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10 t55555555 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA FACULDADE DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS DANIELA DE ARAÚJO FERREIRA RELATÓRIO DE BIOQUÍMICA DE ALIMENTOS II BELÉM 2018 Belém – PA 2011 55555555555555555555555555555 5 DANIELA DE ARAÚJO FERREIRA RELATÓRIO DE BIOQUÍMICA DE ALIMENTOS II Trabalho apresentado como avaliação parcial da disciplina Bioquímica de Alimentos, da Faculdade de Engenharia de Alimentos, ministrada pelo Professor Jesus Nazareno. BELÉM 2018 55 LISTA DE QUADROS Quadro 1- Distribuição do GET por refeição.................................................................. 04 Quadro 2- Distribuição do GET por macronutrientes..................................................... 04 Quadro 3- Distribuição do GET por macronutrientes..................................................... 05 Quadro 4- Cardápio balanceado...................................................................................... 05 Quadro 5- Comparação entre a recomendação de consumo e a dieta proposta.............. 07 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO........................................................................................................... 01 2 OBTENÇÃO DO REQUERIMENTO ENERGÉTICO.......................................... 02 2.1 TAXA METABÓLICA BASAL (TMB)................................................................... 02 2.2 FATOR ATIVIDADE................................................................................................ 02 2.3 VALOR ENERGÉTICO TOTAL.............................................................................. 03 3 ELABORAÇÃO DE UM CARDÁPIO BALANCEADO........................................ 03 3.1 DISTRIBUIÇÃO DO GASTO ENERGÉTICO TOTAL (VET)............................... 03 3.2 DISTRIBUIÇÃO DO GASTO ENERGÉTICO TOTAL (GET) POR MACRONUTRIENTES.................................................................................................. 04 3.3 ADEQUAÇÕES DE OUTROS CONSTITUINTES DA DIETA.............................. 05 3.4 CÁLCULO DO CARDÁPIO DIÁRIO...................................................................... 05 3.5 COMPARAÇÃO ENTRE A RECOMENDAÇÃO DE CONSUMO E A DIETA PROPOSTA...................................................................................................................... 07 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 09 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................................................... 10 1 INTRODUÇÃO A alimentação possui características e repercussões multidimensionais para as diferentes populações. Perpassa várias esferas importantes da vida e envolve questões sobre nutrição e seus determinantes biológicos, aspectos ambientais, culturais, psicológicos, sociais, econômicos, entre outros. Além da sobrevivência, interfere nas relações sociais, na qualidade de vida, na produtividade e em outras dimensões da existência humana (ABREU et al., 2001; ALEVATO; ARAÚJO, 2009). Nas últimas décadas, o Brasil passou por diversas mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais que evidenciaram transformações no modo de vida da população. E apresentou uma rápida transição demográfica, epidemiológica e nutricional, apresentando como consequência maior expectativa de vida, devido a mudanças importantes no padrão de saúde e consumo alimentar da população brasileira. As principais doenças que atualmente acometem os brasileiros deixaram de ser agudas e passaram a ser crônicas, e simultaneamente o Brasil vem enfrentando aumento expressivo do sobrepeso e da obesidade em todas as faixas etárias, e as doenças crônicas são a principal causa de morte entre adultos. E observamos que, no campo da alimentação, atualmente, a comida assume uma conotação médica em que a orientação é direcionada à conservação da saúde através da manutenção de um funcionamento regular do organismo e do respeito às regras alimentares que valorizam o componente nutricional da dieta (MOTTA, 2010). As políticas públicas em alimentação e nutrição, assim, se reconfiguram e recomendam, convencem que precisamos deslocar o consumo de alimentos ditos como pouco saudáveis devido a componentes alimentares específicos, como gorduras trans, açúcares livres e sódio, para alimentos mais saudáveis, em especial frutas e hortaliças, cereais integrais e frutos secos. Ademais, recomenda-se manter um equilíbrio energético e um peso normal (WHO, 2004), que constitui usualmente em manter-se dentro de uma faixa de normalidade de peso, categorizada de acordo com o Índice de Massa Corporal (IMC) do indivíduo – o qual, apesar de sua utilidade, é passível de críticas pelas limitações que apresenta (GARN et al.,1986). De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a IDR é a quantidade de proteínas, vitaminas e minerais que deve ser consumida diariamente para atender às necessidades nutricionais da maior parte dos indivíduos e grupos de pessoas de uma população sadia. Desse modo, os valores quanto aos macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídeos) e micronutrientes (vitaminas e minerais) orientados conforme a IDR estabelecida, devem ser as quantidades mínimas asseguradas aos indivíduos, visando a manutenção ou recuperação do estado nutricional do indivíduo. 2 OBTENÇÃO DO REQUERIMENTO ENERGÉTICO 2.1 TAXA METABÓLICA BASAL (TMB) Dados pessoais Nome: Daniela de Araújo Ferreira Sexo: Feminino Idade: 23 Altura: 1,64m Peso: 56Kg Cálculos: A fórmula de Harris-Benedict é um método para estimar as necessidades calóricas diárias que permitam ao organismo manter o peso corporal atual e define a taxa metabólica basal – TMB (basal metabolic rate, BMR) – o nível de necessidade energética do organismo sem levar em conta nenhuma outra energia adicional, necessária para qualquer atividade física. A unidade para peso é o quilograma (Kg), a altura (m), os centímetros (cm), a idade (anos). TMB (Kcal/dia) = 247 – 2,67 * (idade) + 401,5 * (altura) + 8,6 * (peso) TMB(Kcal/dia) = 247 – 2,67 * 23 + 401,5 * 1,63 + 8,6 * 56 = 1321,64 2.2 FATOR ATIVIDADE Utilizado para saber o total de calorias que o indivíduo deve ingerir, considerando quanto ele gasta por minuto em determinado esporte, de acordo com o seu peso corporal e intensidade do exercício. Vale ressaltar, no entanto, que esse é um cálculo estimado e que o gasto por minuto em corrida pode variar de indivíduo para indivíduo. Este fator é obtido pela média das 24 horas, considerando-se o tempo gasto em cada atividade. Tabela 1. Dados resultante da atividade física feita durante 24horas. Tempo (horas) Atividade FA Tempo * FA 6 Dormindo 1,0 6,0 8 Estudando 2,5 20 3 Caminhando Rápido 3,6 10,8 2 Comendo 1,3 2,6 3 Andando de um lugar para o outro 1,8 5,4 2 Lendo 1,2 2,4 FA = [(6,0 + 20 + 10,8 + 2,6 + 5,4 + 2,4) / 24h] = 1,97 2.3 VALOR ENERGÉTICO TOTAL GET= GMB x FATOR ATIVIDADE GET = 1321,64 * 1,97 = 2603,63 Kcal 3 ELABORAÇÃO DE UM CARDÁPIO BALANCEADO 3.1 DISTRIBUIÇÃO DO GASTO ENERGÉTICO TOTAL (VET) A somatória da energia (medida em calorias) de todos os alimentos que compõe a dieta é denominada valor energético/calórico total (VET/ VCT) O valor energético total deve ser distribuído pelas refeições de maneira a suprir às necessidades energéticas diárias de um indivíduo. A distribuição pode ser feita em 3, 4, 5 ou 6 refeições ao dia, uma vez que o número de refeições inferior a 3 levaria a uma ingestão excessiva de alimentos em uma única refeição, porém o hábito mais adequado é a 7 Unidade:Planejamento de Dietas realização de 4 a 6 refeições diárias. Quadro 1 - Distribuição do GET por refeição Refeição % recomendado Total energético Desjejum 20% 520,73 Kcal Colação 5% 130,18 Kcal Almoço 35% 911,27 Kcal Lanche da tarde 5% 130,18 Kcal Jantar 20% 520,73 Kcal Ceia 5% 130,18 Kcal 3.2 DISTRIBUIÇÃO DO GASTO ENERGÉTICO TOTAL (GET) POR MACRONUTRIENTES Quadro 2 - Distribuição do GET por macronutrientes Macronutrientes % recomendado Total em Kcal Total em gramas CHO 60% 1562,18Kcal 390,55g PTNA 15% 390,54Kcal 97,64g LIP 25% 650,91 Kcal 72,43g Total 100% 2603,63Kcal 560,62g A dieta deverá conter: 390,55g de carboidratos 97,64g de proteína 72,43g de lipídios A Distribuição Energética atualmente preconizada segundo Technical Report Series n 916 (Diet, nutrition and the prevention of chronic diseases), FAO/OMS (abril/2003): - Proteínas: 10 a 15 % do VET, no mínimo 0,75g / kg de peso; - Lipídios: 15 a 30 % do VET; - CHO: entre 55 a 75%, e 10% de açúcar (sacarose). A distribuição percentual recomendada para macronutriente de acordo com outros órgãos especifica: DRI, 2001/ (P - 10 A 35%, L -20 a 35% e C – 45 a 65%); OMS, 1995-2003/ (P - 10 A 15%, L – 15 a 30%, C – 55 a 75%); SBAN, 1990/ (P - 10 A 12%, L - 20 a 25%, C – 60 a 70%). *C (Carboidrato), P (Proteína), L (Lipídeos) 3.3 ADEQUAÇÕES DE OUTROS CONSTITUINTES DA DIETA Quadro 3 - Distribuição do GET por macronutrientes Constituinte Quantidade recomendada Total em gramas Colesterol 0,10% 0,3g Gordura saturada 1/3 24,11 g Gordura poli-insaturada 6% - 10% 17,38g – 29,09g Gordura poli-insaturada n-6 5% - 8% 14,49g – 23,18g Gordura poli-insaturada n-3 1% - 2% 2,9g – 5,79g Gordura trans 2,9g Açucares livres 65,09g Cloreto de sódio (sódio) 0,77% 5g Fibras 25% - 30% 650,91g – 781,09g As quantidades diárias recomendadas para cada constituinte citado acima foram obtidas através da margem das metas de ingestão de macronutrientes para a população fornecida pela Organização Mundial da Saúde - OMS, 2003. 3.4 CÁLCULO DO CARDÁPIO DIÁRIO Quadro 4- Cardápio balanceado DESJEJUM Alimento Quant. Medida Caseira PTNA CHO Lipídio Suco de Laranja 200 ml 1 copo 1,4 18,4 0,2 Torrada 3 unidades - 2,88 0,90 20,46 Geléia 10g 1 colher de chá 1,2 1,4 0 Queijo Branco 10g 1 colher de chá 1,26 0,38 0,81 Mamão 1 porção 2 fatias 0,5 10,4 0,1 Total (g) 7,24 31,48 21,57 Valor Energético (Kcal) 28,96 Kcal 125,92Kcal 194,13Kcal Valor Energético Total Kcal - 349,01Kcal LANCHE Alimento Quant. Medida Caseira PTNA CHO Lipídio Banana 1 porção 1 unidade 1,11 22,1 0,085 Total (g) 1,11 22,1 0,085 Valor Energético (Kcal) 4,44 88,4 0,765 Valor Energético Total Kcal - 93,61Kcal ALMOÇO Alimento Quant. Medida Caseira PTNA CHO Lipídio Arroz 120g 1 copo americano 30 33,72 0,24 Feijão 140g 1 concha 6,72 19,04 0,7 Frango grelhado 100g 1 unidade 32 0 2,5 Beterraba crua ralada 42g 2 colheres de sopa 0,8 3,02 0,04 Suco de goiaba 200ml 1 copo 0,2 30 0,2 Maçã 1 porção 1 unidade 0,09 4,83 0,06 Total (g) 69,81 90,61 3,74 Valor Energético (Kcal) 279,24 362,44 33,66 Valor Energético Total Kcal - 675,34Kcal LANCHE Alimento Quant. Medida Caseira PTNA CHO Lipídio Iogurte Desnatado 200ml 1 pote 7,6 11,6 0,6 Total (g) 7,6 11,6 0,6 Valor Energético (Kcal) 30,4 46,4 5,4 Valor Energético Total Kcal - 82,2Kcal JANTAR Alimento Quant. Medida Caseira PTNA CHO Lipídio Sopa de Legumes 234g 1 xícara 4,12 12 4,45 Pão Integral 1 porção 1 fatia normal 2,37 12,27 1,07 Total (g) 6,49 24,27 5,52 Valor Energético (Kcal) 25,96 97,08 49,68 Valor Energético Total Kcal - 172,72KcalKcal CEIA Alimento Quant. Medida Caseira PTNA CHO Lipídio Bebida Láctea 200ml 1 unidade 4,2 15,2 3,8 Aveia 10g 1 colheres de sopa 1,4 6,7 0,8 Total (g) 5,6 21,9 4,6 Valor Energético (Kcal) 22,4 87,6 41,4 Valor Energético Total Kcal - 151,4Kcal 3.5 COMPARAÇÃO ENTRE A RECOMENDAÇÃO DE CONSUMO E A DIETA PROPOSTA Quadro 5 - Comparação entre a recomendação de consumo e a dieta proposta A recomendação inicial foi: VET: 2603,63 Kcal CHO 60% 390,55g Proteína 15% 97,64g Lipídio 25% 73,32g Fibras 25% – 30% 650,91g – 781,09g AGS 1/3 24,11g AGI 6% - 10% 17,36g – 28,93g AGI n-6 5% – 8% 14,46g –23,14g AGI n-3 1% – 2% 2,89g – 5,78g Gorduras Trans <1% < 2,89g Açucare livres <10% < 65,09g Colesterol 0,10% 0,3g Cloreto de sódio (sódio) <0,77% <5g A dieta proposta forneceu: VET:1524,28Kcal CHO 47% 178,35g Proteína 26% 97,85g Lipídio 10% 16,94g Fibras 25% – 30% 94,86g - 113,84g AGS 1/3 0,6g AGI 6% - 10% 10,16g – 16,94g AGI n-6 5% – 8% 8,47g – 13,55g AGI n-3 1% – 2% 1,7g – 3,4g Gorduras Trans <1% <1,7g Açucare livres <10% <16,94 Colesterol 0,10% <0,17g Cloreto de sódio (sódio) <0,77% <3g De acordo com a OMS o IMC foi de 21,07 kg/m², e tendo como parâmetro a altura e a idade, o peso ideal varia entre 50 a 66kg. Deste modo se faz necessário que haja um cuidado especial com a alimentação, sendo assim pode-se perceber que a dieta proposta se manteve dentro da distribuição percentual recomendada para macronutriente da DRI(2001), com exceção dos lipídeos que apresentaram uma diminuição de cerca de 15% quando comparado a recomendação inicial, porém manteve-se próximo da recomendação da OMS (abril-2003) que diz que o percentual indicado varia de 15 a 30%. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir da concretização deste relatório pode-se perceber que a boa alimentação e a prática de atividade física são fundamentais para conseguir e manter um peso saudável. E é sempre bom lembrar que não existe um peso ideal e sim um peso saudável, em harmonia com a altura, idade e atividade física do indivíduo, o que diminui os riscos de surgimento de doenças como obesidade, hipertensão, diabetes, doenças do coração, desnutrição e carências nutricionais, entre outras. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, E.S. de; VIANA, I.C.; MORENO, R.B.; TORRES, E.A.F. da S. Alimentação Mundial – um reflexo sobre a história. Saúde e Sociedade. 10(2): 3 – 14, 2001. ALEVATO, H.; ARAÚJO, E.M.G. de. Gestão, organização e condições de trabalho – V Congresso Nacional de Excelência em Gestão. Gestão do conhecimento para a sustentabilidade. Niterói, RJ, Brasil, julho de 2009. ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O Regulamento técnico sobre a ingestão diária recomendada (IDR) de proteína, vitaminas e minerais. Resolução RDC nº 269, de 22 de setembro de 2005. Garn SM, Leonard WR, Hawthorne VM. Three limitations of the body mass index[letter]. Am J Clin Nutr 1986; 44: 996-7. MINISTERIO DA SAÚDE. Guia Alimentar para População Brasileira. 1ªreimpressão - 2ª edição. Brasília – DF, 2014. MOTTA, G. La historia, la comida, la salud. Un vínculo siempre más estrecho entre alimentación y medicina. Med. segur. trab., v. 56, n. 218, p. 93-99, Marzo 2010. OMS – Organização Mundial da Saúde. FAO/ WHO iniciam um relatório parcial sobre dieta alimentar, nutrição e prevenção de doenças crônicas. Comunicado de Imprensa conjunto da OMS/ FAO, 23 de abril de 2003. OMS – Organização Mundial da Saúde. Panorama da Segurança Alimentar e Nutricional. América Latina e o Caribe. Santiago, 2017. TACO. Tabela Brasileira de Composição de Alimentos. Versão 2 – Segunda Edição. Campinas – SP, 2006. WHO - World Health Organization. Press release 46. Obesity epidemic puts millions at risk from related diseases. Available from: URL: http://www.who.int/archives/ int-pr-1997//en/pr9 /-46.html acessada em 16/2/2001.
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