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Universidade Federal de São João Del Rei – UFSJ Campus Sete Lagoas - DEALI Trocadores de Calor (parte II) Profa. Janaína Miranda Barbosa Operações Unitárias aplicadas à Engenharia de Alimentos Trocadores de Calor -Aula Passada : - Introdução; -Tipos de Trocadores de Calor; -Funcionamento; - Arranjos -Como calcular o calor transferido em um trocador de calor? ANÁLISE DOS TROCADORES DE CALOR Análise de T.C. Coeficiente Global de T.C. Etapa essencial para análise de trocadores de calor: determinação do Coeficiente Global de T.C; Relembrando resistência térmica: Rt, cond = A.k L q TT x 2sup,1sup, Cilindro: k.L..2 r r ln R 1 2 cond,t Rt,conv = A.h 1 q TTsup Rt, rad = A.h 1 q TT rrad vizsup Rtot = A.U 1 q T R t ARU t 1 -Exemplo prático: -Pasteurização em trocador tubular: T1 Tn hA 1 kL r r i e 2 ln hA 1 1 – Convecção 2 – Condução 3 - Convecção Transferência de calor ocorre em série nRRR UA ... 1 21 U = Coeficiente Global de Transferência de calor (W.m-2.K-1) A = Área superficial (m2) 1- Conv. 2- Cond. 3- Conv. Superfície lisa sem aletas Coeficiente Global de T.C. -Superfície aletada: ↓resistência à T.C. por convecção; - Taxa de transferência de calor para aletas: )(0 TThAq b instaladasestãoaletasasqualnaerfíciedaatemperaturT ostasBasesaletastotalerficialÁreaA aletadaerfícieumadeatemperaturdaeEfetividad b sup )exp(sup sup0 Coeficiente Global de Transferência de Calor - Fator de incrustação Ri” (Resistência térmica adicional) Coeficiente Global de Transferência de Calor - Deposição de impurezas podem formar incrustações ↑resistência à T.C. Logo: Coeficiente global de transferência de calor considerando a deposição e aletas pode ser representado por: qq qi P f fi f hAA R R A R hAUA )( 1 )()()( 11 00 '' , 0 '' , 0 Resistência das incrustações Efetividade de uma superfície aletada Coeficiente Global de Transferência de Calor Coeficiente Global de Transferência de Calor - Valores representativos para coeficientes globais de transferência de calor: Análise de Trocadores de Calor Para cálculo da taxa de calor em trocadores de calor usamos (sabendo que ∆T varia com a posição): 1. Uso da Média Log das diferenças de Temperatura U – coeficiente de transferência de calor total. A – área para a transferência de calor usada na determinação de U - média apropriada de diferença de temperatura entre o fluido quente e o fluido frio. medTUAq medT - Pode ser determinada pela aplicação do B.E em um elemento diferencial de fluido quente e frio. - Consideremos escoamento paralelo: Precisamos estabelecer a forma específica para realizarmos a análise de trocadores de calor dATTUdq fq )..( - Considerações: - Trocador de calor isolado da vizinhança; - Condução axial no tubo desprezível; - Mudanças de Ec e Ep desprezíveis; - Cp e U constantes qqqfff dTcmdTcmdq 1. Uso da Média Log das diferenças de Temperatura medT ffqq fq cmcm dqTTdTd . 1 . 1 )()( ff f cm dq dT . qq q cm dq dT . dATTUdq fq )..( qqqfff dTcmdTcmdq fq TTT 1. Uso da Média Log das diferenças de Temperatura fq fqfq CC dATTUTTd 11 .)..()( A fq T T dA CC U T Td 0 . 11 . )( )(2 1 fq CC AU T T 11 .ln 1 2 qTTC sqeqq ).( qTTC efsff ).( ffqq fq cmcm dqTTd . 1 . 1 )( dATTUdq fq )..( Substituindo Integrando para todo trocador de calor Temos Para o fluido quente e frio temos: 1. Uso da Média Log das diferenças de Temperatura q TTTT AU T T efsfsqeq )()(.ln 1 2 ].[.)()(.ln 21 1 2 TT q AU TTTT q AU T T sfsqefeq 1 2 12 ln )( .. T T TT AUq Equação válida para arranjo paralelo e em contra corrente. 1. Uso da Média Log das diferenças de Temperatura Geankoplis: Seção 4.5 H 1 2 12 ln )( T T TT Tml Média Logarítmica das Diferenças de Temperatura nas Extremidades 1 e 2 do Trocador Usamos: Extremidade 1 Entrada do fluido quente Extremidade 2 Saída do fluido quente Mas a definição das extremidades é arbitrária, não influi no resultado MLDTAUq .. mlTAUq .. Agora vamos estudar como fica ∆Tml para cada arranjo: paralelo e contra-corrente 1. Uso da Média Log das diferenças de Temperatura PARALELO: os dois fluidos entram do mesmo lado do equipamento e escoam paralelamente em direção à saída, transferindo calor ao longo do caminho. T e m p e r a t u r a distância da entrada do trocador , x dq q = fluido quente f =fluido frio e = entrada do trocador s = saída do trocador eq T sf T sq T ef T • T é função de x • sempre: do ponto de vista da T.C. este arranjo é desvantajoso; pode ser empregado no caso de produtos termolábeis para evitar superaquecimento sqsf TT sqsf TT 1. Uso da Média Log das diferenças de Temperatura CONTRA-CORRENTE:os dois fluidos entram em lados opostos do equipamento e escoam em contra-corrente. dq dx Temperatura x Tfs pode ser > Tqs : mais eficiente do ponto de vista da transferência de calor ; (Tmédio)contra-corrente > (Tmédio)paralelo : a mesma quantidade de calor (q) pode ser transferida em uma menor área de transferência no arranjo contra-corrente em comparação com o paralelo. eq T sf T sq T ef T sqsf TT ocorrer pode 1. Uso da Média Log das diferenças de Temperatura Condições especiais de operação a) Ex: vapor condensado 1. Uso da Média Log das diferenças de Temperatura b) Ex: líquido em evaporação Como no casco, por exemplo, há trechos com escoamento em paralelo, e trechos de escoamento em contracorrente, o fator de correção F é utilizado para corrigir a diferença de temperatura média, que nos casos de trocadores de múltiplos passos, é superestimada pela ΔTml. 1. Uso da Média Log das diferenças de Temperatura Análise de Trocadores de Calor Trocadores com múltiplos passes e com escoamento cruzado: • As equações anteriores podem ser utilizadas caso a seguinte modificação seja efetuada na média logarítmica das diferenças de temperaturas. • F: Fator de correção calculado com a hipótese de escoamento em contracorrente; • Foram desenvolvidas expressões algébricas para o fator de correção F para diversas configurações de trocadores de calor casco e tubos e trocadores de calor com escoamento cruzado. mlm TFT 1. Uso da Média Log das diferenças de Temperatura F para TC casco e tubos com um passe no cascoe qualquer múltiplo de dois passes nos tubos. Y Z Z = Tqe – Tqs/Tfs - Tfe Y = Tfs – Tfe/Tqe - Tfe F para TC casco e tubos com dois passes no casco e qualquer múltiplo de quatro passes nos tubos. Y Z Exemplo 1 1. Um trocador de calor 1-2 contra corrente, possui os seguintes valores de temperatura: Tci = 70 oC; Tco = 120 oC; Thi = 240 oC; Tho = 120 oC. a) Qual é a MLDT para este trocador de calor? b) E se o trocador de calor fosse 2-4? Relembrando: Δ𝑇𝑚𝐿 = ∆𝑇2 − ∆𝑇1 ln(∆𝑇2 ∆𝑇1) R: a) F = 0,83 ΔTm = 66,36oC b) F = 0,96 ΔTm = 76,7oC Exemplo 2 2. Um trocador de calor contra corrente contendo 1 passe na carcaça e 2 passes no tubo aquece 2,52 Kg/s de água de 21,1oC a 54,4oC; usando água quente sob pressão entrando a 115,6oC e saindo a 48,9oC. A superfície externa dos tubos no T.C. é de Ao = 9,3m2. a) Calcule a diferença média de temperatura ΔTm no T.C. e o coeficiente global de T.C. b) Para as mesmas temperaturas para o trocador de calor 2-4, qual seria ΔTm? R: a) ΔTm = 31,3oC Uo=1200w/m2K b) ΔTm = 40,6oC
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