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Teoria e Projeto de Sistemas Lineares Realizac¸o˜es Mı´nimas Valter J. S. Leite1 1CEFET-MG / Campus V Divino´polis, MG – Brasil Programa de Po´s-Graduac¸a˜o em Engenharia Ele´trica Associac¸a˜o ampla entre CEFET–MG e UFSJ Teoria e Projeto de Sistemas Lineares O que nos espera? 1 Realizac¸a˜o m´ınima e Frac¸o˜es co-primas 2 Introduc¸a˜o 3 Implicac¸a˜o de fatores co-primos 4 Realizac¸a˜o m´ınima Teoria e Projeto de Sistemas Lineares Introduc¸a˜o O problema da realizac¸a˜o e´ definido como: • Uma matriz de transfereˆncia e´ dita realiza´vel se existe um conjunto de equac¸o˜es de estado finitas ou [ A b c d ] ≡ { x˙(t) = Ax(t) + bu(t) y(t) = cx(t) + du(t) (1) • Neste caso, {A,b, c,d} ≡ [ A b c d ] e´ uma realizac¸a˜o de G(s). Teoria e Projeto de Sistemas Lineares Introduc¸a˜o Importaˆncia do problema de realizac¸a˜o: • muitos me´todos e algoritmos sa˜o desenvolvidos para equac¸o˜es na forma de espac¸o de estado; • se uma func¸a˜o de transfereˆncia e´ realiza´vel, enta˜o pode ser implementada por meio de amplificadores operacionais. Quando o sistema e´ realiza´vel , existem infinitas realizac¸o˜es poss´ıveis. Na˜o necessariamente de mesma dimensa˜o. Teoria e Projeto de Sistemas Lineares Introduc¸a˜o Qual e´ a realizac¸a˜o de menor dimensa˜o ? O sistema de menor dimensa˜o e´ chamado realizac¸a˜o m´ınima . Um conceito diretamente associado ao conceito de realizac¸a˜o m´ınima e´ o conceito de fatores co-primos . Definic¸a˜o Dois polinoˆmios sa˜o chamados co-primos se na˜o possuem fatores em comum. Teoria e Projeto de Sistemas Lineares Implicac¸a˜o de fatores co-primos Considere gˆ(s) = gˆ(∞) + gˆsp(s) sendo gˆ(s) uma func¸a˜o de transfereˆncia pro´pria , gˆsp(s) uma func¸a˜o de transfereˆncia estritamente pro´pria e gˆ(∞) uma constante . A seguir, gˆ(s) sera´ considerada estritamente pro´pria. A parcela gˆ(∞) sera´ comum em todas as realizac¸o˜es e na˜o tera´ importaˆncia na discussa˜o. Teoria e Projeto de Sistemas Lineares Implicac¸a˜o de fatores co-primos Seja gˆ(s) = β1s 3 + β2s 2 + β3s+ β4 s4 + α1s3 + α2s2 + α3s+ α4 . Considere yˆ(s) = N(s)D−1(s)uˆ(s). Defina a varia´vel v(t) como vˆ(s) = D−1(s)uˆ(s). Assim, tem-se que D(s)vˆ(s) = uˆ(s) (2) yˆ(s) = N(s)vˆ(s). (3) Teoria e Projeto de Sistemas Lineares Implicac¸a˜o de fatores co-primos x(t) = x1(t) x2(t) x3(t) x4(t) = v(3)(t) v¨(t) v˙(t) v(t) ou xˆ(s) = xˆ1(s) xˆ2(s) xˆ3(s) xˆ4(s) = s3 s2 s 1 vˆ(s). (4) Assim x˙2 = x1, x˙3 = x2 e x˙4 = x3. (5) Para deduzir a equac¸a˜o para x˙1 substitui-se (4) em (2), ou seja, ( s4 + α1s 3 + α2s 2 + α3s+ α4 ) vˆ(s) = uˆ(s). Conclui-se que sxˆ1(s) = −α1xˆ1(s)− α2xˆ2(s)− α3xˆ3(s)− α4xˆ4(s) + uˆ(s). Teoria e Projeto de Sistemas Lineares Implicac¸a˜o de fatores co-primos No dom´ınio do tempo x˙1(t) = [−α1 − α2 − α3 − α4]x(t) + 1.uˆ(s). (6) Substitu´ındo (4) em (3) tem-se yˆ(s) = ( β1s 3 + β2s 2 + β3s+ β4 ) vˆ(s) = β1xˆ1(s) + β2xˆ2(s) + β3xˆ3(s) + β4xˆ4(s) = [β1 β2 β3 β4] xˆ(s). No dom´ınio do tempo y(t) = [β1 β2 β3 β4]x(t). (7) Teoria e Projeto de Sistemas Lineares Implicac¸a˜o de fatores co-primos Combinando (5), (6) e (7) tem-se x˙ = Ax+ bu = −α1 −α2 −α3 −α4 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 x+ 1 0 0 0 u y = cx = [β1 β2 β3 β4]x. (8) Esta realizac¸a˜o e´ a forma canoˆnica controla´vel . A seguir sera´ investigada a controlabilidade e observabilidade de (8). Teoria e Projeto de Sistemas Lineares Implicac¸a˜o de fatores co-primos Avaliac¸a˜o da controlabilidade A matriz de controlabilidade de (8) sera´ C = 1 (−α1) ( α1 2 − α2 ) ( −α1 3 + 2α1α2 − α3 ) 0 1 (−α1) ( α1 2 − α2 ) 0 0 1 −α1 0 0 0 1 . O determinante e´ sempre 1, independentemente dos valores αi. Assim, conclui-se que a equac¸a˜o de estado e´ sempre controla´vel. Da´ı o nome forma canoˆnica controla´vel . Teoria e Projeto de Sistemas Lineares Implicac¸a˜o de fatores co-primos Avaliac¸a˜o da observabilidade Teorema 7.1 A forma canoˆnica controla´vel e´ observa´vel se e somente se os polinoˆmios que compo˜em a func¸a˜o de transfereˆncia N(s) e D(s) sa˜o co-primos. Teoria e Projeto de Sistemas Lineares Implicac¸a˜o de fatores co-primos Se a forma (8) e´ uma realizac¸a˜o de gˆ(s), enta˜o, por definic¸a˜o, gˆ(s) = c(sI−A)−1b. Tomando a transposta tem-se gˆ′(s) = gˆ(s) = [ c(sI−A)−1b ]′ = b′(sI−A′)−1c′. Assim a equac¸a˜o de estado x˙ = A′x+ c′u = −α1 1 0 0 −α2 0 1 0 −α3 0 0 1 −α4 0 0 0 x+ β1 β2 β3 β4 u (9) y = b′x = [1 0 0 0]x e´ uma realizac¸a˜o na forma canoˆnica observa´vel . Teoria e Projeto de Sistemas Lineares Implicac¸a˜o de fatores co-primos A equac¸a˜o de estado (9) e´ sempre observa´vel. De maneira similar ao teorema 7.1, pode-se afirmar que a equac¸a˜o (9) e´ controla´vel se e somente se D(s) e N(s) sa˜o polinoˆmios co-primos. Considere a transformac¸a˜o de equivaleˆncia x = Px sendo P = 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0 1 0 0 0 . (10) Teoria e Projeto de Sistemas Lineares Implicac¸a˜o de fatores co-primos A transformac¸a˜o de similaridade dada pela matriz (10) transforma (8) em x˙ = 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 −α4 −α3 −α2 −α1 x+ 0 0 0 1 u (11) y = [β4 β3 β2 β1]x. Essas equac¸o˜es tambe´m sa˜o chamadas de forma canoˆnica controla´vel. Teoria e Projeto de Sistemas Lineares Implicac¸a˜o de fatores co-primos A transformac¸a˜o de similaridade dada pela matriz (10) transforma (9) em x˙ = 0 0 0 −α4 1 0 0 −α3 0 1 0 −α2 0 0 1 −α1 x+ β4 β3 β2 β1 u (12) y = [0 0 0 1]x Esta e´ uma diferente forma canoˆnica observa´vel. Teoria e Projeto de Sistemas Lineares Realizac¸a˜o m´ınima Seja uma func¸a˜o de transfereˆncia racional pro´pria dada por gˆ(s) = N(s) D(s) = N(s)Q(s) D(s)Q(s) = N(s)R(s)Q(s) D(s)R(s)Q(s) sendo Q(s) um polinoˆmio qualquer e R(s) o ma´ximo divisor comum de N(s) e D(s). O polinoˆmio D(s) e´ chamado polinoˆmio caracter´ıstico de gˆ(s) . Definic¸a˜o O grau de gˆ(s) e´ o grau do polinoˆmio caracter´ıstico. Teoria e Projeto de Sistemas Lineares Realizac¸a˜o m´ınima Exemplo: Considere a func¸a˜o gˆ(s) = s2 − 1 4(s3 − 1) = (s+ 1)(s − 1) 4(s2 + s+ 1)(s − 1) = (s+ 1) 4(s2 + s+ 1) . O grau da func¸a˜o e´ 2. Obs. : Se o numerador e denominador sa˜o co-primos enta˜o o denominador e´ o polinoˆmio caracter´ıstico e o grau do denominador e´ o grau da func¸a˜o racional. Teoria e Projeto de Sistemas Lineares Realizac¸a˜o m´ınima Teorema 7.2 A equac¸a˜o de estado (A,B,C,d) e´ uma realizac¸a˜o m´ınima da func¸a˜o racional pro´pria gˆ(s) se e somente se (A,B) e´ controla´vel e (A,C) e´ observa´vel, ou, se e somente se dimensa˜o de A = grau de gˆ(s). Teorema 7.3 Todas as realizac¸o˜es m´ınimas de gˆ(s) sa˜o equivalentes. Teoria e Projeto de Sistemas Lineares Realizac¸a˜o m´ınima Observac¸o˜es: • Se a frac¸a˜o e´ co-prima enta˜o toda ra´ız de D(s) e´ um po´lo de gˆ(s) e vice-versa. Seja (A,B,C,d) a realizac¸a˜o m´ınima de gˆ(s) = N(s) D(s) . N(s) D(s) = c(sI −A)−1b+ d = 1 det(sI−A) c[adj(sI−A)]b+ d. Se N(s) e D(s) sa˜o co-primos enta˜o o grau de D(s) = grau de gˆ(s) = dimensa˜o de A. Assim D(s) = kdet(sI−A). k = 1 se D(s) e´ moˆnico. Teoria e Projeto de Sistemas Lineares Realizac¸a˜o m´ınima • Se (A,B,C,d) e´ controla´vel e observa´vel enta˜o estabilidade assinto´tica⇐⇒ BIBO estabilidade. Equac¸o˜es de estado controla´veis e observa´veis e frac¸o˜es co-primas conte´m essencialmente a mesma informac¸a˜o. Realização mínima e Frações co-primas Introdução Implicação de fatores co-primos Realização mínima
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