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FORMULAÇÕES 1 - Conceito São as diversas maneiras pelas quais os produtos químicos são veiculados sem perda de performance. São diluições do ingrediente ativo, de forma a torná-lo comercialmente aplicável no campo. A formulação diz respeito à forma física com o qual o ingrediente ativo do fungicida é apresentado no mercado, em relação à aplicação, ao controle da doença e ao armazenamento(Azevedo,1989). A formulação empregada é tão importante quanto a escolha do fungicida para o controle de determinada doença. Influencia também na escolha da Máquina e no tipo de aplicação do produto. Pode causar o insucesso no controle de doenças. De uma maneira geral, segundo Hewitt,1998 as formulações devem apresentar as seguintes características: serem seguras para a cultura, fáceis de manusear, compativível com a maioria dos Produtos, fáceis de serem aplicadas, aceitas pelos orgãos de registro e adequadas para serem produzidas em escala comercial 1.1 Tipos de Formulações: • Granulado (GRDA) • Pó seco (PS) • Pó Molhável (PM) • Suspensão concentrada (SC) • Concentrado emulsionável (CE) Adjuvantes: • Umectantes • Emulsificantes • Espalhantes • Adesivos 2 - Componentes de uma formulação Um composto químico com atividade fungicida raramente é aplicado de forma pura. Uma exceção é o enxofre.O normal é que os compostos sejam formulados, juntamente ou em conjunto com outros componentes, para tornar prática a Aplicação e para maximizar a eficiência e a segurança. No Brasil , de acordo com a nomeclatura que se encontra na legislação federal sobre produtos fitossanitários o composto com atividade biológica é denominado de ingrediente ativo, substância química realmente ativa com ação fungicida . Os Outros componentes de uma formulação são denominados de ingredientes inertes. Dentre os ingredientes inertes existem dois tipos : os solventes ou diluentes e os coadjuvantes. Os solventes ou diluentes são substâncias utilizadas para diluir o ingrediente ativo e com isso reduzir sua concentração.(Reis& Forcelini, 1994).Têm função também de ajudar na aplicação mecânica , não influem na toxidez e são inertes aos patógenos. Os diluentes sólidos mais utilizados são originários da moagem e trituração de minerais tais como , gesso ( sulfato hidratado de cálcio ) , talco ( silicato hidratado de magnésio ) , caulim ( silicato Hidratado de alumínio ) e caulinita. Os coadjuvantes são igualmentes inócuos aos patógenos , e sua finalidade De emprego é melhorar a ação do ingrediente ativo. Formulações 3 – Tipos de formulação Os tipos de formulações registradas no Brasil são apresentadas a seguir. Em função da harmonização da Terminologia internacional e, especificamente na área do MERCOSUL, o Brasil passou a adotar, as siglas Internacionais para essa formulações, siglas derivadas a língua inglesa. A seguir encontra - se um resumo das siglas e seus respectivos significados. As siglas para osi ngredientes ativos e concentrados são : AI - substância Ativa biologicamente ;TC -produto técnico e TK -prémistura(Kissmann,1997) 3.1 –Formulações para aplicar sem diluição • Os produtos para aplicar sem diluição são : DP –Pó ,GP -Polvilho fino , ED -Líquido para Pulverização eletrostática , MG -Microgranulado , SO - Óleo para formar Película ,SU -Solução para aplicar em UBV (ultra Baixo volume) ,GR –Granulado , CG –Granulado Encapsulado , FG -Granulado fino , GG -Macrogranulado ,TP - Pó para despistagem e UL -Produto para aplicar em UBV. 3.2.Formulações para a diluição em água Os tipos de concentrados para diluir em água, segundo Kissmann ,1997 são : BR -Bloco DC -Concentrado dispersível EC -Concentrado para emulsão EO -Emulsão (água em óleo) EW -Emulsão (óleo em água) PC -Concentrado em pasta SC -Suspensão concentrada CS -Suspensão de encapsulado SE -Emulsão heterogênea SG - Granulado solúvel em água SL - Concentrado solúvel em água SP - Pó solúvel TB -Tablete WG -Granulado para suspensão aquosa WP -Pó molhável 3.3 – Formulações para diluir em solventes orgânicos Os tipos de concentrados para diluir em solventes orgânicos são : OF - Concentrado fluido miscível em óleo OL - Solução miscível em óleo OP - Pó molhável em óleo Estes tipos de formulações possuem uma utilização muito reduzida dentre os fungicidas. 3.4 – Formulações para o tratamento de sementes Os produtos para o tratamento de sementes são : DS - Pó para o tratamento de sementes a seco ES - Emulsão para o tratamento de sementes FS - Concentrado fluido para o tratamento de sementes LS - Solução para o tratamento de sementes PS - Semente peletizada SS - Pó solúvel para o tratamento de sementes WS - Pó para preparação de slurry Pulverização de Fungicidas Programa de Tratamento fitossanitário Eficácia de um fungicida Tecnologia de Aplicação Fatores Biológicos Fatores Agronômicos Fatores Meteorológicos Programa de Tratamento Fitossanitário • Comportamento químico dos fungicidas • Fenologia dos cultivos • Epidemiologia das doenças de plantas • Valor do monitoramento da doença • Conhecimentos fitotécnicos Programas de Controle de Doenças • São as recomendações técnicas que se fazem para o emprego dos diversos fungicidas num sistema de produção agrícola. • Envolvem : a escolha adequada do princípio ativo, a dose efetiva de controle, as misturas, o início , número , época e intervalo de aplicação, os estádios fenológicos , o Momento (timing) de aplicação e o período residual Programas de Pulverização • São as diversas combinações entre fungicidas ou entre fungicidas e inseticidas visando o controle de doenças e ou o controle de pragas e doenças. • Na prática os programas de pulverização visam maximizar o controle racional de doenças e diminuir a vulnerabilidade da cultura e os riscos de epidemias. • Fenologia da cultura,grupos de fungicidas, aspectos culturais e tecnologia de aplicação. Fungicidas Sistêmicos • Fungicidas de grupos químicos diferentes • Com mecanismos de ação distintos • Número de aplicações restrito • Dosagens corretas • Aplicações preventivas ou no máximo no Início das infecções • Menor período residual de controle, maior número de aplicações e maior gasto com fungicidas Fatores intrínsecos dos programas de pulverização • Cultura : suscetibilidade da cultivar , nível de resistência parcial, arquitetura da planta ,época de Plantio , espaçamento ,ciclo da cultura , manejo de Água e adubação , valor de mercado e alvo biológico • Patógeno : potencial como patógeno , virulência,agressividade, presença de raças fisiológicas , modo De disseminação , tempo , forma e capacidade de Sobrevivência , fungo necrotrófico ou biotrófico e Epidemiologia • Ambiente : temperatura , umidade relativa do ar , Período de molhamento foliar , radiação solar e Velocidade do vento CULTURAS E ALVOS BIOLÓGICOS CULTURA PATÓGENO ALVO BIOLÓGICO Algodão Ramularia .aureola Folhas Baixeiras Algodão Colletotrichum lindemuthianum Folhas novas Banana Paracercospora musae Folha vela Banana Micospherella fijiiensis Folha vela Café Hemileia vastatrix Face abaxial das folhas Cacau Crinipeles perniciosa Botões florais, Frutos e brotações Mamão Colletotrichumgloeosporioides Flores, frutos novos e folhas Trigo Puccinia graminis Folha bandeira Arroz Magnaporthe grisea Base da panícula ,Folhas Feijão S.clerotinia sclerotiorum Flores Videira Botrytis cinerea Flores Morango Botrytis cinerea Botões florais Rosa Botrytis cinerea Flores Soja Phakopsora .pachyrhizi Folhas baixeiras.Folhas Superiores Citros Colletotrichumgloeosporioides Flores Abacaxi Fusariumsubglutinans f.sp.ananas Inflorescência Café Phoma costarricense Folhas novas Tomate P. Infestans Brotações, Folhas, Frutos e Hastes Batata P. Infestans Folhas e Hastes Amplitude Biológica • Amplo espectrode ação • Principais doenças da região • A época de ocorrência diferente das doenças devido ao clima e estádio fenológico da cultura • Espectro de ação do fungicida escolhido para o controle CULTURA DA SOJA Critérios para a escolha do fungicida nos programas de pulverização • Conhecimento da doença ou doenças a serem controladas. Para isso , saber criteriosamente identificar as doenças Pelos sintomas e sinais , saber a época de ocorrência ( períodos críticos ) e os prejuízos causados por elas • A segunda etapa é a escolha propriamente dita do princípio ativo. Modelos de programas de pulverização • Situações de controle ( preventiva e curativa) • Vantagens da aplicação preventiva • Doenças de taxa de progresso rápida (ferrugem Da soja,ferrugem do trigo e brusone) • Doenças de taxa de progresso mais lenta(cercosporiose,pinta preta) • População do patógeno no momento da aplicação (aplicação curativa) Programas preventivos e sistemáticos • Utilização de fungicidas protetores puros Ou em misturas • Aplicação preventiva independente do Estádio fenológico (sem doença) • Reaplicação necessária quando houver reinfecção • Paradigma : aplicação preventiva de fungicidas sistêmicos • O exemplo da ferrugem da soja Variações dos Programas Preventivos • Foundation Application - ( aplicação semanal de fungicidas protetores para a Requeima) • Calendário fixo ou semi-fixo durante o ciclo da cultura • Vacina com fungicidas sistêmicos • Split Application (dosagem dividida do fungicida) Programas de pulverização erradicativos • Utilização de fungicidas sistêmicos com propriedades curativas e erradicantes • Aplicação curativa independente do estádio fenológico da doença • Vulnerabilidade dos programas erradicativos • Diferença de efeito curativo dos fungicidas sistêmicos • Dificuldade do timing de aplicação correto curativo • Exemplos : Antioomicetos,Triazóis (Alternaria,Venturia e Phakopsora) Programas Erradicativos • Para as doenças de final de ciclo da soja, cujo controle deu iníco a utilização de fungicidas na cultura, os programas utilizados até hoje sempre foram curativos.Aqui o conceito é um pouco diferente e as aplicações de fungicidas visam além da diminuição de inoculo, a manutenção da senescência das folhas.As recomendações para o controle de DFC sofreram algumas modificações, sendo que houve uma antecipação das aplicações dos estádios de R 5.1 para R4, ou seja, estão mais preventivas no sentido figurado. • O controle químico do oídio na cultura da soja é outro exemplo de programa de controle erradicativo/curativo. Deve ser iniciado quando o nível de infecção na planta atingir 20% da área foliar , o que em condições favoráveis à doença durante a safra , deve ocorrer entre 40 dias da semeadura ao início de formação de vagens. Caso a doença não atinja esse nível até o estádio de R 6( enchimento pleno das vagens ) , não se deve fazer a aplicação. • Para a mancha alvo ( Corinespora cassicicola ) , o controle químico tem sido eficiente quando a aplicação é feita com a severidade de 15 – 20% da área foliar. Nas cultivares suscetíveis em condições favoráveis à doença , esses níveis ocorrem quando a soja atinge os estádios de R 4 a R 5.1(Embrapa,2007). Programas de pulverização baseados nos estádios fenológicos • A fenologia é o estudo dos eventos periódicos da vida da planta em função da sua reação às condições climáticas. • A fenologia soma o conhecimento de todas as etapas da vida do vegetal , desde a germinação até a maturidade. • A reunião ordenada destas informações permite avaliar o grau de influência dos fatores envolvidos na produção, bem como estabelecer estratégias de manejo pertinentes com os estádios de crescimento da planta.(Fanceli & Dourado,1998) Programas de pulverização baseados na fenologia para Fruticultura TIMING DA APLICAÇÃO PARA O MÍLDIO. RECEITUÁRIO AGRONÔMICO E SUAS APLICAÇÕES 1. Introdução 2. Legislação sobre o receituário agronômico 3. Semiotécnica do receituário agronômico 4. Modelos de receitas DECRETO FEDERAL DE AGROTÓXICOS DECRETO N. 4.074, DE 4 DE JANEIRO DE 2002 Regulamenta a Lei no 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 7.802, de 11 de julho de 1989, DECRETA: Capítulo I Das Disposições Preliminares Art. 1o Para os efeitos deste Decreto, entende-se por: I - aditivo - substância ou produto adicionado a agrotóxicos, componentes e afins, para melhorar sua ação, função, durabilidade, estabilidade e detecção ou para facilitar o processo de produção; II - adjuvante - produto utilizado em mistura com produtos formulados para melhorar a sua aplicação; III - agente biológico de controle - o organismo vivo, de ocorrência natural ou obtido por manipulação genética, introduzido no ambiente para o controle de uma população ou de atividades biológicas de outro organismo vivo considerado nocivo; IV - agrotóxicos e afins - produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos, bem como as substâncias e produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento; V - centro ou central de recolhimento - estabelecimento mantido ou credenciado por um ou mais fabricantes e registrantes, ou conjuntamente com comerciantes, destinado ao recebimento e armazenamento provisório de embalagens vazias de agrotóxicos e afins dos estabelecimentos comerciais, dos postos de recebimento ou diretamente dos usuários; VI - comercialização - operação de compra, venda ou permuta dos agrotóxicos, seus componentes e afins; Conceito de Agrotóxico Agrotóxicos e afins - produtos e agentes de processos Físicos, químicos ou biológicos,destinados ao uso nos Setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas,nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos, bem como as substâncias e produtos empregados como Desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento; TERMINOLOGIA E CONCEITOS • PRAGUICIDA - substância com capacidade para Destruir pragas (Larini,1999) PESTICIDA - substância que combate pragas (Borém,1998) DEFENSIVO AGRÍCOLA - produto de natureza biológica,física ou química que tem por finalidade a proteção da atividade agrícola (Goulart,1991) AGROTÓXICO - compostos químicos utilizados na agricultura o mesmo que defensivo agrícola (Goulart,1991) CONCEITOS DE AGROTÓXICOS: COMPOSTOS QUÍMICOS EMPREGADOS PELO HOMEM PARA DESTRUIR,MATAR,REPELIR PRAGAS TERMINOLOGIA(O QUE É MAIS CORRETO?) SINÔNIMOS:Agrotóxico, Pesticida, Agroquímico, Produto Fitossanitário. DECRETO LEI N. 98.816, de 11.01.90 Cap. VI – Do Receituário Art. 51 – Os agrotóxicos e afins só poderão ser comercializados diretamente ao usuário, mediante apresentação de receituário próprio, prescrito por profissional legalmente habilitado. Art. 52 – A receita deverá serexpedida em cinco Vias: - 1ª - permanece no estabelecimento comercial; - 2ª - usuário; - 3ª - profissional que a prescreveu; - 4ª - Conselho Regional Profissional (CREA – SP,RJ,MG); - 5ª - Órgão Estadual competente. Art. 52 – A receita deverá ser expedida em Cinco vias: § 1º A receita deverá ser mantida à disposição dos Órgãos fiscalizadores pelo período mínimo de cinco Anos, a contar da data da emissão; § 2º O estabelecimento comercial deverá remeter até o 5º dia útil do mês subseqüente uma via da receita ao Conselho Regional Profissional e outra ao órgão Estadual competente. Art. 53 – A receita deverá ser específica para cada Problema e deverá conter, no mínimo: I – nome e endereço completo do técnico responsável; e Número de seu registro no Conselho Regional Profissional; II – nome do consulente, da propriedade e sua localização; III – diagnóstico; e IV – recomendação técnica com as seguintes informações: A) nome do produto comercial que deverá ser utilizado; B) cultura e área onde será aplicado; C) dosagens de aplicação e quantidades totais a serem adquiridas; D) modalidade de aplicação, sendo que no caso de aplicação aérea, devem ser registradas as instruções específicas; IIV – recomendação técnica com as seguintes informações: EE) época de aplicação; F) intervalo de segurança; G) precauções de uso; H) primeiros socorros nos casos de acidentes; I) advertências relacionadas à proteção do meio ambiente; J) instruções sobre a disposição final de resíduos e embalagens; K) orientações quanto ao manejo integrado de pragas; IV – recomendação técnica com as seguintes informações: Ll) orientações quanto à utilização de equipamentos de proteção individual (epis); e M) Data, assinatura e carimbo do técnico, com indicação do nome, do registro no Conselho Regional Profissional e do CPF. Parágrafo único – Só poderão ser prescritos produtos com observância das recomendações de uso aprovados no registro. Art. 54 – Consideram-se como caso excepcional, de Acordo com o Art. 13, da Lei 7.802 de 1989, a prescrição e A venda de agrotóxicos destinados à higienização, Desinfecção ou desinfestação de ambientes domiciliares, Públicos ou coletivos, ao tratamento de água e ao uso em Campanhas de saúde publica. DECRETO LEI N. 98.816, de 11.01.90 Cap. VI – Do Receituário Art. 72 – as responsabilidades administrativas, civil e Penal, nos casos previstos na Lei, recairão sobre: I – o REGISTRANTE que, por dolo ou por culpa, omitir Informações ou fornecê-las incorretamente; II – o PRODUTOR QUE PRODUZIR AGROTÓXICOS, Seus componentes e afins em desacordo com as especificações constantes do registro; III – o PROFISSIONAL QUE RECEITAR a utilização dos Agrotóxicos de forma errada, displicente ou indevida; DECRETO LEI N. 98.816, de 11.01.90 Art. 72 – as responsabilidades administrativa, civil e penal, Nos casos previstos na Lei, recairão sobre: IV – o COMERCIANTE que vender agrotóxicos sem o Respectivo receituário ou em desacordo com o receituário; V – o EMPREGADOR que não fornecer ou não fizer a Manutenção dos equipamentos de proteção individual (epis) do trabalhador ou não proceder à manutenção dos Equipamentos destinados à produção, distribuição e aplicação dos agrotóxicos e afins. DECRETO LEI N. 98.816, de 11.01.90 1. Abordagem (Rapport) – Conversa informal sobre Assuntos diversos – máx.de 10 min. Semiotécnica do Receituário Agronômico 2. Anamnese Passiva – O cliente relata a situação. O profissional não emite opinião. 3.anamnese ativa–O profissional conduz o interrogatório Sobre a cultura, pessoal, equipamentos, instalações, topografia, técnicas, etc.- Visita à propriedade – diagnóstico local 3. Anamnese Ativa – O profissional conduz o interrogatório sobre a cultura, pessoal, equipamentos, Instalações, topografia, técnicas, etc. - Visita à propriedade – diagnóstico local Requeima ou Pinta Preta ? Deficiência de cálcio ? Falta de água? 4. Montagem da Ficha Técnica – Dados do consulente HPPA - História Pregressa do Problema Atual Semiotécnica do Receituário Agronômico 5. Emissão a Receita – De acordo com a legislação atual HPA – História do Problema Atual. - Diagnóstico. - Prescrição: - medidas preventivas - tratamento preventivo ou curativo - Resultado obtido Emissão do Receituário Agronômico Modelos de Receitas Agronômicas Tratamento de Sementes com Fungicidas SEMENTES DE BOA QUALIDADE FIRMAS IDÔNEAS BOA GERMINAÇÃO E VIGOR AUSÊNCIA DE PATÓGENOS IMPORTÂNCIA DAS SEMENTES Tratamento de Sementes • Evita a transmissão de patógenos. • Em caso de stress hídrico seca ou excesso de chuva protege por mais tempo a semente contra fungos de Solo. • Permite semear a menor densidade possível (economia de sementes) • Densidade ótima = melhor colheita 1Tratamento de Sementes • Protege as sementes e plantas jovens contra o ataque de pragas, fungos de solo e/ou transmitidos pelas sementes. • Propicia a emergência do stand de plantas desejado (plantas/m2) • Fungicidas e inseticidas sistêmicos oferecem proteção inicial contra infecções ou ataque de pragas na parte Aérea. Tratamento de Sementes • Menor perda de produto na aplicação • Dosificação ótima e produto no local certo e no momento adequado • Segurança para o ambiente. • Segurança para o operador e aplicador • Menor risco de deriva e decomposição • Melhor distribuição (qualidade da aplicação) • Semente personalizada (valor agregado). • O aspecto das sementes reflete melhor sua qualidade. Tratamento com fungicidas • Protegê-las contra falta ou excesso de água no solo(“stress”hídrico) • Baixas temperatura no solo durante a germinação • Fungos de armazenamento • Fungos de solo • Fungos transmitidos pelas sementes • Fungos da parte aérea Porque tratar as sementes de soja?A B Fig. 1. A (esq.) - Falha na germinação e deterioração das sementes por fungos do solo (Aspergillus spp.) Em solo com deficiência de umidade em sementes não tratadas, e B. Germinação normal no mesmo solo, em sementes tratadas com fungicida. A B Fig. 2 A. Lavoura com estande adequado, semeada com semente tratada com fungicida e B. Mesma lavoura (A) com séria deficiência de germinação, por falta de tratamento da semente com fungicida, sob condição de elevada temperatura e deficiência de umidade, em Sapezal, MT, na safra 1998/99. Ademir Henning Embrapa cnpsoja Fungos transmitidos por sementes de soja • Taxa de transmissibilidade • Mancha Púrpura - Cercospora kikuchii 30 % • Mancha Olho Rã - Cercospora sojina 30 % • Mancha Parda - Septoria glycines 20 % • Seca da Haste - Phomopsis spp 25 % • Antracnose - Colletotrichum dematium 10 % • Cancro da Haste - Diaphorte phaseolorum 1 % • Mofo Branco – Sclerotinia sclerotiorum 40-70% Fonte: (CONAB,2008) PATÓGENOS DE SOJA TRANSMITIDOS POR SEMENTE Phomopsis spp. Fusarium spp. PRINCIPAIS DOENÇAS NA SOJA NO BRASIL Mancha parda Septoria glycines Crestamento foliar /Mancha Púrpura Cercospora kikuchii Mancha olho de rã Cercospora sojina OÍDIO Microsphaera difusa A Brusone é a principal doença do arroz, tanto De sequeiro como irrigado. Os prejuízos são significativos nas cultivares suscetíveis quando as condições climáticas são favoráveis. A doença afeta toda a parte aérea da planta (folhas, nós dos colmos, bainhas, panícula e grãos). Identificação da Doença • Os cachos dos colmos infectados são brancos. A infecção do nó da base da panícula é mais conhecida como Brusone do Pescoço. • Os cachos são atacados , logo após a emissão , e até a fase leitosa , são totalmente chochos. Manejo Integrado da Brusone Arroz Irrigado • Sistematização do solo • Manter irrigação contínua até 15 após a floração • Tratar as sementes com Vitavaxe Cercobin • Pulverizar com fungicidas sistêmicos quando houver 5 -10% de panículas emitidas. • Utilizar cultivares resistentes ou tolerantes Mancha Parda H.oryzae = Dreschslera oryzae Conídios Manchas de grãos Mancha nasfolhas Brusone Pyricularia grisea Mancha Parda Dreschslera oryzae LESÕES ELÍPTICAS Lesões Ovais HELMINTHOSPORIOSE Helminthosporium oryzae Condições favoráveis ao desenvolvimento da doença: Cultivo em solos pobres em potássio e nitrogênio; Excesso de chuvas durante a maturação das panículas; Baixa luminosidade Umidade relativa: 85- 90% Temperatura entre 20- 30.C Drechslera oryzae, Phoma sorghina, Alternaria Padwickii, Pyricularia grisea, Sarocladium oryzae Complexo de Mancha de Grãos Chuvas e alta umidade, durante a formação dos grãos favorecem a ocorrência das manchas nos grãos. O acamamento das plantas: contato das panículas com a umidade do solo, aumenta a descoloração dos grãos. Injúrias causadas por insetos no campo (percevejo!), predispõe os grãos à infecção, com outros microorganismos. Drechslera oryzae Drechslera oryzae, Phoma sorghina, Alternaria Padwickii, Pyricularia grisea, Sarocladium oryzae Complexo de Mancha de Grãos • O tratamento de sementes com fungicida é um pré-requisito para aumentar o vigor e o stand, além de diminuir o inóculo inicial. • As práticas culturais indicadas para o controle de outros patógenos podem minimizar a incidência das manchas dos grãos. PROGRAMA DE CONTROLE DE DOENÇAS Brusone na folha: VITAVAX CERCOBIN Brusone nas folhas e panículas: CERCOBIN Mancha parda nas folhas superiores e grãos: TRIAZOL, Estrobilurina Período de atuação dos tratamentos necessário para o controle DOENÇAS DO FEIJOEIRO –Grande número de doenças –Algumas importantes –Importância de acordo região –Doenças x Áreas irrigadas –Fungos, Bactérias e Vírus. Doenças do Feijoeiro Antracnose(C. Lindemunthianum) Mancha Angular(P. Griseola) Ferrugem(U. Appendiculatus) Mofo Branco(Sclerotinia sclerotiorum) Mosaico Dourado Fase Descrição Sucinta Estádio VEGETATIVA Fase em que 50% das plantas da área semeada apresenta os cotilédones ao nível do solo V1 Fase em que 50% das plantas da área semeada apresenta as duas primárias (folhas simples – apresentam um único folíolo) completamente desenvolvidas)V2 Fase em que 50% das plantas da área semeada apresenta a primeira folha composta (três folíolos) completamente desenvolvida V3 Fase em que 50% das plantas da área semeada apresenta a terceira folha composta (três folíolos) completamente desenvolvida V4 REPRODUTIVA Fase em que 50% das plantas da área semeada apresenta pelo menos um botão floral R5 Fase em que 50% das plantas da área semeada apresenta pelo menos uma flor aberta R6 Fase em que 50% das plantas da área semeada apresenta pelo menos uma vagem R7 Fase em que 50% das plantas da área semeada apresenta pelo menos uma vagem cheia R8 Ponto de maturidade fisiológica R9 Estádios Fenológicos da Cultura do Feijão Tabela 1. Principais doenças de feijão (P. Vulgaris) transmitidas por sementes. Gênero Espécie Doença Alternaria Alternaria solani Mancha parda da folha Ascochyta Ascochyta phaseolorum Mancha de ascoquita Colletotricum Colletotricum lindemuthianum Antracnose Fusarium Fusarium oxysporum f. Sp.phaseoli Murcha de fusarium Fusarium solani f. Sp. Phaseoli Podridão radicular seca Phaesariopsis Phaesariopsis griseola Mancha angular Macrophomina Macrophomina phaseolina Podridão cinzenta do caule Rhizoctonia Rhizoctonia solani Rizoctoniose Sclerotinia Sclerotinia sclerotiorum Mofo branco Sclerotium Sclerotium rolfsii Podridão do colo Thanatephorus Thanatephorus cucumeris Mela Tabela 2. Níveis de tolerância para doenças em sementes de feijão não tratadas. Patógenos (amostras de 1 kg) Classes de sementes (%) Básica Certificada Fiscalizada Fusarium oxysporum f. Sp.phaseoli Zero Zero Zero Fusarium solani f. Sp. Phaseoli Zero Zero Zero Xanthomonas campestris f. Sp.phaseoli Zero Zero Zero Sclerotinia sclerotiorum Zero Zero Zero Colletotricum lindemuthianum Zero 1 1,5 Rhizoctonia solani 2 3 5 Fusarium spp. 5 10 20 Alternaria spp. 3 5 10 Phaeoisariopsis griseola 2 3 5 Macrophomina phaseolina 5 7 10 Penicillium spp. 40 50 60 Aspergillus spp. 40 50 60 Fungicidas para TS • Vitavax-Thiram • Spectro • Tecto • Maxim • Maxim XL • Derosal • Rhodiauran
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