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Relatório Serviços Farmacêuticos ABRAFARMA 2014 web

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Serviços farmacêuticos
 Julho/2014
Nas redes de farmácias e drogarias associadas à ABRAFARMA
Contatos:
abrafarma@abrafarma.com.br
Alameda Santos 2326, Cj 31-33, São Paulo, SP, CEP 01418-200
Tel.: 11 3065.5777
www.abrafarma.com.br
Realização do estudo:
Practice Ltda
practice.saude@gmail.com
Só podemos gerenciar aquilo que medimos. O conceito, cunhado por William Deming, estatístico norte-a-
mericano e considerado o “pai” dos processos de qualidade, nunca foi tão atual. Medir, comparar e melhorar 
constituem a base de qualquer processo evolutivo empresarial nos dias de hoje. 
Essa é uma premissa verdadeira também na Abrafarma. Há muitos anos mantemos, em parceria com a Fun-
dação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (FIA-USP), um Banco de Dados mensal que 
serve de parâmetro para índices de vendas por categoria de produtos, unidades, clientes atendidos, des-
conto médio, quantidade de profissionais envolvidos na operação e muitos outros itens, incluindo demons-
trativos de ganhos anuais, que permitem às redes associadas compararem seus resultados e planejarem 
melhorias continuas em seus negócios.
Além da medida interna, tambem utilizamos um ponto de observação externo às nossas atividades. Relató-
rios vindos da Close-Up, do IMS Health e Nielsen trazem boas contribuições sobre o que representamos no 
mercado. E, com o mesmo olhar, temos realizado pesquisas, geralmente com o IBOPE, envolvendo a percep-
ção do consumidor, que trazem importantes inputs e referências externas ao que fazemos.
Com o presente relatório acerca dos Serviços Farmacêuticos prestados na Abrafarma, inauguramos uma 
nova era. Este trabalho, coordenado pelo Professor Cassyano Correr, representa um primeiro “raio-X” de 
uma atividade primordial para as redes associadas – a assistência farmacêutica. Comparo este olhar ao de 
um exame radiológico, pois ele vai além dos números, apresentando uma visão mais profunda, “abaixo da 
pele”, investigando vontades e crenças, o “querer fazer” dos profissionais Farmacêuticos que exercem suas 
atividades em nossas mais de 5.200 lojas. 
O objetivo desta primeira medida é servir de base de comparação para os avanços que pretendemos im-
plantar nas redes da Abrafarma no campo dos serviços farmacêuticos. 
Se podemos medir e comparar, sabemos o que devemos melhorar. Assim, estamos prestes a dar início a 
uma nova era no atendimento ao cliente, uma evolução no que fazemos nessa área. 
Boa leitura. Há um importante universo a ser explorado a partir daqui.
São Paulo, Julho de 2014.
Sergio Mena Barreto
Presidente-Executivo da Abrafarma
4
5
Resumo
Este relatório apresenta os resultados de um estudo transversal, utilizando tecnologia de 
coleta de dados online, cujos participantes foram farmacêuticos que atuam em farmácias e 
drogarias pertencentes às redes associadas à ABRAFARMA. 
Foram levantadas informações sobre perfil sócio-demográfico, formação profissional, inclu-
são digital, oferta de serviços farmacêuticos e comportamento e atitudes dos profissionais pe-
rante a prestação dos serviços. Foram traçados os perfis de 31 redes de farmácias e drogarias e 
entrevistados mais de 3.500 profissionais atuantes em 25 estados e Distrito Federal.
A Abrafarma
Fundada em 1991, a Abrafarma reúne as 29* maiores redes de farmácias e drogarias em operação no 
Brasil, que somam 5.243** lojas nos 26 Estados e Distrito Federal. A força de trabalho nestas empre-
sas totaliza 114.695** profissionais, dos quais 14.480** são Farmacêuticos. Mais de 780 milhões de 
atendimentos são realizados a cada ano nas redes associadas à entidade, que detém 40% do mercado 
total de medicamentos no Brasil.
* 31 marcas 
** Dados atualizados para Maio/14
7
Objetivo 
Apresentar os resultados do estudo diagnóstico dos serviços farmacêuticos prestados nas farmácias 
e drogarias das redes associadas à ABRAFARMA.
Justificativa 
O conhecimento situacional dos serviços farmacêuticos, utilizando metodologia científica, é estraté-
gico para o desenvolvimento de novos modelos de negócio e para o avanço da qualidade do atendi-
mento nas farmácias e drogarias.
Participantes do estudo 
Coordenadores e Farmacêuticos que atuam nas Redes de Farmácias e Drogarias associadas à 
ABRAFARMA.
Metodologia 
Foi realizado um estudo transversal, utilizando instrumento de coleta de dados (questionário), pre-
viamente elaborado, validado e programado para uso online. Para isso foi utilizada a ferramenta Sur-
veyMonkey®. Este instrumento foi enviado ao público-alvo do estudo e retornado ao investigador 
contendo as informações inquiridas, de modo a construir uma base de dados, que posteriormente foi 
analisada por meio de testes estatísticas adequados.
O instrumento online voltado aos farmacêuticos do GT-Farma foi aplicado no Período de 03 a 17 de 
maio de 2013. O instrumento foi formado de 33 itens. Foram retornados 31 questionários respondi-
dos.
O instrumento online voltado aos farmacêuticos atuantes nas lojas das redes foi aplicado no período 
de 11 de junho a 02 de setembro de 2013. O instrumento foi formado por 67 itens. Foram retornados 
3.507 questionários respondidos.
As análises estatísticas foram realizadas com auxílio do software SPSS v. 20.0. Os gráficos foram cons-
truídos utilizando as ferramentas SurveyMonkey® e SPSS®. Os dados foram avaliados quanto a nor-
malidade e os testes estatísticos apropriados, paramétricos ou não-paramétricos, foram utilizados.
Este relatório apresenta os resultados da aplicação do questionário online aos farmacêuticos. As infor-
mações aqui contidas são de propriedade da ABRAFARMA.
8
PARTE 1. 
FARMACÊUTICOS DAS FARMÁCIAS 
E DROGARIAS DA ABRAFARMA
9
1. PERFIL DOS FARMACÊUTICOS: 
Dados demográficos e profissionais
Em que estado você trabalha?
NÚMERO DE PARTICIPANTES = 3.507 NÚMERO DE QUESTIONÁRIOS COMPLETOS = 3.033
Corresponde a 26,9% do total de farmacêuticos 
das redes (13.011)
Corresponde a 23,3% do total de farmacêuticos 
das redes (13.011)
Gênero (n = 3.042): 27,7% Masculino | 72,3% Feminino
Idade (n = 3.033): Média = 30,4 anos (DP = 6,3) 19 a 69
Tempo de formado (n = 3.395): Média = 5,8 anos (DP = 5,3) 0 a 42
Tempo de trabalho no varejo (n = 3.401): Média = 6,1 anos (DP = 5,4) 0 a 40
Tempo de trabalho na rede (n = 3.477): Média = 3,5 anos (DP = 3,6) 1 a 34
Função (n = 3.477):
Farmacêutico Diretor Técnico = 50,1% 
Assistente = 21,2% | Substituto = 28,7%
Cargo de gerência (n = 3.477): Sim = 23,5% | Não = 76,5%
São Paulo: 34,0% 
Rio de Janeiro: 16,1% 
Rio Grande do Sul: 10,6% 
Minas Gerais: 9,1% 
Paraná: 8,3% 
Demais estados 
representam juntos 21,9% 
26 Unidades da Federação 
representadas; 
Exceção: Acre, com 
zero respondentes.
43 Goiás
4 Rondônia
254 Paraná
322 Rio Grande
do Sul
94
Mato Grosso 
do Sul
Alagoas 26
Pernambuco 41
Paraíba 38
Ceará41
Sergipe1
Rio Grande do Norte2
Amapá 7
Roraima 3
Bahia
124
Amazonas
2
Pará
66
Piauí 
5
Mato Grosso
5
Minas
Gerais
277 32Espírito Santo
490Rio de Janeiro
1034São Paulo
101Santa 
Catarina
Maranhão
4
Tocantins
24
Distrito 
Federal
24
ESTADO DE RESIDÊNCIA (N=3.042 FARMACÊUTICOS / 26 UNIDADES DA FEDERAÇÃO):
10
Em que rede de farmácias/ drogarias você trabalha?
Qual das opções abaixo melhor descreve seu turno de trabalho?
A Nossa Drogaria
Angélica
Araújo
Big Ben
Distrital
Drogão Super
Droga Raia
Drogal
Drogasil
Drogasmil & Farmalife
Extrafarma
Farma Ponte
Indiana
Mais Econômica
Moderna
Nissei
Onofre
Pacheco
Pague Menos
Panvel Farmácias
Permanente
Redefarma
São Bento
São Paulo
Santana
Santa Lúcia
Vale Verde
Venancio
Walmart Farmácias
Outra
0%
Manhã/
Tarde
Noite/
Madrugada20% 40% 60% 80% 100%
20,3%
79,7%
Droga Raia = 20,4% | São Paulo = 11,0% | Pague menos = 10,6% | Panvel = 9,1% | Pacheco = 7,9% | Nissei = 5,2% | Drogasil 
= 4,8% | Demais redes representam juntas 31,0% | 30 redes representadas | Exceções = Guararapes, Minas Brasil e Rosário, 
que não enviaram nenhuma resposta | Redepharma e Distrital enviaram apenas 1 resposta cada | 32 farmacêuticos (0,9%) 
marcaram a opção “outra”, ao invés de selecionarem uma das redes listadas.
REDE EM QUE TRABALHA (N=3.477 FARMACÊUTICOS / 30 REDES):
TURNO DE TRABALHO (N=3.431):
11
No seu turno de trabalho na farmácia / drogaria, quantos(as) 
farmacêuticos(as) trabalham?
Apenas 1
farmacêutico,
que sou eu
41,4%
2 farmacêuticos
45,5%
Mais de 2
farmacêuticos
13,1%
600
400
200
0
0 5 10 15
Mean= 5,37
Std. Dev.= 2,025
N= 3218
No seu turno de trabalho na farmácia/drogaria,
quanto balconistas trabalham com você?
N
úm
er
o 
de
 b
al
co
ni
st
as
 p
or
 t
ur
no
58,6% dos farmacêuticos contam com 1 ou mais colegas atuando no mesmo turno de trabalho.
Um grupo de 3.218 farmacêuticos respon-
deu a esta pergunta (91,8% do total de 
participantes). O resultado médio foi de 
5,4 balconistas para cada 1 farmacêutico, 
trabalhando no mesmo turno (DP = 2,0). As 
respostas variaram de 0 a 15 balconistas/
farmacêutico. A mediana ficou em 6 balco-
nistas/farmacêutico, sendo que 79,6% dos 
farmacêuticos relataram entre 4 e 8 balco-
nistas.
NÚMERO DE ATENDENTES DE FARMÁCIA NO MESMO TURNO DE TRABALHO (N = 3.218):
NÚMERO DE FARMACÊUTICOS NO MESMO TURNO DE TRABALHO (N= 3.324):
12
2. PERFIL E ESTRUTURA DAS FARMÁCIAS
A farmácia / drogaria onde você trabalha atualmente funciona 
24 horas por dia?
Na sua opinião, qual das opções abaixo melhor caracteriza a 
clientela da sua loja?
FARMÁCIAS 24 HORAS (N = 3.431):
CLIENTELA (N = 3.429):
Localização da loja (n = 3.431): 
Centro da cidade = 42,8% | Bairro 
próximo ao centro = 41,2% | Bairro 
distante do centro = 15,9%
Proporção equilibrada entre clientes novos e fixos = 51,0% | Maior proporção de clientes fixos = 38,9% | Maior proporção de 
clientes novos = 10,1%
0%
Não
Sim
20% 40% 60% 80% 100%
13,7%
86,3%
Maior proporção 
de clientes fixos
38,6%
Maior proporção 
de clientes novos
10,1%
Equilibrada de 
clientes novos e fixos
51,0%
13
Com relação à sua farmácia/ drogaria, marque sim ou não para 
as perguntas abaixo:
Na sua loja, como estão organizados os Medicamentos Isentos 
de Prescrição (MIPs)?
COMPUTADORES, IMPRESSORAS E INTERNET NAS LOJAS (3.294):
ORGANIZAÇÃO E EXPOSIÇÃO DE MIPS (N= 3.250):
Impressora fora do balcão
Impressora no balcão
Internet fora do balcão
Internet no balcão
Computador fora do balcão
Computador no balcão
0%
Sim
Não
20% 40% 60% 80% 100% 120%
64,0% 36,0%
74,5% 25,5%
28,6% 71,4%
30,5% 69,5%
61,8% 38,2%
95,0% 5,0%
Gôndolas, parte 
atrás do balcão
67,7%
Todos nas
gôndolas
16,9%
Todos atrás
do balcão
15,4%
Número de farmacêuticos por loja:
13.011 farmacêuticos distribuídos em 4867 lojas.
Média: 
2,7 farmacêuticos por loja
14
ESTRUTURA PARA ATENDIMENTO (3.243 RESPONDENTES):
Sua loja dispõe de alguma área, não importa o tamanho, onde o 
cliente possa aguardar sentado para ser atendido?
3. FORMAÇÃO E INCLUSÃO DIGITAL DOS 
FARMACÊUTICOS
GRAU ACADÊMICO (N=3.387): ESPECIALIZAÇÃO (PÓS-GRADUAÇÃO):
• 96,2% dos farmacêuticos tem 
apenas graduação
• 3,4% tem mestrado
• 0,4% tem doutorado
• De 3.372 farmacêuticos que responderam a este item, 
68,3% (2.302) relataram não ter feito uma especialização 
lato sensu
• Residência Profissional (n=3.365): Apenas 6,0% dos far-
macêuticos completaram algum programa de residência
ESTRUTURA PARA ATENDIMENTO (3.252 RESPONDENTES):
Na sua loja, você dispõe de algum espaço privado ou semi-pri-
vado para atendimento sentado de clientes?
Sim
57,3%
Não
42,7%
Sim
20,2%
Não
79,8%
15
Como você classificaria o seu nível de conhecimento em INGLÊS 
(lingua inglesa)?
Como você classificaria o seu nível de conhecimento em 
ESPANHOL (lingua espanhola)?
NÍVEL DE INGLÊS (N = 3.341):
NÍVEL DE ESPANHOL (N = 3.341):
Intermediário
42,5%
Baixo
50,3%
Alto
7,2%
Alto
2,9%
Baixo
72,8%
Intermediário
24,3%
16
Você fez algum curso de atualização ou aperfeiçoamento nos 
últimos 12 meses?
Qual foi a carga horária total dos cursos de atualização ou 
aperfeiçoamento que você fez nos últimos 12 meses?
ATUALIZAÇÃO NOS ÚLTIMOS 12 MESES (N = 3.365):
CARGA HORÁRIA TOTAL DOS CURSOS DE ATUALIZAÇÃO OU APERFEIÇOAMENTO REALIZADOS 
(AQUELES QUE FIZERAM / N = 1.630):
Sim
48,6%
Não
51,4%
Carga horário
Cursos 16,4% 26,3% 57,3%
0% 20%
360 horas
ou mais
Entre 180 e
360 horas
Menos de
180 horas
40% 60% 80% 100%
57,3% dos farmacêuticos que realizaram alguma atualização nos últimos 12 meses fizeram cursos com menos de 180 horas, 
26,3% cursos entre 180 e 360 horas e 16,4% cursos com 360 horas ou mais.
17
Qual foi a modalidade deste(s) curso(s)?
MODALIDADES DE CURSOS REALIZADOS (N = 1.630):
Cursos presenciais representaram 71,7% dos cursos realizados nos últimos 12 meses.
Tipo de formação
100%
80%
60%
40%
20%
0%
Tipo de Formação
14,0%
14,3%
71,7%
Curso(s) à distância + presencial
Curso(s) totalmente à distância
Curso(s) totalmente presencial
PREFERÊNCIAS DE FORMAÇÃO (N=3.365):
Que modalidades de curso os farmacêuticos mais gostam de fazer:
• Cursos presenciais com aulas expositivas, palestras= 43,2%
• Cursos presenciais do tipo oficinas práticas = 37,1%
• Cursos à distancia, com alguma parte presencial = 13,8%
• Cursos totalmente à distancia = 5,8%
36,8% dos farmacêuticos (1.230 de 3.341) referiram já ter realizado algum curso à distância pela inter-
net, sendo que, destes, 67,8% relataram ter ficado satisfeitos ou muito satisfeitos com o curso.
ACESSO À INTERNET (CASA E TRABALHO):
• Apenas 27,5% (918 de 3.341) dos farmacêuticos relataram ter acesso à 
internet durante seu horário de trabalho. 
• Em casa, fora do horário de trabalho, os farmacêuticos relataram ficar 
conectados, em média, 2,4 horas por dia à internet.
18
No dia-a-dia da farmácia, você utiliza algum aplicativo instala-
do em seu celular ou tablet como auxílio para o seu trabalho?
Em qual(is) das seguintes redes sociais você possui perfil ca-
dastrado?
USO DE APLICATIVOS EM CELULAR/TABLET (N = 3.259):
PERFIL EM REDES SOCIAIS (N = 3.268):
0%
Não
Sim
20% 40% 60% 80% 100%
15,8%
84,2%
100%
80%
60%
40%
20%
0%
Facebook
77,6%
18,6% 15,1%
24,9%
13,2%
9,3% 10,0%
Google+ Linkedin Orkut Twitter Outras Nenhuma
19
Em sua farmácia / drogaria você atua na dispensação de medi-
camentos, atendendo clientes no balcão?
DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS (N = 3.226): 
QUANTAS HORAS POR DIA O FARMACÊUTICO PASSA, EM MÉDIA, ATENDENDO CLIENTES NO 
BALCÃO:
0
1,0%Não
Sim
20 40 60 80 100
99,0%
4. SERVIÇOS FARMACÊUTICOS
Atendimentos / dia (n=3.215):
Média = 43,8 (DP = 0,61)
Mediana = 35,0 
73,4% dos farmacêuticos relatam entre 
15 e 55 atendimentos/dia
Média = 5,3 horas | 
Desvio-Padrão = 0,03h | 
Mediana = 6,0 horas | 
83,0% dos farmacêuticos relatam entre 2 e 7 horas/dia.
Estimativa tempo/cliente:
O tempo disponível para cada atendimento é de 10 minutos. 
20
Você atende clientes que solicitam indicação de medicamentos?
INDICAÇÃO DE MEDICAMENTOS NO BALCÃO (N = 3.215):
0%
7,0%Não
Sim
20% 40% 60% 80% 100%
93,0%
Indicações / dia (n=3.215):
Média = 12,8 (DP = 0,24)
Mediana = 10,0 
79,6% dos farmacêuticos relatamentre 2 e 20 atendimentos/dia
Serviços farmacêuticos técnicos 
(RDC 44/09 ANVISA):
A fim de avaliar a prestação de serviços farmacêuticos nas farmácias, foram selecionados seis dife-
rentes serviços, regulamentados pela RDC 44/09 da ANVISA, para servirem como marcadores. Foi 
questionado aos farmacêuticos sobre a oferta dos seguintes serviços:
1. Medida da pressão arterial (PA)
2. Teste de glicemia capilar
3. Administração de medicamentos injetáveis
4. Nebulização (administração por medicamentos por via inalatória)
5. Colocação de brincos
6. Atendimento domiciliar realizado pelo farmacêutico
Para cada um dos 6 serviços foi perguntado sobre a realização (sim/não), se o serviço é cobrado do 
cliente ou é gratuito, e quantos procedimentos, em média, são realizados por semana, para cada 
serviço ofertado. Além disso, os farmacêuticos também foram questionados sobre a oferta de outros 
serviços técnico-assistenciais prestados, por meio de uma pergunta aberta.
21
Um total de 3.072 farmacêuticos respondeu às perguntas sobre os seis serviços farmacêuticos usados 
como marcadores. Avaliando-se o número de serviços prestados por cada farmacêutico, observou-se 
que 40% dos profissionais relataram não prestar nenhum serviço farmacêutico. Isto significa que 60% 
dos farmacêuticos entrevistados oferece algum dos serviços preconizados pela RDC 44/09 da ANVISA 
em suas farmácias.
Medida da pressão arterial (PA)
Teste de glicemia capilar
Administração de medicamentos injetáveis
Nebulização (administração por med. por via inalatória)
Colocação de brincos
Atendimento domiciliar realizado pelo farmacêutico
% farmacêuticos
RDC Nº 44, de 17 de agosto de 2009. Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da 
dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras 
providências. Disponível em <http://migre.me/fRg5n> 
33%
10%
51%
0,7%
6%
0,9%
O serviço mais frequente foi a administração de injetáveis, oferecido por 50,9% dos farmacêuticos 
(n=3.080 respondentes). Este serviço é cobrado por 59,9% dos profissionais e são realizados, consi-
derando a mediana, 10 procedimentos por semana (média = 16,4; IC95% 16,2-16,7); 72,6% dos farma-
cêuticos que fazem este procedimento relatam realizar entre 3 e 21 aplicações por semana. 
O segundo serviço mais frequente é a medida de pressão arterial, realizada por 32,8% dos farmacêuti-
cos (n=3.085 respondentes). Este serviço é cobrado por 34,1% dos profissionais e são realizados, consi-
derando a mediana, 20 procedimentos por semana (média = 29,3; IC95% 28,9-29,8); 72,5% dos farma-
cêuticos que fazem este procedimento relatam realizar entre 5 e 40 procedimentos de PA por semana.
A realização de teste de glicemia capilar é o terceiro serviço mais frequente, com prevalência de oferta 
em 10,0% dos farmacêuticos (n=3.080 respondentes), sendo um serviço cobrado por 75,2% destes. 
Este é o serviço que mais frequentemente é cobrado pelos farmacêuticos. Segundo relato dos pro-
fissionais que fazem este procedimento, são realizados, considerando a mediana, 8,5 procedimentos 
22
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Procedimentos de
PA por semana
32,8%
PRESSÃO GLICEMIA INJETÁVEIS NEBULIZAÇÃO BRINCOS DOMICÍLIO
10,0% 50,9% 0,7% 5,7% 0,9%
34,1% 75,2% 59,9% 90,0% 25,9% 10,3%
IC
 9
5%
Procedimentos 
de glicemia 
por semana
Procedimentos de
injetáveis 
por semana
Procedimentos 
de inalação 
por semana
Colocação
de brincos
por semana
Atendimentos
domiciliares 
por semana
29,3
16,4
12,8
6,5 5,8
2,7
Farmacêuticos que cobram pelo serviço
Farmacêuticos que realizam cada serviço
Serviços farmacêuticos relatados pelos farmacêuticos. O gráfico mostra a prevalência da oferta de seis diferentes tipos de 
serviços farmacêuticos, a porcentagem de farmacêuticos que cobram por cada um dos serviços e a média (com IC95%) de 
realizações de cada um dos procedimentos por semana, em média.
por semana (média = 12,8; IC95% 12,3-13,4) e 74,3% destes profissionais relatam realizar entre 2 e 20 
testes de glicemia por semana em suas farmácias.
O quarto serviço em frequência é a colocação de brincos na farmácia, realizado por 5,7% dos farma-
cêuticos (n=3.075 respondentes). Este é um serviço cobrado por 25,9% dos profissionais. São realiza-
dos, considerando mediana, 3 procedimentos por semana (média = 5,8%; IC95% 5,3-6,4); 89,6% dos 
farmacêuticos que fazem este procedimento realizam entre 1 e 10 colocações de brinco por semana.
Nebulização na farmácia e atendimento domiciliar, realizado pelo farmacêutico, foram serviços com 
muito baixa prevalência (< 1% dos profissionais). Nebulização foi referida por apenas 19 farmacêu-
ticos, de um total de 3.077 respondentes para este item, dos quais 18 (90%) referiram ser este um 
serviço cobrado dos clientes em sua farmácia. O atendimento domiciliar realizado pelo farmacêutico 
é citado por 0,9% dos profissionais, sendo este um serviço cobrado dos clientes por 10,3% destes, o 
que equivale a apenas 3 farmacêuticos em um universo de 3.072 respondentes neste item. O gráfico 
na página seguinte resume as informações referentes aos serviços farmacêuticos.
23
Número de serviços ofertados por farmacêutico
(n = 3.072):
Número de serviços farmacêuticos realizados por farmacêutico
A média de serviços por farmacêuticos foi de 1,01 (DP = 1,08). A mediana foi de 1 e apenas 25,9% dos 
farmacêuticos relatou prestar dois ou mais serviços farmacêuticos. Abaixo está o gráfico de distribui-
ção dos serviços.
Número de serviços farmacêuticos realizados
por farmacêuticos
Mean = 1,01
Std. Dev. = 1,084
N = 3072
-2
12
28
10
47
45
4
24
8 86 7 2
0 2 4 6 8
1200
1000
800
600
400
200
0
Fr
eq
uê
nc
ia
Outros serviços farmacêuticos reportados:
A seguinte pergunta foi feita aos farmacêuticos: “além dos serviços farmacêuticos citados anterior-
mente, existe algum outro serviço de caráter clínico-assistencial que você oferece aos clientes da sua 
farmácia / drogaria?”
Esta questão foi respondida por 3.066 farmacêuticos, dos quais apenas 313 (10,2%) responderam que 
sim, há outros serviços sendo oferecidos. 
Destes, 167 farmacêuticos descreveram este serviço, em um campo aberto de texto. Estas respostas 
foram avaliadas e categorizadas, a fim de se poder estabelecer uma freqüência de ocorrência para 
cada tipo de serviço. O resultado é o seguinte:
24
CATEGORIAS DE SERVIçOS N (%)
Acompanhamento de pacientes
P.ex. “Atenção farmacêutica através do acompanhamento de prescrição médica, tanto de medica-
mento de uso contínuo quanto de medicamento de uso ocasional, pois o público da farmácia que 
trabalho é de moradores do bairro, em sua maioria idosos. Porém não faço registro desse serviço”
“Acompanhamento farmacoterapêutico a pacientes diabéticos”
2 (1,2)
Acupuntura 1 (0,6)
Análise de exames laboratoriais 3 (1,8)
Análise de interações medicamentosas 5 (2,3)
Assistência Farmacêutica
P.ex. “Assistência Farmacêutica direcionada tanto para o cliente no ato da dispensação para sua for-
ma correta de uso e o tratamento indicado, quanto para os demais funcionários da Drogaria com 
base em treinamentos e controle de tais medicamentos.”
“Assistência farmacêutica (análise de prescrições, interações medicamentosas, indicação de MIP - me-
dicamentos isentos de prescrição).”
18 (10,8)
Atenção Farmacêutica
P.ex. “Normalmente são serviços relacionados à atenção farmacêutica, orientação quanto ao risco 
da automedicação, cuidados com a saúde, auxílio a escolha de produtos OTC, a drogaria não dispõe 
de espaço físico adequado aos serviços farmacêuticos citados napesquisa. Esses serviços não são 
oferecidos na rede de drogarias em que eu trabalho.”
“Realizo a Atenção Farmacêutica para meus clientes, orientando-os no momento do atendimento”
“Serviços de atenção farmacêutica a nível de fornecimento de informções sobre medicamentos, pre-
venção a saúde.”
33 (19,8)
Atendimento assistencial psicossocial 2 (1,2)
Balança acoplada a Equipamento de medida da PA
P.ex. “A aferição de pressão arterial embora não seja uma prática realizada pela rede através dos far-
macêuticos, o estabelecimento disponibiliza de uma balança acoplada a um equipamento que realiza 
aferição de pressão arterial.”
2 (1,2)
Campanhas de Saúde/Palestras
P.ex. “Um dia de cada mês é oferecido aos clientes com diabetes e hipertensão arterial um espaço 
onde fazemos testes de glicemia e aferição de pressão gratuitos.”
16 (9,6)
Curativos
P.ex. “Auxilio no uso de curativos e bolsas de colostomia.”
3 (1,8)
Descarte consciente de medicamentos vencidos 2 (1,2)
Encaminhamento a outros profissionais, como psicólogos, médicos, nutricionistas e outros. 1 (0,6)
Entrega de medicamentos em domicílio 2 (1,2)
Exames de alergologia
P.ex. “Na área de alergologia, exames de características fáceis para detectar alergias a medicamentos 
e outras alergias habituais.”
1 (0,6)
Medida da temperatura corporal
P.ex. “medição de temperatura corporal (não cobrado pela empresa) 
17 (10,2)
Orientação farmacêutica ao paciente
P. Ex. “Orientações sobre interações medicamentosas, posologia de MIPs (de acordo com idade, 
peso, estado de saúde do cliente), efeitos adversos de medicamentos, se cliente necessita procurar 
atendimento médico, sobre a PA aferida em máquina entre outras diversas dúvidas de clientes que 
podemos auxiliar.”
“Orientação de uso correto de medicamentos, horários e tempo correto para o uso do medicamento. 
Indicação de medicamentos com orientação de uso quando solicitado pelo cliente.”
“Orientações para clientes hipertensos, diabéticos, cardíacos, orientações para prevenção e trata-
mento de doenças infecto-parasitárias, interpretação de exames laboratoriais e auxilio na interpreta-
ção de exames de imagem.”
62 (37,1)
25
Orientação sobre aparelhos de PA e glucosímetro
“P.ex. Como utilizar aparelhos da área de saúde, que os mesmos adquirem mas não sabem utilizar.”
5 (3,0)
Orientações por telefone e pós-venda
P.ex. “Telefonemas diários para sanar dúvidas sobre os medicamentos controlados (antibióticos e 
psicotrópicos) e verificando também se a medicação está surtindo o efeito esperado.”
“Acompanhamento pelo telefone do uso dos antimicrobianos, para auxiliar os clientes no esclareci-
mento de dúvidas.”
10 (6,0)
Visitação Médica
P.ex. “Faço visita médica em postos de saúde, clínicas e hospitais públicos e particulares.”
2 (1,2)
Declaração de serviços farmacêuticos
Do total, 3.065 farmacêuticos responderam à pergunta: “Em sua farmácia / drogaria, você emite De-
claração de Serviços Farmacêuticos (DSF) ao cliente para os serviços farmacêuticos anteriormente 
citados, quando os realiza?”. O resultado encontra-se abaixo:
Em sua farmácia / drogaria, você emite Declaração de Serviços 
Farmacêuticos ao cliente para os serviços farmacêuticos ante-
riormente citados, quando os realiza?
Aos farmacêuticos que responderam SIM (n=1.413), foi perguntado: “Na última semana, quantas declarações de serviços far-
macêuticos você emitiu?”
Não
53,9%
Sim
46,1%
26
Um grupo de 1.408 farmacêuticos respondeu a esta pergunta (40,1% do total de participantes). O 
gráfico de distribuição das respostas nesta população, que mostra um desvio à esquerda, encontra-se 
abaixo:
700
600
500
400
300
200
100
0
0 50 100
Na última semana, quantas declarações de
serviços farmacêuticos você emitiu?
Mean = 16,08
Std. Dev. = 23,167
N = 1408
N
úm
er
o 
de
 fa
rm
ac
êu
tic
os
150 200 250 300 350 400
Em média, os farmacêuticos relataram a emissão de 16 declarações de serviços farmacêuticos na 
última semana (DP = 23,2). 
A mediana foi de 10 DSF/semana, sendo que 74,0% dos farmacêuticos relataram ter emitido entre 1 e 
20 declarações na última semana. Apenas 10,6% declaram emitir acima de 35 declarações/semana e 
7,0% dos farmacêuticos relataram ter emitido zero declarações na última semana.
27
N
úm
er
o 
de
 fa
rm
ac
êu
tic
os
Na sua farmácia/drogaria, quantas horas por semana você gasta,
em média, cuidando de questões relativas ao SNPG?
450
400
350
300
250
200
150
100
50
0
Mean = 8,73
Std. Dev. = 8,484
N = 3055
-10 -5 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Sistema nacional de gerenciamento de produtos 
controlados
Foi feita a seguinte pergunta: “Na sua farmácia / drogaria, quantas horas por semana você gasta, em 
média, cuidando de questões relativas ao SNGPC?”
Um grupo de 3.055 farmacêuticos respondeu a esta pergunta (87,1% do total de participantes). O 
gráfico de distribuição das respostas nesta amostra, que também mostra um desvio à esquerda, en-
contra-se a seguir:
Em média, os farmacêuticos relataram gastar 8,7 horas por semana com questões relativas ao SNGPC (DP = 8,5).
A mediana foi de 5 horas gastas por semana, sendo que 76,6% dos farmacêuticos relataram gastar entre 1 e 14 horas por se-
mana. Apenas 14,9% declaram gastar acima de 20 horas semanais com SNGPC e 2,8% dos farmacêuticos relataram gastar zero 
ou abaixo de 1 hora por semana.
28
PARTE 2. 
OPINIÃO E INFLUÊNCIA DA 
ESTRUTURA NO COMPORTAMENTO 
DO PROFISSIONAL
29
Concordo 
Fortemente
Concordo
Não concordo 
nem discordo
Discordo
Discordo 
Fortemente
Avaliação 
média
1. A participação dos farmacêuticos na pro-
visão de serviços clínico-assistenciais em far-
mácias e drogarias é um passo importante 
para o avanço da profissão como um todo.
56,1% 39,3% 3,4% 1,1% 0,1%
4,5
1.762 1.234 107 36 3
2. A prestação de serviços farmacêuticos 
pode ser lucrativa para minha farmácia/ 
drogaria.
41,9% 44,1% 9,6% 3,7% 0,8%
4,2
1.315 1.386 301 115 25
3. A prestação de serviços farmacêuticos 
em minha loja aumentaria o meu nível de 
stress no trabalho.
11,1% 22,3% 26,3% 31,5% 8,3%
3,0
351 705 831 994 261
4. A prestação de serviços farmacêuticos 
atrairia mais clientes para minha loja.
47,1% 44,5% 6,0% 1,8% 0,2%
4,3
1.485 1.404 188 58 7
5. Meu envolvimento na prestação de servi-
ços farmacêuticos aumentaria minha satis-
fação com meu trabalho.
38,7% 42,0% 13,7% 4,2% 1,0%
4,1
1.221 1.324 432 132 31
6. Os clientes gostariam que minha farmácia/
drogaria prestasse serviços farmacêuticos.
38,9% 47,9% 11,6% 1,4% 0,2%
4,2
1.221 1506 366 44 5
7. Os médicos aprovariam caso minha farmá-
cia/drogaria prestasse serviços farmacêuticos.
15,5% 31,1% 34,5% 14,2% 4,6%
3,4
488 978 1.085 445 146
8. Meu superior na minha farmácia/droga-
ria me daria apoio caso eu decidisse pela 
prestação de serviços farmacêuticos em 
minha loja.
20,4% 38,7% 27,2% 10,1% 3,6%
3,6
640 1.215 856 318 113
9. Outros farmacêuticos que eu conheço 
estão pretendendo oferecer serviços far-
macêuticos em suas farmácias/drogarias.
11,2% 30,7% 39,9% 14,7% 3,5%
3,3
352 964 1.253 463 110
10. Os clientes da minha loja ficariam de-
sapontados se eu não oferecesse serviços 
farmacêuticos.
22,3% 37,5% 27,9% 10,0% 2,3%
3,7
701 1.179 878 313 71
11. Eu disponho de uma equipe de apoio 
adequada para poder oferecer serviços far-
macêuticos em minha loja.
8,9% 29,7% 19,0% 31,0% 11,5%
2,9
275 916 586 958 354
12. Para mim, oferecer serviços farmacêuti-
cos em minha loja seria difícil
10,6% 30,1% 24,3% 29,4% 5,6%
2,9
328 930 752 907 172
Opinião dos farmacêuticos sobre os serviços 
farmacêuticos (n=3.089)
O instrumento utilizado paramedir a intenção dos farmacêuticos em realizar serviços farmacêuticos 
foi adaptado de Herbert et al. , construído com base na Teoria do Comportamento Planejado. Ava-
lia atitudes, percepção da norma subjetiva, percepção de autonomia e intenção de comportamento. 
Cada uma das 18 questões do instrumento é respondida em uma escala de tipo Likert de 5 pontos 
(concordo totalmente; discordo totalmente).
30
Cada opção da escala de resposta está associada a uma pontuação de 1 a 5 (concordo totalmente = 
5; discordo totalmente = 1). Os resultados são apresentados como a porcentagem de farmacêuticos 
respondentes em cada opção e o número (n). Na coluna da direita, é apresentada a média calculada 
para cada questão, com base na pontuação atribuída a cada resposta, para todos os farmacêuticos 
que responderam aquela questão. Quanto mais próximo de 5 estiver o resultado desta média, maior é 
a intenção positiva do farmacêutico em relação à implementação dos serviços farmacêuticos. As ques-
tões 3 e 12 tiveram suas pontuações invertidas, de modo a preservar esta lógica de interpretação.
No gráfico a seguir é apresentado o mesmo resultado, considerando as médias calculadas para cada 
“domínio”, formado pelos itens do instrumento. Os domínios são “atitude”, “percepção de norma sub-
jetiva”, “controle percebido e autonomia” e “intenção de comportamento futuro”.
5,0
4,5
4,0
3,5
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
Atitude
concordo
fortemente
“eu quero
fazer”
“eu deveria
fazer”
“eu posso
fazer”
“eu vou
fazer”
discordo
fortemente
4,0
3,6
2,8
3,2
Norma
Subjetiva
Controle
Percebido
Intenção de 
Comportamento
Resultados do Teste de Comportamento Planejado aplicado aos farmacêuticos (n=2.831). São apresentados os dados de para 
cada domínio individual. Resultados próximos de 5 indicam atitude positiva e maior intenção de implementação dos serviços 
farmacêuticos. Resultados próximos a 1 indicam atitude negativa e menor intenção.
13. Depende totalmente de mim que ser-
viços farmacêuticos sejam oferecidos em 
minha loja.
5,8% 14,2% 19,4% 40,8% 19,8%
2,5
179 439 599 1.261 611
14. Eu terei que oferecer serviços farma-
cêuticos em minha loja a fim de nos manter 
competitivos no mercado.
12,6% 33,8% 29,0% 20,5% 4,1%
3,3
388 1.045 895 634 127
15. Eu disponho de sistema informatizado 
necessário para oferecer e organizar servi-
ços farmacêuticos em minha loja.
8,3% 21,9% 16,6% 34,6% 18,7%
2,7
255 677 512 1.068 577
16. Eu trabalho atualmente a fim de ga-
rantir que seja estabelecida remuneração 
adequada pela prestação de serviços far-
macêuticos em minha farmácia/drogaria.
16,9% 30,1% 30,9% 16,5% 5,5%
3,4
523 930 956 510 170
17. Eu planejo falar com meu superior da 
rede sobre a prestação de serviços farma-
cêuticos em minha loja.
6,0% 26,1% 38,2% 22,0% 7,6%
3,0
186 807 1.181 679 236
18. Eu pretendo oferecer serviços farma-
cêuticos em minha farmácia/drogaria.
13,6% 37,1% 32,3% 12,1% 4,8%
3,4
420 1.146 999 375 149
31
300
250
200
150
100
50
0
20,0
Mean= 69,5
Std. Dev.= 10,326
N= 3089
Escore de Comportamento Planejado (%0-100)
Fr
eq
uê
nc
ia
30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0 110,0 120,0
Ainda com relação ao comportamento planejado, os resultados da média de cada questão foram tam-
bém convertidas de uma escala de 1 a 5 para uma escala de 0 a 100, preservando a lógica de interpre-
tação original. Chamamos este resultado de Escore do Comportamento Planejado (ECP). Quanto mais 
próximo de 100 no ECP, maior é a intenção positiva do farmacêutico em relação à implementação dos 
serviços farmacêuticos. As questões 3 e 13 tiveram novamente suas pontuações invertidas, de modo 
a preservar esta lógica de interpretação.
Abaixo mostramos um histograma da distribuição dos resultados do ECP. No eixo X observamos o 
resultado do escore e no eixo Y o número de farmacêuticos respondentes em cada faixa do escore. A 
média do grupo total foi de 69,5 (desvio padrão = 10,3; n=3.089).
Uma análise dos Percentis do ECP (tabela abaixo) mostra que apenas 5% dos farmacêuticos encontra-
se na faixa abaixo de 52,2 pontos. Metade dos farmacêuticos, no entanto, tem escore até 70 pontos. 
Nos percentis superiores, observa-se que 25% dos farmacêuticos tem um ECP >76,7 pontos, 10% 
dos farmacêuticos estão acima de 82,2 pontos e apenas 5% dos farmacêuticos estão acima de 86,7 
pontos.
perceNtis
5 10 25 50 75 90 95
Escore do Comportamento Planejado (0-100%) 52,2 56,7 63,3 70,0 76,7 82,2 86,7
32
Tomando por base a análise de percentis, pode-se formular algumas perguntas: Por que alguns far-
macêuticos apresentam resultados superiores no ECP? O que diferencia esses farmacêuticos dos outros? 
Um resultado superior no ECP tem influência sobre a performance do profissional, no que diz respeito aos 
serviços farmacêuticos?
A fim de investigar os fatores que podem estar relacionados aos resultados mais expressivos no es-
core de comportamento planejado, e como este escore pode estar associado a uma melhor perfor-
mance do farmacêuticos em termos de realização de serviços e número de procedimentos realiza-
dos, realizamos uma análise estatística de regressão linear múltipla. Esta análise permite investigar a 
associação entre variáveis, com o ajuste estatístico necessário para variáveis que podem confundir o 
resultado, como gênero e idade, por exemplo.
Para interpretar os dados relativos ao ECP, assumimos que as condições de estrutura, incluindo a 
própria formação do farmacêutico, podem ter influência sobre o ECP, enquanto este escore pode 
influenciar, por sua vez, a realização e a performance dos serviços farmacêuticos nas farmácias. O 
modelo conceitual na próxima página ilustra esse raciocínio.
Modelo conceitual de investigação da associação entre indicadores de estrutura, o escore de comportamento planejado do 
profissional e sua performance na realização de serviços farmacêuticos.
1) INDICADORES DA LOJA 
E DO PROFISSIONAL 
(ESTRUTURA)
Farmácia 24 horas
Localização
Clientela
Acesso à internet
Computador
Impressora
Área de espera cliente
Sala de serviços farmacêuticos
Anos de trabalho no varejo
Anos de trabalho na rede
Anos de formado
Cargo de gerência
Turno de trabalho
Área de interesse
Ter pós-graduação
Curso aperfeiçoamento último ano
Farmacêuticos no mesmo turno
Balconistas no mesmo turno
Nível de inglês
Nível de espanhol
Sexo
Idade
2) ESCORE DE 
COMPORTAMENTO 
PLANEJADO (ECP)
Escore de intenção positiva do 
farmacêuticos para implementação 
de serviços farmacêuticos
 
Resultados de ECP acima de 75 
pontos, equivalente ao quartil 
superior em relação ao conjunto 
total de farmacêuticos.
3) PERFORMANCE NA 
REALIZAÇÃO DOS 
SERVIÇOS FARMACÊU-
TICOS (PROCESSOS)
• Número de serviços 
farmacêuticos ofertados
• Volume total de procedimentos 
reportados
• Emitir declaração de serviços 
• farmacêuticos (DSF)
• Volume de dispensações 
realizadas
• Volume de indicações de 
medicamentos realizadas
33
O modelo conceitual foi construído segundo os princípios de Donabedian . Este consiste em um abor-
dagem clássica, aceita mundialmente, para o delineamento da avaliação dos serviços de saúde. Este 
autor organiza a avaliação dos serviços em estrutura, processo e resultado, sendo a estrutura corres-
pondente aos recursos utilizados, incluindo recursos físicos, humanos, materiais, instrumentais nor-
mativos, administrativos, assim como as fontes de fi nanciamento. O processo diz respeito às intera-
ções e procedimentos envolvendo profi ssionais de saúde e pacientes e os resultados (outcomes) são 
defi nidos como sendo a alteração no estado de saúde atribuívelà intervenção em saúde. O presente 
estudo não avaliou indicadores de resultados, mas sim de estrutura e processo relativos aos farma-
cêuticos e às farmácias/drogarias.
2 DONABEDIAN, A. Evaluating the quality of medical care II. Milbank Memorial Fund., v.44, p.166-203, 1966.
Influência da estrutura da farmácia na intenção 
positiva dos farmacêuticos diante dos serviços 
farmacêuticos
A primeira análise de regressão envolveu os indicadores do bloco 1 (estrutura) como variáveis inde-
pendentes e o escore do ECP (bloco 2) como variável dependente. Encontrou-se que as váriaveis: 
gênero, clientela, acesso à internet na loja, computador no balcão, disponibilidade de sala de serviços 
farmacêuticos, turno de trabalho, nível de inglês e curso de aperfeiçoamento nos últimos 12 meses 
estiveram associadas ao escore de comportamento planejado. A tabela abaixo mostra a relação entre 
estas variáveis e a interpretação mostrada pelo modelo.
Corresponde às ca-
racterísticas relativa-
mente estáveis, tais 
como condições físi-
cas, organizacionais 
e recursos e instru-
mentos.
Estrutura
Corresponde ao con-
junto de atividades 
desenvolvidas na re-
lação entre profi ssio-
nais e usuários.
Processos
Mudanças verifi ca-
das no estado de 
saúde dos usuários 
que possam ser atri-
vuídas a um cuidado 
prévio.
Resultados
34
VARIÁVEL INDEPENDENTE RESULTADO ESTATÍSTICO INTERPRETAçãO
VARIÁVEL DEPENDENTE: ESCORE DE COMPORTAMENTO PLANEJADO (ECP 0-100%)
Gênero p=0,001 Os resultados comparativos do ECP entre homens e mulheres 
foram muito próximos, ainda que com diferença estatisticamente 
significativa. A média do ECP dos homens foi de 70,8 (DP = 10,9) e 
das mulheres foi de 69,0 (DP = 10,1). 
Tipo de clientela p<0,001 Os farmacêuticos das farmácias com clientela equilibrada entre 
clientes novos e fixos mostraram resultados médios mais elevados 
no ECP (70,4 versus 69,0 [lojas com mais clientes novos] e 68,4 
[lojas com mais clientes fixos])
Acesso à internet durante 
o horário de trabalho
p<0,001 Os farmacêuticos com acesso à internet nas lojas mostraram re-
sultados mais elevados no ECP (71,5 versus 68,7)
Disponibilidade de 
computador no balcão
p=0,004 Os farmacêuticos com computador no balcão da farmácia mostra-
ram resultados mais elevados no ECP (69,6 versus 66,4)
Disponibilidade de 
impressora no balcão
p=0,021 Os farmacêuticos com acesso à impressora no balcão da farmácia 
mostraram resultados médios mais elevados no ECP (70,0 versus 
67,9). 
Sala de serviços 
farmacêuticos disponível
p<0,001 Os farmacêuticos com disponibilidade de espaço semi-privado ou 
sala para atendimento de clientes mostraram resultados médios 
mais elevados no ECP (73,7 versus 68,4). Esta foi a diferença mais 
significativa entre todas as variáveis independentes.
Anos de formado p=0,003 Houve correlação negativa entre as variáveis, segundo coeficiente 
rho de spearman. Quanto mais anos de formado, menor foi o ECP.
Área de interesse do 
farmacêutico
p<0,001 As diferenças foram mínimas, ainda que estatisticamente significa-
tivas. Farmacêuticos que relataram maior interesse na área técni-
co-assistencial mostraram resultados médios superiores.
Nível de inglês p=0,006 Os farmacêuticos que relataram um nível alto de inglês (7,2% do 
total) mostraram resultados menores no ECP (67,2 versus 69,7 [ní-
vel intermediário] e 69,7 [nível baixo]
Curso de atualização 
nos últimos 12 meses
p<0,001 Farmacêuticos que fizeram algum curso de aperfeiçoamento ou 
atualização nos últimos 12 meses mostraram resultados médios 
maiores no ECP do que aqueles que não fizeram (70,5 versus 68,5)
Número de balconistas 
no mesmo turno
p=0,013 A correlação foi baixa, porém significativa. O ECP foi maior quanto 
maior o número de balconistas trabalhando no mesmo turno que 
o farmacêutico.
Modelo de regressão linear múltipla tendo o ECP como variável dependente e as seguintes variáveis como preditoras: Você 
fez algum curso de atualização ou aperfeiçoamento nos últimos 12 meses?, Localização, Qual seu gênero?, Computador no 
balcão, Impressora fora do balcão, Farmacêuticos com maior interesse em gerenciamento e administração, Há quantos anos 
você trabalha nesta rede de farmácia/drogarias?, Clientela, Na sua loja, você dispõe de algum espaço privado ou semi-privado 
para atendimento sentado de clientes?, A farmácia / drogaria onde você trabalha atualmente funciona 24 horas por dia?, 
Como você classificaria o seu nível de conhecimento em ESPANHOL (língua espanhola)?, Você tem acesso à internet durante 
seu horário de trabalho?, Qual das opções abaixo melhor descreve seu turno de trabalho?, Sua loja dispõe de alguma área, 
não importa o tamanho, onde o cliente possa aguardar sentado para ser atendido?, Impressora no balcão, Você possui Es-
pecialização (Pós-Graduação Lato Sensu)?, Como você classificaria o seu nível de conhecimento em INGLÊS (língua inglesa)?, 
Você ocupa algum cargo de gerência na sua farmácia/drogaria?, idade, Computador fora do balcão, Há quantos anos trabalha 
no varejo farmacêutico, Anos de formado, em 2013, e número de farmacêuticos e de balconistas atuando no mesmo turno.
35
O segundo modelo de regressão linear analisado considerou como variável dependente o ponto de 
corte no ECP >75 pontos. Farmacêuticos com escore acima de 75,0 pontos representaram 29,0% do 
total de farmacêuticos (n=3.089). Estes 897 profissionais representam o grupo com maior atitude 
positiva em relação à implementação dos serviços farmacêuticos. A fim de investigar os fatores asso-
ciados a esta predisposição, o modelo de regressão incluiu todas as variávies independentes listadas 
no modelo conceitual de investigação (indicadores de estrutura).
Os resultados são mostrados na tabela a seguir. Dentre as variáveis avaliadas, aquelas com relação 
estatisticamente significativa com ECP > 75 pontos foram: gênero, clientela, acesso à internet, sala 
de serviços farmacêuticos, cargo de gerência, turno de trabalho, curso de atualização, nível de inglês, 
número de farmacêuticos no turno e número de balconistas no turno.
VARIÁVEL INDEPENDENTE RESULTADO ESTATÍSTICO INTERPRETAçãO
VARIÁVEL DEPENDENTE: ESCORE DE COMPORTAMENTO PLANEJADO > 75 PONTOS
Gênero p=0,009 A porcentagem de homens com ECP >75 pontos é maior do que 
de mulheres (34% versus 27%).
Tipo de clientela da loja p=0,008 A porcentagem de farmacêuticos com ECP >75 pontos é maior 
nas farmácias com proporção equilibrada entre clientes novos e 
fixos (32% versus 29% [mais clientes novos] e 25% [mais clientes 
fixos])
Acesso à internet p<0,001 A porcentagem de farmacêuticos com ECP > 75 pontos é maior 
nas farmácias em que o profissional possui acesso à internet du-
rante o horário de trabalho (35% versus 27%).
Sala de serviços farmacêuti-
cos disponível
p<0,001 A porcentagem de farmacêuticos com ECP >75 pontos é quase 
o dobro nas farmácias em que há espaço semi-privado ou sala 
fechada disponível para atendimento (44% versus 25%).
Turno de trabalho p=0,001 A porcentagem de farmacêuticos com ECP > 75 pontos é maior 
entre aqueles que trabalham no turno noite/madrugada, em com-
paração aqueles que trabalham no turno manhã/tarde (35% ver-
sus 28%)
Curso de atualização nos 
últimos 12 meses
p<0,001 A porcentagem de farmacêuticos com ECP > 75 pontos é maior 
entre os profissionais que realizaram algum curso de atualização 
ou aperfeiçoamento nos últimos 12 meses (33% versus 25%).
Nível de inglês p=0,006 A porcentagem de farmacêuticos com ECP > 75 pontos é maior 
entre profissionais com nível intermediário ou baixo de inglês, em 
relação aqueles que reportaram nível alto da língua (30% [baixo], 
29%[intermediário,versus 21% no grupo comnível alto)
Número de balconistas no 
mesmo turno
p=0,001 Apesar de esta ser uma variável estatisticamente significativa, as-
sociada à porcentagem de farmacêuticos com ECP >75 pontos, a 
diferença encontrada foi muito pequena. A porcentagem de far-
macêuticos com ECP > 75 pontos é maior entre os profissionais 
que atuam conjuntamente com mais balconistas.
36
Modelo de regressão linear múltipla tendo o ECP>75 como variável dependente e as seguintes variáveis como preditoras: Você 
fez algum curso de atualização ou aperfeiçoamento nos últimos 12 meses?, Localização, Qual seu gênero?, Computador no bal-
cão, Impressora fora do balcão, Farmacêuticos com maior interesse em gerenciamento e administração, Há quantos anos você 
trabalha nesta rede de farmácia/drogarias?, Clientela, Na sua loja, você dispõe de algum espaço privado ou semi-privado para 
atendimento sentado de clientes?, A farmácia / drogaria onde você trabalha atualmente funciona 24 horas por dia?, Como você 
classificaria o seu nível de conhecimento em ESPANHOL (língua espanhola)?, Você tem acesso à internet durante seu horário 
de trabalho?, Qual das opções abaixo melhor descreve seu turno de trabalho?, Sua loja dispõe de alguma área, não importa o 
tamanho, onde o cliente possa aguardar sentado para ser atendido?, Impressora no balcão, Você possui Especialização (Pós-
Graduação Lato Sensu)?, Como você classificaria o seu nível de conhecimento em INGLÊS (língua inglesa)?, Você ocupa algum 
cargo de gerência na sua farmácia/drogaria?, idade, Computador fora do balcão, Há quantos anos trabalha no varejo farmacêu-
tico, Anos de formado, em 2013 e número de farmacêuticos e de balconistas atuando no mesmo turno.
Influência da estrutura e do Escore de 
comportamento planejado dos profissionais na 
oferta de serviços farmacêuticos pelos profissionais
Influência da estrutura no comportamento
VARIÁVEL 
INDEPENDENTE
RESULTADO 
ESTATÍSTICO
INTERPRETAÇÃO
VARIÁVEL DEPENDENTE: NÚMERO DE SERVIÇOS FARMACÊUTICOS OFERTADOS
Idade p=0,003 Há uma correlação negativa entre idade e número de serviços ofertados, porém 
esta é muito baixa. A diferença na idade também foi muito pequena entre os grupos 
que oferecem ou não algum serviço, sendo de 30 anos entre os que oferecem e de 
31 anos entre os que não oferecem nenhum serviço. 
Homens
Clientela da loja 
mais equilibrada
Acesso à internet Turno de trabalho 
noturno
Sala de serviços 
farmacêuticos
Curso de 
atualização
Maior número de 
balconistas
FARMACÊUTICOS COM
ECP > 75
Modelo de regressão linear múltipla tendo o ECP > 75 como variável dependente
37
VARIÁVEL 
INDEPENDENTE
RESULTADO 
ESTATÍSTICO
INTERPRETAçãO
VARIÁVEL DEPENDENTE: NÚMERO DE SERVIÇOS FARMACÊUTICOS OFERTADOS
Farmácia 24 horas p<0,001 Farmácias 24 horas ofertam uma média maior de serviços, ainda que com pequena 
diferença (1,3 versus 1,0). No entanto, a proporção de farmácias 24 horas que ofecere 
algum serviço farmacêutico é bem maior do que as demais (80,7% versus 56,7%).
Impressora no 
balcão
p<0,001 Esta foi uma variável fortemente associada a maior prestação de serviços farmacêu-
ticos pelos profissionais. Em média, lojas com impressora oferecem em média 1,1 
serviços versus 0,7 em lojas sem impressoras. Das lojas com impressora, 65,1% ofe-
recem algum serviço farmacêutico versus apenas 45,2% das lojas que não dispoem 
deste equipamento no balcão.
Área de espera 
para clientes
p<0,001 Farmácias que dispõem de área de espera para clientes tendem a oferecer maior 
número de serviços do que aquelas que não dispõem deste espaço (1,2 versus 0,8). 
67,5% das lojas que dispõem deste espaço oferecem algum serviço, versus 50,2% 
daquelas que não dispõem.
Sala de 
atendimento 
disponível
p<0,001 A maior diferença é encontrada para este indicador de estrutura. Farmácias que 
dispõem de espaço semi-privado ou sala de serviços farmacêuticos oferecem pra-
ticamente o dobro de serviços (1,7 versus 0,8, em média, por farmacêutico). 82,2% 
dos farmacêuticos que dispõem deste espaço oferecem algum serviço, em compa-
ração a 54,5% das farmacêuticos que não dispõem.
Anos de formado p=0,040 Do ponto de vista estatístico houve associação, porém esta foi muito pequena em 
termos absolutos. Farmacêuticos que oferecem serviços tem, em média, mais anos 
de formado que aqueles que não oferecem serviços.
Número de 
balconistas 
no mesmo turno
p<0,001 Quanto maior o número de balconistas trabalhando no turno, maior o número de 
serviços farmacêuticos ofertados pelo farmacêutico (rho = 0,179). O número médio 
de balconistas trabalhando é maior no turno de farmacêuticos que oferecem algum 
serviço farmacêutico, em comparação com aqueles que não oferecem.
Escore de 
Comportamento 
Planejado (ECP)
p<0,001 O ECP esteve fortemente associado à oferta de serviços e ao número de serviços 
ofertados. O resultados são discutidos em detalhes abaixo.
Modelo de regressão linear múltipla tendo o número de serviços farmacêuticos ofertados como variável dependente e as 
seguintes variáveis como preditoras: Você fez algum curso de atualização ou aperfeiçoamento nos últimos 12 meses?, Lo-
calização, Qual seu gênero?, Computador no balcão, Impressora fora do balcão, Farmacêuticos com maior interesse em 
gerenciamento e administração, Há quantos anos você trabalha nesta rede de farmácia/drogarias?, Clientela, Na sua loja, 
você dispõe de algum espaço privado ou semi-privado para atendimento sentado de clientes?, A farmácia / drogaria onde 
você trabalha atualmente funciona 24 horas por dia?, Como você classificaria o seu nível de conhecimento em ESPANHOL 
(língua espanhola)?, Você tem acesso à internet durante seu horário de trabalho?, Qual das opções abaixo melhor descreve 
seu turno de trabalho?, Sua loja dispõe de alguma área, não importa o tamanho, onde o cliente possa aguardar sentado para 
ser atendido?, Impressora no balcão, Você possui Especialização (Pós-Graduação Lato Sensu)?, Como você classificaria o seu 
nível de conhecimento em INGLÊS (língua inglesa)?, Você ocupa algum cargo de gerência na sua farmácia/drogaria?, idade, 
Computador fora do balcão, Há quantos anos trabalha no varejo farmacêutico, Anos de formado, em 2013, número de far-
macêuticos e de balconistas atuando no mesmo turno e escore de comportamento planejado do profissional.
38
O ECP esteve fortemente associado à oferta de serviços e ao número de serviços ofertados. Analisan-
do o extrato de serviços ofertados, de 1 a 6 possíveis, o ECP apresenta crescimento linear em cada 
extrato. Os resultados são expressos na tabela abaixo.
Número de serviços ofertados 
pelo farmacêutico
n (farmacêuticos) Resultados Escore de Comportamento 
Planejado (ECP)
0 1228 68,0 (DP = 10,2)
1 1047 68,9 (DP = 10,3)
2 454 71,3 (DP = 10,5)
3 248 74,2 (DP = 8,5)
4 86 74,1 (DP = 9,8)
5 7 77,3 (DP = 9,5)
6 2 82,8 (DP = 11,8)
A média do ECP entre profissionais que oferecem algum serviço farmacêutico é superior (70,5; DP = 
10,3) aqueles que não oferecem nenhum serviço (67,9; DP = 10,2) (p<0,001). A porcentagem de pro-
fissionais com ECP >75 também é significativamente maior entre aqueles que oferecem algum serviço 
(23,5% versus 32,8%). Da mesma forma, a média de serviços ofertados por profissional: farmacêuticos 
com ECP >75% ofertam em média 1,3 serviços, versus 0,9 serviços entre aqueles com ECP ≤ 75 pontos.
O gráfico a seguir mostra a mesma tendência. O ECP é mostrado como mediana, intervalo interquartis 
e extratos 10% e 90%. Valores para fora das barras são considerados fora da normalidade (outliers). 
Observa-se a tendência de resultados de ECP maiores, quanto maior do número de serviços farma-
cêuticos ofertados pelos profissionais.
Número de serviçosfarmacêuticos ofertados (6 serviços somados)
100,0
80,0
60,0
40,0
20,0
0 1 2 3 4 5 6
Es
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la
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ja
do
 (%
0-
10
0)
39
Influência da estrutura e do escore de 
comportamento planejado dos profissionais no 
número de procedimentos por semana
Este modelo de regressão linear múltipla incluiu todas as variáveis de estrutura previamente citadas, 
mais o escore de comportamento planejado dos farmacêuticos, tendo como variável dependente 
o número de procedimentos realizados por semana, conforme relato dos farmacêuticos. Para esta 
análise, foram somados os procedimentos reportados por cada farmacêutico, de todos os 6 serviços 
farmacêuticos analisados.
Na tabela abaixo são descritos os indicadores que estiveram estatisticamente relacionados ao núme-
ro de procedimentos realizados por semana.
VARIÁVEL 
INDEPENDENTE
RESULTADO 
ESTATÍSTICO
INTERPRETAçãO
VARIÁVEL DEPENDENTE: NÚMERO DE PROCEDIMENTOS REALIZADOS POR SEMANA
Localização 
da loja
p<0,001 Farmácias localizadas no centro da cidade realizam um número maior de procedi-
mentos. São 21,0 procedimentos por semana, em média, versus 14,9 de farmácias 
próximas ao centro e 16,2 de farmácias de bairro.
Impressora 
no balcão
p=0,014 Disponibilidade de impressora no balcão está associada a um número de maior de 
procedimentos. São 20,0 procedimentos por semana, versus 13,8 procedimentos 
por farmaceuticos que não dispõem deste equipamento.
Área de espera 
para clientes
p=0,002 Farmacêuticos que atuam em lojas que dispõem de área de espera para clientes 
realizam mais procedimentos por semana. São 21,8, em média, versus 14,6 entre 
aqueles que não dispõem desta estrutura.
Sala de 
atendimento 
disponível
p<0,001 Este indicador de estrutura é novamente o mais fortemente associado à prestação 
de serviços. Farmacêuticos que dispõem de sala de atendimento ou espaço semi-pri-
vado relatam, em média, 32,6 procedimentos por semana, versus apenas 15,2 entre 
aqueles que não dispõem desta estrutura.
Anos que atua 
no varejo
p=0,019 Este é um indicador que, apesar de estatisticamente associado, apresenta correlação 
mais fraca com o número de procedimentos realizados por semana. O coeficiente 
rho de Spearman mostrou uma correlação positiva.
Anos que atua 
na rede
p=0,008 Este também é um indicador que, apesar de estatisticamente associado, apresenta 
fraca correlação com o número de procedimentos realizados por semana. O coefi-
ciente rho de Spearman mostrou uma correlação positiva.
Número de bal-
conistas no mes-
mo turno
p<0,001 O número de balconistas atuando no mesmo turno mostrou uma correlação mais forte 
com o número de procedimentos semanais reportados pelos farmacêuticos. O coefi-
ciente rho de Spearman mostrou uma correlação positiva de apenas 0,182 (p<0,001).
Escore de Com-
portamento Pla-
nejado (ECP)
p<0,001 A correlação, segundo rho de Spearman, foi positiva entre o ECP e o número de 
procedimentos semanais (rho = 0,182, p<0,001). A maior diferença é observada entre 
farmacêuticos com ECP acima ou abaixo de 75 pontos. Profissionais com ECP> 75 re-
portam, em média, a realização de 27,8 procedimentos semanais (DP = 49,3), versus 
16,3 procedimentos (DP = 35,0) para profissionais com ECP ≤75 pontos.
40
Modelo de regressão linear múltipla que traz o número de procedimentos de serviços farmacêuticos realizados por semana 
(segundo relato dos profissionais) como variável dependente e as seguintes variáveis como preditoras: Você fez algum curso 
de atualização ou aperfeiçoamento nos últimos 12 meses?, Localização, Qual seu gênero?, Computador no balcão, Impres-
sora fora do balcão, Farmacêuticos com maior interesse em gerenciamento e administração, Há quantos anos você trabalha 
nesta rede de farmácia/drogarias?, Clientela, Na sua loja, você dispõe de algum espaço privado ou semi-privado para aten-
dimento sentado de clientes?, A farmácia / drogaria onde você trabalha atualmente funciona 24 horas por dia?, Como você 
classificaria o seu nível de conhecimento em ESPANHOL (língua espanhola)?, Você tem acesso à internet durante seu horário 
de trabalho?, Qual das opções abaixo melhor descreve seu turno de trabalho?, Sua loja dispõe de alguma área, não importa 
o tamanho, onde o cliente possa aguardar sentado para ser atendido?, Impressora no balcão, Você possui Especialização 
(Pós-Graduação Lato Sensu)?, Como você classificaria o seu nível de conhecimento em INGLÊS (língua inglesa)?, Você ocupa 
algum cargo de gerência na sua farmácia/drogaria?, idade, Computador fora do balcão, Há quantos anos trabalha no varejo 
farmacêutico, Anos de formado, em 2013, número de farmacêuticos e de balconistas atuando no mesmo turno e escore de 
comportamento planejado do profissional.
Influência da estrutura e ECP no número de 
procedimentos realizados por semana
Ter impressora disponível
Área de espera para 
clientes
Sala de serviços 
farmacêuticos
Farmacêuticos com 
ECP mais altoMAIOR NÚMERO DE 
PROCEDIMENTOS 
POR SEMANA
Modelo de regressão múltipla tendo o volume de procedimentos com o variável dependente
41
Influência da estrutura e do escore de 
comportamento planejado dos profissionais sobre o 
número de dispensações realizadas semanalmente
O volume semanal de atendimentos no balcão (dispensações) também foi avaliado enquanto variá-
vel dependente em um modelo de regressão linear. Como variáveis independentes potencialmente 
associadas, aplicamos as mesmes variáveis de estrutura dos modelos anteriores e o TCP. As variáveis 
associadas de forma significativa sao interpretadas abaixo.
O número de balconistas atuando no mesmo turno do farmacêutico esteve diretamente relacionado 
ao relato de um maior número de dispensações semanais realizadas pelo farmacêutico (rho = 0,44). O 
gráfico da próxima página mostra esta relação. Uma das hipóteses a respeito deste achado é que far-
mácias com maior volume de clientes possuem maior número de balconistas e, consequentemente, 
maior volume de atendimentos realizados pelo farmacêutico também.
VARIÁVEL INDEPEN-
DENTE
RESULTADO 
ESTATÍSTICO
INTERPRETAçãO
VARIÁVEL DEPENDENTE: VOLUME SEMANAL DE DISPENSAçÕES
Tempo de trabalho no 
varejo farmacêutico
p<0,001 A associação foi estatisticamente significativa, porém a correlação, medida pelo 
coeficiente de Spearman, foi fraca (rho=0,071). 
Anos de formado p=0,010 A associação foi estatisticamente significativa, porém a correlação, medida pelo 
coeficiente de Spearman, também foi fraca (rho=0,031). 
Número de balconistas 
no mesmo turno
p<0,001 Esta foi uma associação mais importante, com teste de correlação de Sperman 
de 0,431. Relação avaliada em detalhes mais adiante.
Nível de inglês p=0,013 Esta associação foi muito pequena, podendo ser ignorada. O número semanal 
médio de atendimentos foi de 43,4 para nível baixo, 44,8 para nível intermediá-
rio e 46,4 para nível alto.
Gênero p=0,001 Esta associação foi mais significativa. Homens reportaram um volume maior de 
atendimentos (46,1 DP = 34,1) do que as mulheres (42,5 DP = 33,1).
Modelo de regressão linear múltipla que traz o número semanal de atendimentos no balcão reportados pelos farmacêuticos 
como variável dependente e as seguintes variáveis como preditoras: Você fez algum curso de atualização ou aperfeiçoamen-
to nos últimos 12 meses?, Localização, Qual seu gênero?, Computador no balcão, Impressora fora do balcão, Farmacêuticos 
com maior interesse em gerenciamento e administração, Há quantos anos você trabalha nesta rede de farmácia/drogarias?, 
Clientela, Na sua loja, você dispõe de algum espaço privado ou semi-privado para atendimento sentado de clientes?, A farmá-cia / drogaria onde você trabalha atualmente funciona 24 horas por dia?, Como você classificaria o seu nível de conhecimento 
em ESPANHOL (língua espanhola)?, Você tem acesso à internet durante seu horário de trabalho?, Qual das opções abaixo 
melhor descreve seu turno de trabalho?, Sua loja dispõe de alguma área, não importa o tamanho, onde o cliente possa aguar-
dar sentado para ser atendido?, Impressora no balcão, Você possui Especialização (Pós-Graduação Lato Sensu)?, Como você 
classificaria o seu nível de conhecimento em INGLÊS (língua inglesa)?, Você ocupa algum cargo de gerência na sua farmácia/
drogaria?, idade, Computador fora do balcão, Há quantos anos trabalha no varejo farmacêutico, Anos de formado, em 2013, 
número de farmacêuticos e de balconistas atuando no mesmo turno e escore de comportamento planejado do profissional.
42
No seu turno de trabalho na farmácia/drogaria, 
quantos balconistas trabalham com você?
100
80
60
40
20
0
0 3 5 8 10 13 15
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O ECP não esteve relacionado ao número de atendimentos no balcão reportado pelos farmacêuticos. 
Os farmacêuticos com maior intenção positiva em relação à prestação de serviços clínico-assistenciais 
(ECP > 75 pontos; n=897) reportaram uma média de 45,2 (DP = 35,1) atendimentos no balcão por 
semana, em comparação a 42,9 (DP = 33,4) atendimentos pelos farmacêuticos com ECP<75 (n=2192)
(p=0,09).
Influência da estrutura e do escore de 
comportamento planejado dos profissionais sobre 
o número de indicações de medicamentos
O volume semanal de atendimentos de indicação de medicamentos foi avaliado como variável depen-
dente em um modelo de regressão linear múltipla. Como variáveis independentes potencialmente 
associadas, aplicamos as mesmes variáveis de estrutura dos modelos anteriores e o TCP. As variáveis 
associadas de forma significativa sao interpretadas abaixo.
43
VARIÁVEL INDEPENDENTE RESULTADO ESTATÍSTICO INTERPRETAçãO
VARIÁVEL DEPENDENTE: NÚMERO DE ATENDIMENTOS DE INDICAÇÃO FARMACÊUTICA
Tempo de trabalho no varejo 
farmacêutico
p=0,008 A associação foi estatisticamente significativa, porém a cor-
relação, medida pelo coeficiente de Spearman, foi fraca (rho 
= 0,065). 
Possuir especialização lato 
sensu
p<0,001 Esta foi uma associação mais importantes. Farmacêuticos 
com pós-graduação indicam medicamentos a maior número 
de clientes por semana (14,3 DP=15,2 versus 12,1 DP= 12,7). 
Gráfico abaixo.
Número de balconistas no 
mesmo turno
p<0,001 A correlação foi diretamente proporcional. Quanto maior o 
número de balconistas, maior número de atendimentos de 
indicação de medicamentos realizados por semana, pelo far-
macêutico (rho = 0,232). Este achado pode ser explicado pelo 
volume total de vendas nas lojas que possuem maior número 
de balconistas (assim como para dispensações).
Modelo de regressão linear múltipla tendo o ECP>75 como variável dependente e as seguintes variáveis como preditoras: 
Você fez algum curso de atualização ou aperfeiçoamento nos últimos 12 meses?, Localização, Qual seu gênero?, Computador 
no balcão, Impressora fora do balcão, Farmacêuticos com maior interesse em gerenciamento e administração, Há quantos 
anos você trabalha nesta rede de farmácia/drogarias?, Clientela, Na sua loja, você dispõe de algum espaço privado ou se-
mi-privado para atendimento sentado de clientes?, A farmácia / drogaria onde você trabalha atualmente funciona 24 horas 
por dia?, Como você classificaria o seu nível de conhecimento em ESPANHOL (língua espanhola)?, Você tem acesso à internet 
durante seu horário de trabalho?, Qual das opções abaixo melhor descreve seu turno de trabalho?, Sua loja dispõe de algu-
ma área, não importa o tamanho, onde o cliente possa aguardar sentado para ser atendido?, Impressora no balcão, Você 
possui Especialização (Pós-Graduação Lato Sensu)?, Como você classificaria o seu nível de conhecimento em INGLÊS (língua 
inglesa)?, Você ocupa algum cargo de gerência na sua farmácia/drogaria?, idade, Computador fora do balcão, Há quantos 
anos trabalha no varejo farmacêutico, Anos de formado, em 2013 e número de farmacêuticos e de balconistas atuando no 
mesmo turno.
44
Relação entre ECP > 75 pontos e indicação de 
medicamentos
Diferente do ocorreu com o volume de dispensações, o número de atendimentos de indicação de me-
dicamentos mostrou estar associado a um ECP >75 pontos. Farmacêuticos com intenção mais positiva 
em relação aos serviços farmacêuticos reportaram um volume médio de 13,7 atendimentos de indica-
ção por semana (DP = 13,8), em comparação a 12,5 (DP = 13,5) (Teste de Mann-Whitney; p=0,009). O 
gráfico abaixo ilustra esta diferença entre os dois grupos.
*
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Escore Comportamento Planejado > 75.0
Não
100
80
60
40
20
0
SimQ
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Você possui Especialização (Pós-graduação Latu Sensu)?
O gráfico abaixo mostra a mediana, intervalo interquartis e extratos 10% superior e inferior para aten-
dimentos de indicação de medicamentos reportados por farmacêuticos que possuem ou não pós-
graduação lato sensu. Observa-se um resultado superior para profissionais com pós-graduação, com 
significância estatística (teste de Mann-Whitney; p<0,001).
*
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*
Você possui Especialização 
(Pós-graduação Lato Sensu)?
Não
100
80
60
40
20
0
SimQ
ua
nt
os
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45
Resumo dos resultados
• As redes que integram a ABRAFARMA, em dados de junho de 2013, constituem 4.867 farmácias e 
drogarias, 761 delas funcionando 24 horas e 13.011 farmacêuticos, numa média de 2,6 profissio-
nais por farmácia. Os serviços atualmente mais frequentes nas redes são a aplicação de injetáveis, 
a verificação da pressão arterial e o teste de glicemia, sendo que em praticamente metade das 
redes algum dos serviços é cobrado. 
• No levantamento envolvendo os farmacêuticos das lojas, participaram ¼ dos profissionais 
(n=3.507), representando 25 estados e distrito federal. A maioria são mulheres (72,3%), com idade 
média de 30,4 anos e 6,1 anos de experiencia no varejo. Um em cada quatro farmacêuticos ocupa 
algum cargo de gerência nas lojas. Um em cada três profissionais possui pós-graduação lato sen-
su. Praticamente metade fizeram algum curso de atualização nos últimos 12 meses, a maioria com 
carga horária menor que 180 horas. Metade dos farmacêuticos relatou nível intermediário ou alto 
de inglês e apenas ¼ relataram nível intermediário ou alto de espanhol. A maioria tem preferência 
por cursos de formação presenciais, com aulas expositivas ou oficinas práticas.
• A estrutura típica das farmácias inclui disponibilidade de computadores e impressoras, no bal-
cão e fora dele, no entanto apenas 27,5% das lojas oferece acesso à internet ao farmacêutico. A 
grande maioria das farmácias (80%) não possui sala de serviços farmacêuticos e por volta de 40% 
possuem área de espera para clientes. A maioria das farmácias mantém uma parte dos MIPs nas 
gôndolas, outra parte atrás do balcão. Apenas 17% das lojas mantém todos os MIPs nas gôndolas. 
Praticamente 60% dos farmacêuticos trabalham com 1 ou 2 colegas no mesmo turno de trabalho. 
Em média, observou-se 5 balconistas paracada 1 farmacêutico trabalhando no mesmo turno.
• Praticamente a totalidade de farmacêuticos realiza dispensação de medicamentos; em média, 44 
atendimentos por dia. O tempo disponível para cada atendimento é, em média, de 10 minutos. A 
cada dia, são feitos em média 13 atendimentos em que algum medicamento é indicado pelo far-
macêutico ao cliente. Isso corresponde a uma projeção de 1.350 atendimentos por mês, em geral, 
sendo 390 deles (28%) com indicação de medicamentos.
• Aproximadamente dois em cada três farmacêuticos oferecem algum dos seis serviços farma-
cêuticos usados como marcadores (pressão arterial, glicemia, injetáveis, nebulização, brincos e 
atendimento domiciliar – RDC 44/09 Anvisa). A maioria dos profissionais oferece apenas 1 desses 
serviços farmacêuticos. O serviço mais frequente foi aplicação de injetáveis (51% dos farmacêu-
46
ticos), seguido por medida da pressão arterial (33%), teste de glicemia capilar (10%) e colocação 
de brincos (6%). O serviço mais cobrado é glicemia, por quase 75% dos farmacêuticos, seguido de 
injetáveis, cobrado por 60%. São realizados 20 procedimentos de PA por semana, 9 de glicemia 
capilar, 10 aplicações de injetável e apenas 3 de colocações de brincos. 
• Para aferição da PA, glicemia e administração de injetáveis, a cobrança por serviço está ligada a um 
volume menor de procedimentos realizados semanalmente. Projeta-se em todo cojunto de redes 
que os três serviços mais frequentes correspondem a um volume de 650 mil procedimentos/mês. 
Um farmacêutico pode chegar a realizar, por mês, aproximadamente 34 testes de glicemia, 80 
medidas de pressão arterial e 40 aplicações de injetáveis.
• Aproximadamente metade dos farmacêuticos relata que emite declaração de serviços farmacêuti-
cos aos clientes, sendo o volume médio reportado de 16 DSF emitidas na última semana.
• Além dos serviços farmacêuticos constantes na RDC 44/09, outros serviços citados incluem curati-
vos, temperatura corporal, acompanhamento de pacientes, visitação médica, orientação de clien-
tes por telefone (incluindo pós-venda), campanhas de saúde, palestras e acunputura, serviços 
esses oferecidos por uma minoria de profissionais. A orientação de clientes no balcão, a partir de 
prescrições médicas, queixas de sintomas ou doenças existentes, é reportado pelos profissionais 
como um serviço farmacêutico clínico-assistencial também oferecido.
• A opinião dos profissionais sobre os serviços clínicos-assistenciais, utilizando instrumento que 
mede o comportamento planejado, revelou que a atitude dos farmacêuticos é bastante positiva, 
no entanto a maioria tem a percepção de que não depende deles a implantação de serviços, de 
que seria difícil, de que não há equipe ou software adequado para tal. Além disso, a maioria dos 
farmacêuticos não pretende falar com superiores sobre iniciativas neste sentido.
• A análise do escore de comportamento planejado (ECP) relevou que 29% dos farmacêuticos for-
mam o grupo com melhor atitude em relação aos serviços. Este grupo apresenta um escore > 75 
pontos em uma escala de 0 a 100 e pode representar um grupo-alvo em iniciativas de implemen-
tação de novos serviços no futuro.
• Os fatores que estiveram fortemente associados a esta atitude positiva foram sexo masculino, turno 
de trabalho noturno, trabalhar em lojas com clientela nova e fixa equilibradas, ter acesso à internet 
na loja, ter feito curso nos últimos 12 meses, ter nível intermediário ou baixo de inglês, dispor de sala 
de serviços farmacêuticos na loja e trabalhar com número maior de balconistas no mesmo turno. 
• Os fatores que estiveram fortemente associados a uma oferta maior de serviços farmacêuticos 
47
foram: trabalhar em farmácia 24 horas, dispor de impressora no balcão, dispor de área de espera 
para clientes, dispor de sala de serviços farmaceuticos, ter número maior de balconistas traba-
lhando no mesmo turno e possuir um ECP mais elevado, principalmente com escore > 75 pontos.
• O ECP esteve fortemente associado à oferta de serviços e ao número de serviços ofertados. Quan-
do maior o ECP, maior a oferta de serviços farmacêuticos. Este dado é revelador, pois mostra que 
a intenção do farmacêutico tem reflexo direto sobre a oferta de serviços, a despeito das limitações 
de estrutura, recursos humanos, remuneração ou autonomia.
• No caso do número de atendimentos no balcão (dispensações), este não esteve relacionado de 
forma importante a nenhuma das variáveis de estrutura avaliadas, ou ao ECP. Por outro lado, o 
volume semanal de atendimentos que envolvem indicação de medicamentos ao cliente esteve 
associado de forma significativa à realização de pós-graduação lato sensu e ao grupo de farma-
cêuticos que possui um ECP > 75 pontos. Este resultado reforça a associação entre indicação 
de medicamentos e serviços farmacêuticos, enquanto a dispensação mostrou estar relacionada 
somente ao volume de vendas da farmácia, conforme demonstrado pela correlação positiva com 
o número de balconistas atuando no mesmo turno. 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). RDC Nº 44, de 17 de agosto de 2009. Dispõe 
sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da 
comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá 
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