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E x p e d i e n t e Boletim de FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA Edição Eletrônica Professor e Editor Responsável: D a l v a M a r i a d e A l m e i d a M a r c h e s e Fisioterapeuta, Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento, Professora e Supervisora de Estágio de Fisioterapia em Pediatria da Faculdade de Fisioterapia da UNISA Acadêmicos: P a t r í c i a F r a n ç ã o A n d r é i a A p a r e c i d a F r e i t a s S o u z a Acadêmicas de Fisioterapia, monitoras do CPEP-Fisio - Projeto CURUMIM Faculdade de Fisioterapia da UNISA Diretor: P r o f e s s o r D r . S é r g i o M i n g r o n e Centro de Estudos e Pesquisa de Fisioterapia em Pediatria - CPEP-Fisio – Projeto Curumim Professor Responsável: D a l v a M a r i a d e A l m e i d a M a r c h e s e C P E P - F i s i o edições eletrônicas Página: www.cpep-fisio.com.br Correio Eletrônico:contato@cpep-fisio.com.br Capa: extraído de ilustração em revista de artesanato. 3 B o l e t i m d e F I S I O T E R A P I A P E D I Á T R I C A E d i ç ã o E l e t r ô n i c a A n o d e 2 0 0 5 S ã o P a u l o - B r a s i l C e n t r o d e P e s q u i s a e E s t u d o s d e F i s i o t e r a p i a e m P e d i a t r i a S ã o P a u l o - B r a s i l 4 Fisioterapia Pediátrica SUMÁRIO E d i t o r i a i s B u s c a n d o a m a i o r i d a d e . . . D a l v a M a r i a d e A l m e i d a M a r c h e s e 0 6 T r a b a l h o s d e C o n c l u s ã o d e C u r s o 1 R e s u m o s A i n t e r p r e t a ç ã o d a d o r n o r e c é m - n a s c i d o C r i s t i a n e G o d t s f r i e d t d o s R e i s V â n i a R o v e r s o C o r r e a 0 8 F a t o s d o c r e s c i m e n t o q u e i n t e r f e r e m n o d e s e n v o l v i m e n t o m o t o r n o s d o i s p r i m e i r o s a n o s d e v i d a : i n t e r f a c e c o m a f i s i o t e r a p i a J ú l i a F o n s e c a D u a r t e 0 9 F i s i o t e r a p i a e i n c l u s ã o : r e l a t o d e c a s o d e p a c i e n t e c o m a r t r o g r i p o s e m ú l t i p l a c o n g ê n i t a d o t i p o F r e e m a n - S h e l d o n F l á v i a d a S i l v a L e a n d r o P i r e s 1 0 F i s i o t e r a p i a e m p e d i a t r i a : c i n c o a n o s d e a t e n d i m e n t o j u n t o a o H o s p i t a l G e r a l d o G r a j a ú D é b o r a B a r r o s F r a n c o 1 1 1 Os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) ficam a disposição para consulta na Biblioteca Milton Soldani Afonso, UNISA, Campus I, a partir do ano seguinte à sua aprovação (Rua Prof. Enéas de Siqueira Neto, 340 – Jd. das Imbuias - 04829-300 – S. Paulo – SP). 5 Fisioterapia Pediátrica SUMÁRIO R e s u m o s F i s i o t e r a p i a n a e s c o l a p ú b l i c a : n e c e s s i d a d e d e s e r v i ç o e m u m a e s c o l a d a r e g i ã o d o G r a j a ú C y n t h i a H a r u m i Y a g u t i F e l i p e P a s c h o a l P r a c a n i c a 1 2 I n d i c a ç õ e s e l i m i t a ç õ e s a o a t e n d i m e n t o f i s i o t e r a p ê u t i c o n a d o e n ç a d a m e m b r a n a h i a l i n a e s u a s c o m p l i c a ç õ e s – e s t u d o d o s c a s o s a t e n d i d o s n o b e r ç á r i o d o H o s p i t a l G e r a l d o G r a j a ú d u r a n t e o a n o d e 2 0 0 4 C a m i l a B a t i s t a F r a c a s s o F e r n a n d a H e n r i q u e s 1 3 P a r â m e t r o s p a r a a v a l i a ç ã o d o D N P M , a t é a a q u i s i ç ã o d a m a r c h a , e m c r i a n ç a s p o r t a d o r a s d e s í n d r o m e d e C o r n é l i a d e L a n g e e s í n d r o m e d e P r a d e r - W i l l i a t r a v é s d e e s t u d o s d e c a s o s M a r i a n a R e z e n d e F a n h o n i P a t r í c i a F r a n ç ã o 1 5 P r e v e n ç ã o d a i n f e c ç ã o h o s p i t a l a r n o b e r ç á r i o e U T I - N e o n a t a l : o f i s i o t e r a p e u t a e a l a v a g e m d e m ã o s C a r l a C r i s t i n a d a C r u z 1 6 6 Buscando a maioridade... Fisioterapia Pediátrica (São Paulo ) 2005;01(1 ) :6-7 Editoriais Buscando a maioridade. . . Da lva Mar ia de A lme ida Marchese 1 F a c u l d a d e d e F i s i o t e r a p i a d a U n i v e r s i d a d e d e S a n t o A m a r o . S ã o P a u l o , S P , B r a s i l É com grande satisfação que apresentamos o Número 1 do Bolet im de Fisioterapia Pediátr ica, revista do Centro de Pesquisa e Estudo de Fisioterapia em Pediatr ia, da Faculdade de Fisioterapia da UNISA. Criamos um Bolet im que possa ser um instrumento de comunicação e divulgação de trabalhos de ensino, pesquisa e extensão, visando possibi l i tar a troca de informações, conhecimentos e experiências. Aberto para publ icar colaborações dos acadêmicos e f is ioterapeutas relacionados com os atendimentos e demais projetos real izados na Faculdade de Fisioterapia da UNISA, e que estejam voltados para o tratamento da criança nas mais diversas faixas etárias, também receberá com prazer trabalhos produzidos em outras inst i tuições, escri tos por f is ioterapeutas, por outros prof issionais que atendem crianças, por pais ou responsáveis e pelos próprios pacientes. A experiência de ter um texto publ icado faz parte de um esforço acadêmico que inclui a informação sobre metodologia, ao lado da confiança no conhecimento adquir ido, e na certeza da relevância da informação. E a Universidade é responsável por supri r essa formação fornecendo os recursos para tal . Optamos, então, por construir um instrumento que respeite a formação da equipe mult idiscipl inar e incluímos, ao lado dos profissionais, os pais, ou responsáveis, e os pacientes, os verdadeiros conhecedores das condições que nos propomos a tratar. Neste primeiro número estão publ icados resumos de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) do ano de 2005, com temas sobre Fisioterapia em Pediatr ia, cujos autores estão de alguma maneira l igados ao CPEP-Fisio. Acreditamos tratar-se de um excelente painel das preocupações que envolveram os acadêmicos de Fisioterapia da UNISA que 1 Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento. Fisioterapeuta, Professora em Pediatra aplicada à fisioterapia. 7 Buscando a maioridade... Fisioterapia Pediátrica (São Paulo ) 2005;01(1 ) :6-7 agora estão recebendo o grau de Bacharel. E nesses temas, a homenagem a nossos pequenos pacientes,razão de nossa dedicação. No próximo período estaremos empenhados na organização de Conselho Editor ial para que a aval iação dos textos publ icados possa reflet i r grau de qual idade e plural idade esperado de trabalhos voltados para o trato com a cr iança. Temos muitos agradecimentos a fazer nestes seis anos do CPEP-Fisio, de maneira especial aos nossos parceiros, não formais mas sempre presentes, e que aqui representamos nas pessoas da Dra. Ana Crist ina Ribeiro Zöl lner, do Dr. Luiz Souza Gouvea Horta, da Dra. Patríc ia Colombo Souza. Nossos mais sinceros agradecimentos ao apoio e conf iança de funcionários, professores e diretores da Faculdade de Fisioterapia da UNISA, nas pessoas do Prof. Sérgio Mingrone e da Profa. Karla Peste Fisler, no momento em que buscamos nossa maioridade. 8 A interpretação da dor Fisioterapia Pediátrica (São Paulo ) 2005;01(1 ) :8-8 Resumos Interpretação da dor no recém-nascido C r i s t i ane God ts f r i ed t dos Re is 1, Vân ia Rove rso Cor rea 1 F a c u l d a d e d e F i s i o t e r a p i a d a U n i v e r s i d a d e d e S a n t o A m a r o . S ã o P a u l o , S P , B r a s i l Resumo Na antiguidade, considerava-se que a dor era o resultado da estimulação sensit iva violenta conduzida ao coração através do sangue, sugerindo uma qual idade afet iva. Ao longo do tempo, os conceitos e as justi f icativas sobre a dor, sujei tos a aspectos culturais de cada povo, sofreram modif icações devido às novas aquisições cientí f icas. Hoje se acredita que a dor é um sintoma de etiologia a mais variada, que sua percepção vaie de um indivíduo para outro, e sua aval iação e mensuração é di f íci l , mesmo em adultos. Acreditou-se por muito tempo que as vias nervosas dos recém- nascidos (RN) não eram suficientemente miel inizadas pare transmit i r impulsos dolorosos e que os RN não possuíam função cort lcal integrada para interpretar ou recordar as experiências dolorosas. Novos estudos mostram que a part i r da 11ª. semana de gestação já são identi f icadas substâncias que processam a sensação dolorosa. Sabendo-se que a dor apresenta valor biológico fundamental de alerta sobre a ocorrência de lesão orgânica instalada ou em vias de instalar-se, e pelo fato da dor ser uma experiência de dif íc i l percepção em pacientes não verbais, foram desenvolvidas escalas que faci l i tam sua aval iação nessas condições, dando-se maior atenção aos estímulos nocivos que podem ser provocados por uma equipe mult idiscipl inar. Esta revisão de l i teratura tem como objetivo discutir aspectos da dor neonatal, através de instrumentos de reconhecimento e redução dessa condição dolorosa, para tomar o tratamento mais humano. Não foram encontrados estudos específ icos relacionando intervenção f is ioterapêutica na dor em neonatos. Palavras-chave: desenvolvimento neuropsicomotor, educação em fis ioterapia, dor no recém-nascido, recém-nascido, neonatologia. 1 Acadêmicas da Faculdade de Fisioterapia da UNISA – Universidade de Santo Amaro. 9 Fatos do crescimento Fisioterapia Pediátrica (São Paulo ) 2005;01(1 ) :9-9 Resumos Fatos do crescimento que interferem no desenvolvimento motor nos dois primeiros anos de vida: interface com a f is ioterapia Jú l i a Fonseca Duar te 1 F a c u l d a d e d e F i s i o t e r a p i a d a U n i v e r s i d a d e d e S a n t o A m a r o . S ã o P a u l o , S P , B r a s i l Resumo O desenvolvimento motor tem início e pode ser afetado por ocorrências diversas desde a concepção. Por esse motivo, para um melhor entendimento do início desse desenvolvimento é necessário conhecer mais sobre a embriologia, mais precisamente sobre a embriologia dos sistemas respiratório, esquelét ico, muscular, cardiovascular e nervoso. O f is ioterapeuta, especialmente o que atua em Pediatr ia, deve estar ciente das diferentes etapas de evolução do período embrionário e do período fetal , suas modif icações mais marcantes das estruturas que o acompanham até o momento do nascimento. Além disso, é um período em que muitas anormalidades podem ocorrer, durante o crescimento intra-uterino, o que certamente inf luenciará no desenvolvimento neuropsicomotor e em sua vida futura. Nos dois primeiros anos de vida pós-natal, a criança apresenta um rápido crescimento, sendo ele essencial e formativo, pois inf luenciará muito nos anos seguintes. É importante ressaltar que o desenvolvimento normal possui uma grande variabi l idade sem obedecer a padrões e seqüências rígidos e previsíveis quando se trata de um individuo. Essa consciência é fundamental para que o f is ioterapeuta possa dist inguir momentos diferentes do desenvolvimento e crescimento, dist inguindo a variabi l idade do distúrbio ou disfunção, e essas informações nem sempre são contempladas nos manuais ut i l izados para ensinar sobre as di ferentes terapias. É no inicio da vida que são traçados, cuidadosamente, os caminhos do desenvolvimento da cr iança, e é nesse período que o f is ioterapeuta deve atuar para que elas obtenham uma melhor qual idade de vida futuramente Palavras-chave: desenvolvimento fetal , desenvolvimento embrionário, desenvolvimento humano, neuropsicomotor. 1 Acadêmica da Faculdade de Fisioterapia; bolsista da UNISA – Universidade de Santo Amaro. 10 Fisioterapia e Inclusão Fisioterapia Pediátrica (São Paulo ) 2005;01(1 ) :10-10 Resumos F isioterapia e Inclusão: relato de caso de paciente com artrogripose múlt ipla congênita do t ipo Freeman-Sheldon F láv ia da S i l va Leandro P i res 1 F a c u l d a d e d e F i s i o t e r a p i a d a U n i v e r s i d a d e d e S a n t o A m a r o . S ã o P a u l o , S P , B r a s i l Resumo A artrogripose múlt ipla congênita (AMC - é uma síndrome complexa caracterizada por contraturas de várias art iculações presentes ao nascimento, com graus variados de f ibrose e encurtamento dos músculos afetados e espessamento de cápsulas periart iculares e dos tecidos l igamentares. As art iculações são mantidas f ixas e esta deformidade tem caráter estacionário. É descrita na l i teratura nas formas miopática e neurogênica, forma na qual está enquadrada a síndrome de Freeman-Sheldon (FSS) (MIM %193700) ou síndrome do assobiador, descri ta pela primeira vez em 1938 por Freernan e Sheldon, com incidência de 1:3000 nascidos vivos, e caracterizada por al terações em crânio, face e extremidades, sem alteração de cognit ivo. Pretende-se descrever o processo de inclusão no ensino regular, em classe normal, do paciente G.O.R., mascul ino, oi to anos de idade, com FSS, atendido por equipe mult idiscipl inar. Com o objet ivo da inclusão na pré-escola, após um ano de tratamento, o paciente apresentou ganho de marcha e independência para maioria das suas AVD’S, o que permit iu o objetivo da inclusão no ensino fundamental. Mesmo sem défici t cognit ivo, as di f iculdades geradas pela deformidade f ísica obrigaram a intervenção direta e constante da equipe mult idiscipl inar junto á escola, na preparação de equipamentos e materiais adequados, na orientação dos professores quanto às necessidades do aluno e no apoio ao aluno e à famíl ia. As di f iculdades enfrentadas demonstram o desconhecimento sobre as anomalias congênitas, sobre as possibi l idades desses alunos e, de modo especial , sobre o preconceito gerado pelas condições especiaisexpressas em deformidades f ísicas: demonstram a importância da atuação constante da equipe mult idiscipl inar. Palavras-chave: artrogripose múlt ipla congênita, Freeman-Sheldon, inclusão, f is ioterapia. 1 Acadêmica de Fisioterapia, membro do CPEP-Fisio – Projeto CURUMIM, 2004-2005; bolsista da UNISA – Universidade de Santo Amaro. 11 Fisioterapia em Pediatria Fisioterapia Pediátrica (São Paulo ) 2005;01(1 ) :11-11 Resumos F isioterapia em Pediatr ia: cinco anos de atendimento junto ao Hospital Geral do Grajaú Débora Ba r ros F ranco 1 F a c u l d a d e d e F i s i o t e r a p i a d a U n i v e r s i d a d e d e S a n t o A m a r o . S ã o P a u l o , S P , B r a s i l Resumo Durante muitos séculos a criança foi tratada com indiferença, um ser sem alma, um adulto em miniatura do qual se podia dispor até da vida. A part i r da Revolução Industr ial ela passa a ter importância para a economia e começa a ser vista de forma diferenciada do adulto na sua anatomia e f is iologia; a Pediatr ia aparece como área médica O cuidado com a criança brasi leira somente se desenvolveu no f inal dos anos de 1960 a inicio dos anos de 1970, através de polí t icas específ icas de assistência. A intervenção da Fisioterapia em pacientes pediátr icos tornou-se importante pelos benefícios que podem ser proporcionados ao desenvolvimento infanti l , intervindo nas condições agudas e crônicas que ameaçam esse desenvolvimento. O estágio supervisionado de Fisioterapia em Pediatr ia, real izado há cinco anos, pelo curso de Fisioterapia da Universidade de Santo Amaro, prepara o acadêmico do úl t imo ano para a vivência futura no serviço ambulatorial e no atendimento hospitalar à criança. O objetivo deste trabalho é caracterizar este estágio, junto ao Hospital Geral do Grajaú, no período da 2000 a 2004, através do estudo das f ichas de aval iação dos atendimentos desse setor. Durante este período passaram pelo estágio 471 acadêmicos; foram atendidas 2.431 crianças em 21.782 atendimentos. As patologias com maior incidência foram às relacionadas com afecções do trato respiratór io. Ao completar cinco anos de serviços prestados, conclui-se que o estágio cumpriu seu papel de Extensão Universi tár ia junto à comunidade da região e cumpriu também o objetivo de formação do f is ioterapeuta general ista proposto pelo curso. Palavras-chave: atendimento hospitalar, educação em fis ioterapia, f is ioterapia em pediatr ia, mult idiscipl inaridade, histór ia da f is ioterapia. 1 Acadêmica de Fisioterapia, monitora do estágio obrigatório de Fisioterapia em Pediatria junto ao Hospital Geral do Grajaú, 2005; membro do CPEP-Fisio – Projeto CURUMIM, 2004-2005; bolsista da UNISA – Universidade de Santo Amaro. 12 Fisioterapia na escola pública Fisioterapia Pediátrica (São Paulo ) 2005;01(1 ) :12-12 Resumos F isioterapia na escola públ ica: necessidade de serviço em uma escola da região do Grajaú Cyn th ia Harumi Yagu t i 1, Fe l i pe Paschoa l P racan ica 1 F a c u l d a d e d e F i s i o t e r a p i a d a U n i v e r s i d a d e d e S a n t o A m a r o . S ã o P a u l o , S P , B r a s i l Resumo As crianças com necessidades especiais tem garant ido seu direi to à matricula no ensino públ ico, em salas normais ou especiais, através da LDB — Lei de Diretr izes e Bases do Ensino, desde de zero anos de idade. A inclusão de crianças com necessidades especiais no ensino públ ico, no entanto, expõe uma série de questões que devem ser adequadamente resolvidas. Uma dessas questões é a oferta de tratamento de habi l i tação e/ou reabi l i tação, em local e em tempo que não se sobreponha ou impeça o prosseguimento da vida escolar. Pelo contrár io, que seja estímulo para essa ativ idade, melhorando as funções desse estudante. Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de verif icar a necessidade de tratamento de f isioterapia para as crianças com necessidades especiais matr iculadas no ensino públ ico fundamental da Região do Grajaú, através de consulta aos pais de crianças matriculadas em salas especiais da escola considerada com maior número de matrículas nessas condições. A consulta refer iu-se ao motivo da matrícula em sala especial . A proposta estudada é a de fornecimento de tratamento de f isioterapia, para as crianças que dela possam se beneficiar, real izando atendimento na própria escola, seja em horário de aula ou.em horário seqüencial . Palavras-chave: educação em fisioterapia, fisioterapia em pediatria, inclusão, humanização, multidisciplinaridade. 1 Acadêmicos da Faculdade de Fisioterapia da UNISA – Universidade de Santo Amaro. 13 Indicações e limitações Fisioterapia Pediátrica (São Paulo ) 2005;01(1 ) :13-14 Resumos Indicações e l imitações ao atendimento f is ioterapêutico na doença da membrana hial ina e suas complicações – estudo dos casos atendidos no berçário do Hospital Geral do Grajaú durante o ano de 2004 Cami la Ba t i s ta F racasso 1, Fe rnanda Henr iques 1 F a c u l d a d e d e F i s i o t e r a p i a d a U n i v e r s i d a d e d e S a n t o A m a r o . S ã o P a u l o , S P , B r a s i l Resumo A Doença da Membrana Hial ina (DNH) é uma patologia freqüente, grave e fundamentalmente relacionada à deficiência pr imária de surfactante, afetando part icularmente o recém-nascido pré-termo (RNPT) abaixo de 33 semanas de idade gestacional. Consti tui um distúrbio do desenvolvimento, caracterizado por quadro de insuficiência respiratória de graus variados, relacionados ao nascimento prematuro e aos seus agravos. As complicações observadas mais freqüentemente, decorrentes da própria imaturidade do desenvolvimento pulmonar e também das inúmeras terapêuticas ut i l izadas, são: barotrauma, infecções pulmonares, persistência do canal arterial (PCA), hemorragia intracraniana (HIC). displasia broncopulmonar (DBP), ret inopatia da prematuridade e sepse. O objetivo do trabalho foi caracterizar a população de RN do Berçário do Hospital Geral do Grajaú (HGG), que foram diagnosticados com DMH e tratados pela f is ioterapia no ano de 2004, veri f icando as complicações ocorridas e as indicações e l imitações para o atendimento f is ioterapêutico. Os dados foram colhidos das f ichas de aval iação e acompanhamento da f is ioterapia. A população estudada, foi , na média, do sexo mascul ino, AIG, RNPT extremo ( lG de 30 semanas), de muito baixo peso 1.242g, com APGAR 5-7,5, nascido de parto cesáreo de mãe com 19,5 anos de idade, correspondendo ao t ipo médio previsto na l i teratura. Dos 49 RN do Berçário com diagnóstico de DMH, 40 deles (81,6%), foram atendidos pela f is ioterapia. E a complicação da DMH que ocorreu em maior número, a DBP, tem indicação de f is ioterapia em todas as suas fases, da prevenção ao tratamento das seqüelas. 1 Acadêmicas da Faculdade de Fisioterapia da UNISA – Universidade de Santo Amaro, monitoras do estágio obrigatório de Fisioterapia em Pediatria junto ao Hospital Geral do Grajaú, 2005. 14 Indicações e limitações Fisioterapia Pediátrica (São Paulo ) 2005;01(1 ) :13-14 Palavras-chave: doença da membrana hial ina, pré-termo, surfactante, f is ioterapia neonatal.15 Parâmetros para avaliação Fisioterapia Pediátrica (São Paulo ) 2005;01(1 ) :15-15 Resumos Parâmetros para aval iação do DNPM, até a aquisição da marcha, em crianças portadoras de síndrome de Cornél ia de Lange e síndrome de Prader-Wil l i através de estudo de casos Mar iana Rezende Fanhon i 1, Pa t r í c i a F ranção 2 F a c u l d a d e d e F i s i o t e r a p i a d a U n i v e r s i d a d e d e S a n t o A m a r o . S ã o P a u l o , S P , B r a s i l Resumo O objetivo deste trabalho é elaborar uma f icha de aval iação do DNPM que permita o acompanhamento pelo f is ioterapeuta das condições especiais para crianças com síndrome de Cornél ia de Lange e síndrome de Prader-Wil l i . Foi real izada revisão bibl iográfica sobre o desenvolvimento neuropsicomotor até a aquisição da marcha e sobre as síndromes em estudo. A part i r dos casos de duas pacientes do CPEP-Fisio - PROJETO CURUMIM, da Faculdade de Fisioterapia da UNISA, e da revisão bibl iográf ica, elaborou-se f ichas de aval iação atendendo ás part icular idades das duas condições. As novas f ichas foram ut i l izadas para reaval iação das cr ianças. Na anál ise da viabi l idade e das di f iculdades durante a apl icação do novo instrumento pode-se veri f icar que as f ichas são expl icativas e de fáci l entendimento para o aval iador. Destacando com clareza as part icular idades, permit indo aval iar cada paciente em relação às reais condições de cada uma das síndromes, permite concluir sobre o grau de severidade, dado que as cr ianças não desenvolvem todas as característ icas de cada uma delas. Construir f ichas especiais para o acompanhamento de pessoas com condições diversas das t idas como normais, permite def inir um novo termo de normalidade, específ ico dessas pessoas e que difere da idéia do patológico que acompanha essas condições no imaginário leigo. Palavras-chave: anomalia congênita, f is ioterapia em pediatr ia, desenvolvimento neuropsicomotor, Síndrome de Cornél ia de Lange, Síndrome de Prader-Wil l i . 1 Acadêmica de Fisioterapia, monitora do estágio obrigatório de Fisioterapia em Pediatria junto ao Hospital Geral do Grajaú, 2005; bolsista da UNISA – Universidade de Santo Amaro. 2 Acadêmica de Fisioterapia, monitora do estágio obrigatório de Fisioterapia em Pediatria junto ao Hospital Geral do Grajaú, 2005 e do CPEP-Fisio – Projeto CURUMIM, 2004-2005; bolsista da UNISA – Universidade de Santo Amaro. 16 Prevenção da Infecção Fisioterapia Pediátrica (São Paulo ) 2005;01(1 ) :16-16 Resumos Prevenção da infecção hospitalar no berçário e UTI-Neonatal: o f is ioterapeuta e a lavagem de mãos Ca r la Cr i s t i na da Cruz 1 F a c u l d a d e d e F i s i o t e r a p i a d a U n i v e r s i d a d e d e S a n t o A m a r o . S ã o P a u l o , S P , B r a s i l Resumo O período neonatal é de grande fragi l idade para o ser humano e a ocorrência de doenças infecciosas nessa fase é importante causa de morbidade e mortal idade. O feto e o recém-nascido podem ser considerados "imunocomprometidos” pela sua inexperiência imunológica, apresentando maior suscetibi l idade a infecções. A imaturidade do sistema imunológico do RN e o t ipo de colonização a que estará exposto nos primeiros dias de vida, aumentam o r isco, fazendo com que o índice de mortal idade por infecções permaneça al to nos serviços de unidades de terapia intensiva. A baixa conscient ização da equipe mult idiscipl inar dentro da UTI-Neonatal é um dos fatores agravantes para os índices de infecção hospitalar neste setor. A lavagem das mãos faz parte do bloqueio epidemiológico; o problema é a não aderência dos profissionais, comprometendo a prevenção e o controle das infecções hospitalares. O objet ivo deste trabalho foi elaborar um folheto de orientação sobre lavagem das mãos, dir igido ao f is ioterapeuta que trabalha na UTI-Neonatal e berçário, para a prevenção da infecção hospitalar. Para a preparação do folheto foram consultados os acadêmicos do 3º ano de Fisioterapia, em véspera dos estágios curriculares obrigatórios, através da apl icação de um questionário referente aos hábitos de lavagem de mãos, aos conhecimentos sobre esse t ipo de higiene e os r iscos de sua não uti l ização correta; a seguir foi ministrada palestra sobre a lavagem das mãos, contemplando histór ico, vantagens do uso do procedimento na prevenção das infecções, e orientações sobre o procedimento em si. A part i r daí foi elaborado o folheto f inal. Palavras-chave: educação em fisioterapia, multidisciplinaridade, lavagem das mãos, atendimento hospitalar, fisioterapia em neonatologia. 1 Acadêmica de Fisioterapia, monitora do estágio obrigatório de Fisioterapia em Pediatria junto ao Hospital Geral do Grajaú, 2005; bolsista da UNISA – Universidade de Santo Amaro.
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