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Universidade Federal do Rio Grande- FURG. Discente: Laís Paulo dos Santos Silva-118894. Docente: Carlos Alberto Severo Felipe. Prática: Curva Característica de uma bomba (2) centrífuga. Data da prática: 17/05/2018. Data da entrega: 29/06/2018. 1. Objetivo Obter a curva característica de uma bomba centrífuga e analisar suas curvas de desempenho. 2. Resumo O relatório exibe os procedimentos necessários para a construção da curva característica de uma bomba centrífuga e apresenta uma análise dos resultados, comparando com os valores da literatura. 3. Materiais e Métodos 3.1 Materiais Os materiais e equipamentos necessários para a execução da prática foram: - Bomba centrífuga Dancor: - Rendimento do motor: 39,4%; - Rendimento do conjunto 22,9%; - Motor elétrico monofásico WEG. - Fluido: água; - Régua; - Balde; - Manômetro de Bourdon; - Manômetro em U de mercúrio; - Multímetro; - Cronômetro; - Balança; - Tubulação de PVC; - Válvulas; - Tanque de fibra. 3.2 Métodos O sistema para realização da prática foi montado de forma que as bombas estavam afogadas, com o reservatório de água um nível acima das mesmas, e conectadas a ele por meio de tubulações. A fim de coletar os dados da corrente do fluido, um multímetro foi associado aos conectores da bomba. E para obter as medidas de pressão, à tubulação de sucção foi associado o manômetro de mercúrio em U, e à de descarga, o manômetro de Bourdon. A válvula foi regulada para que houvesse o escoamento de um fluxo mínimo de água pela tubulação. Com o balde iniciou-se a coleta de água em intervalos de 10 segundos conforme abertura da válvula, pesando-se o mesmo ao término de cada coleta, totalizando 10 pesagens. Ao fim de cada pesagem, a água do balde foi devolvida ao tanque. O esquema ilustrativo da prática pode ser observado na Figura 1, na qual pode notar-se que a bomba succiona a água do reservatório e recalca a água para ele. Figura 1. Sistema da prática. Fonte: Própria autora. O tratamento dos dados coletados na prática foi realizado a partir da equação da conservação de energia descrita abaixo: - P1 e P2 são as pressões de sucção e descarga. - é a massa específica da água, 1000 kg/m3. - 1 e são as velocidades de sucção e descarga, respectivamente. - z2- z1 é a diferença de altura entre os pontos de sucção e descarga (65,5 cm). - g é a aceleração da gravidade. - hL representa as perdas de carga. - é a energia que a bomba transmite para o fluido As considerações feitas para a equação são: - Como os diâmetros de sucção e descarga são iguais, as velocidades nestes pontos também serão. - hL pode ser desprezada, devido a mínima distância entre os manômetros (tubo em U e Bourdon) e os pontos de sucção e descarga. Assim a equação é reduzida a: Como o objetivo, nesta fase dos cálculos, é obter a energia que a bomba transmite para fluido, isola-se , a partir da equação (3): A partir do , extrai-se a altura que a bomba recalca o líquido, também chamada de altura manométrica (Hb): Com os dados de corrente coletados e sabendo a tensão (E da rede elétrica) e o rendimento do motor ( , obtém-se a potência de acionamento que representa a potência que o motor entrega pra bomba ( ̇ . ̇ Para criar a curva da eficiência da bomba em função da vazão volumétrica de fluido é necessário também encontrar o valor de ̇ , que é feito a partir de: ̇ ̇ Em posse das equações (5) e (6) obtém-se a eficiência: ̇ ̇ Respondendo a questão levantada pelo professor, “Quais os procedimentos/atividades que executei durante a prática?” Anotar os dados de pressão, corrente, vazão e tempo, coletados por meus colegas. 4. Resultados e Discussão Os dados da prática estão dispostos nas Tabelas 1 e 2, referentes à primeira medida e a sua réplica. Tabela 1. Dados coletados da prática com a bomba 2 ligada. Hs Pd I m t (cmHg) (psi) (A) (kg) (s) 4 21 1,83 0 10 2,7 20 1,91 0,98 10 1,8 19 1,99 1,88 10 0 18 2,09 3,67 10 -1,9 16,5 2,22 6,03 10 -2,5 16 2,24 6,35 10 -3,4 16 2,27 7,14 10 -4 15,5 2,28 7,47 10 -4,8 14,5 2,31 7,93 10 -6,5 13 2,36 9,13 10 Tabela 2. Reprodução da prática para nova coleta de dados da bomba 2. Hs Pd I m t (cmHg) (psi) (A) (kg) (s) 4 21 1,47 0 10 1,1 18,5 1,63 2,86 10 1,5 16,5 1,87 5,93 10 -3 15,75 1,97 7,58 10 -3,5 15 1,99 8,21 10 -3,9 14,75 2,01 8,22 10 -4,2 14,25 2,02 8,48 10 -4,6 14 2,03 8,74 10 -4,7 14 2,04 8,56 10 -5,4 13 2,07 9,17 10 -5,8 12,9 2,07 9,3 10 Hs é a altura de sucção lida no manômetro em U, utilizando a equação fundamental da hidrostática, ela será convertida em pressão (Ps), Pd é a pressão de descarga obtido no manômetro de Bourdon, I é a corrente elétrica obtida para diferentes vazões no multímetro, m, a massa de água coletada e t, o tempo de escoamento da água no balde. Com os dados coletados e utilizando as equações apresentadas na metodologia, foram obtidos os parâmetros necessários para plotar as curvas características da bomba. A planilha em anexo apresenta todos os dados coletados e parâmetros calculados com os dados da 1ª coleta e os da réplica. O primeiro gráfico plotado é o da altura manométrica (carga) em função da vazão volumétrica. Ele representa a altura de uma coluna de líquido resultante da energia cinética que a bomba cede ao fluido. A principal razão para usar a altura ao invés da pressão para medir a energia da bomba centrífuga é que a pressão varia com a densidade do fluido, e a altura não. Figura 2. Curva da carga da bomba 2 em função da sua vazão volumétrica (L/s). Figura 3. Curva da carga da bomba 2 (obtida com os dados da réplica) em função da sua vazão volumétrica (L/s). O segundo tipo de gráfico representa a potência de acionamento do motor em função da vazão volumétrica. Ele descreve a potência que o motor entrega à bomba de acordo com a vazão de fluido bombeado. 0 2 4 6 8 10 12 14 16 0 0,0002 0,0004 0,0006 0,0008 0,001 Hb (m.c.a) Hb (m.c.a) 0 2 4 6 8 10 12 14 16 0 0,0002 0,0004 0,0006 0,0008 0,001 Hb (m.c.a) Hb (m.c.a) Figura 4. Curva da potência de acionamento da bomba 2 em função da sua vazão volumétrica (L/s). Figura 5. Curva da potência de acionamento da bomba 2 (obtida com os dados da réplica) em função da sua vazão volumétrica (L/s). O terceiro tipo de gráfico corresponde à eficiência da bomba que confere a melhor condição operacional em função da vazão bombeada. Este parâmetro é muito utilizado no dimensionamento e seleção de bombas. Vale ressaltar que o rendimento/ eficiência da bomba representa um fração da potência de acionamento, ou seja, parte desta foi perdidana forma de outros tipos de entergia, não sendo convertido em energia que a bomba cede ao fluido ( ). A seguir as curvas de eficiência da bomba em função da vazão volumétrica. 0 50 100 150 200 250 0 0,0002 0,0004 0,0006 0,0008 0,001 (J/s) 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 0 0,0002 0,0004 0,0006 0,0008 0,001 (J/s) Para ambos os dados, a melhor eficiência está na faixa de 0,467 à 0,545, não havendo um desvio considerável. Figura 6. Curva da eficiência da bomba 2 em função da sua vazão volumétrica (L/s). Figura 7. Curva da eficiência da bomba 2 (obtida com os dados da réplica) em função da sua vazão volumétrica (L/s). A Figura 8 mostra o comportamento (registrado na literatura) de uma bomba centrífuga. É possível afirmar que as curvas obtidas no relatório têm perfis semelhantes ao ilustrado na figura. 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45 0,5 0 0,0002 0,0004 0,0006 0,0008 0,001 (%) 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0 0,0002 0,0004 0,0006 0,0008 0,001 (%) Figura 8. Curvas características de uma bomba centrífuga em função da vazão. Fonte: BARBOSA, B. H. 5. Conclusão As curvas obtidas apresentam o perfil das curvas encontradas na literatura, sendo assim, a prática valida a teoria de bombas estudada. 6. Referência Bibliográficas HALLIDAY, D.; RESNICK, j. W. Fundamentos da Física, Vol. 2, LTC, 8ª Edição, 2009. BARBOSA, B. H. Instrumentação, Modelagem, Controle e Supervisão de um Sistema de Bombeamento de Água e Módulo Turbina–Gerador. Disponível em: https://www.ppgee.ufmg.br/defesas/426M.PDF. Acesso em 25/06/2018.
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