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PORTFOLIO AUTISMO CERTO

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A CRIANÇA AUTISTA
ROSSI, Roberta da Cunha Modesto. RU 2177417
POLO BAURU
UNINTER
Resumo
O autismo, cientificamente conhecido como Transtorno do Espectro Autista, é uma síndrome caracterizada por problemas na comunicação, na socialização e no comportamento, causados por defeitos em partes do cérebro, como o cerebelo, por exemplo, e geralmente é diagnosticado entre os primeiros anos de vida. Com isso, percebemos a existência de diversos fatores que infuênciam e prejudicam o desempenho e a inclusão dessas crianças em uma escola regular. Para compreender o autista, devemos conhecer as principais causas da síndrome, características predominantes, e os tratamentos mais indicados, para que além de elaborar uma proposta de amparo educacional adequada, possamos proporcionar a eles, e a suas famílias, um ambiente de tranquilidade e conforto. 
Palavras-chave: Autismo. Inclusão. Escola inclusiva.
 O autismo é o causador de muitos distúrbios nas interações sociais que podem ser observados já no início da vida. Dentre várias outras características, o contato “olho a olho” é anormal antes mesmo de completar o primeiro ano de vida, provando que não é uma tarefa muito difícil identificar. Muitos pais têm medo de descobrir que tem uma criança “diferente” e acabam não buscando auxílio por receio do diagnóstico ou, quando buscam, os profissionais não estão capacitados para dar um diagnóstico preciso. 
CAUSAS
O autismo não possui uma explicação exata para suas causa. Alguns estudiosos chegaram a conclusão que fatores como rubéola materna, fenicetonúria não tratada, encefalite, menigite, tuberosclerose, exposição química, desbalanceamento químico durante o desenvolvimento da criança e a predisposição genética podem ser predeterminandes. 
CARACTERÍSTICAS DO AUTISMO
Esta síndrome faz com a criança apresente algumas características específicas, como dificuldade na fala e uma aparente surdez dificultando expressar idéias e sentimentos, mal-estar em meio aos outros e pouco contato visual, choro quase ininterrupto, padrões repetitivos e movimentos estereotipados como ficar muito tempo sentado balançando o corpo para frente e para trás. Eles também pode apresentar uma apatia exarcebada.
Essas características podem se manifestar de maneira leve, passando despercebido e ser confundidos com uma simples timidez. Também podem se manisfestar em um grau mais moderado para grave, aonde interfere no comportamento, comunicação e na relação da criança com a sociedade. 
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é realizado por um pediatra ou psiquiatra através de observação e testes até a criança completar 3 anos de idade. A confirmação só é feita, quando a criança apresentar mais de 3 áreas afetas pela síndrome como interação social, alteração comportamental e falha na comunicação. 
O Autismo atinge mais meninos do que meninas – a cada cinco meninos, apenas uma é menina -, sendo que nelas, a síndrome se apresenta de uma forma mais severa. A dificuldade na identificação dos sintomas nas meninas, é pelo fato de que os critérios de avaliações foram feitos com base nos padrões essencialmentes masculinos.
Outro fator que atrapalha o diagnóstico na menina com autismo é a forma que elas conseguem disfarçar a suas dificuldades sociais com sua habilidade especial em copiar o comportamento de outras meninas. Essa camuflagem se mantem durante toda a vida acadêmica e até mesmo no ambiente de trabalho.
TRATAMENTO
O Autismo não tem cura, mas o tratamento depende do tipo do grau de autismo e varia de criança para criança. O mais usual e eficaz é que a criança seja acompanhada por uma equipe composta por vários profissionais, que juntos trabalharão, melhorando a comunicação, concentração e diminuindo os movimentos repetitivos, onde a criança poderá estudar, trabalhar sem restrições, tornando um pouco mais facilitada a qualidade de vida dele próprio e também de sua família.
O neuropediatra avalia o sistema nervoso central e o periférico, através de exames minuciosos e análises das aquisições motoras, cognitivas e de linguagem ao longo do tempo. 
O fisioterapeuta irá trabalhar com a psicomotricidade, através de jogos e brincadeiras que poderá ajudar a criança a focar sua atenção em apenas uma coisa de cada vez e a controlar seus movimentos repetitivos.
O psicoterapeuta e o terapeuta ocupacional auxiliarão nas terapias para facilitar as atividades diárias, como se vestir sozinho, e as terapias em grupo para melhorar a socialização da criança.
Já o fonoaudiólogo irá ajudar na comunicação verbal do autista com o mundo. Eles ajudarão a criança a aumentar o seu vocabulário e melhorar a entoação da voz
O nutricionista e nutrólogo cuidarão da alimentação, pois alguns alimentos podem agravar ou melhorar os sintomas do autismo. 
A musicoterapia contribui para que o autista possa entender suas emoções e aumentar a interação com o mundo à sua volta. O objetivo não é aprendar a cantar, a tocar algum instrumento ou dançar, mas sim, se expressar através dos sons e movimentos da dança num ambiente mais descontraido. 
Nos casos mais leves, não há necessidade de prescrição de medicamentos. Já nos graus mais elevados o médico indica alguns medicamentos que possam combater os sintomas relacionados como agressão, hiperatividade, compulsividade, entre outros. 
O AUTISTA NA ESCOLAR
A falta de qualificação profissional na escola, é a principal dificuldade ao receber esse aluno. 
A escola é o primeiro lugar onde a criança passa pela separação do ambiente familiar para entrar em contato com uma outra sociedade totalmente nova, tendo que se adaptar a novas regras e interagir com novas pessoas. O processo de aprendizagem varia de acordo com a necessidade do aluno, tendo assim que ser feito uma adequação no trabalho pedagógico. 
Os demais alunos também devem passar por um processo de adequação para a recepção desse novo aluno.
No Brasil é utilizado o método TEACCH que baseia na adaptação do ambiente para facilitar a compreensão da criança em relação ao seu local de trabalho ao que se espera dela. O TEACCH visa o desenvolvimento independente do aluno de forma que ele precise do professor para o apreendizado de atividade novas, mas possibilita a ocupação de seu tempo de uma forma independente. 
A INCLUSÃO NA ESCOLA
O educador deve ter paciência e compreensão para lidar com o aluno, pois o próprio pode apresentar um olhar distante, não atender ao chamado ou até mesmo demorar muito para aprender determindas lições. Sempre instruir essa criança de forma clara e organizada para que ele possa desenvolver hábitos de estudos. 
Para facilitar o trabalho com a criança autista, podemos utilizar metódos que ajudem a criar rotinas que estipulem horários em que as atividades devem ser feitas.
Estipular um lugar exato para realizadas as atividades e rotular as coisas relacionando figuras com objetos, facilita na hora de ensinar essa criança a conhecer novas regras. 
Os metódos sensoriais ajudam no desenvolvimento dos sentidos.
Realizar atividades que envolvam os pais, aumentando o elo entre eles. 
Uma criança austista não é desinteressada ou desmotivada, mas o autismo compromete e retarda o processo de aprendizagem. Essa criança precisa de muito carinho, motivação e elogio para o desenvolovimento de sua inteligência. 
CONCLUSÃO
Conversei com a mãe de uma criança autista de 10 anos, regularmente matriculada em uma escola da rede pública, e com a sua professora.
A mãe descreveu-me essa criança como ansiosa, super detalhista mas que se relaciona muito bem com todos da escola. Ela acredita que nenhuma escola seja apta para inclusão, porém considera a escola de seu filho muito afetiva, pois nas muitas vezes em que seu filho chegava agitado e chorando, as cuidadoras o acalmava até ele estar em condições em ir para sala de aula. Mesmo a escola não oferecendo suporte trerapêutico, ela está disposta em ajudar não só as crianças, mais aos pais também. Para essa mãe, deveria ter mais materiais adaptados para inclusão. 
Já a professora entrevistadapossuia dois alunos com autismo, um ansioso, detalhista e de bom relacionamento e outro mais agitado, agressivo e com difícil convivência. Ela também acredita que as escolas não estão aptas a trabalharem com inclusão e a principal causa é a falta de capacitação, que devido a falta de tempo dificulta a busca de cursos capacitadores, porém eles usam de todas as artimanhas e bom senso para proporcionar à esses alunos um ambiente agradável e passar toda segurança aos pais . 
Referências
BLOG VITTUDE. TEA – Transtorno do Espectro Autista ou Autismo: causas e tratamento . Disponível em: < https://www.vittude.com/blog/transtorno-do-espectro-autista-ou-autismo/> Acesso em: 23 de maio de 2018
GONÇALVES, Paula Pais. O Autismo e a Aprendizagem Escolar . Disponível em: <http://www.pedagogia.com.br/artigos/autismo/> Acesso em: 23 de maio de 2018
MÜLLHER, Michele. O autismo se manifesta de forma diferente em meninas. Disponível em: <https://www.huffpostbrasil.com/michele-muller/o-autismo-se-manifesta-de-forma-diferente-em-meninas_a_21699367/> Acesso em: 23 de maio de 2018
ANTÔNIO, Rosa Maria Rodriguez. Entenda o Entenda o que é Autismo e como identificar. Disponível em: < https://www.tuasaude.com/autismo-infantil/> Acesso em: 23 de maio de 2018
BLOG LAGARTA VIRA PUPA. Autismo na escola: 10 recursos fáceis. Disponível em: < https://lagartavirapupa.com.br/autismo-na-escola-10-recursos-faceis/> Acesso em: 25 de maio de 2018.

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