez mais individualista e competitiva. Assim, se não for dada a devida atenção à construção de laços de afinidade entre as pessoas, fica difícil se construir um ambiente onde vigore sentimentos de colaboração, até porque a própria circulação de informações vitais fica comprometida, já que as pessoas sentem-se DAP NEAD | ESAG | UDESC Av. Madre Benvenuta, 2037 – Itacorubi – Florianópolis / SC – CEP 88035-001 Fone: (48) 3664.8244 – www.esag.udesc.br inseguras em repassar informações a eventuais “concorrentes”. Acreditamos que os vínculos entre as pessoas poderiam ser reforçados com atividades de confraternização em datas comemorativas gerais, com atitudes simples como a lembrança pela passagem dos aniversários ou com atividades que de alguma forma fizessem os colaboradores se sentirem “fazendo parte de um contexto maior”, o que lhes daria não só segurança para assumirem maiores responsabilidades, mas também a devida motivação para se comprometerem com as metas de desempenho que se fizessem necessárias para o sucesso da organização. 6 Problemas quanto ao feedbackPara que uma organização possa evoluir ou mesmo apenas cumprir suas metas e sobreviver, é necessário que haja internamente um bom fluxo de informações, as quais são necessárias para que decisões acertadas sejam tomadas nos momentos propícios, tornando-a uma organização pautada pela eficácia e pela eficiência. No caso do relato que estamos analisando, a centralização das decisões vitais pelo Sr. Ricardo, o qual não demonstrava levar seriamente em consideração as aspirações de seus colaboradores (que, ademais, disso se ressentiam), além de sonegar informações mesmo que publicamente pregasse a união e a confiança, minava o ânimo e a motivação, além de provavelmente gerar a subutilização de todo o potencial produtivo dos colaboradores. Acreditamos que uma forma de evitar essa situação desmotivadora, seria primeiramente acontecer uma mudança sincera na postura dos altos dirigentes, os quais deveriam estimular o diálogo e a valorização das opiniões dos participantes das reuniões decisórias que acontecessem dentro da organização, sem “reviravoltas” nas quais suas opiniões acabam por prevalecer. Seria interessante, também, haver abertura para que sugestões dos colaboradores fossem colocadas em prática, com seus resultados contextualizados e socializados dentro do âmbito organizacional a fim de valorizar a experiência e a capacidade dos colaboradores quanto a tomada de decisões, além de estimular a responsabilidade e o comprometimento com as metas da organização. Evidentemente, o papel de um DAP NEAD | ESAG | UDESC Av. Madre Benvenuta, 2037 – Itacorubi – Florianópolis / SC – CEP 88035-001 Fone: (48) 3664.8244 – www.esag.udesc.br gestor como o Sr. Ricardo, seria primordial para que isso acontecesse e, para tanto, o sua capacidade de dialogar com os colaboradores seria de importância capital. 7 Perda excessiva do sentimento de controle A forma como a organização foi estruturada pelo Sr. Ricardo, com rigor sistêmico focado na eficiência, eficácia e nos resultados financeiros, claramente chocou-se com as expectativas de alguns colaboradores e muito disso se deu por conta dessa visão administrativa romper com grande parte do empoderamento dos colaboradores, que para se adequarem ao sistema proposto teriam de abrir mão de muito de sua autonomia e criatividade. Isso também “choca-se” com a necessidade de um certo grau de empoderamento que as pessoas têm de possuir para poderem se motivar no enfrentamento não só de novos desafios, mas também para encarar o próprio dia a dia do trabalho. Acreditamos que a manutenção de um plano de carreiras claro e factível em que os funcionários podem nutrir aspirações a ascensão hierárquica com melhoria de vencimentos, motiva tanto no sentido de assumir novas responsabilidades quanto no sentido de comprometer-se com o sucesso pleno da organização. Quando a organização não se preocupa com esse aspecto, mantendo a colaboração sem a expectativa de ascensão profissional ele acaba por ser acometido pela condição desmotivadora em questão, sentindo-se, com o tempo, sendo “mandado” e “tutelado”. 8 Atividades sem recompensas intrínsecas Por haver a reclamação, por parte dos colaboradores no sentido de que “a parte divertida do trabalho havia sido suprimida”, podemos inferir que o sistema instituído pelo gestor, Sr. Ricardo, que ademais procurava incutir um clima de pressão sobre eles ao iniciar as reuniões sempre com um “abaixo do esperado”, estava desmotivando os colaboradores por manter metas provavelmente inatingíveis forçando-os a “dar o melhor de si” de forma indefinida, não enxergando recompensar viáveis em seus “horizontes de desafios”. Em nossa opinião, metas claras e factíveis, contextualizadas com as habilidades dos colaboradores que podem mesmo ter certo controle sobre os procedimentos a serem executados para a sua DAP NEAD | ESAG | UDESC Av. Madre Benvenuta, 2037 – Itacorubi – Florianópolis / SC – CEP 88035-001 Fone: (48) 3664.8244 – www.esag.udesc.br consecução, minimiza muito do fator de desmotivação em questão, principalmente por não criar falsas expectativas ou minimizar sobremaneira o seu aparecimento. Primordial, nestes casos, haver boas condições de diálogo na organização para os esclarecimentos necessários a fim de não frustrar os colaboradores, principalmente quanto às falsas expectativas e mesmo medos infundados. Talvez até mesmo uma pesquisa interna sobre as causas mais prementes quanto à frustração, para que se possa ter mais clareza sobre o problema a fim de atuar nos fatores mais importantes quanto ao seu aparecimento. 9 Desequilíbrio entre desafios e habilidades Esse fato se dá quando colaboradores com alto potencial intelectual e alta “performance” não encontram um ambiente de trabalho onde possam desenvolver suas habilidades a ponto de colherem resultados compatíveis com sua capacidade de trabalho e também quando colaboradores se veem em ambientes que os exijam muito acima de suas capacidades e habilidades. No ambiente da organização gerida pelo Sr. Ricardo, dada a falta de autonomia oriunda do seu modo de trabalhar, percebe-se a insatisfação de parte dos colaboradores que não estavam satisfeitos com a forma como sua criatividade e potencial eram tolhidos em prol de um sistema supostamente focado na eficiência e no alinhamento com as metas da organização. Acreditamos que esse tipo de fator de desmotivação pode ser superado quando as organizações dispõem de uma sistemática de capacitação em serviço com um bom sistema de treinamento, que identifique as habilidades dos colaboradores e os aloque em funções com elas compatíveis. Além disso que se tenha o cuidado de capacitar os colaboradores sempre que novos desafios tiverem de ser enfrentados pela organização 10 Ambiente de trabalho dominado pela insegurança Pela falta de diálogo, pelo excessivo rigor do gestor no tocante às metas financeiras, pela clara substituição de colaboradores mais antigos por novos “recrutas” que, evidentemente, estavam mais alinhados com a visão do gestor, Sr. Ricardo, acreditamos que esta organização encontrava-se num clima “ruim” quanto à segurança e estabilidade no emprego, principalmente em relação aos DAP NEAD | ESAG | UDESC Av. Madre Benvenuta, 2037 – Itacorubi – Florianópolis / SC – CEP 88035-001 Fone: (48) 3664.8244 – www.esag.udesc.br colaboradores mais antigos, os quais também dispunham de mais motivos para não se alinharem com a visão do Sr. Ricardo quanto à gestão da organização. Para que este fator de desmotivação seja mitigado ou mesmo eliminado, acreditamos que um plano de carreira consistente, uma política clara de metas factíveis e flexibilidade do gestor no tocante a aceitação de visões alternativas podem melhorar muito o clima da organização, melhorando o desempenho e o comprometimento dos colaboradores. Orientações para o desenvolvimento da atividade: ✓ A atividade poderá ser feita em equipes de até 7 (sete) integrantes. ✓ A atividade deverá ser postada dentro do prazo (28/05) por todos os integrantes dos grupos. ✓ O nome de todos os componentes deve constar no arquivo enviado. ✓ A atividade deve ser elaborada após estudo disponível nos recursos didáticos: livro texto, vídeos, textos complementares e o estudo de caso A História de Ricardo: Razões pretensamente boas podem render falta de motivação(disponívelna Midiateca e na ferramenta da Atividade 1). ✓ Ao finalizar a elaboração da atividade, salve o arquivo em PDF para postar no AVA Moodle. Critérios de avaliação: ✓ Clareza e coerência no desenvolvimento das questões. ✓ Coerência em relação a abordagem apresentada nos recursos didáticos. ✓ Capacidade de articulação entre a teoria e a prática analisada. ✓ Linguagem correta, com respeito à norma culta e às normas ABNT para trabalhos acadêmicos.
Compartilhar