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Derivada Direcional e Aplicações Prof. Onézimo Cardoso Derivada Direcional • Dada uma função 𝑧 = 𝑓(𝑥, 𝑦), diferenciável em 𝑥 e y; • Denominam-se derivadas parciais de 𝑧 em 𝑥0 e 𝑦0, respectivamente como 𝑓𝑥 e 𝑓𝑦, as quais são expressas por: 𝑓𝑥 𝑥0, 𝑦0 = lim h→0 f 𝑥0 + ℎ, 𝑦0 − f 𝑥0, 𝑦0 h 𝑓𝑦 𝑥0, 𝑦0 = lim h→0 f 𝑥0, 𝑦0 + ℎ − f 𝑥0, 𝑦0 h (𝐼) • Tais derivadas parciais, representam a taxa de variação de 𝑧 nas direções 𝑥 e 𝑦, ou seja, na direção e sentido dos versores 𝐢 e 𝐣; • Suponha que queremos determinar a taxa de variação de 𝑧 em (𝑥0, 𝑦0) na direção de um vetor arbitrário 𝐮 = 𝑎, 𝑏 ; • Para isso, consideremos uma superfície 𝑆, com equação 𝑧 = 𝑓(𝑥, 𝑦) e 𝑧0 = 𝑓 𝑥0, 𝑦0 ; • Então o ponto 𝑃(𝑥0, 𝑦0, 𝑧0) encontra-se em 𝑆; (𝐼) • O plano vertical que passa por 𝑃 na direção de 𝒖, intercepta S em uma curva 𝐶; • A inclinação da reta tangente 𝑇 a 𝐶 em 𝑃 é a taxa de variação de 𝑧 na direção e sentido de 𝒖; • Se 𝑄(𝑥, 𝑦, 𝑧) é outro ponto sobre 𝐶 e 𝑃′ e 𝑄′ são as projeções de 𝑃 e 𝑄 sobre o plano 𝑥𝑦; • Então o vetor 𝑃′𝑄′ é paralelo a 𝒖 e portanto: 𝑃′𝑄′ = ℎ𝒖 = ℎ𝑎, ℎ𝑏 • Para algum escalar ℎ; • Portanto, 𝑥 − 𝑥0 = ℎ𝑎 e 𝑦 − 𝑦0 = ℎ𝑏, então 𝑥 = 𝑥0 + ℎ𝑎 e 𝑦 = 𝑦0 + ℎ𝑏 e Δ𝑧 ℎ = 𝑧 − 𝑧0 ℎ = 𝑓 𝑥0 + ℎ𝑎, 𝑦0 + ℎ𝑏 − 𝑓 𝑥0, 𝑦0 ℎ • Tomando ℎ → 0, na fração anterior, obtemos a taxa de variação de 𝑧 (com respeito à distância) na direção de 𝒖 , denominada derivada direcional de 𝑓 na direção de 𝒖; Definição 1: A derivada direcional de 𝑓 em (𝑥0, 𝑦0) na direção do vetor unitário 𝒖 = 𝑎, 𝑏 é 𝐷𝑢𝑓 𝑥0, 𝑦0 = lim ℎ→0 𝑓 𝑥0 + ℎ𝑎, 𝑦0 + ℎ𝑏 − 𝑓 𝑥0, 𝑦0 ℎ se o limite existir. Observação • Comparando 𝑓𝑥 e 𝑓𝑦 expressos em (𝐼) com a Definição 1, temos que tomando 𝒖 = 𝒊 = 1,0 , então 𝐷𝑖𝑓 = 𝑓𝑥 e se 𝒖 = 𝒋 = 0,1 , então 𝐷𝑗𝑓 = 𝑓𝑦; • Temos portanto que as derivadas parciais de 𝑓 com respeito a 𝑥 e 𝑦 são somente casos particulares de derivada direcional; Exemplo 1 • Dado o mapa meteorológico fornecido da Figura abaixo, estime o valor da derivada direcional à sudeste da função temperatura na localidade de Reno, sabendo que a distância entre Reno e a isotérmica de 60𝑜𝐹 ≅ 15,5𝑜𝐶 à sudeste é 75 milhas ≅ 120,7 𝑘𝑚; • Aproximamos a derivada direcional 𝐷𝑢𝑇, pela média de variação de temperatura entre os pontos onde a reata traçadas intercepta as isotérmicas 𝑇 = 50𝑜𝐹 ≅ 10𝑜𝐶 e 𝑇 = 60𝑜𝐹 ≅ 15𝑜𝐶; • Logo a taxa de variação de temperatura na direção sudeste é: 𝐷𝑢𝑇 ≈ 15 − 10 120,7 ≈ 0,04𝑜𝐶/𝑘𝑚 Teorema • De modo geral, computamos a derivada direcional de uma função definida por uma fórmula usando o seguinte teorema: Teorema 1: Se 𝑓 é uma função diferenciável em 𝑥 e 𝑦 , então 𝑓 tem derivada direcional na direção e sentido de qualquer versor 𝒖 = 𝑎, 𝑏 e: 𝐷𝑢𝑓 𝑥, 𝑦 = 𝑓𝑥 𝑥, 𝑦 𝑎 + 𝑓𝑦 𝑥, 𝑦 𝑏 Prova – Teorema 1 • Definamos uma função 𝑔 de uma única variável ℎ por: 𝑔 ℎ = 𝑓(𝑥0 + ℎ𝑎, 𝑦0 + ℎ𝑏) • Então, aplicando a definição de derivada direcional, temos: 𝑔′ 0 = lim ℎ→0 𝑔 ℎ − 𝑔 0 ℎ = lim ℎ→0 𝑓 𝑥0 + ℎ𝑎, 𝑦0 + ℎ𝑏 − 𝑓 𝑥0, 𝑦0 ℎ = 𝐷𝑢𝑓 𝑥0, 𝑦0 (𝑇1.1) Prova – Teorema 1 • Por outro lado, podemos escrever 𝑔 ℎ = 𝑓(𝑥, 𝑦) , onde 𝑥 = 𝑥0 + ℎ𝑎 e 𝑦 = 𝑦0 + ℎ𝑏 e, pela Regra da Cadeia, temos: 𝑔′ ℎ = 𝜕𝑓 𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝜕ℎ + 𝜕𝑓 𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝜕ℎ = 𝑓𝑥 𝑥, 𝑦 𝑎 + 𝑓𝑦 𝑥, 𝑦 𝑏 • Tomando ℎ = 0, então 𝑥 = 𝑥0 e 𝑦 = 𝑦0, e 𝑔′ 0 = 𝑓𝑥 𝑥0, 𝑦0 + 𝑓𝑦 𝑥0, 𝑦0 𝑏 (𝑇1.2) Prova – Teorema 1 • Igualando então os termos determinados para 𝑔′(0) em (T1.1) e (T1.2), concluímos que: 𝐷𝑢𝑓 𝑥, 𝑦 = 𝑓𝑥 𝑥, 𝑦 𝑎 + 𝑓𝑦 𝑥, 𝑦 𝑏 Observação 1 • Se o versor 𝒖 faz um ângulo 𝜃 com o eixo 𝑥 positivo, a exemplo da Figura abaixo: • Então podemos escrever 𝒖 = cos 𝜃 , 𝑠𝑒𝑛𝜃 Observação 1 • Então, 𝐷𝑢𝑓 𝑥, 𝑦 = 𝑓𝑥 𝑥, 𝑦 𝑎 + 𝑓𝑦 𝑥, 𝑦 𝑏 ⇒ 𝐷𝑢𝑓 𝑥, 𝑦 = 𝑓𝑥 𝑥, 𝑦 cos 𝜃 + 𝑓𝑦 𝑥, 𝑦 𝑠𝑒𝑛𝜃 (𝐼𝐼) Exemplo 2 • Determine a derivada direcional 𝐷𝑢𝑓(𝑥, 𝑦) se 𝑓 𝑥, 𝑦 = 𝑥3 − 3𝑥𝑦 + 4𝑦2 • 𝒖 é o versor dado pelo ângulo 𝜃 = 𝜋 6 ; • Determine também 𝐷𝑢𝑓(1,2). • Pela Formulação (𝐼𝐼), temos que: 𝐷𝑢𝑓 𝑥, 𝑦 = 𝑓𝑥 𝑥, 𝑦 cos 𝜋 6 + 𝑓𝑦 𝑥, 𝑦 𝑠𝑒𝑛 𝜋 6 = 3𝑥2 − 3𝑦 3 2 + −3𝑥 + 8𝑦 1 2 = 1 2 3 3𝑥2 − 3𝑥 + 8 − 3 3 𝑦 • Em particular, temos portanto que: 𝐷𝑢𝑓 1,2 = 1 2 3 3(1)2−3(1) + 8 − 3 3 (2) = 13 − 3 3 2 • A derivada direcional 𝐷𝑢𝑓 1,2 representa a taxa de variação de 𝑧 na direção de 𝒖; • Tal variação é a inclinação da reta tangente à curva obtida pela interseção da superfície 𝑧 = 𝑥3 − 3𝑥𝑦 + 4𝑦2 e o plano vertical que passa por (1,2,0) na direção de 𝒖: Vetor Gradiente • Baseado no Teorema 1, temos que a derivada direcional pode ser escrita como o produto escalar de dois vetores: 𝐷𝑢𝑓 𝑥, 𝑦 = 𝑓𝑥 𝑥, 𝑦 𝑎 + 𝑓𝑦 𝑥, 𝑦 𝑏 = 𝑓𝑥 𝑥, 𝑦 , 𝑓𝑦(𝑥, 𝑦) ⋅ 𝑎, 𝑏 = 𝑓𝑥 𝑥, 𝑦 , 𝑓𝑦(𝑥, 𝑦) ⋅ 𝒖 (𝐼𝐼𝐼) Vetor Gradiente • O vetor 𝑓𝑥 𝑥, 𝑦 , 𝑓𝑦(𝑥, 𝑦) é denominado gradiente de 𝒇 e é representado pela seguinte notação: 𝛻𝑓 = 𝑓𝑥 𝑥, 𝑦 , 𝑓𝑦(𝑥, 𝑦) Definição Definição 2: Se 𝑓 é uma função de duas variáveis 𝑥 e 𝑦, o gradiente de 𝑓 é a função vetorial 𝛻𝑓 definida por: 𝛻𝑓 = 𝑓𝑥 𝑥, 𝑦 , 𝑓𝑦(𝑥, 𝑦) = 𝜕𝑓 𝜕𝑥 𝐢 + 𝜕𝑓 𝜕𝑦 𝐣 Observação 2 • Aplicando a Definição 2 na formulação (𝐼𝐼𝐼), conclui-se que: 𝐷𝑢𝑓 𝑥, 𝑦 = 𝛻𝑓 𝑥, 𝑦 ⋅ 𝐮 • Que expressa a derivada direcional na direção e sentido de 𝐮 como a projeção escalar do vetor gradiente sobre 𝐮; (𝐼𝑉) Exemplo 3 Determine a derivada direcional da função 𝑓 𝑥, 𝑦 = 𝑥2𝑦3 − 4𝑦 no ponto (2, −1) na direção do vetor 𝑣 = 2𝐢 + 5𝐣; • De início, calculemos o gradiente de 𝑓 no ponto (2, −1): 𝛻𝑓 𝑥, 𝑦 = 2𝑥𝑦3𝐢 + 3𝑥2𝑦2 − 4 𝐣 ⇒ 𝛻𝑓 2,−1 = −4𝐢 + 8𝐣 • No exemplo em questão, 𝐯 = 2𝐢 + 5𝐣 não é um vetor unitário; • Mas já que 𝐯 = 29, o vetor unitário na direção e sentido de 𝐯 é: 𝐮 = 𝐯 𝒗 = 2 29 𝐢 + 5 29 𝐣 • Portanto, aplicando a formulação (𝐼𝑉), temos: 𝐷𝑢𝑓 2,−1 = 𝛻𝑓 2,−1 ⋅ 𝐮 = −4𝐢 + 8𝐣 ⋅ 2 29 𝐢 + 5 29 𝐣 • Concluímos portanto que: 𝐷𝑢𝑓 2,−1 = −4 ⋅ 2 + 8 ⋅ 5 29 = 32 29 • Na figura a seguir são exibidos o vetor gradiente de 𝛻𝑓(2,−1) e o vetor 𝐯 , que fornece a direção e sentido da derivada direcional; • Ambos os vetores 𝛻𝑓(2,−1) e 𝐯 estão sobrepostos ao mapa de contornos do gráfico de 𝑓; Funções de Três Variáveis • Para funções de três variáveis, podemos definir derivadas direcionais de modo semelhante; • Novamente, 𝐷𝑢𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) pode ser interpretado como a taxa de variação da função na direção e sentido de um versor 𝐮; Definição 3: A derivada direcional de 𝑓 em (𝑥0, 𝑦0, 𝑧0) na direção e sentido do vetor unitário 𝒖 = 𝑎, 𝑏, 𝑐 é 𝐷𝑢𝑓 𝑥0, 𝑦0 = lim ℎ→0 𝑓 𝑥0 + ℎ𝑎, 𝑦0 + ℎ𝑏, 𝑧0 + ℎ𝑐 − 𝑓 𝑥0, 𝑦0, 𝑧0 ℎ se o limite existir. • Se utilizarmos a notação vetorial, poderemos escrever a derivada direcional de forma compacta, tanto para o caso de duas como de três variáveis: 𝐷𝑢𝑓 𝐱0 = lim ℎ→0 𝑓 𝐱0 + ℎ𝑢 − 𝑓 𝐱0 ℎ • Onde 𝐱0 = 𝑥0, 𝑦0 se 𝑛 = 2 e 𝐱0 = 𝑥0, 𝑦0, 𝑧0 se 𝑛 = 3; • Se 𝑓(𝑥, 𝑦, 𝑧) for diferenciável e 𝐮 = 𝑎, 𝑏, 𝑐 , então com argumento análogo ao usado na prova do Teorema 1, pode-se demonstrar que: 𝐷𝑢𝑓 𝑥, 𝑦, 𝑧 = 𝑓𝑥 𝑥, 𝑦, 𝑧 𝑎 + 𝑓𝑦 𝑥, 𝑦, 𝑧 𝑏 + 𝑓𝑧 𝑥, 𝑦, 𝑧 𝑐 • Para uma função de três variáveis o vetor gradiente, denotado por 𝛻𝑓 é expresso por: 𝛻𝑓 = 𝑓𝑥 , 𝑓𝑦 , 𝑓𝑧 = 𝜕𝑓𝜕𝑥 𝐢 + 𝜕𝑓 𝜕𝑦 𝐣 + 𝜕𝑓 𝜕𝑘 𝐤 (𝑉) • Então, aplicando a formulação do vetor gradiente em (𝑉), concluímos que, assim como para as funções de duas variáveis, a derivada direcional pode ser reescrita como: 𝐷𝑢𝑓 𝑥, 𝑦, 𝑧 = 𝛻𝑓 𝑥, 𝑦, 𝑧 ⋅ 𝐮 (𝑉𝐼) Exemplo 4 Se 𝑓 𝑥, 𝑦, 𝑧 = 𝑥 ⋅ sen 𝑦𝑧 , determine o gradiente de 𝑓 no ponto (1,3,0) na direção e sentido de 𝐯 = 𝐢 + 2𝐣 − 𝐤; • Nesse caso, o gradiente de 𝑓 é: 𝛻𝑓 𝑥, 𝑦, 𝑧 = 𝑓𝑥 𝑥, 𝑦, 𝑧 , 𝑓𝑦 𝑥, 𝑦, 𝑧 , 𝑓𝑧 𝑥, 𝑦, 𝑧 = sen 𝑦𝑧, 𝑥𝑧 ⋅ cos 𝑦𝑧 , 𝑥𝑦 ⋅ cos 𝑦𝑧 • Portanto, 𝛻𝑓 1,3,0 = 0,0,3 • O vetor unitário na direção e sentido de 𝐯 = 𝐢 + 2𝐣 − 𝐤 é: 𝐮 = 1 6 𝐢 + 2 6 𝐣 − 1 6 𝐤 • Portanto, aplicando a equação (𝑉𝐼), obtemos: 𝐷𝑢𝑓 1,3,0 = 𝛻𝑓 1,3,0 ⋅ 𝑢 = 3𝐤 ⋅ 1 6 𝐢 + 2 6 𝐣 − 1 6 𝐤 = 3 ⋅ − 1 6 = − 3 2 Maximização da Derivada Direcional • Dada uma função 𝑓 de duas ou três variáveis; • Consideremos todas as possíveis derivadas direcionais de 𝑓 em um determinado ponto; • O teorema a seguir indica em qual das direções ocorre a máxima taxa de variação; Teorema 2 Teorema 2: Suponha que 𝑓 seja uma função diferenciável de duas ou três variáveis. O valor máximo da derivada direcional 𝐷𝑢𝑓(𝑥) é 𝛻𝑓(𝑥) e ocorre quando 𝐮 tem a mesma direção e sentido que o vetor gradiente 𝛻𝑓(𝑥). Prova - Teorema 2 • Das formulações (𝐼𝑉) e (𝑉𝐼), temos: 𝐷𝑢𝑓 = 𝛻𝑓 ⋅ 𝐮 = 𝛻𝑓 𝐮 cos 𝜃 = 𝛻𝑓 cos 𝜃 • Onde 𝜃 é o ângulo entre 𝛻𝑓 e 𝐮; • O máximo valor de cos 𝜃 é 1, e isso ocorre quando 𝜃 = 0; • Portanto, o valor máximo de 𝐷𝑢𝑓 é 𝛻𝑓 e ocorre quando 𝑢 tem a mesma direção e sentido de 𝛻𝑓. Exemplo 5 • Seja 𝑓 𝑥, 𝑦 = 𝑥𝑒𝑦 . Determine a taxa de variação de 𝑓 no ponto 𝑃(2,0) na direção de 𝑃 a 𝑄( 1 2 , 2); • Em que direção 𝑓 tem a máxima taxa de variação? Qual é a taxa máxima de variação? • Calculemos inicialmente o vetor gradiente: 𝛻𝑓 𝑥, 𝑦 = 𝑓𝑥 , 𝑓𝑦 = 𝑒 𝑦, 𝑥𝑒𝑦 ⇒ 𝛻𝑓 2,0 = 1,2 • Já que 𝑃(2,0) e 𝑄 1 2 , 2 , temos: 𝑃𝑄 = 1 2 − 2,2 − 0 = − 3 2 , 2 • Portanto, 𝐮 = 𝑃𝑄 𝑃𝑄 = − 3 2 , 2 5 2 = − 3 5 , 4 5 𝐷𝑢𝑓 2,0 = 𝛻𝑓 2,0 ⋅ 𝐮 = 1,2 ⋅ − 3 5 , 4 5 = 1 − 3 5 + 2 4 5 = 1 • De acordo com o Teorema 3, 𝑓 aumenta mais depressa na direção e sentido do gradiente 𝛻𝑓 2,0 = 1,2 ; • A máxima taxa de variação é: 𝛻𝑓(2,0) = 1,2 = 5 • Temos portanto que no ponto (2,0) aumenta mais rapidamente na direção e sentido do gradiente 𝛻𝑓 2,0 = 1,2 ; (2𝐷) (3𝐷) Plano Tangente às Superfícies de Nível • Seja 𝑆 uma superfície com equação 𝐹 𝑥, 𝑦, 𝑧 = 𝑘 , ou seja, uma superfície de nível da função 𝐹 de três variáveis; • Seja 𝑃(𝑥0, 𝑦0, 𝑧0) um ponto sobre 𝑆; • Seja 𝐶 uma curva qualquer contida na superfície 𝑆 que passe pelo ponto 𝑃, descrita por 𝑟 𝑡 = 𝑥 𝑡 , 𝑦 𝑡 , 𝑧 𝑡 ; Plano Tangente às Superfícies de Nível • Seja 𝑡0 o parâmetro correspondente ao ponto 𝑃, ou seja: 𝑟 𝑡0 = 𝑥0, 𝑦0, 𝑧0 • Uma vez que 𝐶 pertence a 𝑆, qualquer ponto 𝑥 𝑡 , 𝑦 𝑡 , 𝑧 𝑡 precisa satisfazer a equação se 𝑆: 𝐹 𝑥 𝑡 , 𝑦 𝑡 , 𝑧 𝑡 = 𝑘 Plano Tangente às Superfícies de Nível • Se 𝑥, 𝑦 e 𝑧 são diferenciáveis em função de 𝑡 e 𝐹 também é diferenciável, então, pela Regra da Cadeia, temos: 𝜕𝐹 𝜕𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑡 + 𝜕𝐹 𝜕𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑡 + 𝜕𝐹 𝜕𝑧 𝑑𝑧 𝑑𝑡 = 0 (𝑉𝐼𝐼) Plano Tangente às Superfícies de Nível • Temos que: 𝛻𝐹 = 𝐹𝑥, 𝐹𝑦, 𝐹𝑧 e 𝑟 ′ 𝑡 = 𝑥′ 𝑡 , 𝑦′ 𝑡 , 𝑧′ 𝑡 • Portanto, a equação (𝑉𝐼𝐼) pode ser escrita como: 𝛻𝐹 ⋅ 𝑟′ 𝑡 = 0 Plano Tangente às Superfícies de Nível • Em particular, quando 𝑡 = 𝑡0 , temos 𝑟 𝑡0 = 𝑥0, 𝑦0, 𝑧0 , e assim 𝛻𝐹 𝑥0, 𝑦0, 𝑧0 ⋅ 𝐫 ′ 𝑡0 = 0 • Note que, pela equação (𝑉𝐼𝐼𝐼), o vetor gradiente em 𝑃, 𝛻𝐹(𝑥0, 𝑦0, 𝑧0) , é perpendicular ao vetor tangente 𝑟′ 𝑡0 a qualquer curva 𝐶 em 𝑆 que passe por 𝑃, como expressa a figura a seguir: (𝑉𝐼𝐼𝐼) Plano Tangente às Superfícies de Nível • Desse modo, quando 𝛻𝐹 𝑥0, 𝑦0, 𝑧0 ≠ 0 é natural definir o plano tangente à superfície de nível 𝐹 𝑥, 𝑦, 𝑧 = 𝑘 em 𝑃(𝑥0, 𝑦0, 𝑧0) como o plano que passa por 𝑃 e tem vetor normal 𝛻𝐹 𝑥0, 𝑦0, 𝑧0 ; • Sabemos que um plano no espaço é determinado por um ponto e por um vetor 𝐧 ortogonal ao plano; Plano Tangente às Superfícies de Nível • Mediante a seguinte equação: 𝑎 𝑥 − 𝑥0 + 𝑏 𝑦 − 𝑦0 + 𝑐 𝑧 − 𝑧0 • Onde 𝐧 = (𝑎, 𝑏, 𝑐) é o vetor é o vetor normal ao plano, (𝑥, 𝑦, 𝑧) variam ao longo do plano e (𝑥0, 𝑦0, 𝑧0) é um ponto fixado. • Utilizando então o equacionamento padrão do plano em nosso caso específico, temos que: 𝐹𝑥 𝑥0, 𝑦0, 𝑧0 𝑥 − 𝑥0 + 𝐹𝑦 𝑥0, 𝑦0, 𝑧0 𝑦 − 𝑦0 + 𝐹𝑧 𝑥0, 𝑦0, 𝑧0 = 0 • A linha normal a 𝑆 em 𝑃, é a que passa através de 𝑃 e é perpendicular ao plano tangente; (𝐼𝑋) • A direção da linha normal é então dada pelo vetor gradiente 𝛻𝑓(𝑥0, 𝑦0, 𝑧0) e então as equações simétricas da linha normal são: 𝑥 − 𝑥0 𝐹𝑥 𝑥0, 𝑦0, 𝑧0 = 𝑦 − 𝑦0 𝐹𝑦 𝑥0, 𝑦0, 𝑧0 = 𝑧 − 𝑧0 𝐹𝑧 𝑥0, 𝑦0, 𝑧0 𝑋 Exemplo 6 • Encontre as equações da reta tangente ao plano e reta normal à: 𝑥2 4 + 𝑦2 + 𝑧2 9 = 3 𝐹(𝑥, 𝑦, 𝑧) • Nesse caso, temos que: 𝐹𝑥 𝑥, 𝑦, 𝑧 = 𝑥 2 𝐹𝑦 𝑥, 𝑦, 𝑧 = 2𝑦 𝐹𝑧 = 2𝑧 9 • E portanto: 𝐹𝑥 −2,1,3 = −1 𝐹𝑦 −2,1,3 = 2 𝐹𝑧 −2,1,3 = − 2 3 • Para esse caso, temos, pela equação (𝑉𝐼𝐼𝐼) que o plano tangente em −2,1, −3 é: −1 𝑥 + 2 + 2 𝑦 − 1 − 2 3 𝑧 + 3 = 0 • E, pela decorrente simplificação da equação acima, temos: 3𝑥 − 6𝑧 + 2𝑧 + 18 = 0 (Plano Tangente) • Por fim, a formulação 𝑋 fornece as equações simétricas da linha normal: 𝑥 + 2 −1 = 𝑦 − 1 2 = 𝑧 + 3 (− 2 3 )
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