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Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Orgânica experimental II Professor Arthur Kummerle Aluna: Juliana Matinha 29/06/2018 BIODIESEL 1. Introdução A história do biodiesel começou em 1895 quando foi descoberto nos óleos vegetais um potencial de combustível e um caminho para o desenvolvimento industrial. Essa descoberta foi realizada por Rudolf Diesel e Henry Ford, que trabalharam em busca de diversos combustíveis para motores, como o álcool. A ideia de utilizar combustível de origem orgânica só começou ser viável na década de 1970, quando o preço do petróleo subiu drasticamente causando uma crise. Dessa maneira, o biodiesel é um combustível atóxico, biodegradável derivado de fontes renováveis e com crescente disponibilidade (McCornick et al., 2001) obtido a partir de um processo químico denominado transesterificação onde, o triacilglicerídeos reage com um álcool na presença de um ácido ou base forte, gerando uma troca de resíduo alcoxila formando ésteres de ácidos graxos e glicerina. Cerca de 20% de uma molécula de óleo vegetal é formada por glicerina. A glicerina torna o óleo mais denso e viscoso. Durante o processo de transesterificação, a glicerina é removida do óleo vegetal, deixando o óleo mais fino e reduzindo a viscosidade. O Brasil tem hoje presença no mercado mundial da produção de biodiesel. O local é favorecido pelo clima, que possibilita a culturas de oleaginosas. Além disso, utiliza preferencialmente o éster etílico, visto que o etanol é produzido em larga escala localmente, enquanto o metanol precisa ser importado. Uma das principais vantagens do Biodiesel é sua qualidade ambiental, já que emite 98% menos de gás carbônico comparado ao petróleo, libera menos partículas poluentes (dessa forma, contribui para a redução do efeito estufa) e tem reduzida emissão de carvão, além de ser um ótimo lubrificante e não precisar de ajustes no motor, tendo baixo risco de explosão. REAÇÃO GERAL 2. Objetivo Obter biodiesel a partir da transesterificação de óleo de soja, in natura. 3. Procedimento Em um erlenmeyer de 250 mL adicionou-se 50 mL de óleo de soja que foi aquecido em placa de aquecimento, sob agitação magnética, até atingir a temperatura de 45°C. Em seguida, em um bequer de 100 mL foram pesados 0,50g de NaOH que foram dissolvidos em 17,5 mL de metanol. E esta solução foi adicionada ao óleo e se manteve a mistura a 45°C, sob agitação por 10 minutos. Após o resfriamento, a mistura foi transferida para um funil de separação para que ocorresse a separação das duas fases: superior contendo o biodiesel e inferior composta de glicerol, sabões, excesso de base e álcool. A fase inferior foi recolhida em uma proveta de 25 mL. O volume do biodiesel foi recolhido em uma proveta e retornado ao funil de separação para os procedimentos de lavagem. Inicialmente foi lavado com 25 mL da solução aquosa de HCl a 0,5% (v/v), depois lavou o biodiesel com 25 mL de solução saturada de NaCl e finalmente com 25 ml de água destilada. Em um bequer de 250 mL, contendo o biodiesel já lavado, foi adicionado sulfato de sódio anidro para retirar traços de água. Em seguida a mistura foi filtrada utilizando um funil de filtração e um pedaço de algodão. Com o produto filtrado foram feitos dois testes, um de combustão e o outro de solubilidade. O teste solubilidade foi realizado em tubos de ensaio contendo óleo de soja e o biodiesel aos quais foram adicionados água, álcool e éter etílico separadamente e observou. Depois foi realizado um teste de combustão molhando 3 chumaços de algodão, com óleo de soja, metanol e biodiesel, como fonte de calor para promoção da combustão utilizou-se palitos de fósforo. 4. Resultados e discussão A transesterificação foi realizada em meio básico utilizando o metóxido de sódio que é uma base forte para que se evitasse uma competição na troca do éster durante o mecanismo. A temperatura precisa ser controlada na mesma faixa, pois o aumento da temperatura aumenta a taxa de hidrólise que favorece a formação de sabões. Observou-se a formação de DUAS fases no funil de separação e no meio formou uma emulsão. Na primeira fase, a água, resíduos e a glicerina foram descartadas. Caso a glicerina estivesse “pura”, poderia ser utilizada em indústria de sabonete por exemplo, ao invés de descartada. Finalmente, a segunda parte, do biodiesel, foi separada. Após ser separado no funil, o biodiesel passou pelo procedimento de lavagem onde o HCl foi utilizado para neutralizar o meio, o NaCl foi usado para quebrar a emulsão a fim de facilitar na separação do biodiesel e do sabão formado, e a água foi para retirar traços da base. Obteve-se como produto final o biodiesel como líquido límpido de coloração amarela. Foi possível observar com o teste de solubilidade que tanto o óleo de soja quanto o biodiesel não são solúveis na água, formam emulsão com o álcool e são solúveis no éter etílico. Portanto pode-se concluir que o biodiesel é apolar, visto que semelhante dissolve semelhante e ele se dissolveu em éter que é apolar. No teste de combustão, o óleo de soja não sofreu uma combustão. O biodiesel, uma chama muito intensa, com um longo tempo de duração e com uma coloração amarelada. E o metanol e a glicerina passaram por uma combustão completa, mas não intensa, pois suas chamas possuíam uma coloração azulada, não geraram fuligem e durou pouco tempo acesso. Mecanismo 5. Conclusão Foi possível obter o biodiesel, entretanto não é possível realizar o cálculo do rendimento uma vez que não se conhece inteiramente os constituintes do óleo de soja. Com relação ao efeito inflamável, foi possível verificar que o biodiesel fabricado no laboratório tem um efeito maior que o do metanol devido apresentar uma queima mais prolongada. 6. Referência 1) Biodiesel- portal do MEC, acesso dia 22/06 https://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&rct=j&url=http://portal.mec.gov.br/sete c/arquivos/pdf/cartilha_biodiesel.pdf&ved=2ahUKEwja4ayi7ffbAhWEEZAKHTEvAWoQFjAAe gQIAhAB&usg=AOvVaw3OFNmAM7YNL_oU3uFpf5hH 2) http://www.ebah.com.br/content/ABAAABB0UAC/relatorio-biodiesel acesso 23/06
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