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Leitura na escola uma crise multifacetada

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Maia. Josiane, Literatura na Formação de leitores e professores. São Paulo, Paulinas, 2007.
Resenha elaborada por Carla de Jesus Carvalho, apresentada ao Professor Jesuíno Arvelino Pinto para obtenção de nota da disciplina estágio Supervisionado de língua Portuguesa, do 7° semestre do curso de Letras.
A autora Joseane Maia em seu livro “Literatura na formação de leitores e professores”, faz vários apontamentos sobre a leitura. Na parte I: “Leitura na escola: umas crises multifacetadas” são relacionadas a vários autores os quais relatam que a leitura é de suma importância na vida social e individual do homem. Em outro ponto Maia cita vários enfoques teóricos e metodológicos para defender que a literatura desempenha um papel essencial no aprendizado desde as séries iniciais.
Maia cita o autor Freire (1984:11), o qual revela que a ação de ler oferece um alicerce tanto psicológico, histórico e também filosófico. Para Martins a leitura é um método de percepção de sinais que se expressam por intermédio da linguagem. Outro autor citado por Joseana é Silva (1986:45) o qual relata que a leitura é um meio de reconstruir a sociedade brasileira, apesar de ela representar uma prerrogativa e não um direito de todo cidadão.
Geraldi é mais um autor citado pro Maia, o qual revela que a leitura e a escrita devem ser consideradas como uma experiência social, pois se trata de uma ação recíproca que constrói significados e concede sentidos. 
Para Maia no contexto educacional existem muitos problemas relacionados à falta da prática da leitura em sala de aula, mesmo assim, o ofício da escola é transformar o indivíduo com habilidades para ler e escrever. Porém um grande empecilho para escola é não deixar um aluno pertencente à classe popular com deficiências na leitura, já que o ensino tradicional da língua materna é considerado um obstáculo devido à pedagogia da língua adotada pela escola. Isto também acarreta um ponto negativo para a escola, que ao invés de formar leitores, apenas ensina o povo a ler.
Como consequência da formação dos professores, do salário defasado que recebem, e da falta de tempo para leituras diversificadas, os alunos acabam por serem os reféns desta consequência, pois vários conteúdos que deveriam ser expostos em sala se aula são omitidos. Além da deficiência da escola que forma o professor, a família também é responsável pelo ato de ler, pois na classe social baixa a leitura é artigo de luxo e isto faz com que o professor leve esta consequência para a sala de aula.
Maia cita que impor uma leitura aos alunos não faz com que eles despertem o interesse pela leitura. Quando se fala em “prazer na leitura”, “gosto pela leitura” se pensa em leitura literária, porém mais uma vez o acesso a uma leitura eficaz esbarra na falta de acessibilidade ao livro, devido à ineficiência das bibliotecas brasileiras. Deste modo, apesar de considerar a leitura como uma atividade necessária na vida educacional do indivíduo, a escola não apresenta os fins necessários para solucionar a crise da leitura.
Para Josiane a literatura apesar de ter sido utilizada de forma equivocada nos tempos antigos, ela representa a libertação do adulto. Em termos pedagógicos a literatura para crianças e jovens é vista como uma maneira de formar um leitor com sucesso, ou seja, quanto mais cedo o indivíduo praticar a leitura, mais cedo ele irá superar a privação de ideias e terá suma emancipação de conceitos e reflexões. Mesmo no Modernismo poucos são os autores que não fazem de suas obras apenas propriedades educativas. Um dos autores que foge a regra é Monteiro Lobato, pois suas obras apresentam uma iniciativa estética em que a ficção torna possível produzir conceitos que questionam e criticam a realidade.
Segundo Maia as obras literárias que mais exercem fascinação sobre as crianças são os contos de fada, pois além deles despertarem as fantasias infantis, também possibilita que a criança possa resolver seus problemas e passe a compreender as relações humanas. Apesar da escola ser considerada o alicerce para a formação de leitores, o papel de incentivadores à leitura tem que partir da família também, pois quanto mais os pais terem o hábito de ler para seus filhos em casa, maior será a seu desenvolvimento crítico e questionador. 
Josiane conclui que é preciso que os professores escolham livros que apresentam propriedades que possam prender a atenção dos alunos e que modifique as leituras feitas em sala de aula em momentos que possam estimular interpretações e análises do texto lido. Ler é indispensável para se adquirir conhecimento e consequentemente é primordial para a manifestação de pensamentos e ideias.

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