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Sistema Urinário •Exame Clínico: – Exame Clínico Geral • Estado nutricional* • Grau de Hidratação* *os mais alterados • Exame Específico • Inspeção Visual • Postura para Micção (não adoção de posição correta pode ser tbm por doenças musc.esqueléticas) • Freqüência • Volume (4‐15 l.) • Aspecto da urina (amarelo ouro - depende da concentração- turvo pq é rica em Ca e muco) • Palpação Retal – Rins (polo caudal) – RimE melhor retal; Rim D apensa por transabdominal) – Bexiga – Uretra • Exames Complementares: • Exame de Sangue: Ht:35-4-% depende do grau de hidratação e capacidade atlética • Exame de Urina • RX • Ultra‐sonografia (bastante utilizada) • Endoscopia • Biópsia • Testes Funcionais: – Teste de Privação de água: P/animais apresentarem poliúria e polidipsia- D.mellitus e insipidus, Cushing, psicogênico. **Coleta urina- mede densidade. Se ↓, deixa 12h s/ água e densidade deve ↑ - associar dosagem de creatinina/uréia – Clearence Renal • Exame de Urina (fazer urinálise no máximo 4h após coleta, melhor é 1h) • Cor • Aspecto • Odor • Volume 4 – 15 litros • Freqüência 4 – 6 x • Densidade (n): 1020 – 1060 • Ph 6,8 – 8,5 Teste da privação de água modificado: mede densidade. Analisa se animal consegue concentrar a urina após 3-4d. • Azotemia (↑compostos nitrogenados no sangue) – Creatinina > 1,7 mg/dl – Uréia > 10‐20mg/dl • Uremia • Causas de Azotemia: nutrição por ex Lídia Sbaraini Arend • Pré‐renal ex. baixa perfusão (hipovolemia) – ocorre mto após cólica espasmódica • Renal • Pós‐renal ex. cistorrexis, ruptura bexiga Síndrome urêmica: perda da capacidade do rim c/ manifestação clínica, há ↓pH sanguineo, alteração da [] plasmática de certos íons e ↑intravascular de compostos nitrogenados Insuficiência Renal Aguda • É a súbita incapacidade do rim realizar a depuração, dos produtos resultantes do metabolismo, do sangue e manter o equilíbrio hidreletrolítico. Causas: • Pré‐renais – Hipovolemia – Trombose da artéria renal – Choque – Insuficiência cardíaca • Renais – Nefropatia tóxica (princ. associado a hidratação) – Nefrite aguda • Pós‐renais – Urolitíase(raro) – Ruptura de bexiga( + freq em potros) Sinais Clínicos: • Anorexia • Depressão • Fraqueza • Cólicas médias • Hipertermia intermitente Exame Físico: • Desidratação • Alteração na freqüência e volume urinário* • Polidpsia * Anúria Disúria Poliúria Oligúria • Palpação retal » Tamanho > » Consistência » Sensibilidade > Exame de urina: - Constituintes anormais: • Proteinúria • Cilindrúria • Hematúria • Hemoglobinúria • Mioglobinúria Nefropatias tóxicas: • Substâncias endógenas – Mioglobina • Medicamentos – AINEs – Aminoglicosíeos – Antimicóticos • Plantas: ricas em oxalato (n mto comum-paladar seletivo) • Toxinas: ração/feno de má qualidade - fungos * Conforme a Causa •Troca alimentar •Bicarbonato •Cloreto de amônio •Metionina •Vit. CTerapia: – Corrigir anormalidades – Hídricas – Eletrolíticas – Acido‐básicas – Tratar o processo etiológico – Suspender administração de drogas nefrotóxicas • Manter fluxo sanguíneo renal • Alcalinizar ou Acidificar a urina* Corrigir hidratação(IV, sonda nasogástrica,SC-n mto usado)- fluidoterapia. Sol. hiperconcentrada – 1-1,5L a 7,5% p/estimular centro da sede. Insuficiência Renal Crônica Caracteriza‐se por perda de 2/3 ou mais dos néfrons. Causas: – Doenças – Glomerulares – Tubulointersticiais Exemplos: – Necrose tubular – Nefrite intersticial – Pielonefrites Sinais clínicos: • Inapetência • Perda de peso • Poliúria • Polidipsia • Anemia (por falta de eritropoetina) • Úlceras orais • Excesso de tártaro Achados Laboratoriais: •↑Uréia •↑Creatinina • Hiponatremia • Hipocloremia Diagnóstico: • Sinais Clínicos • Achados Laboratoriais • Isostenúricos Tratamento • Forma poliúrica • Fluido terapia • Controle de sal • Controle de proteína • Controle de cálcio • Forma oligúrica Achados Laboratoriais : • Proteinúria • Hematúria • Hiponatremia • Hipocalemia • HipocloremiaGlomerulonefrite Causas: • Imunocomplexos • Doença autoimune Sinais clínicos • Anorexia • Depressão • Perda de peso • Poliúria • Polidipsia -edema de membros, úlcera de língua Tratamento • Imunossupressores » Corticosteróides ‐ Predinisolona (2mg/kg/dia) VO ‐ Metil‐predinisolona (30mg/kg/dia) • Fluidoterapia Cistites Causas: • Bacteriana Mais comum em fêmeas(uretra + curta, +larga, >exposição) Sinais clínicos • Polaciúria(↑frequencia) • Disúria • Hematúria Fatores Predisponentes Problemas de fluxo •Anatômicos •Litíase •Neoplasia •Paralisia• Urina turva Machos expõem freq. o pênis, e fêmeas é parecido com o cio- expõem clitóris. Tratamento • Retirar causa primária • Antibiótico terapia (ex. ampicilina + sulfa trimetropim)- preferencialm. aqueles eliminados via urinária • Irrigação vesical • Acidificar a urina: bact q causam cistite vivem em meio alcalino • Cloreto de amônio (20 – 40 mg/kg/dia – VO) • Metionina (1g/kg/dia) • Vit. C (1 – 2 g/kg/dia • Sulfato de amônio (175 mg/kg/dia)] Se faz 30-40 dias.Fazer até 1 sem após desaparecer sinais clínicos. Fatores Predisponentes Problemas de fluxo •Anatômicos •Litíase •Neoplasia •ParalisiaPielonefrites • São uma condição rara em eqüinos Sinais Clínicos: » Anorexia » Perda de peso » Depressão » Hipertermia » Pulso ↑ » FR ↑ » Sinais de cólica Tratamento • Retirar causa primária • Antibiótico terapia (ex. ampicilina+sulfa trimetropim) • Irrigação vesical • Acidificar a urina • Cloreto de amônio (20 – 40 mg/kg/dia – VO) • Metionina (1g/kg/dia) • Vit. C (1 – 2 g/kg/dia • Sulfato de amônio (175 mg/kg/dia) Paralisia de Bexiga Causas: • Poliradiculoneurite • Mieloencafalite viral (herpes) • MEP • Traumas sobre medula lombar • Neoplasia(reg lombo sacral) – melanomas q fazem metástases em LN regionais, atingindo SN. Bexiga normalm relaxada- qndo repletas- SN Sinais clínicos • Incontinência • Distensão vesical • Assadura e perda de pêlos no períneo (éguas) • Assadura e perda de pêlos no abdômen (machos) Tratamento • Especifico conforme etiologia (ex. MEP-coccidiostáticos) • Corticosteróides • Lavagem vesical(p/n formar lodo) Úraco persistente e ruptura vesical Causas: • O úraco persistente esta muitas vezes ligado à ocorrência de onfaloflebites, • Defeitos congênitos, • Algumas vezes associado a ruptura de bexiga Sinais clínicos • Eliminação de urina pelo umbigo • Edema e irritação da parede abdominal Pode surgir septicemia Sinais clínicos: •cólica •retenção de mecônio •posição de micção Diagnóstico: US(vol de líq acumulado), paracentese( líq c/caract. de urina) Tratamento • Providenciar fechamento rápido – Fenol ou iodo 5‐7% – Lugol – Nitrato de prata – Cirúrgico Urolitíase Normalmente cálculos são pequenos e não causam >s transtornos. Diagnostico: US via retal- ecogenicidade intensa, palpação retal, endoscopia. Tratamento: remoção cirúrgica, litotripsia=fragmentação das perdas c/ laser Pitiose Eqüina OOMICETOS: • são mais parecidos com algas do que com fungos • pode ser verificada através de diferenças na parede e composição da membrana desses organismos: – quitina - da parede celular fúngica – celulose e beta‐glucanos - parede celular dos oomicetos Características do Agente • Oomiceto, zoospórico habitante de solo e de água (áreas alagadiças) PITIOSE • zoonose que atinge principalmente eqüinos • também são atingidos cães, gatos e bovinos Epidemiologia • ocorre em regiões de clima tropical, subtropical e temperado. • relatada nas Américas, alguns países europeus, sudeste asiático e Oceania • não há predisposição por sexo, idade ou raça • fonte de infecção: zoósporos ambientais • não há relatos de transmissão direta entre animais e o homem. Mas é uma zoonose!! 30°C – temp. ideal para reprodução do Pythium Provavelmente o Pantanal Brasileiro seja o local de maiorincidência e prevalência de pitiose eqüina no mundo; Sinais Clínicos Pitiose Cutânea • Lesões ulcerativas granulomatosas grandes massas teciduais com bordas irregulares, de aparência tumoral e exsudação intensa (diferencial de sarcóide) • Presença de massas branco‐amareladas semelhante a corais (kunkers) • Intenso prurido → mutilação da região afetada para aliviar o desconforto • Claudicação → Quando de lesões profundas atingindo tendões e periósteo • EM GERAL HÁ APENAS UMA LESÃO EM CADA ANIMAL, PORÉM PODEM EXISTIR LESÕES CUTÂNEAS MULTIFOCAIS. Obs: na habronemose não há kunkers e o cresc. é mais lento Lesões Ósseas • há lesões cutâneas crônicas localizadas nos membros e com grande proliferação do tecido granulomatoso • caracterizam‐se por exostoses, osteólises e osteomielite (exame radiológico) e presença de granulomas com infiltrado de eosinófilos com áreas de necrose e massas necróticas contendo hifas no exame histopatológico Outros tipos de apresentação • Casos de metástase via sistema linfático para pulmões e LN regionais • LN cervicais inferiores, inguinais e submandibulares → responsáveis pela drenagem linfática da região atingida pela lesão cutânea • LN atingidos → apresentavam “kunkers”(isolamento de Pythium) • Na maioria dos casos de pitiose cutânea os linfonodos encontram‐se aumentados No intestino: massas granulomatosas, ↓tamanho do lúmen e obstrução. Cólicas. Diagnóstico diferencial ‐ deve ser diferenciada de: • habronemose • neoplasia • tecido de granulação exuberante • granulomas fúngicos e bacterianos Tratamento • não existe droga antifúngica(pois atuam na parede-princ esteróide) eficiente contra o mesmo. • os fungos possuem quitina em sua parede, enquanto que o Pythium contém celulose e beta‐glucanos; • a membrana plasmática não contém esteróides (como: ergosterolcomponente alvo de ação da maioria das drogas anti‐fúngicas Tratamento tradicional → CIRÚGICO • retirada de toda a área afetada (porém difícil, principalmente por causa das estruturas anatômicas envolvidas → membros) Tratamento químico • anfotericina B , cetoconazole, iconazole, fluconazole e Itraconazale – não funcionam • compostos iodínicos (iodeto de potássio e sódio) OBS: Pythium insidiosum é sensível aos inseticidas normalmente utilizados em plantas tóxicos aos mamíferos - impossibilitando seu uso. • Tratamento Atual: • A Cirugia(total retirada) + imunoterapia específica para P. insidiosum (vacina) é o tratamento mais indicado para cura de pitiose clínica em eqüinos. Sistema Nervoso •Exame Clínico: Objetivos: -Confirmar a ocorrência de doença neurológica (problemas locomotores[claudicação], metabólicos – hidroeletrolíticos [Hipocalcemia, Hipocalemia, Hipercalemia, HYPP]) -Permitir a localização neuranatomica -Avaliar o grau de comprometimento neurofisiológico – perda de propiocepção?e sensitiva? -Definir uma lista de diagnósticos prováveis -Definir exames complementares – mielografia, líquor.... - Estabelecer o diagnóstico provável e o prognóstico -Resenha* e Anamnese**: *raça →atrofia cerebelar em Árabes, HYPP em QM; *idade(1,5-2 anos) → traumatismos por coices, domas **nº de animais doentes, ocorrência de doenças concomitantes ex.:surto de sintomatologia respiratória – pode ser rinopneumonite; raiva - animais afetados na região?? Anamnese: Inicio e evolução dos sinais Alimentação Vacinação Tratamentos realizados Doenças anteriores Número de animais acometidos Ambiente e manejo dos animais Número de mortes -Exame Físico Completo e criterioso -Exame Neurológico: tentar identificar o segmento nervoso acometido Sistema Nervoso - Exame Neurológico •Avaliação do comportamento: ∙ Estado mental ∙ Atitudes •Postura e movimentos: ∙ Andar ∙ Trotar ∙ Galopar •Reações posturais: Propiocepção; Resistência à intervenção – balanceio, saltitamento. Narcolepsia - entra em sono profundo de repente, pode cair no chão •Reflexos espinhais: ∙ craniais ∙ medulares •Exames complementares Estado mental: ∙Normal ∙Sonolência ∙Letargia ∙Estupor ∙Depressão ∙Coma Atitudes: •Alterações de comportamento: ∙Agressividade ∙Andar em círculos ∙Lamber‐se ∙Comer a cama Postura e Movimento: ∙ Posicionamento e movimentos Graus de anormalidades ambulatórias : Grau 0 – normal Grau 1 – quase imperceptível Grau 2 – detectado no andar normal Grau 3 – déficits neurológicos bem visíveis Grau 4 – tropeços e quedas espontâneos∙ Andar ∙ Trotar ∙ Galopar Em um 1ºmomento, observar movimentos naturais do cavalo, sem estímulo. Em um segundo momento, observar o animal caminhando, trotando, galopando, caminhando em declive. Classificar de 0 a 4. Lesões de C6 a T2 - sinais claros nos MA. Lesões de L4 a S2 – sinais claros nos MP. Reações Posturais: -Balanceio (balançar lateralmente ou puxar a cauda – animal deve ficar equilibrado/firme) -Saltitamento (segurar um MA e empurrar a paleta lateralmente) *Antes destes: Vendar animal e fazer ele andar (animais compensam ataxia com visão) Fazer o animal andar em terrenos com obstáculos para ver se desvia deles→ se não desviar certificar que não é visual o problema Fazer caminhar com cabeça elevada Subir ou descer rampas Realizar círculos→ 1º mais abertos e depois mais fechados Manobras de flexão cervical Testes de prorpiocepção: cruzando anteriores e flexionando posteriores→ animais muito velhos ou mansos podem não voltar a posição imediatamento Reflexos espinhais: -Craniais -Medulares Cérvico-facial → pescoço na altura dos processos transversos das vértebras C3 e C4 Reflexo músc cutâneo - contração do músc cutâneo→ estímulo mais intenso: avaliar córtex – resposta consensual (fuga ou agressão) slap test- ambos lados •Observação do posicionamento do globo ocular •Teste da sensibilidade cutânea (da cabeça para trás) → se alterado a lesão está próxima, um pouco mais cranial •Reflexo perianal FUNÇÃO E TESTE DOS NERVOS CUTÂNEOS olfatório (I): lesão=perda olfato (oferecer alimento sem que ele enxergue) óptico (II): lesão=cegueira teste da ameaça (n tocar pelos nem deslocar ar) -n responde reflexo pupilar a luz – s/reflexo direto / consensual fazer animal acompanhar objetos – não consgue caminhar em terrenos com obstáculos (fazer avaliação oftálmica para descartar catarata) - colide oculomotor (III): lesão=estrabismo,midríase, ptose palpebral (movimentar cabeça, verticalmente e lateralmente – com lesão não há acomodação; não responde ao reflexo pupilar) nervo troclear (IV): lesão=estrabismo dorsomedial (animal não acompanha a posição da cabeça com o olho; reflexo pupilar anormal) nervo trigêmio (V): lesão=mastigação assimétrica; falha na mastigação; dificuldade em abrir a boca Palpar/observar musculatura facial – atrofia musc masseter e temporal Oferecer alimento(lesão = hipoalgesia ou sensibilidade da face) – não consegue apreender alimento pinçar ou tocar face - ↓ resposta reflexo corneal reflexo palpebral - ↓reflexo nervo abducente(VI): lesão=estrabismo medial Observar posição dos olhos Observar se acompanha objetos – não consegue lateralmente nervo facial(VII): lesão= assimetria da face, orelha caída, acumulo de comida na boca, boca e olhos secos. reflexo palpebral não fecha o olho sons súbitos não movimenta orelhas pinçar áreas afetadas não contrai musc face nervo vestíbulo coclear (VIII): lesão = nistagmo, desequilíbrio, tremor da cabeça, andar em círculos, ataxia, surdez observar sinais reflexo óculo cefálico: falha do nistagmo – falha o olho de boneco, acompanha tampar olhos: aumenta ataxia e tremores produzir ruído: s/resposta nervo glossofaríngeo(IX): lesão=disfaga parcial, paralisia, seca parcialmente a boca fornecer grãos, feno e água – fluirão pelas narinas Lesão = perda do gosto final da língua, taquicardia e ↑PA difícil avaliar – observar nervo vago (X): lesão= ruído respiratório, disfonia e disfagia exame laringoscópio– mov. anormais passagem sonda– inabilidade para deglutir slap test – s/ adução da cartilagem contralateral Lesão= taquicardia e diminui peristaltismo reflexo oculocardíaco(pressão sobre o globo ocular) – sem bradicardia ( o correto é dar bradicardia) nervo acessório: lesão= atrofia no pescoço e alteração no movimento nervo hipoglosso: lesão= desvio e perda do tônus da língua MÉTODOS AUXILIARES: ►Análise do LCR: n=claro, quase tranparente Coleta no forame magno(animal sob anestesia geral- desaconselhável) ou espaço sacro-ilíaco Analisar o mais rápido possível. ►Raio X: principalmente lesões cervicais ►Mielografia ►Tomografia AVALIAR SEMPRE OS DOIS LADOS: algumas doenças causam assimetria, outras são bilaterais. DOENÇAS: Mielopatia Estenótica Cervical / Síndrome de Wobbler 2 formas: • IVC‐ Instabilidade vertebral cervical (tipo I) • ECE ‐ Estenose cervical estática (tipo II): comprime de forma constante a medula, independente da posição É classificada quanto ao grau de comprometimento e forma de apresentação Tipo I – malformação atlanto occipital • é a forma mais severa • coluna flexionada e fixa em algum ponto • está presente ao nascimento • rara • usualmente afeta a 2ª e 3ª vértebras Principalmente potros raça ÁRABE Tipo II • é a mais comum • o topo do corpo vertebral é malformado provocando má articulação entre as vértebras afetadas. • provoca compressão medular quando o pescoço é flexionado • as vértebras e articulações envolvidas são normalmente C3‐4 e C4‐5 • Ocorre em animais jovens (até 1 ano). Tipo III - ECE • os processos articulares são engrossados e comprimem diretamente a medula • normalmente C5‐7 estão afetadas • acomete animais entre 1 e 4 anos. SINAIS: • Ataxia e fraqueza simétrica mais severa nos posteriores • Andar em círculos, subir ou descer ladeiras e puxar a cauda e balançar agravam os sinais • Paresia • Espasticidade OBS: são animais crescendo rapidamente, bem alimentados, muitos apresentam epifisites, osteocondrites e deformidades de flexão nos membros. É comum que se encontre subluxação – comprimindo coluna Tratamento • Medicamentoso e manejo: – trocas nutricionais se animal estiver crescendo mto rápido – repouso em baia (restringir movimentos) 2‐12 meses – antiinflamatórios • Fenilbutazona 4,4mg/kg 2x no 1º dia; 2,2mg/kg até o 4º dia e 2,2 mg/kg 1x ao dia • flunixim meglumine 1,1 mg/kg 1x ao dia • DMSO 0,5‐0,9g/kg em solução 10‐20% q 12‐24 horas por 1‐2 dias Cirúrgico: » fusão de vértebras: no local de instabilidade, com placas. Pode sofrer efeito dominó, ao se fixar as vértebras o problema se transfere para a articulação posterior » laminectomia(na ECE): devem ser realizadas em animais bem jovens com grau leve de ataxia (Máx grau 3). Só se coloca placas se o problema é em 1 articulação. Outras causas: traumas (aparecimento súbito dos sintomas, atletas), discoespondilose (pode ter hérnia de disco associada, distribuição do disco medular-aumento de volume), hérnias de disco neoplasias (desenvolvimento dos sintomas é lento – estradural, intramedular ou intradural extramedular) Mieloencefalite Viral-Rinopneumonite Causada pelo herpesvirus tipo 1 (EHV‐1), o qual provoca uma vasculite no SNC→trombose vascular →isquemia , e tipo 4 História e apresentação - eqüinos de todas as idades - exposição a eqüinos com sinais respiratórios - pode afetar um ou vários animais - sinais de ataxia aparecem 10‐14(até 21d) dias após sinais respiratórios •Animais podem se tornar portadores- vírus latente → em situações de estresse o vírus se reativa aparecem sinais respiratórios→ dissemina vírus para animais susceptíveis •Secreção serosa discreta c/ cama grudada nas narinas ou até quadros respiratórios mais graves •Região da cauda eqüina é a mais afetada: incoordenação dos MP, paralisia de cauda, paralisia de bexiga, pênis... •Lesões hemorrágicas na medula e no cérebro, manguito perivascular. • Pode-se encontrar lesão de nervos cranianos Achados Laboratoriais - analise do LCR revela xantocromia e aumento da albumina -não há elevação do número de células -aumento do número de anticorpos para EHV‐1 (em um período de 2‐3 semanas após o aparecimento da ataxia) Tratamento: Terapia de suporte • esvaziamento retal e vesical • Cuidar a ingestão de água (60 – 80 ml/kg por dia) • suplementação alimentar e ou alimentação parenteral -DMSO IV ( 0,5‐0,9 g/kg) em solução 10‐20% q 12 horas - Dexametasona IV (0,05 ‐ 0,1 mg/kg) q 12 horas - Drogas antivirais como Aciclovir (10mg/kg IV) Ác. Acetil salicílico: diminui agregação plaquetária, previne trombos Encefalomielite Viral Infecção causada por Alfavirus, RNA Encefalomielite do leste, EE do oeste, e EE venezuelana. Surtos nas regiões do nordeste, norte e centro oeste do BR. ZOONOSE São sensíveis: • Ao calor • PH abaixo de 5,5 • Formol Apresentação: - Afeta todas as idades -Ocorre em surtos -Morbidade 20% -Mortalidade Variável: -EEL – 90% -EEO – 20-50% -EEV – 75% Epidemiologia • Fonte de infecção: aves e pequenos mamíferos infectados • Via de eliminação: sangue • Animais susceptíveis: aves. O eqüino e o homem são hospedeiros acidentais • Ocorre incidência sazonal • Via de Transmissão: indireta através de vetores • Porta de entrada: pele, através da picada Sintomas • Hipertermia • Depressão • Anorexia • Andar em círculos • Disfagia • Nistagmo • Dificuldade de ficar em pé • Convulsões Forma subclinica: -Febre -Linfopenia -Neutropenia Forma clínica: -Febre -Linfopenia -Neutropenia -Anorexia -depressão Forma clássica: -Forma nervosa -Forma espinhal ou muda -Forma mista (cérebro-espinhal) Tratamento De suporte: • Antiinflamatórios não esteróides – Fenilbutazona 4 mg/kg a cada 12h – Flunixim meglumine 1,1 mg/kg a cada 12‐24 h • DMSO 1g/kg em solução 20% IV – Se tiver convulsões • Fenobarbital 2 mg/kg VO • Diazepam 0,05‐2,2 mg/kg IV – Se tiver retenção de fezes • Laxantes Prevenção *Vacinação: – Confere imunidade que diminui a incidência da doença – O protocolo de vacinação recomendado pela AAEP é: • Aplicar aos 3,4,6 meses e após anualmente • Éguas aproximadamente 30 dias antes do parto • Adultos iniciar com 2 doses com intervalo de 3‐4 semanas – Não há vacina contra EEV disponível no Brasil Tétano Doença toxêmica, altamente fatal, causada por uma potente neurotoxina específica que é produzida pelo agente Clostridium tetani em tecidos necróticos, sob condições de anaerobiose. Características do agente -gram‐positivo, formador de esporos - encontrado no solo, fezes e trato intestinal de animais. - estritamente anaeróbio, - esporos são resistentes a muitos tipos de desinfecção, inclusive o vapor fervente a 100º C por 30 a 60 minutos, mas pode ser destruído por calor de 115º C por 20 minutos. - Ao sol pleno chega a resistir vivo por 12 dias e ao abrigo do sol permanece vivo e viável por muitos anos. Epidemiologia - Todas as espécies de animais de interesse zootécnico são sensíveis - eqüinos os mais suscetíveis e os bovinos os menos sensíveis - O tétano tem distribuição mundial - Feridas penetrantes dos cascos: portas de entrada comuns em eqüinos O C. tetani pode instalar‐se em qualquer ferida ou solução de continuidade contaminada. Produz toxinas: – Tetanolisina – Tetanopasmina tetanopasmina atinge o SNC e age por depressão da inibição nervosa pós‐sináptica, baixando o limiar de excitação Tetanopasmina se difunde por via retrógrada pelos neurônios motores e alcança a medula e o encéfalo. Período de incubação: sinais – depende das dimensões do ferimento, – grau de anaerobiose, – número de bactérias inoculadas – título de antitoxina do hospedeiro Sintomas: – rigidez e claudicação – postura de extensão da cabeça – postura de cavalo de pau – cauda levantada – saliva espumosa acumulando‐se na comissura labial Sinais Clínicos ► Rigidez e tremor muscular ► Trismo mandibulare protusão da 3ª pálpebra ► Ereção das orelhas ► Dilatação das narinas ► Respostas exageradas aos estímulos normais ► Opistótono ► Convulsões Diagnóstico É clínico e raramente se confunde com outros estados tetânicos. Espasmos musculares, prolapso da terceira pálpebra e história recente de lesão acidental ou cirurgia são achados característicos. Resposta exagerada aos estímulos Prognóstico Sempre reservado É ruim quando: – O período de incubação foi menor do que 15 dias – Quando a evolução tem mais de cinco dias Tratamento ***Drenagem e limpeza do ferimento: • Oxigenação • Eliminação do agente ***Penicilina G potássica 3‐4 vezes ao dia *** Metronidazol VO 2x ao dia Relaxamento da tetania muscular: • EGG 5% até o relaxamento • Methocarbamol Tranqüilizantes: • Clorpromazina • Promazina • Acetilpromazina • Diazepam Controle e profilaxia É doença imunoprevenível Muitos casos podem ser evitados com os cuidados adequados de manejo de lesões Animais devem ser imunizados com toxóide Um programa mais intensivo de 2 vacinações com seis a oito semanas de intervalo seguidas por vacinação anual de reforço é preferido Leucoencefalomalácia LEME “Micotoxicose do milho” de cavalos, pôneis, asininos e muares, causada pela toxina (Fumonisina B1) produzida pelo Fusarium moniliforme Epidemiologia Distribuição mundial Associada a ingestão de milho É sazonal: – Outono – Primavera Períodos de chuvas após seca Morbidade 25% Mortalidade +- 100% Agudo com sinais progredindo em 4 - 12 h Superagudo = morte súbitaSinais clínicos Síndrome neurotóxica: – Anorexia – Incoordenação – Caminhar sem rumo e em círculos – Cabeça apoiada contra obstáculos – Hiperexcitabilidade – Evolução de horas até 4‐5 dias Síndrome hepatotóxica – Morte ocorre em 5‐10 dias após inicio dos sintomas – Icterícia – Edema submandibular – Depressão – Convulsões – Coma Patogenia Necrose de liquefação da substância branca de um ou dos dois hemisférios cerebrais Mecanismo de toxicidade • Esfingolipídios complexos são essenciais: – para crescimento, – transcrição – comunicação celular Tratamento Isolar animais doentes -Flunixim meglumine - Fenilbutazona - Dexametasona - DMSO - Manitol - Laxantes salinos Polineurite Perineurite granulomatosa severa e crônica envolvendo o SNC, principalmente a região da cauda eqüina. OBS: é uma doença imunomediada de provável origem viral Sintomas clínicos AGUDA: • Hiperestesia da cabeça e/ou região perineal CRÔNICA: • Paralisia: – Cauda – Anus – Reto – Bexiga – Pênis Atrofia nos MP Prognóstico é pobre, mas progressão dos sintomas é lenta Exames Laboratoriais *Neutrofilia * Hiperfibrinogenemia *Anemia discreta *Aumento da proteína plasmática * Líquido Cerebroespinhal • Aumento da proteína • Aumento de linfócitos OBS: Alguns cavalos apresentam anticorpos contra a mielina Tratamento Suporte • Esvaziamento retal • Sondagem vesical Antiinflamatórios • Corticosteróides Mieloencefalite por Protozoário - MEP Doença infecciosa de eqüinos causada pelo Sarcocystis neurona e que compromete o SNC. Tem dois hospedeiros (tipo predador presa) • HD – são os gambás • HI – são aves e outros animais selvagens experimentalmente gatos (Dubey et al. 2000) OBS: os eqüinos são considerados hospedeiros aberrantes Sinais clínicos Podem ser discretos: • Letargia • Alterações de atitude • Redução de tolerância ao exercício • Condição corporal ruim Sintomas graves: • Claudicação • Ataxia • Cegueira Atrofia assimétrica da musculatura Diagnóstico -Sintomas e evolução - Sorologia através do Teste de Western Blot do líquido céfalo‐raquidiano - Achados de necropsia Prognóstico é dependente da gravidade e duração Raiva Epidemiologia • Fonte de infecção: morcegos e animais silvestres. Ocasionalmente, outros animais como gatos e cães... •Via de eliminação: saliva. • Via de transmissão: contágio direto ‐ mordedura. •Porta de entrada: pele. Patogenia Inoculação por mordedura Fase centrípeta: • Primeira replicação na musculatura estriada local • Nervos periféricos adjacentes • Medula via raiz dorsal e encéfalo Fase Centrífuga: • Disseminação pelos órgãos(gl salivares) a partir dos nervos • Aspectos clínicos – Período de incubação depende do local da mordedura. Média de 2 a 8 semanas. (9 dias até 1 ano) – Formas: – Forma furiosa ‐ cerebral: » Agressividade » Fotofobia » Hidrofobia » Tremores musculares e convulsões Forma obscura ‐ tronco cerebral: (+ difícil diagnosticar) » Depressão » Anorexia » Marcha em círculos » Demência » Salivação excessiva » Automutilação Forma paralítica – espinhal: » Paralisia ascendente progressiva (MP) » Ataxia ou claudicação com rigidez » Decúbito por 3 – 5 dias, mantendo o apetite Diagnóstico Laboratorial →Demonstração do vírus na saliva, impressão corneal, sangue e liquor. →Imunoperoxidase e Imunofluorescência →Cultivo em embrião de pintos →Avaliação histopatológica. Coloração com corante de Sellers para corpúsculos de Negri → Pesquisa de anticorpos no liquor por ELISA (aproximadamente 10 dias após sintomatologia) → N‐ELISA – quantifica virion TRATAMENTO E PROFILAXIA ►Tratamento sintomático e de suporte. (cria risco de exposição) ► Profilaxia – Uso da vacina e soro anti rábico infiltrado ao redor do ferimento ► Limpeza com desinfetante a base de iodo ou amônia quaternária de todos os ferimentos ► Isolamento dos animais suspeitos Controle 1 ‐ Vacinação: • Vacinar os animais a partir de 3 meses de idade • Vacinar o animal com vacina de vírus inativo • Aplicar reforço 30 dias após primeira dose • Se na região não houver casos de raiva repetir anualmente • Se houver casos de raiva na região aplicar a cada 6 meses 2 ‐ Fazendo uso de pasta vampiricida nos animais agredidos por Morcegos • Usar a pasta somente em volta do local ferido pelo morcego • Passar a pasta ao entardecer Não usar os dedos para passar a pasta • Repetir este processo por 5 dias 3‐ Localizando os focos de Morcegos • A localização dos focos é muito importante para fazer o controle dos Morcegos. Os locais preferidos pelos morcegos hematófagos são: • Casas e taperas abandonadas. – Cavernas e grutas. – Túneis, bueiros e passagens de gado sob as rodovias. – Pilares de Pontes. – Cisternas ou Poços – Ocos de arvores.
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