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A Prescrição e a Decadência no Código Civil

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A Prescrição e a Decadência no Código Civil
O código civil de 2002 foi idealizado por Miguel Reale, Miguel Reale fundou o código civil com base em três paradigmas, também conhecido com três diretrizes teóricas.
Sendo eles, o paradigma da eticidade que se basicamente resume-se na valorização da ética e da boa fé.
O paradigma da socialidade que é a questão da função social
E o paradigma da operabilidade que Miguel Reale ele busca implementar dentro do código civil a era da efetivação dos direitos que utiliza da facilitação de entendimento, de institutos jurídicos dentro do código civil de 2002, que até então não existia no código civil de 1916.
Como Miguel Reale vê o destinatário da norma por muitas vezes ele sê vê tolhido da aplicação da norma pelo fato de não conseguir compreendê-la, pelo fato da norma ser obscura.
Miguel Reale buscou trazer clareza na aplicação dos intitutos no código de 2002, e por conseguinte trouxe a distinção entre a prescrição e a decadência, que até então eram de difícil aplicabilidade no código civil de 1916.
Foi isso que Reale buscou trazer clareza ao instituto da prescrição e da decadência, trazendo também sua distinção, como forma de facilitar sua aplicação e facilitar o seu entendimento. Portanto, são então dois fenômenos jurídicos que surgiram para trazer segurança jurídica, pra evitar relações jurídicas indefinidas no tempo, relações jurídicas prolongadamente no tempo.
Nessa linha, a própria possibilidade de renuncia prévia é um elemento importante para a sua distinção, já que a decadência prevista em lei é irrenunciável. Art 209 é nula a renuncia à decadência fixada em lei.
Enquanto a renuncia da prescrição não é somente cabível, como também se aceita a sua caracterização tácita. 
Mas percebam, o código civil impôs dois requisitos para que a renuncia da prescrição seja válida.
O primeiro requisito; A renuncia da prescrição não poderá prejudicar terceiros, e o segundo requisito só poderá renunciar um prazo de prescrição se ele já tiver sido consumada. Ou seja, somente poderá ser exercida quando a prescrição já estiver prescrita.
Regulada no Art 191: A renuncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, só valerá, sendo feita sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renuncia quando se presume de fatos do interessado e incompatíveis com a prescrição.
Justamente em decorrência dessa peculiaridade em relação à renuncia, proibida para o prazo decadencial legal, deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência quando prevista em lei.
Com a revogação do Art 194 do CC-02, pela referida lei de n.11.280/2006 permitiu-se o órgão judicialmente reconhecer o ofício da prescrição. A mesma norma também alterou o parágrafo 5° do art 219 do código de processo civil, prevendo que o juiz pronunciará de ofício a prescrição. Entendemos, todavia que esse reconhecimento de ofício pressupõe que o juiz, antes de se manifestar, ouça as partes.
Já a decadência não pode ser declarada de ofício se for estipulada convencionalmente. Todavia, em função da importância do instituto que, repita-se, implica a perda do direito material discutido em juízo.
Nota-se que a sistemática do código de 1916 era menos abrangente!
Outra questão controvertida na doutrina fora dirimida pelo código civil é a possibilidade de alteração convencional dos prazos prescricionais.
Nesse ponto, talvez pelo fato de a prescrição somente pode ser fixada por lei, ou contrário da decadência, que admite a delimitação pela via negocial, os “ prazos de prescrição não podem ser alterados por acordos as partes” conforme preceitua o art. 192, que pôs fim a controvérsia.
Por fim, para consumação da prescrição e, no que couber, da decadência, faz-se mister, em síntese, a conjugação de quatro fatores bem nítidos:
Existência de um direito exercitável
Inércia do titular pelo não-exercício
Continuidade da inércia por certo tempo
Ausência de fato, ou ato impeditivo, suspensivo ou interruptivo do curso da prescrição.
Prazos Prescricionais em Matéria de direito Intertemporal
Para arrematar este capítulo, parece-nos importante tratar de questões dos prazos prescricionais em matéria de direito intertemporal.
Um aspecto muito relevante, quanto aos institutos sob análise, é o que e diz respeito à inovação de Art. 2.028, que estabelece regras de direito intertemporal. Trata-se do conflito de normas jurídicas no tempo, com disposição na Lei de Introdução ao Código Civil, na Constituição Federal e agora com artigo expresso no Código Civil nas Disposições Finais e Transitórias, consagrando o efeito imediato da lei e a irretroatividade.
Quando uma nova lei entra em vigor três situações jurídicas bem distintas podem ocorrer:
1) pretéritas: iniciadas e findas antes da lei nova
2) pendentes: iniciadas antes da vigência da lei nova e ainda não extintas
3) futuras: iniciadas após a vigência da lei nova e não concluídas
Em relação às situações pretéritas, nenhuma dificuldade há de se colocar, uma vez que se trata de uma situação jurídica consolidada.
No caso das situações futuras, a questão é ainda mais fácil, pela simplesmente aplicar-se-á a nova regra prescricional, sem qualquer maior questionamento.
A situação, porém é mais complexa em relação às situações jurídicas pendentes, nas quais se incluem as situações futuras ainda não concluídas quando da edição da nova norma.

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