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Prof. Dr. Antonio Souza de Araujo Assistente: Andresa J. C. de Lima Semestre: 2013.2 Universidade Federal do Rio Grande do Norte Instituto de Química Curso: Química do Petróleo Disciplina: Química Inorgânica I Teoria da Ligação de Valência (TLV) A teoria da ligação de valência foi a primeira teoria mecânico- quântica de ligação a ser desenvolvida, e pode ser considerada uma maneira de expressar os conceitos de Lewis em termos de função de onda. Nela, a ligação é estabelecida quando um elétron em um orbital atômico de um átomo, emparelha seu spin com o de outro elétron em um orbital atômico de outro átomo, ou seja, quando há uma superposição. Orbital Atómico 1s Orbital Atómico 1s Ligação s (sigma) Teoria da Ligação de Valência (TLV) Ligação s (sigma). Da coalescência de dois orbitais s ou px (considerando a aproximação dos dois átomos ao longo do eixo dos xx, estas últimas coalescem de topo), formar-se uma nuvem eletrônica de simetria cilíndrica em torno do eixo internuclear, designando- se a ligação formada por ligação s (sigma). Orbital atómico 2px Orbital atómico 2px Ligação s (sigma) Teoria da Ligação de Valência (TLV) Ligação π (pi). A coalescência de dois orbitais py ou de dois pz, que coalescem lateralmente, originará uma ligação π (pi) que, à semelhança dos orbitais p, será constituída por dois lóbulos. Orbital Atómico 2p Orbital Atómico 2p LIgação p (pi) Teoria da Ligação de Valência (TLV) Uma ligação s é mais forte do que uma π, em virtude de a coalescência de topo ser superior à coalescência lateral – critério da coalescência máxima. O somatório das ligações s e π que se estabelecem entre dois átomos, chama-se multiplicidade da ligação. Hibridação sp3 6C - 1s 2 2s2 2px 1 2py 1 2pz 0 Um orbital s e três orbitais p, produzem uma hibridação sp3 hibridação s p sp3 Teoria da Ligação de Valência (TLV) Hibridação sp3 6C - 1s 2 2s2 2px 1 2py 1 2pz 0 x y z x y z x y z x y z hibridação x y z x y z x y z x y z Teoria da Ligação de Valência (TLV) Hibridação sp3 - Metano Estes orbitais fazem entre si ângulos de aproximadamente 109º, o que corresponde exatamente aos ângulos de ligação observados na molécula de metano. Esta vai então formar-se por coalescência de cada um dos quatro orbitais híbridos com o orbital 1s de um átomo de hidrogénio, resultando em quatro ligações s. Teoria da Ligação de Valência (TLV) Hibridação sp2 –Eteno (ligação dupla) A ligação dupla entre os dois átomos de carbono é formada por uma ligação s e outra π, dizendo-se que tem multiplicidade dois. A coalescência lado a lado da ligação π impede a rotação da ligação C-C. Teoria da Ligação de Valência (TLV) Hibridação sp –Etino (ligação tripla) A ligação tripla entre os dois átomos de carbono é, pois, formada por uma ligação s e duas π, dizendo-se que tem multiplicidade três. A coalescência lado a lado das ligações π impede a rotação da ligação C-C, o que não condiciona a geometria dado que as ligações σ fazem ângulos de 180º, pelo que a molécula é linear. Teoria dos orbitais moleculares (TOM) Teoria das Orbitais Moleculares (TOM) Segundo a Teoria das Orbitais Moleculares, a sobreposição de dois orbitais atómicos leva à formação de dois orbitais moleculares: um orbital molecular ligante (s ou π), de menor energia, e um orbital molecular não- ligante (s* ou π*), de maior energia. Quando os orbitais que se combinam são s ou px (considerando a aproximação dos átomos segundo o eixo xx), os orbitais moleculares obtidos designam-se sigma (s), enquanto que da combinação dos orbitais atómicos py e pz, resulta a formação de orbitais moleculares pi (p). As ligações Sigmas (σ) são mais fortes do que as ligações Pi (π) Teoria das Orbitais Moleculares (TOM) Formação de Orbitais Moleculares s1s e s*1s En erg ia Átomo Molécula Átomo s1s s*1s 1s 1s Para os orbitais 2s teremos um diagrama e formas semelhantes, simplesmente os valores de energia serão mais elevados. • Os seis orbitais p devem originar seis OMs: s, s*, p, p*, p e p* • Consequentemente, há um máximo de 2 ligações p que podem vir de orbitais p. • As energias relativas desses seis orbitais podem mudar. Teoria das Orbitais Moleculares (TOM) Molécula de hidrogênio H2 • Consequentemente, 1s (H) + 1s (H) deve resultar em dois OMs para o H2: • Onde um tem alta densidade eletrônica entre os núcleos (OM ligante); • E o outro tem pouca densidade eletrônica entre os núcleos (OM antiligante). TOM Orbitais moleculares: • cada um contém um máximo de dois elétrons; • têm energias definidas e podem ser visualizados com diagramas de contorno; • Estão associados com uma molécula como um todo. TOM Orbitais moleculares para Li2 e Be2 • Cada orbital 1s se combina a outro orbital 1s para fornecer um orbital s1s e um s * 1s, ambos dos quais estão ocupados (já que o Li e o Be têm configurações eletrônicas 1s2). • Cada orbital 2s se liga a outro orbital 2s, para fornecer um orbital s2s e um orbital s * 2s. • Uma vez que os OAs 1s estão completamente preenchidos, s1s e s*1s estão preenchidos. Geralmente ignoramos os elétrons mais internos nos diagramas de OM. • Existe um total de 6 elétrons no Li2: • 2 elétrons no s1s • 2 elétrons no s*1s • 2 elétrons no s2s e • 0 elétrons no s*2s • Existe um total de 8 elétrons em Be2: • 2 elétrons no s1s; • 2 elétrons no s*1s; • 2 elétrons no s2s; e • 2 elétrons no s*2s. CONFIGURAÇÃO ELETRÔNICA: Configurações eletrônicas para B2 até Ne2 • À medida que o número atômico aumenta, é mais provável que um orbital 2s em um átomo possa interagir com o orbital 2p no outro. • Quando a interação 2s-2p aumenta, o OM s2s diminui em energia e o orbital s2p aumenta em energia. • Para o B2, o C2 e o N2 o orbital s2p tem mais energia do que o p2p. • Para o O2, o F2 e o Ne2 o orbital s2p tem mais energia do que o p2p. Teoria das Orbitais Moleculares (TOM) Preenchimento de orbitais moleculares de valência em moléculas diatómicas de elementos do 2.º Período. Teoria das Orbitais Moleculares (TOM) Ordem da Ligação 𝐎. 𝐋 = 𝒏º 𝒅𝒆 𝒆𝒍é𝒕𝒓𝒐𝒏𝒔 𝒍𝒊𝒈𝒂𝒏𝒕𝒆𝒔 − 𝒏º 𝒅𝒆 𝒆𝒍é𝒕𝒓𝒐𝒏𝒔 𝒏ã𝒐 𝒍𝒊𝒈𝒂𝒏𝒕𝒆𝒔 𝟐 •Ordem de ligação = 1 para uma ligação simples. •Ordem de ligação = 2 para uma ligação dupla. •Ordem de ligação = 3 para uma ligação tripla. •São possíveis ordens de ligação fracionárias (baixa estabilidade e alta reatividade, como nos radicais livres). Ex. Para o H2 O.L= 𝟐−𝟎 𝟐 = 1 Consequentemente, o H2 tem uma ligação simples. Molécula de oxigênio O2 Teoria das Orbitais Moleculares (TOM) Energia relativa dos Orbitais Moleculares para elementos dos 1.º e 2.º Períodos • Uma vez conhecidas as energias relativas dos orbitais, adicionamos o número de elétrons necessário aos OMs, levando em consideração o princípio da exclusão de Pauli e a regra de Hund. • À medida que a ordem de ligação aumenta, o comprimento de ligação diminui. • À medida que a ordem de ligação aumenta, a energia deligação aumenta. Espécies Diatômicas Heteronuclear CO Exercício: Montar o diagrama para as moléculas abaixo. NO, NO+, CN−, CN, BO
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