Buscar

(Fisioterapia) Fisioterapia Pediatrica (Out 2005)

Prévia do material em texto

E x p e d i e n t e 
 
 
Boletim de 
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA 
Edição Eletrônica 
 
 
Professor e Editor Responsável: 
D a l v a M a r i a d e A l m e i d a M a r c h e s e 
Fisioterapeuta, Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento, Professora e Supervisora de Estágio de Fisioterapia em Pediatria da Faculdade 
de Fisioterapia da UNISA 
 
Acadêmicos: 
P a t r í c i a F r a n ç ã o 
A n d r é i a A p a r e c i d a F r e i t a s S o u z a 
Acadêmicas de Fisioterapia, monitoras do CPEP-Fisio - Projeto CURUMIM 
 
Faculdade de Fisioterapia da UNISA 
Diretor: P r o f e s s o r D r . S é r g i o M i n g r o n e 
 
Centro de Estudos e Pesquisa de Fisioterapia em Pediatria - CPEP-Fisio – Projeto Curumim 
Professor Responsável: D a l v a M a r i a d e A l m e i d a M a r c h e s e 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
C P E P - F i s i o 
edições eletrônicas 
 
Página: www.cpep-fisio.com.br 
 
Correio Eletrônico:contato@cpep-fisio.com.br 
 
 
 
 
Capa: extraído de ilustração em revista de artesanato. 
 
 3 
 
 
 
 
B o l e t i m d e 
F I S I O T E R A P I A P E D I Á T R I C A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E d i ç ã o E l e t r ô n i c a 
A n o d e 2 0 0 5 
S ã o P a u l o - B r a s i l 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
C e n t r o d e P e s q u i s a e E s t u d o s d e F i s i o t e r a p i a e m P e d i a t r i a 
S ã o P a u l o - B r a s i l 
 
 4 
Fisioterapia Pediátrica 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
E d i t o r i a i s 
 
B u s c a n d o a m a i o r i d a d e . . . 
 
D a l v a M a r i a d e A l m e i d a M a r c h e s e 0 6 
 
T r a b a l h o s d e C o n c l u s ã o d e C u r s o 1 
 
 
R e s u m o s 
 
 
A i n t e r p r e t a ç ã o d a d o r n o r e c é m - n a s c i d o 
 
C r i s t i a n e G o d t s f r i e d t d o s R e i s 
V â n i a R o v e r s o C o r r e a 0 8 
 
F a t o s d o c r e s c i m e n t o q u e i n t e r f e r e m n o d e s e n v o l v i m e n t o m o t o r n o s d o i s 
p r i m e i r o s a n o s d e v i d a : i n t e r f a c e c o m a f i s i o t e r a p i a 
 
J ú l i a F o n s e c a D u a r t e 0 9 
 
F i s i o t e r a p i a e i n c l u s ã o : r e l a t o d e c a s o d e p a c i e n t e c o m a r t r o g r i p o s e m ú l t i p l a 
c o n g ê n i t a d o t i p o F r e e m a n - S h e l d o n 
 
F l á v i a d a S i l v a L e a n d r o P i r e s 1 0 
 
F i s i o t e r a p i a e m p e d i a t r i a : c i n c o a n o s d e a t e n d i m e n t o j u n t o a o H o s p i t a l G e r a l 
d o G r a j a ú 
 
D é b o r a B a r r o s F r a n c o 1 1 
 
 
1 Os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) ficam a disposição para consulta na Biblioteca Milton Soldani Afonso, UNISA, Campus I, a 
partir do ano seguinte à sua aprovação (Rua Prof. Enéas de Siqueira Neto, 340 – Jd. das Imbuias - 04829-300 – S. Paulo – SP). 
 5 
Fisioterapia Pediátrica 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
R e s u m o s 
 
F i s i o t e r a p i a n a e s c o l a p ú b l i c a : n e c e s s i d a d e d e s e r v i ç o e m u m a e s c o l a d a 
r e g i ã o d o G r a j a ú 
 
C y n t h i a H a r u m i Y a g u t i 
F e l i p e P a s c h o a l P r a c a n i c a 1 2 
 
I n d i c a ç õ e s e l i m i t a ç õ e s a o a t e n d i m e n t o f i s i o t e r a p ê u t i c o n a d o e n ç a d a 
m e m b r a n a h i a l i n a e s u a s c o m p l i c a ç õ e s – e s t u d o d o s c a s o s a t e n d i d o s n o 
b e r ç á r i o d o H o s p i t a l G e r a l d o G r a j a ú d u r a n t e o a n o d e 2 0 0 4 
 
C a m i l a B a t i s t a F r a c a s s o 
F e r n a n d a H e n r i q u e s 1 3 
 
P a r â m e t r o s p a r a a v a l i a ç ã o d o D N P M , a t é a a q u i s i ç ã o d a m a r c h a , e m c r i a n ç a s 
p o r t a d o r a s d e s í n d r o m e d e C o r n é l i a d e L a n g e e s í n d r o m e d e P r a d e r - W i l l i 
a t r a v é s d e e s t u d o s d e c a s o s 
 
M a r i a n a R e z e n d e F a n h o n i 
P a t r í c i a F r a n ç ã o 1 5 
 
P r e v e n ç ã o d a i n f e c ç ã o h o s p i t a l a r n o b e r ç á r i o e U T I - N e o n a t a l : o 
f i s i o t e r a p e u t a e a l a v a g e m d e m ã o s 
 
C a r l a C r i s t i n a d a C r u z 1 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6 
Buscando a maioridade... Fisioterapia Pediátrica (São Paulo ) 2005;01(1 ) :6-7 
 
 
 
 
Editoriais 
 
 
 
Buscando a maioridade. . . 
 
Da lva Mar ia de A lme ida Marchese 1 
 
F a c u l d a d e d e F i s i o t e r a p i a d a U n i v e r s i d a d e d e S a n t o A m a r o . S ã o P a u l o , S P , B r a s i l 
 
É com grande satisfação que apresentamos o Número 1 do Bolet im de Fisioterapia 
Pediátr ica, revista do Centro de Pesquisa e Estudo de Fisioterapia em Pediatr ia, da 
Faculdade de Fisioterapia da UNISA. Criamos um Bolet im que possa ser um instrumento 
de comunicação e divulgação de trabalhos de ensino, pesquisa e extensão, visando 
possibi l i tar a troca de informações, conhecimentos e experiências. Aberto para publ icar 
colaborações dos acadêmicos e f is ioterapeutas relacionados com os atendimentos e 
demais projetos real izados na Faculdade de Fisioterapia da UNISA, e que estejam 
voltados para o tratamento da criança nas mais diversas faixas etárias, também 
receberá com prazer trabalhos produzidos em outras inst i tuições, escri tos por 
f is ioterapeutas, por outros prof issionais que atendem crianças, por pais ou responsáveis 
e pelos próprios pacientes. 
A experiência de ter um texto publ icado faz parte de um esforço acadêmico que 
inclui a informação sobre metodologia, ao lado da confiança no conhecimento adquir ido, 
e na certeza da relevância da informação. E a Universidade é responsável por supri r 
essa formação fornecendo os recursos para tal . Optamos, então, por construir um 
instrumento que respeite a formação da equipe mult idiscipl inar e incluímos, ao lado dos 
profissionais, os pais, ou responsáveis, e os pacientes, os verdadeiros conhecedores 
das condições que nos propomos a tratar. 
Neste primeiro número estão publ icados resumos de Trabalhos de Conclusão de 
Curso (TCC) do ano de 2005, com temas sobre Fisioterapia em Pediatr ia, cujos autores 
estão de alguma maneira l igados ao CPEP-Fisio. Acreditamos tratar-se de um excelente 
painel das preocupações que envolveram os acadêmicos de Fisioterapia da UNISA que 
 
1 Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento. Fisioterapeuta, Professora em Pediatra aplicada à fisioterapia. 
 7 
Buscando a maioridade... Fisioterapia Pediátrica (São Paulo ) 2005;01(1 ) :6-7 
 
 
 
 
agora estão recebendo o grau de Bacharel. E nesses temas, a homenagem a nossos 
pequenos pacientes,razão de nossa dedicação. 
 No próximo período estaremos empenhados na organização de Conselho Editor ial 
para que a aval iação dos textos publ icados possa reflet i r grau de qual idade e 
plural idade esperado de trabalhos voltados para o trato com a cr iança. 
Temos muitos agradecimentos a fazer nestes seis anos do CPEP-Fisio, de 
maneira especial aos nossos parceiros, não formais mas sempre presentes, e que aqui 
representamos nas pessoas da Dra. Ana Crist ina Ribeiro Zöl lner, do Dr. Luiz Souza 
Gouvea Horta, da Dra. Patríc ia Colombo Souza. 
Nossos mais sinceros agradecimentos ao apoio e conf iança de funcionários, 
professores e diretores da Faculdade de Fisioterapia da UNISA, nas pessoas do Prof. 
Sérgio Mingrone e da Profa. Karla Peste Fisler, no momento em que buscamos nossa 
maioridade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
A interpretação da dor Fisioterapia Pediátrica (São Paulo ) 2005;01(1 ) :8-8 
 
 
 
 
Resumos 
 
 
 
Interpretação da dor no recém-nascido 
 
C r i s t i ane God ts f r i ed t dos Re is 1, Vân ia Rove rso Cor rea 1 
 
F a c u l d a d e d e F i s i o t e r a p i a d a U n i v e r s i d a d e d e S a n t o A m a r o . S ã o P a u l o , S P , B r a s i l 
 
Resumo 
 
Na antiguidade, considerava-se que a dor era o resultado da estimulação 
sensit iva violenta conduzida ao coração através do sangue, sugerindo uma qual idade 
afet iva. Ao longo do tempo, os conceitos e as justi f icativas sobre a dor, sujei tos a 
aspectos culturais de cada povo, sofreram modif icações devido às novas aquisições 
cientí f icas. Hoje se acredita que a dor é um sintoma de etiologia a mais variada, que 
sua percepção vaie de um indivíduo para outro, e sua aval iação e mensuração é di f íci l , 
mesmo em adultos. Acreditou-se por muito tempo que as vias nervosas dos recém-
nascidos (RN) não eram suficientemente miel inizadas pare transmit i r impulsos dolorosos 
e que os RN não possuíam função cort lcal integrada para interpretar ou recordar as 
experiências dolorosas. Novos estudos mostram que a part i r da 11ª. semana de 
gestação já são identi f icadas substâncias que processam a sensação dolorosa. 
Sabendo-se que a dor apresenta valor biológico fundamental de alerta sobre a 
ocorrência de lesão orgânica instalada ou em vias de instalar-se, e pelo fato da dor ser 
uma experiência de dif íc i l percepção em pacientes não verbais, foram desenvolvidas 
escalas que faci l i tam sua aval iação nessas condições, dando-se maior atenção aos 
estímulos nocivos que podem ser provocados por uma equipe mult idiscipl inar. Esta 
revisão de l i teratura tem como objetivo discutir aspectos da dor neonatal, através de 
instrumentos de reconhecimento e redução dessa condição dolorosa, para tomar o 
tratamento mais humano. Não foram encontrados estudos específ icos relacionando 
intervenção f is ioterapêutica na dor em neonatos. 
 
Palavras-chave: desenvolvimento neuropsicomotor, educação em fis ioterapia, dor no 
recém-nascido, recém-nascido, neonatologia. 
 
 
 
 
 
 
1 Acadêmicas da Faculdade de Fisioterapia da UNISA – Universidade de Santo Amaro. 
 
 9 
Fatos do crescimento Fisioterapia Pediátrica (São Paulo ) 2005;01(1 ) :9-9 
 
 
 
 
Resumos 
 
 
 
 
Fatos do crescimento que interferem no desenvolvimento motor 
nos dois primeiros anos de vida: interface com a f is ioterapia 
 
Jú l i a Fonseca Duar te 1 
 
F a c u l d a d e d e F i s i o t e r a p i a d a U n i v e r s i d a d e d e S a n t o A m a r o . S ã o P a u l o , S P , B r a s i l 
 
Resumo 
 
O desenvolvimento motor tem início e pode ser afetado por ocorrências diversas 
desde a concepção. Por esse motivo, para um melhor entendimento do início desse 
desenvolvimento é necessário conhecer mais sobre a embriologia, mais precisamente 
sobre a embriologia dos sistemas respiratório, esquelét ico, muscular, cardiovascular e 
nervoso. O f is ioterapeuta, especialmente o que atua em Pediatr ia, deve estar ciente das 
diferentes etapas de evolução do período embrionário e do período fetal , suas 
modif icações mais marcantes das estruturas que o acompanham até o momento do 
nascimento. Além disso, é um período em que muitas anormalidades podem ocorrer, 
durante o crescimento intra-uterino, o que certamente inf luenciará no desenvolvimento 
neuropsicomotor e em sua vida futura. Nos dois primeiros anos de vida pós-natal, a 
criança apresenta um rápido crescimento, sendo ele essencial e formativo, pois 
inf luenciará muito nos anos seguintes. É importante ressaltar que o desenvolvimento 
normal possui uma grande variabi l idade sem obedecer a padrões e seqüências rígidos e 
previsíveis quando se trata de um individuo. Essa consciência é fundamental para que o 
f is ioterapeuta possa dist inguir momentos diferentes do desenvolvimento e crescimento, 
dist inguindo a variabi l idade do distúrbio ou disfunção, e essas informações nem sempre 
são contempladas nos manuais ut i l izados para ensinar sobre as di ferentes terapias. É 
no inicio da vida que são traçados, cuidadosamente, os caminhos do desenvolvimento 
da cr iança, e é nesse período que o f is ioterapeuta deve atuar para que elas obtenham 
uma melhor qual idade de vida futuramente 
 
Palavras-chave: desenvolvimento fetal , desenvolvimento embrionário, desenvolvimento 
humano, neuropsicomotor. 
 
 
 
 
1 Acadêmica da Faculdade de Fisioterapia; bolsista da UNISA – Universidade de Santo Amaro. 
 10 
Fisioterapia e Inclusão Fisioterapia Pediátrica (São Paulo ) 2005;01(1 ) :10-10 
 
 
 
 
Resumos 
 
 
 
F isioterapia e Inclusão: relato de caso de paciente com 
artrogripose múlt ipla congênita do t ipo Freeman-Sheldon 
 
F láv ia da S i l va Leandro P i res 1 
 
F a c u l d a d e d e F i s i o t e r a p i a d a U n i v e r s i d a d e d e S a n t o A m a r o . S ã o P a u l o , S P , B r a s i l 
 
Resumo 
 
A artrogripose múlt ipla congênita (AMC - é uma síndrome complexa caracterizada 
por contraturas de várias art iculações presentes ao nascimento, com graus variados de 
f ibrose e encurtamento dos músculos afetados e espessamento de cápsulas 
periart iculares e dos tecidos l igamentares. As art iculações são mantidas f ixas e esta 
deformidade tem caráter estacionário. É descrita na l i teratura nas formas miopática e 
neurogênica, forma na qual está enquadrada a síndrome de Freeman-Sheldon (FSS) 
(MIM %193700) ou síndrome do assobiador, descri ta pela primeira vez em 1938 por 
Freernan e Sheldon, com incidência de 1:3000 nascidos vivos, e caracterizada por 
al terações em crânio, face e extremidades, sem alteração de cognit ivo. Pretende-se 
descrever o processo de inclusão no ensino regular, em classe normal, do paciente 
G.O.R., mascul ino, oi to anos de idade, com FSS, atendido por equipe mult idiscipl inar. 
Com o objet ivo da inclusão na pré-escola, após um ano de tratamento, o paciente 
apresentou ganho de marcha e independência para maioria das suas AVD’S, o que 
permit iu o objetivo da inclusão no ensino fundamental. Mesmo sem défici t cognit ivo, as 
di f iculdades geradas pela deformidade f ísica obrigaram a intervenção direta e constante 
da equipe mult idiscipl inar junto á escola, na preparação de equipamentos e materiais 
adequados, na orientação dos professores quanto às necessidades do aluno e no apoio 
ao aluno e à famíl ia. As di f iculdades enfrentadas demonstram o desconhecimento sobre 
as anomalias congênitas, sobre as possibi l idades desses alunos e, de modo especial , 
sobre o preconceito gerado pelas condições especiaisexpressas em deformidades 
f ísicas: demonstram a importância da atuação constante da equipe mult idiscipl inar. 
 
Palavras-chave: artrogripose múlt ipla congênita, Freeman-Sheldon, inclusão, 
f is ioterapia. 
 
 
 
1 Acadêmica de Fisioterapia, membro do CPEP-Fisio – Projeto CURUMIM, 2004-2005; bolsista da UNISA – Universidade de Santo Amaro. 
 11 
Fisioterapia em Pediatria Fisioterapia Pediátrica (São Paulo ) 2005;01(1 ) :11-11 
 
 
 
 
Resumos 
 
 
 
F isioterapia em Pediatr ia: cinco anos de atendimento junto ao 
Hospital Geral do Grajaú 
 
Débora Ba r ros F ranco 1 
 
F a c u l d a d e d e F i s i o t e r a p i a d a U n i v e r s i d a d e d e S a n t o A m a r o . S ã o P a u l o , S P , B r a s i l 
 
Resumo 
 
Durante muitos séculos a criança foi tratada com indiferença, um ser sem alma, 
um adulto em miniatura do qual se podia dispor até da vida. A part i r da Revolução 
Industr ial ela passa a ter importância para a economia e começa a ser vista de forma 
diferenciada do adulto na sua anatomia e f is iologia; a Pediatr ia aparece como área 
médica O cuidado com a criança brasi leira somente se desenvolveu no f inal dos anos de 
1960 a inicio dos anos de 1970, através de polí t icas específ icas de assistência. A 
intervenção da Fisioterapia em pacientes pediátr icos tornou-se importante pelos 
benefícios que podem ser proporcionados ao desenvolvimento infanti l , intervindo nas 
condições agudas e crônicas que ameaçam esse desenvolvimento. O estágio 
supervisionado de Fisioterapia em Pediatr ia, real izado há cinco anos, pelo curso de 
Fisioterapia da Universidade de Santo Amaro, prepara o acadêmico do úl t imo ano para a 
vivência futura no serviço ambulatorial e no atendimento hospitalar à criança. O objetivo 
deste trabalho é caracterizar este estágio, junto ao Hospital Geral do Grajaú, no período 
da 2000 a 2004, através do estudo das f ichas de aval iação dos atendimentos desse 
setor. Durante este período passaram pelo estágio 471 acadêmicos; foram atendidas 
2.431 crianças em 21.782 atendimentos. As patologias com maior incidência foram às 
relacionadas com afecções do trato respiratór io. Ao completar cinco anos de serviços 
prestados, conclui-se que o estágio cumpriu seu papel de Extensão Universi tár ia junto à 
comunidade da região e cumpriu também o objetivo de formação do f is ioterapeuta 
general ista proposto pelo curso. 
 
Palavras-chave: atendimento hospitalar, educação em fis ioterapia, f is ioterapia em 
pediatr ia, mult idiscipl inaridade, histór ia da f is ioterapia. 
 
 
1 Acadêmica de Fisioterapia, monitora do estágio obrigatório de Fisioterapia em Pediatria junto ao Hospital Geral do Grajaú, 2005; membro 
do CPEP-Fisio – Projeto CURUMIM, 2004-2005; bolsista da UNISA – Universidade de Santo Amaro. 
 
 12 
Fisioterapia na escola pública Fisioterapia Pediátrica (São Paulo ) 2005;01(1 ) :12-12 
 
 
 
 
Resumos 
 
 
 
F isioterapia na escola públ ica: necessidade de serviço em uma 
escola da região do Grajaú 
 
Cyn th ia Harumi Yagu t i 1, Fe l i pe Paschoa l P racan ica 1 
 
F a c u l d a d e d e F i s i o t e r a p i a d a U n i v e r s i d a d e d e S a n t o A m a r o . S ã o P a u l o , S P , B r a s i l 
 
Resumo 
 
As crianças com necessidades especiais tem garant ido seu direi to à matricula no 
ensino públ ico, em salas normais ou especiais, através da LDB — Lei de Diretr izes e 
Bases do Ensino, desde de zero anos de idade. A inclusão de crianças com 
necessidades especiais no ensino públ ico, no entanto, expõe uma série de questões que 
devem ser adequadamente resolvidas. Uma dessas questões é a oferta de tratamento 
de habi l i tação e/ou reabi l i tação, em local e em tempo que não se sobreponha ou impeça 
o prosseguimento da vida escolar. Pelo contrár io, que seja estímulo para essa ativ idade, 
melhorando as funções desse estudante. Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo 
de verif icar a necessidade de tratamento de f isioterapia para as crianças com 
necessidades especiais matr iculadas no ensino públ ico fundamental da Região do 
Grajaú, através de consulta aos pais de crianças matriculadas em salas especiais da 
escola considerada com maior número de matrículas nessas condições. A consulta 
refer iu-se ao motivo da matrícula em sala especial . A proposta estudada é a de 
fornecimento de tratamento de f isioterapia, para as crianças que dela possam se 
beneficiar, real izando atendimento na própria escola, seja em horário de aula ou.em 
horário seqüencial . 
 
Palavras-chave: educação em fisioterapia, fisioterapia em pediatria, inclusão, humanização, 
multidisciplinaridade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 Acadêmicos da Faculdade de Fisioterapia da UNISA – Universidade de Santo Amaro. 
 
 13 
Indicações e limitações Fisioterapia Pediátrica (São Paulo ) 2005;01(1 ) :13-14 
 
 
 
 
Resumos 
 
 
 
Indicações e l imitações ao atendimento f is ioterapêutico na 
doença da membrana hial ina e suas complicações – estudo dos 
casos atendidos no berçário do Hospital Geral do Grajaú 
durante o ano de 2004 
 
Cami la Ba t i s ta F racasso 1, Fe rnanda Henr iques 1 
 
F a c u l d a d e d e F i s i o t e r a p i a d a U n i v e r s i d a d e d e S a n t o A m a r o . S ã o P a u l o , S P , B r a s i l 
 
Resumo 
 
A Doença da Membrana Hial ina (DNH) é uma patologia freqüente, grave e 
fundamentalmente relacionada à deficiência pr imária de surfactante, afetando 
part icularmente o recém-nascido pré-termo (RNPT) abaixo de 33 semanas de idade 
gestacional. Consti tui um distúrbio do desenvolvimento, caracterizado por quadro de 
insuficiência respiratória de graus variados, relacionados ao nascimento prematuro e 
aos seus agravos. As complicações observadas mais freqüentemente, decorrentes da 
própria imaturidade do desenvolvimento pulmonar e também das inúmeras terapêuticas 
ut i l izadas, são: barotrauma, infecções pulmonares, persistência do canal arterial (PCA), 
hemorragia intracraniana (HIC). displasia broncopulmonar (DBP), ret inopatia da 
prematuridade e sepse. O objetivo do trabalho foi caracterizar a população de RN do 
Berçário do Hospital Geral do Grajaú (HGG), que foram diagnosticados com DMH e 
tratados pela f is ioterapia no ano de 2004, veri f icando as complicações ocorridas e as 
indicações e l imitações para o atendimento f is ioterapêutico. Os dados foram colhidos 
das f ichas de aval iação e acompanhamento da f is ioterapia. A população estudada, foi , 
na média, do sexo mascul ino, AIG, RNPT extremo ( lG de 30 semanas), de muito baixo 
peso 1.242g, com APGAR 5-7,5, nascido de parto cesáreo de mãe com 19,5 anos de 
idade, correspondendo ao t ipo médio previsto na l i teratura. Dos 49 RN do Berçário com 
diagnóstico de DMH, 40 deles (81,6%), foram atendidos pela f is ioterapia. E a 
complicação da DMH que ocorreu em maior número, a DBP, tem indicação de 
f is ioterapia em todas as suas fases, da prevenção ao tratamento das seqüelas. 
 
 
1 Acadêmicas da Faculdade de Fisioterapia da UNISA – Universidade de Santo Amaro, monitoras do estágio obrigatório de Fisioterapia 
em Pediatria junto ao Hospital Geral do Grajaú, 2005. 
 
 14 
Indicações e limitações Fisioterapia Pediátrica (São Paulo ) 2005;01(1 ) :13-14 
 
 
 
 
Palavras-chave: doença da membrana hial ina, pré-termo, surfactante, f is ioterapia 
neonatal.15 
Parâmetros para avaliação Fisioterapia Pediátrica (São Paulo ) 2005;01(1 ) :15-15 
 
 
 
 
Resumos 
 
 
 
Parâmetros para aval iação do DNPM, até a aquisição da marcha, 
em crianças portadoras de síndrome de Cornél ia de Lange e 
síndrome de Prader-Wil l i através de estudo de casos 
 
Mar iana Rezende Fanhon i 1, Pa t r í c i a F ranção 2 
 
F a c u l d a d e d e F i s i o t e r a p i a d a U n i v e r s i d a d e d e S a n t o A m a r o . S ã o P a u l o , S P , B r a s i l 
 
Resumo 
 
O objetivo deste trabalho é elaborar uma f icha de aval iação do DNPM que permita 
o acompanhamento pelo f is ioterapeuta das condições especiais para crianças com 
síndrome de Cornél ia de Lange e síndrome de Prader-Wil l i . Foi real izada revisão 
bibl iográfica sobre o desenvolvimento neuropsicomotor até a aquisição da marcha e 
sobre as síndromes em estudo. A part i r dos casos de duas pacientes do CPEP-Fisio - 
PROJETO CURUMIM, da Faculdade de Fisioterapia da UNISA, e da revisão bibl iográf ica, 
elaborou-se f ichas de aval iação atendendo ás part icular idades das duas condições. As 
novas f ichas foram ut i l izadas para reaval iação das cr ianças. Na anál ise da viabi l idade e 
das di f iculdades durante a apl icação do novo instrumento pode-se veri f icar que as 
f ichas são expl icativas e de fáci l entendimento para o aval iador. Destacando com 
clareza as part icular idades, permit indo aval iar cada paciente em relação às reais 
condições de cada uma das síndromes, permite concluir sobre o grau de severidade, 
dado que as cr ianças não desenvolvem todas as característ icas de cada uma delas. 
Construir f ichas especiais para o acompanhamento de pessoas com condições diversas 
das t idas como normais, permite def inir um novo termo de normalidade, específ ico 
dessas pessoas e que difere da idéia do patológico que acompanha essas condições no 
imaginário leigo. 
 
Palavras-chave: anomalia congênita, f is ioterapia em pediatr ia, desenvolvimento 
neuropsicomotor, Síndrome de Cornél ia de Lange, Síndrome de Prader-Wil l i . 
 
 
 
1 Acadêmica de Fisioterapia, monitora do estágio obrigatório de Fisioterapia em Pediatria junto ao Hospital Geral do Grajaú, 2005; bolsista 
da UNISA – Universidade de Santo Amaro. 
2 Acadêmica de Fisioterapia, monitora do estágio obrigatório de Fisioterapia em Pediatria junto ao Hospital Geral do Grajaú, 2005 e do 
CPEP-Fisio – Projeto CURUMIM, 2004-2005; bolsista da UNISA – Universidade de Santo Amaro. 
 16 
Prevenção da Infecção Fisioterapia Pediátrica (São Paulo ) 2005;01(1 ) :16-16 
 
 
 
 
Resumos 
 
 
 
Prevenção da infecção hospitalar no berçário e UTI-Neonatal: o 
f is ioterapeuta e a lavagem de mãos 
 
Ca r la Cr i s t i na da Cruz 1 
 
F a c u l d a d e d e F i s i o t e r a p i a d a U n i v e r s i d a d e d e S a n t o A m a r o . S ã o P a u l o , S P , B r a s i l 
 
Resumo 
 
O período neonatal é de grande fragi l idade para o ser humano e a ocorrência 
de doenças infecciosas nessa fase é importante causa de morbidade e mortal idade. O 
feto e o recém-nascido podem ser considerados "imunocomprometidos” pela sua 
inexperiência imunológica, apresentando maior suscetibi l idade a infecções. A 
imaturidade do sistema imunológico do RN e o t ipo de colonização a que estará exposto 
nos primeiros dias de vida, aumentam o r isco, fazendo com que o índice de mortal idade 
por infecções permaneça al to nos serviços de unidades de terapia intensiva. A baixa 
conscient ização da equipe mult idiscipl inar dentro da UTI-Neonatal é um dos fatores 
agravantes para os índices de infecção hospitalar neste setor. A lavagem das mãos faz 
parte do bloqueio epidemiológico; o problema é a não aderência dos profissionais, 
comprometendo a prevenção e o controle das infecções hospitalares. O objet ivo deste 
trabalho foi elaborar um folheto de orientação sobre lavagem das mãos, dir igido ao 
f is ioterapeuta que trabalha na UTI-Neonatal e berçário, para a prevenção da infecção 
hospitalar. Para a preparação do folheto foram consultados os acadêmicos do 3º ano de 
Fisioterapia, em véspera dos estágios curriculares obrigatórios, através da apl icação de 
um questionário referente aos hábitos de lavagem de mãos, aos conhecimentos sobre 
esse t ipo de higiene e os r iscos de sua não uti l ização correta; a seguir foi ministrada 
palestra sobre a lavagem das mãos, contemplando histór ico, vantagens do uso do 
procedimento na prevenção das infecções, e orientações sobre o procedimento em si. A 
part i r daí foi elaborado o folheto f inal. 
 
Palavras-chave: educação em fisioterapia, multidisciplinaridade, lavagem das mãos, 
atendimento hospitalar, fisioterapia em neonatologia. 
 
 
 
1 Acadêmica de Fisioterapia, monitora do estágio obrigatório de Fisioterapia em Pediatria junto ao Hospital Geral do Grajaú, 2005; bolsista 
da UNISA – Universidade de Santo Amaro.

Continue navegando