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O MODELO COLONIAL PORTUGUÊS E FRANCÊS: UM ESPAÇO EM TRANSFORMAÇÃO NO SÈCULO XX
Introdução
Estamos diante de uma África que no século XX ainda vive sob a tutela, influência ou como quer que pensemos dos europeus, mas iniciando claros sinais de resistência e reorganização. Seus moldes não estão definidos e as formas desta independência ainda estão em concepção, mas os modelos coloniais e as transformações decorrentes dos acordos de paz e das guerras anticoloniais nos oferecem o pano de fundo para compreender as primeiras décadas do século XX africano.
Premissa
Entre 1880 e 1900, a África tropical apresentava um estranho e brutal paradoxo. 
 Se o processo da conquista e da ocupação pelos europeus era claramente irreversível, também era altamente resistível.
 Irreversível por causa da revolução tecnológica – pela primeira vez, os brancos tinham uma vantagem decisiva nas armas, e, também pela primeira vez, as ferrovias, a telegrafia e o navio a vapor permitiam-lhes oferecer resposta ao problema das comunicações no interior da África e entre a África e a Europa.
Resistível devido à força das populações africanas e porque, na ocasião, a Europa não empregou, na batalha, recursos muito abundantes nem em homens nem em tecnologia. 
 De fato, os brancos compensavam a escassez de homens recrutando auxiliares africanos. Mas eles não eram manipuladores diabolicamente inteligentes de negros divididos e atrasados. Os europeus estavam apenas retomando o repertório das estratégias dos antigos impérios. 
 Quanto a detalhes, muitas vezes sabiam menos das coisas que os dirigentes africanos. A implementação da estratégia de penetração foi muito desordenada e inábil. Os europeus enfrentaram uma enormidade de movimentos de resistência que provocaram e até inventaram por ignorância e medo.
Nesta aula, trataremos de dois colonizadores históricos da África: Portugal e França
Esses domínios começam a ser constituídos ainda no século XVI, mesmo que apenas consolidados os modelos de exploração para além do tráfico negreiro no século XIX.  
França e Portugal, na partilha da África, em especial os portugueses, defenderam sua posição histórica, mantida pelos franceses com Napoleão e a conquista do Egito.
A ocupação é um dos elementos mais importantes nesta construção, pois sabemos que, em um primeiro momento, a dinâmica comercial era presente e vinculada a produtos agrícolas e tráfico de escravos.
A dominação francesa
O domínio francês foi especialmente marcado em regiões de grande relação com o Mediterrâneo, em especial os espaços de dominação muçulmana. 
Portugal tinha suas duas maiores colônias em Angola, no Atlântico, fundamental com o comércio com o Brasil e Moçambique, um dos pontos importantes da dinâmica de Portugal com o Oriente, reunindo Goa, Timor e o papel de Moçambique.
Sem discutir aspectos gerais das duas colônias e seu diálogo no século XX, devemos notar que diante da industrialização, no século XIX, França e Portugal iniciam um processo de modernização e ocupação de suas terras no domínio Africano.  
Não se trata de uma dinâmica marcada pelos domínios de empresas, como no caso inglês, mas pela forte atuação do governo, seja na formação e no incentivo a ocupar as velhas colônias, seja pelo controle militar destas áreas.  
 Não à toa são as primeiras regiões onde começam a se observar um forte movimento de resistência que se aproxima da ordem de um nacionalismo o qual discutiremos mais na próxima aula.
Quando estes movimentos foram detectados a França usou os mesmos em prol de lutas que eram tratadas às vésperas da Primeira Guerra, e tornaram-se um palco importante com a promessa de alianças entre os colonizadores e os domínios. (Em áreas portuguesas, no entanto, a luta era contra toda e qualquer manifestação que não vinculasse as colônias ao governo central.)
Colonialismo e resistência
Neste ponto, uma discussão é necessária: 
O que é colonialismo e o que é resistência?
A visão mais tradicional de História só estudava o colonialismo, apenas as relações com vistas e forma ao domínio Europeu.
Apesar de adotar o velho termo, a reflexão é de que a resistência dos povos africanos era fundamental, pois marcava as reações ao mesmo colonialismo e tiravam a ideia de unidade, sucesso da empresa colonial.
Hoje, podemos observar a figura de colonialismo pensando por dois lados, em um aspecto relacional, entre a proposta europeia e a organização, e tentativas e lutas dos povos por sua condição diferenciada.  
 Se por um lado, estes grupos sofreram rupturas terríveis com a divisão africana sem respeito à etnicidade e a sua própria história, eram agora obrigados a repensar suas diferenças, ainda que fosse estimulada, pelos seus colonizadores, a figura de conflitos e diferenciação social.
Redistribuição de territórios
Na Primeira Guerra, a redistribuição dos territórios na África, as colônias alemãs, o tempo da “ocupação” e os mandatos internacionais vinculados à Liga das Nações acabaram por denotar a busca de um reequilíbrio de forças.
Enquanto franceses e portugueses conseguiram certa estabilidade no século XIX, o século XX prometia ser muito mais difícil.
No norte da África, o discurso islâmico passa a funcionar como elo integrador, estimulando e defendendo o comprometimento e a luta contra o cristão dominador.
Velhos sacerdotes e prática que eram periféricas na sociedade, diante da luta contra o inimigo ganham força e permitem a formação de movimentos fazendo com que França, após intensos combates na Argélia, tenha mudado sua posição sobre o domínio, passando a estabelecer uma série de acordos, permissivos, mas que garantiria a manutenção da influência, embora com um forte trajeto.
A proposta francesa passa pelo mandato dual, passando a existir um governo local, legitimado, e a tutela de um grande país Europeu visando seu desenvolvimento com aspectos vinculados ao controle de natalidade, estabelecimento de uma educação europeia e a chegada da medicina “civilizada”.
Minorias locais instruídas X Minoria branca colonizadora
Comunidades colonizadoras brancas passaram a se estabelecer, a garantir e a manter formas de poder, onde a dualidade não era tão importante.
Essa é uma dicotomia construída fortemente na África francesa com os grupos educados no espaço da França e retornando para liderar os países, contudo, em um modelo do que foi aprendido.
Dominação portuguesa
Portugal não tem o mesmo modelo que a França, mas também não deixa de constituir uma elite local, mestiça, de poucos números, mas que garante a ideia de ascensão social dentro do mundo português, explorando e fortalecendo o discurso de pertencimento à colônia.
Ainda que a passagem dos angolanos para a Europa não fosse algo propriamente fácil, devido ao controle do grupo, a saída de portugueses para as colônias era, no entanto, estimulada e defendida, como forma ideal de constituir um novo mundo português.
Com a Crise de 1929-30, vimos às primeiras fissuras no sistema colonial. Começa a ficar muito mais claro, gritante, e gera um grande movimento de lutas, marcado pela - Conquista da Etiópia pela Itália (1936-36).
Se não bastassem as dificuldades geradas pela Primeira Guerra, e a incapacidade dos americanos continuarem estabelecendo a reconstrução, as tensões e a resistência se tornam insuportáveis.
 Surgem movimentos contra o aumento do controle que vem sendo imposto como forma de financiar a reconstrução ao preço do sangue e suor do continente africano, os mitos de civilização começam a ficar demonstrados.
A África não estava melhor, mas sim mostrava graves sinais de degradação política econômica e social. A reboque destas questões, os Estados Unidos intervia, com um olhar diferente, como vimos no caso da Libéria.
Estados Unidos da América: prazo de 50 anos, livre acesso aos mercadores africanos
A pressão americana contra o modelo colonialista tinha um função marcadamente  mercadológica, era a busca de uma nova zona de influência, produtora agrícola importante, e principalmente novasáreas de controle para as empresas americanas em crescimento.
Vamos comparar algumas visões de diferentes autores?
B. Davidson fez um apelo aos estudiosos do assunto para que refutassem “as concepções da historiografia europeia tradicional”, segundo as quais “os povos africanos viram na chegada dos colonialistas um feliz acaso(De acordo com essa tradição, os povos que não ofereceram resistência foram considerados “pacíficos”, e os que resistiram, “sedentos de sangue”.), que os libertava das guerras fratricidas, da tirania das tribos vizinhas, das epidemias e das fomes periódicas”.
Davidson observa que “os defensores da dominação colonial recusavam-se a considerar as rebeliões fenômenos organizados”. Referiam-nas com reações “primitivas e irracionais”, ou atribuíam-nas à agitação da minoria “sedenta de sangue”. “Recusavam-se a admitir a única interpretação correta – que se tratava de guerras justas de libertação, motivo pelo qual recebiam o apoio da imensa maioria dos africanos”.
Para Jacob Ajayi a principal ideologia profana proposta é o princípio de “soberania”. O aspecto mais importante do impacto europeu foi a alienação da soberania. 
Quando um povo perde sua soberania, ficando submetido à outra cultura, perde pelo menos um pouco de sua autoconfiança e dignidade; perde o direito de se autogovernar, a liberdade de escolher o que mudar em sua própria cultura ou o que adotar ou rejeitar da outra cultura.
Walter Rodney sublinha com maior ênfase um fenômeno análogo: 
O caráter determinante do breve período colonial [...] resulta principalmente do fato de a África ter sido despojada de seu poder [...]. 
Durante os séculos que precederam esse período, a África mantinha ainda em suas trocas comerciais certo controle da vida econômica, política e social, embora com desvantagens no comércio com os europeus. Até mesmo esse pequeno controle dos negócios internos se perdeu sob o colonialismo [...] 
O poder de agir com toda a independência é a garantia de uma participação ativa e consciente na História. Ser colonizado é ser excluído da história [...] De um dia para outro, os Estados políticos africanos perderam o poder, a independência e a razão de ser.
Outras declarações exprimem o desejo de modernização, mas não ao custo da soberania, como a de Hanga, chefe makombe dos Barué, na Moçambique central, que em 1895 disse a um visitante branco:
“- Estou vendo como os brancos penetram cada vez mais na África; em todas as partes do meu país as companhias estão em ação [...] É preciso que meu país também adote  estas reformas, e estou plenamente disposto a propiciá-las [...]. Também gostaria de  ver boas estradas e boas ferrovias [...]. Mas meus antepassados eram makombe e  makombe quero continuar a ser”.
E também há expressões surpreendentes de uma filosofia mais profunda da soberania. Algumas das mais dignas de nota vêm do Sudoeste Africano. O chefe nama, Hendrik Wittboi, registrou no seu diário:
Pela cor e pelo modo de vida fazemos parte do mesmo todo, e esta África é, de maneira geral, a terra dos capitães vermelhos [quer dizer, dos africanos]. O fato de formarmos diferentes reinos e regiões traduz apenas uma subdivisão banal da África.
Clique aqui para ler o que Wittboi dizia ao administrador alemão Theodor Leutwein em 1894.
Wittboi a Theodor Leutwein
O Senhor estabeleceu diversos reinos na terra. Por isso sei e creio que não é pecado nem crime que eu deseje continuar a ser o chefe independente da minha terra e do meu povo. 
Em todo caso, sejam quais forem os problemas que as pessoas tenham encontrado para compreender o choque inicial do avanço europeu, não há a mínima dúvida quanto às consequências da alienação da soberania consecutiva ao estabelecimento da dominação europeia. 
Há mais de 20 anos, os movimentos de resistência eram tidos simplesmente como impasses que a nada levaram. Na última década, porém, tem-se vigorosamente defendido que, por todos os ângulos, esses movimentos se voltavam para o futuro. 
Do ponto de vista da soberania, pode-se afirmar que eles anteciparam sua reconquista e o triunfo do nacionalismo africano. Na medida em que são depositários de ideologias proféticas, pode-se considerar que tenham contribuído para novos grupamentos em torno de ideias. 
Alguns trouxeram consigo a melhora da situação dos povos revoltados. Outros instituíram lideranças alternativas às oficialmente reconhecidas. Esses movimentos estavam “ligados” ao nacionalismo das massas por terem sido movimentos de mobilização de massas, levando em conta a continuidade da atmosfera e dos símbolos veiculados por outros movimentos de massa do período intermediário e, enfim, porque os movimentos nacionalistas manifestamente se inspiraram nas lembranças de um passado heroico.
Concluindo
Essas citações são para retirar da nossa visão uma noção de coitados, mas entender a dinâmica de expropriação e as estratégias definidas durante o momento de consolidação colonialista.( Um impacto que não pode ser subestimado, mas que também é fruto do próprio sistema, essa lógica capitalista, que se tornou tremendamente eficiente.)  
Ainda que como defende Fukoyama, a História não tenha chegado ao fim, mas é inegável a força e a dinâmica deste sistema como consolidador de uma dinâmica de exploração africana.
O sucesso do modelo, no entanto, não enfatiza que foram mantidos referenciais importantes, formas de produção e governo que nos permitem entender as disputas que daí decorrem.
Egito 
A revolução urabista 
A má administração financeira do quediva Ismail (1863 -1879) e os enormes empréstimos que ele contraiu na Europa colocaram o Egito à beira da falência. Enquanto a metade da receita do país era estritamente consagrada ao serviço da dívida, pesados impostos eram exigidos do povo, e os fellahin, que na sua maioria não podia pagá-los, eram impiedosamente castigados. 
Esta situação de penúria e de humilhação provocou vivo descontentamento e acerba oposição ao quediva Tawfik (1879 -1892) e seu governo corrupto. Tawfik também era desprezado por sua total subserviência às potências europeias, que se aproveitavam de sua fraqueza e do endividamento do Egito para controlar as finanças e o governo do país. 
Logo se tornaria impossível às autoridades egípcias proceder a reformas administrativas ou econômicas sem a prévia e unânime autorização de 14 paises europeus. 
Enquanto os egípcios sofriam toda esta miséria, os residentes estrangeiros viviam confortavelmente. Estes sequer estavam sujeitos à lei egípcia, pois tinham leis e tribunais próprios. Aproveitando-se desta posição privilegiada, enriqueciam a custa das massas autóctones, muitas vezes por meios corruptos e imorais. 
O desejo de erradicar essa humilhante e odiosa dominação estrangeira viria a ser o principal motivo da irrupção da revolução urabista, movimento de resistência dirigido pelo coronel Ahmad Urabi. 
Outro motivo seria o amadurecimento de ideias políticas liberais entre os egípcios como consequência do desenvolvimento da educação e da imprensa no século XIX. 
Esse amadurecimento político foi responsável, em grande parte, pelo movimento constitucional que irrompeu no país nos anos de 1860, sobretudo entre os egípcios de educação ocidental, que se opunham à dominação estrangeira e ao despotismo do quediva. 
Esse movimento encontrou importantíssimo apoio nas ideias revolucionárias dos reformadores muçulmanos Djamal al-Din al-Afghani e Muhammad Abduh. 
 Dirigidos por Muhammad Sharif Pasha, cognominado Abu al-Dastur (o pai da constituição), aqueles nacionalistas constitucionais exigiam a promulgação de uma constituição liberal e a formação de um governo parlamentar. 
 Alguns deles talvez até ansiassem pela derrubada da dinastia de Muhammad Ali, que reinava no país desde o começo do século. 
A principal causa direta do desencadeamento da revolução, todavia, foi o descontentamento e o sentimento de frustração experimentados pelos militares egípcios. Não só as tropas recebiam um soldo muito baixo (20 piastraspor mês), como os oficiais egípcios não podiam aceder a patentes elevadas, na realidade monopolizadas pelos oficiais turco-circassianos, que menosprezavam e maltratavam os subordinados egípcios. 
Para pôr fim a essa posição de inferioridade e responder às exigências da população, os militares egípcios interferiram ativamente na arena política pela primeira vez na história contemporânea do país, desencadeando, em começos de fevereiro de 1881, uma revolução contra o colonialismo europeu e o quediva Tawfik. 
 
Sudão 
A revolução mahdista 
O Sudão era desde 1821 administrado pelo governo turco do Egito. Por volta de 1880, os povos egípcio e sudanês lutavam para se libertar da tutela de uma aristocracia estrangeira. 
A ideia da djihad e da resistência islâmica à dominação estrangeira, propagada no Egito por Urabi, encontrou igualmente um poderoso eco junto ao movimento revolucionário militante dirigido por Muhammad Ahmad al-Mahdi no Sudão.
Seu movimento, o Mahdiyya, era essencialmente uma djihad – guerra santa – e, como tal, reclamava o apoio de todos os muçulmanos. Seu objetivo fundamental, como atestam repetidamente as cartas e as proclamações do Mahdi, era reviver a fé pura e primitiva do Islã, “expurgada das heresias e das excrescências”, e propagá-la no mundo inteiro, se necessário pela força. 
O autêntico fervor espiritual da revolução mahdista estava expresso no bay’a (juramento de obediência) que os adeptos do Mahdi (a quem ele próprio chamava os Ansar, seguindo assim o exemplo do Profeta) deviam fazer ao chefe ou a seu representante, antes de serem admitidos no Mahdiyya. 
No bay’a, os Ansar juravam fidelidade ao Mahdi “renunciando a este mundo e abandonando-o, contentando-se com o que está com Deus, desejando o que está com Deus e o mundo futuro”. E acrescentavam: “Nós não fugiremos à djihad”. 
Afirmar que a revolução mahdista era religiosa não significa que a religião tenha sido a única causa da sua origem. Havia outros fatores, secundários, todos derivados das faltas cometidas pela administração turco-egípcia, totalmente corrupta, faltas que tinham provocado o descontentamento geral no Sudão. 
As violências consequentes à ocupação do país, em 1820-1821, tinham criado um forte desejo de vingança, e os elevados impostos que os turcos arrancavam pela força só faziam agravar a situação. Além disso, as tentativas feitas pelo governo para eliminar o comércio de escravos tinham descontentado certos sudaneses do Norte, pois ameaçavam uma importante fonte de riqueza e até a base da economia agrícola interna do país. 
Por fim, os favores que os turcos concediam ao povo shaykiyya e à seita khatmiyya parecem ter suscitado a inveja dos outros grupos locais e religiosos, estimulando-os a apoiar o Mahdi. 
O chefe da revolução, Muhammad Ahmad ibn Abdallah, era um homem pio, cujo ideal era o Profeta Maomé [Muhammad] em pessoa. Como este último, Muhammad assumiu o papel de Mahdi aos 40 anos de idade, comunicou isso em segredo a um grupo de adeptos fiéis e depois fez o anúncio público e oficial. 
Com isso, entrou em confronto militar direto com o governo anglo-egípcio durante 4 anos (1881-1885). Este o subestimou no início, considerando-o um simples darwish (mendigo), conforme o prova a fraca e desorganizada expedição que foi enviada contra ele à ilha de Aba. 
Seguiu-se breve escaramuça, na qual os ansar obtiveram uma vitória fácil e rápida, ficando a administração numa confusão completa. O Mahdi e seus adeptos consideraram a vitória miraculosa. A clarividência política e o gênio militar do Mahdi se refletem na sua decisão de “emigrar”, depois do combate de Aba, para Djabal Kadir, nas montanhas da Núbia

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