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Competencias Profissionais Revisao

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Competências 
Profissionais
Revisão
Profa. Glauce 
Soares Casimiro
Considerando o processo de democratização do 
ensino no Brasil e os avanços ocorridos nas últimas 
décadas, quanto ao acesso das crianças à escola, a 
educação brasileira está sendo desafiada por outro 
problema: como habilitar os 
professores a essa nova 
realidade? 
Professor reflexivo
Embora vários esforços tenham sido feitos quanto ao 
desenvolvimento de projetos de capacitação de 
professores em vários estados brasileiros, eles estão 
muito aquém do necessário, tanto qualitativa quanto 
quantitativamente. Nesse 
sentido, um dos grandes 
problemas da formação de 
professores diz respeito à 
eficiência desses processos. 
Professor reflexivo
É sabido que, no geral, os projetos de capacitação dos 
professores não têm obtido os resultados esperados, pois, os 
índices de reprovação apresentados pelas avaliações externas 
realizadas pelo MEC apontam que o ensino no Brasil está 
deficiente. Assim, os profissionais da educação precisam 
estudar e colocar em prática teorias 
que auxiliem os alunos no ato de 
aprender bem. 
Professor reflexivo
Pode-se atribuir o “aprender mal” a inúmeros sentidos, 
dependendo da teoria da aprendizagem usada. Para visões 
tradicionalistas, aprender mal se restringe a não saber 
reproduzir o que se decora na escola. Como atesta 
Manguel (1996), mantém-se nas escolas, ainda 
fartamente, a ideia antiga da 
interpretação oficial reiterativa,
evitando-se a autoria do
educando. 
Uma visão de aprendizagem
A didática central é a do treinamento, tipicamente 
instrucionista, separando-se drasticamente a figura 
do professor e do educando: o primeiro ensina, o 
segundo copia. No fundo, ambos copiam, pois, a 
expressão mais própria do 
mero ensino é o repasse de 
conteúdos copiados, algo que 
sobrevive ainda na apostila 
como marco didático. 
Uma visão de aprendizagem
Cada professor guarda em sua mente uma visão de 
aprendizagem, em geral testada em si mesmo (se sabe 
aprender bem) e nos educandos (se sabe fazer o educando 
aprender bem), do que segue a importância insubstituível 
da teoria, ainda que instrumental. Essa visão faz parte do 
projeto pedagógico de cada 
professor ou de cada escola, e 
tem como fulcro maior o 
compromisso com a 
aprendizagem do educando,
não com uma teoria. 
Uma visão de aprendizagem
a) Referências de base biológica, que tentam entender 
dinâmicas cerebrais e mentais, em especial a versão de 
Maturana (2001) e seu conceito de autopoiese: a mente 
não tem acesso direito à realidade externa, mas mediado 
pelos sentidos e cérebro que constroem interpretação 
autorreferente, do ponto de
vista do observador; 
Indicações do que seria aprender bem 
b) Referências interacionistas social e culturalmente 
situadas, em geral herdeiras de Vygotsky (1989), 
realçando a importância da interação social da 
criança e os desafios imposto novas, posição hoje 
muito reforçada pelo conceito 
de “aprendizagem situada" 
relacionada a ambientes 
virtuais (GEE, 2004). 
Indicações do que seria aprender bem 
Referências as habilidades emocionais, muito embora 
facilmente se interprete mal essa questão, confundida com 
prazer (imediato) (DAMÁSIO, 1996); as teorias não abonam essa 
expectativa (GOLEMAN, 1996), mas a do envolvimento em 
profundidade, preconizado na mente incorporada (EDELMAN 
&TONONI, 2000) 
(esses autores falam em como a 
matéria se torna imaginação); 
Indicações do que seria aprender bem
Referências virtuais de aprendizagem, buscando apoios na 
nova mídia (tecnologias de computador) para fomentar 
ambientes enriquecidos e flexíveis de aprendizagem; de modo 
mais geral, admite-se que contextos digitais podem ser 
favoráveis à aprendizagem, já que a assim dita “presença 
virtual” está consagrando-se, não 
contra a presença física, mas em 
paralelo (MAEROFF, 2003); 
Indicações do que seria aprender bem
Revisão
Continuando
O que são competências? Como é possível 
desenvolvê-las em sala de aula? Competências e 
inteligências não são palavras diferentes que 
expressam a mesma coisa? 
Competências na sala de aula
Segundo o Aurélio (2010), competência é a "qualidade de 
quem é capaz de apreciar e resolver certos assuntos". 
Seria o mesmo que habilidade ou aptidão. Competente é 
aquele que pondera, aprecia, avalia, julga e depois de 
examinar uma situação ou um problema por ângulos 
diferentes encontra a solução ou decide. 
Poderia ser ainda a capacidade como resultado de 
conhecimentos assimilados. 
Um aluno competente é aquele que enfrenta 
os desafios de seu tempo usando os saberes 
que aprendeu e empregando, em todos os 
campos de sua ação, as habilidades antes 
apreendidas em sala de aula.
As inteligências são potenciais biopsicológicos; 
são capacidades para resolver problemas ou criar 
produtos considerados de valor em um meio 
social; capacidades de compreender, de se 
adaptar, de contextualizar; “ferramentas”, 
sistemas neurais que diferenciam uma pessoa da 
outra. 
As inteligências (linguística, lógico-matemática, 
sonora, cinestésico-corporal, espacial, 
naturalista, intrapessoal, interpessoal e 
existencial) são algo como facas usadas para 
múltiplos fins e que as competências constituem 
as pedras de amolar, que as afiam e as tornam 
mais agudas mais 
cortantes.
Competências, Inteligências... e os Conteúdos?
Nada pode ser ensinado, desvinculando-se de certo 
conhecimento que se estrutura no que chamamos de 
"conteúdos". Certamente, um aluno do Ensino Médio 
sabe "comparar", mas, peça a ele que "compare", e verá 
que sua indagação será sempre pelo conteúdo: 
"comparar o quê?"
A diferença, que realmente existe em se lidar 
com inteligências e competências, em sala de 
aula, está na forma diferenciada com que as 
informações são trabalhadas, atribuindo-lhes 
um significado, impregnando-as de uma 
contextualização com a vida e o espaço, no qual 
o aluno se insere.
Trabalhar inteligências e competências não é passar de 
um capítulo ao outro de um programa, é antes trabalhar 
internamente esses momentos para perceber onde seus 
temas se refletem no cotidiano, de que forma seus 
saberes permitem a geração de situações-problema. Os 
alunos serão desafiados e motivados a pesquisar essas 
situações, a descobri-las e ver como seria possível 
apresentá-las com outra 
"linguagem”.
Reter a informação não é tão importante 
quanto saber lidar com a mesma, e dela fazer 
um caminho para solucionar problemas; 
aprender não é estocar informações, mas, 
transformar, reestruturando passo a passo o 
sistema de compreensão do mundo. 
Quais Competências Desenvolver nos Alunos?
A escola tradicional e a família nuclear antiga eram 
lugares onde as crianças deveriam ouvir e calar-se. Ser 
criança, anos atrás, requeria que se tivesse 
principalmente ouvidos e mãos, não sendo de igual 
importância a boca e o olfato. 
A escola atual e, não poucas vezes, a família do século XXI 
não perceberam que os tempos mudaram e, que hoje, 
esses espaços devem representar essencialmente o lugar 
onde se aprende a ler, falar e usar a linguagem —
palavras, imagens, números — como a mais importante e 
"humana" das ferramentas.
A aula deve ser o ponto central para o exercício da leitura 
e da fala, da audição — e, naturalmente, da visão em 
textos escritos — dos professores necessitam de ouvidos 
e olhos críticos para receber e aprimorar mensagens. O 
grande professor será aquele que se preocupa em ensinar 
o aluno a ler e compreender um texto e a se expressar 
com lucidez, valendo-se da "ferramenta" de seus 
conteúdos.
Revisão
Agora é a sua vez
Conforme você aprendeu sobre metacognição, que tipo de 
pergunta é essa:
a) "Como você está progredindo?”
b) "Vocêpode dar uma definição 
de...
c) "Quanto tempo você precisa 
para decorar uma poesia curta?”
d) "Quais são os cinco domínios 
de resultados de aprendizagem? 
Atividade 1
Resposta:
a) "Como você está progredindo?" — é a pergunta que 
reflete a tomada de consciência da pessoa sobre o que está 
aprendendo, suas formas de 
aprender e o ritmo com que está 
aprendendo. 
b) "Você pode dar uma definição 
de..." — é uma pergunta que 
procura saber se o aluno pensa 
que e capaz de definir um 
determinado conceito. 
[...]
Atividade 1
[...]
c) "Quanto tempo você precisa para decorar uma poesia 
curta?" - pede uma auto avaliação sobre a capacidade de 
uma pessoa memorizar.
d) é uma pergunta metacognitiva
que leva o leitor deste tema a 
rastrear sua memória para 
encontrar a resposta. 
Atividade 1
Conforme você aprendeu neste tema, que tipo de pergunta é 
essa:
a) Você prefere aprender escutando ou lendo? 
b) Quando você lê, você sublinha 
o que lê? Faz esquemas? 
Resumos? 
c) Você acha mais fácil aprender 
Inglês ou Francês? 
Atividade 2
Resposta:
Essas perguntas - que se constituem num exercício típico de 
metacognição - nos conduzem a três outros importantes aspectos 
da aprendizagem. 
a) A primeira pergunta refere-se 
a suas preferências de 
aprendizagem: ouvir ou ler?
Muitas pessoas preferem aprender 
ouvindo. Esta sempre foi a forma 
mais usual ou "tradicional" de 
aprendizagem formal e informal. 
Nas escolas, o comum era - e ainda 
é - o professor que fala e os alunos 
que escutam. 
[...]
Atividade 2
[...]
b) A segunda pergunta indaga a respeito de seus hábitos 
como leitor. Muitos leitores têm o hábito de usar 
"marcadores" ou notas à margem 
dos textos que lêem. Essa técnica 
ajuda a manter a atenção, 
assegura que o leitor está 
ativamente pensando no que lê e 
orienta a revisão do texto. 
[...]
Atividade 2
[...]
c) A terceira pergunta refere-se à facilidade para aprender 
diferentes coisas - línguas, por exemplo. Francês é muito 
mais parecido com Português do 
que o Inglês. Mas muita gente 
acha que é mais fácil aprender 
Inglês - seja pela motivação, 
porque acha mais útil, mais 
importante ou porque tem mais 
familiaridade. 
Atividade 2
Conforme foi abordado neste tema, conceitue:
Informação verbal:
Atividade 3
Resposta:
Informação verbal - significa saber o quê, o significado das 
palavras, sua definição verbal, uma informação ou um 
conjunto de informações. Um aluno com boa memória pode 
chegar a “saber" enunciar a lei de 
Ohm sem, no entanto, 
compreendê-la. Normalmente, 
não requer necessariamente a 
compreensão. A categoria 
"informação verbal“ inclui a 
definição das palavras e os 
conceitos concretos. 
Atividade 3
Conforme foi abordado neste tema, conceitue:
Habilidades intelectuais:
Atividade 4
Resposta:
Habilidades intelectuais - referem-se à aplicação de um 
princípio geral a casos específicos, a uma classe de estímulos 
ou situações. Por exemplo, "saber" o que é um mamífero 
implica saber a definição e os 
exemplos que se aplicam e os que 
não se aplicam — com base em 
princípios de classificação, 
inferência e generalização. As 
habilidades intelectuais incluem 
os conceitos definidos, regras, 
princípios, algoritmos e 
procedimentos, bem como a 
habilidade de resolver problemas. 
Atividade 4
Conforme foi abordado neste tema, conceitue:
Estratégias cognitivas:
Atividade 5
Resposta:
Estratégias cognitivas—referem-se à consciência sobre 
nossos processos de aprendizagem e incluem diversas 
estratégias cognitivas e 
metacognitivas. O presente 
tema se concentra nas 
estratégias de metacognição, 
essenciais para que o aluno 
aprenda a aprender.
Atividade 5
Revisão
Finalizando
O domínio das técnicas e estratégias de metacognição leva o 
aluno, em longo prazo, a tornar-se um aprendiz autônomo, ou 
seja, alguém que sabe "aprender a aprender". 
As estratégias de cognição, num sentido amplo, incluem 
atividades que vão desde atividades tão simples quanto aos 
métodos de estudo
Metacognição
(como consultar o dicionário, fazer fichas, organizar o 
calendário de estudos, antecipar o tempo que será gasto para 
aprender um determinado assunto, técnicas mnemônicas) até 
estratégias mais sofisticadas que incluem o controle da 
impulsividade, o uso de diagramas, redes conceituais ou 
simbólicas para armazenar e 
localizar informação.
Metacognição
Já as estratégias de metacognição referem-se ao 
pensar sobre o próprio pensar, de forma reflexiva 
e consciente. 
A metacognição constitui um conjunto de 
ferramentas essenciais para que o aluno se 
converta num aprendiz autônomo. 
Nos últimos 20 anos, uma das áreas mais produtivas 
da Psicologia Cognitiva, e que vem apresentando 
descobertas mais relevantes para o ensino, diz 
respeito às diferenças entre as 
maneiras como os aprendizes 
e os especialistas aprendem. 
Especialistas e aprendizes: modos diferentes 
de aprender
A pergunta que iniciou esse tipo de estudo 
visava saber quais são as diferenças entre 
especialistas e aprendizes no pensar e no agir. 
Especialistas são profissionais que se 
distinguem numa determinada área de 
atividade ou conhecimento (mecânica, 
química, xadrez, 
física etc.).
Aprendizes são pessoas que estão começando a aprender 
algo ou que possuem poucos conhecimentos numa nova 
área. Algumas pessoas que não aprendem a aprender 
comportam-se como aprendizes durante toda a vida. 
Vivem fazendo cursos, para aprender a partir dos 
ensinamentos de outros. Mas nunca se tornam capazes 
de aprender sozinhas, nem por sua própria experiência, 
nem por meio da observação e 
do diálogo com seus colegas.
Um dos achados mais interessantes das pesquisas 
sobre como os especialistas aprendem é que eles 
organizam informação de forma muito eficaz — daí 
sua maior capacidade de memorizar, reter novas 
informações e conectá-las ao 
que já aprenderam antes. 
Como os especialistas lidam com a informação
Os especialistas possuem conhecimentos 
altamente estruturados e percebidos como 
configurações, redes e padrões de 
informação. Isso lhes permite absorver 
rapidamente grandes quantidades de 
conhecimento, ao passo que um aprendiz leva 
muito mais tempo e 
precisa investir muito 
mais esforço. 
O pensamento dos especialistas parece organizar-se em torno 
de grandes ideias ou temas. Isso se contrapõe à forma como os 
aprendizes percebem a resolução de problemas, ao memorizar, 
recordar e aplicar equações ou 
fórmulas em busca da solução. Isso 
é muito comum quando se 
comparam as formas de aprender
de especialistas e estudantes de 
física, por exemplo. 
Como os especialistas organizam seus 
conhecimentos
Mas, também, ocorre em outras disciplinas, 
como a História. A principal consequência 
prática disso, para o ensino, é a importância 
de se organizar uma disciplina, matéria ou 
currículo de forma que o aluno chegue a uma 
compreensão dos conceitos centrais da 
disciplina.
Os especialistas possuem um vasto repertório de 
conhecimentos relevantes para seu campo de 
especialidade ou disciplina. Mas, na prática, 
apenas alguns subconjuntos desse repertório são 
relevantes para resolver 
problemas específicos. 
Contexto e acesso ao conhecimento

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