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Farmacocinética: Definição, Vias de Administração e Formas Farmacêuticas


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02/02/2018
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Prof. KEMPER DOS SANTOS
kmp.santos@yahoo.com.br
FARMACOCINÉTICA
Baseia-se no estudo dos efeitos bioquímicos e fisiológicos do organismo
sobre o fármaco
DEFINIÇÃO
LADME
AÇÃO
ORGANISMO
FÁRMACO
ETAPAS FARMACOCINÉTICA
02/02/2018
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• L → Liberação
• A → Absorção
• D → Distribuição
• M → Metabolismo
• E → Excreção
FARMACOCINÉTICA - LADME
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RESERVATÓRIO/DEPÓSITO
ACÚMULO DA CONCENTRAÇÃO ([ ]) DO FÁRMACO NOS COMPARTIMENTOS BIOLÓGICOS
• Maior Tempo de Exposição
• Efeito Prolongado
• Liberação Lenta
• Acúmulo do Fármaco
• Toxicidade
TIOPENTAL
(barbitúrico)
AMIODARONA
(vasodilatador)
TETRACICLINA
(antibiótico)
GENTAMICINA
(aminoglicosídeo)
[ ] FÁRMACO
EFEITOS 
TÓXICOS
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS
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• Oral (VO)
• Sublingual
• Transdérmica
• Retal
• Subcutânea
• Intramuscular (IM)
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO (ADM)
• Mucosa
• Intratecal (espaço subaracnóideo medular)
• Intra-arterial
• Intravenosa (IV/EV)
• Pulmonar (inalação)
• Tópica (dérmica)
VIA ENTERAL e PARENTERAL
FORMA FARMACÊUTICA
VIA DE ADMINISTRAÇÃO ADEQUADA
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SÓLIDAS
• Comprimido (pó comprimido)
• Cápsula (invólucro gelatina - odor, sabor)
• Drágea (revestimento gastro-resistente)
• Pílula (partículas pequenas)
• Pó – Grânulos (partícula seca - úmida)
• Supositório (ação em orifício corporal)
FORMAS FARMACÊUTICAS
SEMI-SÓLIDAS
• Creme (↑ água ↑ ab)
• Pasta (consistência pastosa)
• Pomada (↑ gordura ↓ ab)
• Gel (↑ ↑ ↑ água ↑ ↑ ↑ ab)
LÍQUIDAS
• Suspensão (mistura heterogênea)
• Emulsão (mistura imiscível - O/A)
• Xarope (contém açúcar ou edulcorante)
• Óleo (solução lipídica)
• Colutório (solução oral – não ingerir)
• Tintura (solução alcoólica)
• Gota (soluções líquidas)
• Elixir (solução alcoólica + açúcar)
• Loção: Composto por água, álcool, glicerina, sorbitol e o P.A.
• Creme: De consistência mole para uso tópico. Difere das pomadas, pois possui grande quantidade
de água em sua formulação (absorção mais rápida - ideal à lesões úmidas).
• Pomadas: De consistência mole e oleosa destinada ao uso tópico. Devido a oleosidade, a absorção
do P.A é mais lenta, mas de efeito mais prolongado. Possui poder hidratante sendo ideal à lesões
secas.
• Gel: Possui grande quantidade de água em sua formulação (absorção mais rápida comparado ao
creme e a pomada).
• Pasta: De consistência pastosa para uso externo.
• Emulsão: Composição líquida (base aquosa e oleosa) contendo o P.A em uma delas.
• Supositório: Sólido ou semi–sólido de forma cilíndrica ou ovulada para aplicação retal.
• Óvulo: Útil para aplicação vaginal, onde os P.A estão incorporados à gelatina.
• Colutório: De forma líquida para higiene bucal (anti-sépticos orais). Não se deve ingerir.
• Colírio: Forma farmacêutica líquida e estéril destinada ao uso oftálmico.
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• Comprimido Tamponado: Laqueado por uma película protetora de hidróxido de alumínio ou hidróxido
de magnésio (indicado à pacientes que sofram de gastrite ou úlcera).
• Comprimido Efervescente: Composto por talco, amido, lactose e bicarbonato de sódio ou carbonato
de cálcio + princípio ativo.
• Comprimido Revestido: Composto por um revestimento de açúcar.
• Drágea: Forma farmacêutica sólida cujo o núcleo é um comprimido que passou por um processo de
revestimento com açúcar e corante (drageamento).
• Cápsulas: Constituída de um invólucro de gelatina, contendo em seu interior os excipientes +
princípios ativos. Podem ser moles (medicamento oleoso), duras (medicamentos granulados ou pós).
• Comprimido Simples: Sólidos resultantes da compressão de vários pós (P.A + excipiente).
• Comprimido Mastigável: Absorvido pela mucosa bucal, não reagindo com o suco gástrico.
• Comprimido Sublingual: Também de absorção local e de ação rápida.
• Comprimido Vaginal: Revestido por uma película de gelatina glicerinada (uso vaginal).
• Tintura: De forma líquida à base de água e álcool. Extraído a partir da planta seca.
• Extratos: Alcoolaturas ou tinturas padronizadas utilizadas na concentração do fármaco.
• Enema: Líquidos de uso retal divididos em medicamentoso (para tratar infecções intestinais) e
laxativo (purgativo).
• Pó: Forma farmacêutica onde o P.A está pulverizado, para uso interno ou externo.
• Adesivo Tópico: Adesivo de material poroso de liberação lenta através da pele.
• Xarope: Líquidos (mistura de água e açúcar), podendo conter edulcorantes (morango...).
• Suspensão: Forma heterogênea resultante da mistura de líquidos ou líquidos e sólidos.
• Solução: Líquido homogêneo resultante da mistura de líquidos ou líquidos sólidos.
• Injetáveis: Formas farmacêuticas estéreis para uso parenteral.
• Oros (Sistema Oral de Liberação Osmótica): Cápsulas não absorvíveis, com pequeno orifício que
libera gradativamente o P.A (eliminado pelas fezes).
• Elixir: Misturas hidroalcoólicas açucaradas.
• Licor: Igual ao elixir, mas associado a frutas.
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PASSAGEM DO PRINCÍPIO ATIVO PARA A CORRENTE 
SANGUÍNEA
FÁRMACO
A ABSORÇÃO OCORRE PREDOMINANTEMENTE NAS VILOSIDADES INTESTINAIS
pH Ácido – 2,6
pH Básico – 5,7
Princípio Ativo
+
Excipientes
Desintegração da forma farmacêutica e Dissolução do PA
ÁCIDOS FRACOS se 
dissociam pouco 
permanecendo 
predominantemente 
na forma não ionizada 
(molecular)
Maior Absorção
BASES FRACAS se 
dissociam pouco 
permanecendo 
predominantemente 
na forma não ionizada 
(molecular)
Maior Absorção
ÁCIDOS FRACOS se 
dissociam mais 
permanecendo 
predominantemente 
na forma ionizada
MENOR ABSORÇÃO
BRASES FRACAS se 
dissociam mais 
permanecendo 
predominantemente 
na forma ionizada
MENOR ABSORÇÃO
Liberação 
Oral
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TRANSFERÊNCIA POR FLUXO DE MASSA → Corrente Sanguínea
• Distribuição à longa distancia
• Desconsidera a natureza química do fármaco
TRANSFERÊNCIA POR DIFUSÃO → Molécula por Molécula
• Considera a natureza química (LIPOSSOLUBILIDADE)
• Considera o tamanho molecular (PEQUENAS)
• Difere entre os fármacos
ABSORÇÃO
Membrana com dupla 
camada lipídica
Componentes lipídicos contendo moléculas 
anfifílicas (fosfolipídios e colesterol)
Difusão de pequenas moléculas apolares 
(hormônios esteroidais)
Fármacos polares ou moléculas grandes 
necessitam de outros meios de transporte
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• BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA
• BARREIRA PLACENTÁRIA
Maior seletividade e junções oclusivas
entre as células
COMPARTIMENTOS E SELETIVIDADE NO 
TRANSPORTE DA MEMBRANA
• FÍGADO
• BAÇO
Permitem o livre acesso, pois o
endotélio não é contínuo (fenestrado)
TIPOS DE TRANSPORTE – Por Difusão Direta
• Ocorre através da dissolução na membrana lipídica (Lipossolubilidade)
• Utilizada por moléculas não-polares/apolares (Não-Ionizadas)
• Ocorre a favor do gradiente de concentração
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TIPOS DE TRANSPORTE – Por Transporte Ativo
• Ocorre através do gasto de energia
• Através de moléculas transportadoras
• Fluxo contra o gradiente
TIPOS DE TRANSPORTE – Por Pinocitose/Fagocitose
• Ocorre através de transporte vesicular
• Pinocitose (partículas líquidas)
• Fagocitose (partículas sólidas)
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TRANSPORTE DO FÁRMACO ATRAVÉS DA 
CORRENTE SANGUÍNEA
DEFINIÇÃO
É o transporte do fármaco através do plasma (4,5% do peso corporal), linfa (1,2%) e líquido
intersticial (16%) ao órgão alvo (sítio de ação), em concentrações terapêuticas, para alcançar o
efeito esperado
DISTRIBUIÇÃO
APÓS ABSORÇÃO O FÁRMACO DISTRIBUI-SE:
LÍQUIDOS TRANSCELULAR E INTRACELULARES
Fluxo Sanguíneo
• RIM, FÍGADO(↑ [ ] nos órgãos mais irrigados)
• MÚSCULO, TECIDO ADIPOSO (↓ [ ] nos órgãos menos Irrigados)
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LIGAÇÃO À PROTEÍNA PLASMÁTICA
Constitui a ligação do fármaco à uma proteína no sangue
(preferencialmente a ALBUMINA – mais abundante 4g/dL),
dificultando sua difusão através das membranas para o sítio alvo e
sua redução à compartimentos não-vasculares (músculo e gordura)
• FÁRMACO LIGADO – Transporte através da CS (forma não efetiva)
• FÁRMACO LIVRE – Difusão e ação no sítio alvo (forma efetiva)
ALBUMINA – ÁCIDOS FRACOS (AAS, Penicilinas)
GLICOPROTEÍNAS – BASES FRACAS (Propranolol)
LIPOPROTEÍNAS –LIPÍDIOS INSOLÚVEIS (Imipramina - ADT)
A LIGAÇÃO PLASMÁTICA É UM PROCESSO SATURÁVEL
• A variação terapêutica da concentração é limitada
• A amplitude de ligação e a fração livre são relativamente constantes
A co-administração de dois ou mais fármacos com elevada ligação às 
proteínas plasmáticas pode resultar em maior concentração livre de um ou 
ambos, produzindo efeitos terapêuticos e/ou tóxicos aumentados 
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ETAPAS DE BIOTRANSFORMAÇÃO DO 
FÁRMACO
DEFINIÇÃO
Consiste no anabolismo e catabolismo, isto é, na construção e degradação da substância,
respectivamente, pela conversão enzimática de uma entidade química em outra.
BIOTRANSFORMAÇÃO
CONJUGAÇÃO
FASE I (oxidação, redução ou hidrólise)
FASE II (sulfatação, glicuronidação, acetilação, glutatião e metilação)
Eleva a atividade ao incorporar um grupo
hidroxila ao fármaco ou PRÓ-FÁRMACO
Conjuga um grupo grande e polar que
inativa o fármaco e facilita sua excreção
METABOLISMO
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OCORRE PRINCIPALMENTE NO FÍGADO
Outras Vias: 
Plasma – Pulmão – Rim – TGI - Pele
METABOLISMO DE FASE I - BIOTRANSFORMAÇÃO
SISTEMA MONO-OXIGENASE P450 - O complexo do CITOCROMO P450 (CYP450) compreende uma
grande família de enzimas metabolizadoras relacionadas, mas distintas, envolvidas no
metabolismo de fármacos
EFEITO DE PRIMEIRA PASSAGEM/ELIMINAÇÃO PRÉ-SISTÊMICA
METABOLISMO DE FASE I - BIOTRANSFORMAÇÃO
QUANTO 
↑ Efeito de 1ª Passagem
↓ Biodisponibilidade
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sulfatação, glicuronidação, formação de aductos com glutatião, 
acetilação e metilação
LIGAÇÃO IRREVERSÍVEL
Inativação do fármaco e aumento da polaridade
METABOLISMO DE FASE II - CONJUGAÇÃO
EXCREÇÃO RENAL E/OU BILIAR
VIAS DE ELIMINAÇÃO DE FÁRMACOS
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A eliminação de um fármaco representa sua exclusão irreversível do 
organismo, seja na forma inalterada ou como metabólitos inativos do 
metabolismo
• RENAL (Mais usual)
• Fecal
• Pulmonar
• Suor
• Lágrima
• Saliva
• Leite
AS VIAS DE ELIMINAÇÃO PODEM 
INFLUENCIAR NO TM VIDA DO 
FÁRMACO
• 100mg – 0
• 50mg – 2h (1º Tempo de ½ Vida)
• 25mg – 4h (2º Tempo de ½ Vida)
• 12,5mg – 8h (3º Tempo de ½ Vida)
• 6,25mg – 10h (4º Tempo de ½ Vida)
[ ] PLASMÁTICA – TM VIDA
DEFINIÇÃO
O tempo durante o qual a concentração do fármaco no plasma diminui para 
a metade do se valor original
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• Filtração Glomerular
• Secreção Tubular Ativa
• Reabsorção Tubular Passiva
Não Polar
(lipossolúvel)
Polar
(hidrossolúvel)
ELIMINAÇÃO RENAL
Eliminação da Forma 
Inalterada ou Metabólito
RANG, HP; DALE, MM; RITTER, JM; FLOWER, RJ (eds) Farmacologia, 7. ed.,
Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.
• Cap.08 – Absorção e Distribuição de Fármacos
• Cap.09 – Metabolismo e Eliminação de Fármacos
• Cap.10 – Farmacocinética
GOLAN, DE. Princípios de farmacologia: a base fisiopatológica da
farmacoterapia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
• Cap.03 - Farmacocinética
ONDE ESTUDAR ?