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DOENÇAS PARASITÁRIAS 15/05/108

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DOENÇAS PARASITÁRIAS
DOENÇAS PARASITÁRIAS EM EQUÍDEOS
Os mais prevalentes são os pequenos estrongilos: Cyathastomum spp, Triodontophorus spp, cylicostepamus spp.
Os grandes estrogilos são mais patogênicos tendo como principal o Strongylus vulgaris 
Os sinais clínicos na grande maioria das infecções do TGI são anemia, perda de peso, em função do dano ao intestino uma diminuição da PO que causa ascite, edema de membros, diarreia cólica, etc. Em períodos mais quentes há um mais número de larvas, seu ciclo é mais curto e a taxa de infecção é maior (alguns parasitos entram em hipobiose – que é uma parada da evolução dos parasitos no inverno) e quando volta o período quente eles saem da hipobiose e voltam a infectar.
PARASITAS ESTOMACAIS DE EQUINOS: 
TRICHOSTRONGYLUS AXEI: preferencialmente de ruminantes mas acomete equinos também, é um estrongilídeo, após o ovo ser liberado nas fezes, e as larvas evoluem ali até o estágio L3 onde adquiri uma bainha protetora e fica subindo e descendo da pastagem. Ao ser ingerida ela vai para o estomago e penetra na região glandular que diminui a produção de HCl, que vai aumentar o pH do estomago o que faz com que a pepsina não seja ativada, não digerindo a proteína e causando uma hipoproteinemia, diminuição da PO, ascite, edema de membros, e diarreia aquosa. Afeta principalmente animais mais jovens. O OPG nos dá uma base para fazer uma triagem dos animais que devem ser tratados ou não.
HABRONEMA SPP: causam a HABRONEMOSE, o parasito no estomago não é muito patogênico, após a copula a femea começa a fazer a deposição de ovos larvados, que são liberados nas fezes, vem as fezes de dois tipos de moscas (M. doméstica, e Stomoxys calcitrans) que também farão a deposição de ovos nas fezes, as larvas de moscas ingerem os ovos de Habronema, onde as larvas evoluem até L3. As larvas de mosca se tornam pupas e adultas, onde serão portadoras das larvas infectantes, a partir daí a infecção varia da porta de entrada, por exemplo, se a mosca deposita as larvas ao se alimentar de uma secreção bucal onde vai para o estomago e evolui. 
Geralmente a habronemose não é uma doença grave, mas suas formas erráticas como pulmonar, ocular e cutânea podem causar uma lesão persistente pois a larva não consegue evoluir, morre e calcifica, fazendo com que esteja sempre ocorrendo um ataque do organismo, causando lesões granulomatosas que não cicatrizam. O diagnóstico é feito através de raspagem ou biopsia da lesão, e o tratamento é fazer uma debridagem primeiramente para retirada das larvas calcificadas e administração de anti-helminticos (benzimidazóis, ivermectina). O controle é principal para evitar o contágio, animais estabulados facilita o controle.
GASTEROPHILUS NASALIS e INTESTINALIS: é uma miíase, a mosca parece uma abelha. Deposita os ovos na face do animal ou nos membros, onde ocorre a eclosão dos ovos, essas larvas penetram nas mucosas, que saem para ser deglutidas e vão em direção ao estômago onde se fixam na mucosa e se alimentam, onde mudam para L2 e L3 que são liberadas nas fezes onde viraram pupa e adultos. É um ciclo muito longo, pode levar a uma ruptura estomacal dependendo do tamanho da infestação, levando a uma peritonite. Emagrecimento, palidez das mucosas. O controle é feito através do manejo adequado, uma escovação pode ajudar a diminuir a infestação. 
PARASITAS DE INTESTINO DELGADO
PARASCARIS EQUORUM: é um parasita de animais jovens, se alimentam de quimo, o ovo é de cor marrom, casca espessa e esféricos, após a eliminação no ambiente, as larvas evoluem até L3 onde são ingeridas pelo potro, seu ciclo é hepato-traqueal, ela penetra no ID e vai para a circulação onde vai para o fígado, e depois vai para o pulmão onde faz a muda para L4, causando tosse e secreção, onde essas larvas são levadas a boca e novamente deglutidas onde no ID se tornam adultas e começam a se proliferar. Estrias de leita são lesões características da migração do parasita que formam essa cicatrização. Os principais sinais clínicos são perda de peso, aumento de volume abdominal pela dilatação da alça intestinal, podendo ocorrer obstrução por quantidade de infestação. O diagnóstico é dado por OPG ou o parasita adulto na necropsia. O controle é feito com administração dos anti-helminticos (febantel, pirantel, lactonas macrocílicas), evitar usar piquetes somente com potros ano após ano.
 
ANAPLOCEPHALA SPP: são em 3 tipos (A. perfoliata, A. maga) o equino defeca as proglotes, onde vem o ácaro ingere as larvas, onde esse acaro vai ser ingeridos a perfoliata é a perigosa pois migra para a válvula íleo cecal, onde pode causar obstruções, mas geralmente é pouco patogênico, causando problemas principalmente quando atinge a válvula ou infecções maciças o tratamento mt parecido com o de Habronemose.
PARASITAS DE INTESTINO GROSSO
PEQUENOS ESTRONGILOS: Cyastomum, Cylicocylus, Cylocostephanus, Cylicodontphorus (75%). O ciclo desses parasitas é relativamente simples, após a ingestão da L3, penetram na mucosa do IG e mudam para L4, saem da mucosa e se aderem a parede do IG onde se tornam adultos e se reproduzem liberando ovos blastomerados, esses parasitos fazem muita hipobiose sob condições desfavoráveis, quando há uma infestação muito grande, essas larvas ao saírem da hipobiose podem causar pequenas hemorragias, diarreia, prostração, pelos arrepiados e opacos, diminuição da performance, até quadros graves de cólicas dependendo da infestação. O diagnóstico é dado por OPG. O tratamento com anti-helminticos é bem eficaz, sendo os benzimidazóis são eficientes contra larvas em hipobiose, rotação de pastagem. 
GRANDES ESTRÔNGILOS: Strongylus vulgaris/ edentatus/ equinus. O mais perigoso é o S. vulgaris pois passa pela artéria mesentérica cranial, após a ingestão a L3 penetra na mucosa e serosa do IG, onde ele pega a circulação até a AMC, penetrando na parede onde permanece vários meses até a muda para L4, essa migração forma nódulos causando uma inflamação, que formam pequenos coágulos que podem obstruir arteríolas, e a obstrução da AMC causando uma estenose, levando a cólica ou necrose, podendo causar uma perda de elasticidade e rompimento da AMC. Possui um ciclo muito longo (cerca de 10 meses) o que compromete o diagnóstico. S. equinus (fígado e pâncreas), S. edentatus (fígado e cavidade abdominal). É um parasito que adulto também é altamente patogênico, na necropsia ele está fortemente aderido a parede. Os sinais clínicos variam entre diarreia, cólica. Pelos arrepiados e opacos, febre, ascite, depressão. O diagnóstico é dado por OPG e depois coprocultura. O tratamento e controle é o mesmo para os demais estrongilídeos com cuidados principalmente no ambiente.
OXYURIS EQUI: ovo em formato de D com um opérculo até L3, o equino ingere o ovo com L3, que ao chegar ao IG se instala entre as vilosidades que evolui para L4 e adultos onde após a copulas, o macho morre e é eliminado pelas fezes. A femea migra para a região anal para fazer a oviposição e morre logo após. O animal em função da coceira se esfrega na baia e espalha os ovos no ambiente. 
PARASITAS DE OLHOS
THELAZIA LACRYMALIS: transmitida pela Musca doméstica, habita o saco conjuntival de equinos, quando a musca se alimenta da secreção ela ingere a larva até L3 que ao se alimentar de outro animal o infecta, que no olho forma L4 e adulto, onde ocupa e libera microfilárias que a mosca vai ingerir se alimentando da secreção ocular. O tratamento adequado é higienizar os olhos do animal, remover as larvas, e administrar anti-hellminticos. O controle é feito pela eliminação/diminuição das moscas.
PARASITAS DO PULMÃO
DICTIOCAULLUS ARNFIELD: é um parasita de pulmão, que após a copula faz a postura dos ovos larvados, essa copula causa reação inflamatória, que causa uma tosse, onde esses ovos podem sair pela narina, ou serem novamente deglutidos e eliminados nas fezes, onde em função da passagem pelo TGI podem ser encontradas larvas L3 nas fezes, que no ID penetram e vão para o linfonodo mesentérico, fica algumas semanase depois pega a circulação ou linfa e vai para o pulmão. São parasitas de animais jovens. O animal se sobreviver a infecção ele se cura e se torna imune. Os sinais clínicos geralmente são tosse, dificuldade respiratória, bronquite. O diagnóstico é dado pelos sinais clínicos e achados de necropsia. A maioria dos anti-helminticos tem ação eficiente, no Reino Unido já foi criada uma vacina porem não está disponível no Brasil.
ENDOPARASITAS DOS RUMINANTES
CONTROLE ESTRATÉGICO DE ENDOPARASITAS DE RUMINANTES: a maior importância econômica do controle estratégico é para evitar a redução no desempenho animal e na rentabilidade dos sistemas. O maior objetivo é manter o equilíbrio no parasitismo, pois nem sempre um animal parasitado está doente, a doença geralmente ocorre por ação do homem, manejo ruim, uso intensivo e indiscriminado de anti-helminticos.
HAEMONCUS SPP: quando o bovino ingere os L3, no abomaso eles se transforma em L4, e adulto, e se adere na parede do abomaso e são muito hematófagos, fazem a copula e eliminam ovos nas fezes. São os parasitas mais resistentes a anti-helminticos, e mais comuns pois as femeas são muito prolíferas. Sua hematofagia severa causa anemia, causa fezes bem escuras (sangue digerido) e fétido. A haemoncose pode ser aguda (ingestão massiva de parasitas), a crônica é a mais comum, dá tempo de salvar. O diagnóstico é dado por OPG e coprocultura.
OSTERTAGIA SPP: habita as glândulas do abomaso onde se transforma de L3 para L4 causando uma dilatação e perda de função das glândulas, causando aumento da pH e não ativação da pepsina, consequente uma hipoproteinemia, causando edemas. Essa proteína não passa para o intestino e causa uma diarreia aquosa. Acomete animais de todas as idades, o diagnóstico é feito por OPG e coprocultura. Faz muita hipobiose no abomaso, pode causar um quadro severo no animal. 
TRICHOSTRONGYLUS. AXEI: INFECÇÃO CRUZADA COM RUMINANTES E EQUINOS.
OSEOPHAGOSTOMUM RADIATUM: larvas se depositam na mucosa do ID e IG formando nódulos, muito pouco patogênicos numa infestação crônica pode formar granuloma, mas geralmente são apenas achados de necropsia.
MONIEZIA: é um cestódeo dos ruminantes, tem como hospedeiro intermediário um acaro ambiental, se alimenta de quimo, as proglotes eliminadas nas fezes, o animal tem que ser desverminado quando estiver em muita infestação.

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